Saviors of Darkness escrita por Lala Clark, Pamy_B


Capítulo 2
Capítulo 1 ~ Shaman Fight ~Pamy


Notas iniciais do capítulo

Pamy: Originalmente esse capítulo contava sobre as lutas de seleção para a Shaman Fight de nós três - Pierre, Lala e eu - mas como foi reescrito e melhorado, resolvemos dividir, para não ficar tão longo.

Lala: infelizmente ainda não aprendemos a escrever capítulos menores, e com o remake que a fic tá passando, as descrições vão melhorando e as palavras aumentando...

Pierre: Mas não esqueçam de deixar reviews, mesmo que seja pra criticar ou pra pergunta o que estamos fazendo aqui...

Lala: Só sejam bonzinhos nas criticas... ♥



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Dez anos haviam se passado, era final de inverno em todo o hemisfério norte. Os três amigos de infância haviam se separado há muitos anos e acabaram perdendo o contato. A Clark tentou reencontrar os amigos, mas, por diversos motivos, não conseguiu; A Brown acabou se concentrando em sua vida, sem poder rever seus irmãos do coração; O Gardien teve que seguir em frente, pois não sabia mais como procurá-las. Vários desencontros aconteceram, muitos problemas surgiram, mas as lembranças da amizade de infância permaneceram vivas na mente e no coração dos três amigos. Agora, dez anos depois da separação, mal sabiam eles que no mesmo dia, o que aconteceria com eles, determinaria se poderiam se ver em breve ou não.

—-- Inglaterra, Londres, 10h ---

A capital da Inglaterra amanhecera com o céu nublado, os tímidos raios de sol que conseguiam passar por entre as nuvens embelezavam Londres, animando um pouco os habitantes que precisavam sair de seus lares para trabalhar e estudar. Em uma rua não muito movimentada, uma certa garota de longos cabelos castanhos, com uma faixa vermelha e branca, escutava música enquanto caminhava tranquilamente em direção à casa de um amigo.

Já com seus 16 anos Pamy Brown visitava Londres sem preocupações, aproveitando apenas para conhecer novos lugares e visitar alguns amigos que fez em meio a tantas viagens. A Brown trajava uma blusa cacharrel vermelha com um lenço das mesmas cores da faixa, um casaco - não muito grosso - aberto preto que ia até a cintura, calça jeans azul e, por cima da calça, botas pretas de cano longo, até o joelho, completando seu vestuário havia um par de brincos de argola prata como adereços nas orelhas. A rua por onde passava lhe era muito familiar, seu atalho para chegar mais rápido ao seu destino, e como normalmente, estava deserta. Uma bola de fogo espiritual vermelha e laranja flutuava ao lado da jovem, acompanhando os passos da humana enquanto conversavam algumas coisas telepaticamente. A Brown estava começando uma nova quadra quando percebeu uma presença, e na metade da mesma parou pouco antes de um homem alado que surgiu a sua frente de roupas estranhas, frescas demais para aquele ambiente, como as de antigos índios americanos. Era verão, mas com o dia nublado não era muito proveitoso andar com uma roupa tão leve quanto a do homem à sua frente. Pamy o encarou um pouco e percebeu os lábios do estranho homem se moverem.

—-: Pamy Brown, eu presumo. Sou Silver, estou aqui para te convidar para a luta dos Shamans.

Ela tirou os fones de ouvido, meio a contragosto, não estava com muito ânimo para tentar uma leitura labial, queria continuar seu caminho, mesmo com seu interior tremendo animado com a força que emanava do estranho a sua frente.

Pamy: Hm? Falou comigo?

De seus lábios avermelhados pelo frio saiu sua pergunta. Sua voz continuava angelical e determinada como em sua infância, porém agora estava mais madura, e com a leve rouquidão pelo horário em que acordara acabava recebendo um tom mais sensual, combinando perfeitamente com a bela jovem que se tornara. Silver ganhou uma gota no cenho, acabou fazendo uma pausa para ter certeza de que agora seria ouvido, e então continuou.

Silver: Sim, sou um dos Patchs juízes da luta dos Shamans e vim te convidar a participar da luta. Se aceitar lutar, terá 10 minutos para...

Silver não pode terminar de falar, pois foi interrompido por Pamy, que gritou por sua parceira.

Pamy: MAY! “Vou vencer para reencontrar o Hao!” Isso parece divertido...

Após o chamado, uma enorme e majestosa fênix apareceu em frente à Brown e ficou encarando Silver. As penas flamejantes balançavam delicadamente, suas raízes num vermelho mais escuro iam clareando até terminarem num alaranjado nas pontas. Seus olhos afiados, atentos a tudo, brilhavam em um tom de citrino. Com a segunda frase, Pamy deu um meio sorriso enquanto subia em May, enquanto o juiz Shaman invocava seus espíritos guardiões, incorporando-os o mais rapidamente possível, percebendo que poderia dar início à classificatória.

Pamy: Flaming Feather!

May abriu e fechou suas asas, para em seguida abrir novamente, alongando-as enquanto uma enorme quantidade de penas em chamas surgiram e foram lançadas em direção a Silver. O Patch desviou rapidamente e num piscar de olhos, apareceu atrás de Pamy, utilizando as asas de um de seus espíritos, já imaginando sua vitória.

Silver: Muito lenta! Peguei você!

Pamy: Acho que não... May incorporar!

Rapidamente May se transformou novamente numa bola espiritual laranja e vermelha e incorporou em Pamy, de forma que grandes asas de fênix surgiram nas costas da Brown. Pamy usou as asas para voar em direção a Silver e se prepara para seu próximo ataque.

Pamy: Fenix's Breath!

A morena puxou um pouco de ar para encher seus pulmões e em seguida o soltar por sua boca uma labareda de fogo. Silver desviou do ataque sem muita dificuldade, o que deixou Pamy um pouco irritada. O Shaman tentou atacá-la diretamente, mas foi surpreendido pela velocidade em que a garota surgiu atrás dele pronta para chutá-lo. Ele notou pelos movimentos que a jovem fazia que ela havia tido um treinamento incrível e longo para atacar ele daquela forma, com movimentos rápidos e fortes, porém ele ainda era mais experiente e conseguiu bloquear o chute segurando o pé de Pamy e a jogando contra um muro. Pamy deu um leve gemido de dor com o impacto, mas se levantou quase que imediatamente e olhou séria para Silver enquanto pensava que iria ter que mudar sua estratégia de luta. Tirou o casaco longo, revelando uma shuriken gigante fechada e amarrada numa espécie de mochila em suas costas. May começou uma conversa por telepatia com sua parceira humana.

May: Pamy, você está bem?

Pamy: Estou sim. May! Vamos com a Hell’s Blade agora, ok?

May: Claro!

May encerrou a telepatia enquanto desincorporava da amiga e incorporava rapidamente na shuriken que Pamy tirou da mochila improvisada em suas costas. A shuriken começou a pegar fogo tão logo May incorporou na arma. Enquanto a Brown se preparava, os espíritos guardiões de Silver já haviam desincorporado dele e estavam tomando a forma de um canhão, o mais forte ataque espiritual do Patch. O canhão já estava quase carregado com energia espiritual para disparar em Pamy, quando viu a movimentação da jovem. Um sorriso surgiu nos lábios da Brown e ele começou a concentrar ainda mais energia para terminar de carregar logo o canhão, porém a garota lançou sua shuriken girando para cima, nisso várias shurikens menores pegando fogo saíram da maior, indo na direção de Silver, que acabou recebendo todo o ataque devido sua imobilidade causada pelo carregamento do canhão. A Brown aproveitou a situação e ainda correu e pulou para pousar atrás de Silver, e tão logo chegou perto das costas dele, o canhão disparou para frente e para cima. Pamy mostrou um sorriso vitorioso enquanto colocava uma das pontas de sua arma no pescoço do patch.

Pamy: Quero ver fugir de minha Heaven’s Blade agora.

Silver se assustou um pouco ao sentir a ponta quente da lâmina próxima a sua pele, e então riu enquanto via seu canhão se desfazer e sentia sua energia esvair.

Silver: Meus parabéns! Você passou!

Pamy afastou a lâmina de Silver e May desincorporou a Heaven’s Blade e elas se afastaram de Silver, indo buscar o casaco da Brown para continuarem seu caminho. Silver achou estranha a falta de comemoração e até de interesse da parte da garota, mas acabou continuando a falar, mesmo que para ele mesmo, enquanto pegava em um dos bolsos em sua capa indígena um pequeno aparelho, parecido com um pager laranja.

Silver: Minha energia se esgotou com aquele tiro do canhão, você soube usar o tempo de carregamento muito bem, mesmo que por instinto. Parabéns! A próxima fase será em Tokyo. Isto é seu oráculo, irá lhe dizer onde, quando e com quem irá lutar nas eliminatórias em Tokyo.

Pamy não olhou para ele até a última sentença, pois estava ocupada colocando sua arma na mochila improvisada e vestindo novamente seu casaco. May estava continuando a ir em frente, em direção ao destino das duas, quando sentiu Pamy parando e se virando para Silver, que a olhou confuso.

Silver: Não vai pegar seu oráculo??

Com um tom um tanto entediado e apressado, a morena simplesmente suspirou e soltou um “Traz você aqui”, enquanto tentava não bater seu pé no chão demonstrando sua inquietação. Silver deu um suspiro derrotado e foi até ela, entregando o oráculo. A Brown olhou o objeto chamado de oráculo e fez uma cara de desgosto.

Pamy: Não tem outra cor? Essa é horrível!

Silver ganhou uma gota no cenho e teve que se segurar para não rir diante da indignação de Pamy por uma coisa tão simples.

Silver: E que cor você quer?

Pamy: Vermelho sangue...

Silver: Certo...

Silver procurou rapidamente outro oráculo que pudesse se encaixar no que Pamy havia pedido, até encontrar um que tinha guardado num outro bolso interno de sua capa e mostrar para Pamy. O oráculo dessa vez era vermelho e as faixas para prender ele eram vermelho sangue. A garota olhou o objeto ainda com uma expressão neutra, quando percebeu onde estava a cor que pediu e como a combinação de cores havia ficado boa, respondeu.

Pamy: Legal.

Um sorriso realmente satisfeito surgiu em Pamy enquanto ela pegava o oráculo da mão de Silver, ela estava animada, havia conseguido passar para a próxima fase e mal esperava para contar a quem pudesse sobre sua vitória, mas estava com pressa, não queria mais ficar parada naquele lugar, queria correr, sair dali e correr para aliviar sua ansiedade. Ela já estava saindo de perto de Silver quando o ouviu chamar. Ela se virou meio a contragosto para ouvir o que mais ele queria falar. Silver percebeu a irritação da garota, sorriu amarelo, tentando entender o que passava pela mente da nova concorrente ao título de Shaman King.

Silver: Você vai precisar saber como usar o oráculo...

Pamy: Eu descubro sozinha...

A impaciência e ansiedade a definiam perfeitamente. Silver achou graça, só ali entendeu que ela estava com pressa de comemorar sua vitória, longe dele. Ele insistiu mais uma vez em explicar para ela.

Silver: Eu explico, será mais rápido.

Pamy: Certo, mas está esperando o que, que ainda não explicou?

Silver ganhou uma grande gota no cenho e suspirou fundo enquanto fechava o punho, aquela garota estava começando a irritá-lo e ele não sabia se ela estava sendo daquela forma de propósito ou aquele era o jeito natural e ela era inocente. Respirou fundo para não se exaltar enquanto a respondia.

Silver: O oráculo irá te indicar neste visor o local e horário de sua próxima luta, além do nome de seu adversário. Também irá te dar avisos importantes, conforme seja necessário...

Pamy: Só isso? Você me falou isso tudo quando o pegava o primeiro oráculo!

Silver: “Ela estava escutando?” Bem, caso você tenha alguma duvida aperte o botão 'B'. E lembre-se que as lutas eliminatórias serão em Tokyo.

Pamy: Posso ir agora?

Ela estava começando a ficar entediada com tanta informação repetida, realmente precisava continuar seu caminho para assimilar melhor o que acabara de viver. Silver a observava um tanto derrotado, não pela luta, mas pela impaciência da jovem.

Silver: Pode... “Os jovens de hoje em dia estão cada vez mais impacientes...” 

Com a permissão, Pamy se virou em direção ao caminho que desejava continuar a seguir e começou a caminhar se afastando do Patch.

Pamy: Foi divertido lutar com você!

Pamy falou alto o suficiente para Silver escutar enquanto dava um aceno de mão, ele escuta e sorri. Ficou observando a jovem promissora correr para longe, imaginando se ele encontraria mais candidatos assim, até seu próprio oráculo apitar, indicando o novo candidato a ser avaliado: Asakura Yoh, Tokyo, Japão. Logo que Pamy saiu da vista de Silver, ela começou a correr com um sorriso no rosto ao seu destino enquanto conversava com May por telepatia.

Pamy: Parece que vamos poder ver o Hao de novo...

May: É... Você sente falta dele né?

Pamy corou com a pergunta e deu uma pausa antes de responder, tentando diminuir a vermelhidão em suas bochechas.

Pamy: É... Ele prometeu que eu entraria para a equipe dele se eu conseguisse ser uma Shaman forte...

May: E você conseguiu! Agora estamos cada vez mais perto dos seus desejos se realizarem!

A fênix sorriu orgulhosa de sua amiga e parceira, e a shaman concordou sonhadora. Poucos minutos após o início da corrida, Pamy finalmente chegou ao seu destino, a casa de seu amigo Nate. Ela tocou a campainha e segundos depois a porta se abriu, revelando um garoto sorridente, dono de olhos azuis claros e cabelos pretos presos num rabo de cavalo, com uma camiseta vermelha, uma calça jeans e um all star vermelho. O garoto foi surpreendido por um abraço caloroso e amigável de Pamy, que o cumprimentava e o enchia de perguntas.

Pamy: Nate oi! Como você está? A Meg está bem? O que anda aprontando?

Nate: Oi Pamy! Eu to bem, to estudando... A Meg saiu e...

Nate dava passos pra trás, trazendo a Brown para dentro de sua casa, para conseguir fechar a porta. Enquanto terminava de responder, foi surpreendido pela notícia de Pamy, que não aguentou mais segurá-la e acabou interrompendo seu amigo.

Pamy: Eu entrei na luta dos Shamans!!

Nate se libertou do abraço e a olhou surpreso, ele também era um shaman e era forte, também sabia da força de sua amiga e do desejo da garota em participar da luta, mas não achava que ela iria ser chamada para a luta tão rápido. Mas acabou se conformando, afinal, no dia anterior mesmo, um índio estranho havia convidado ele para um combate para testar se ele era apto ou não a participar da luta, mas decidiu ser empenho de mais para algo que, caso ganhasse, nem saberia o que fazer com o poder prometido ao Shaman King. Acabou deixando sua surpresa e animação pela amiga transparecer em sua pergunta.

Nate: Sério?!? Eu fui chamado mais não aceitei...

Nate acabou emendando o comentário sobre ter sido chamado para participar também, e agora sabia que havia tomado uma ótima decisão em não aceitar o chamado, afinal poderia torcer por Pamy e não precisaria enfrentá-la em momento algum, apenas seria parte da torcida da garota para que ela conseguisse alcançar seu desejo. No entanto não esperava que seu comentário acabasse deixando Pamy com um olhar tão incrédulo direcionado a ele.

Pamy: Porque você não aceitou?

Nate: Não tava afim...

Pamy havia ficado irritada e revoltada com o pensamento acomodado de Nate e não se segurou e deu um cascudo no ombro do amigo, enquanto gritava para quem conseguisse ouvir no quarteirão.

Pamy: SEU IDIOTA!!!

Nate: Ai! Isso doeu...

Pamy: Que bom, posso sentar?

Nate: Claro...

Nate acariciava o local espancado por Pamy, enquanto abria passagem para ela ir para a sala de estar. Ela se sentou mais do que depressa no sofá em frente à lareira que estava apagada e tirou seu lenço e casaco, deixando-os ao seu lado no sofá. Nate sorri com a comodidade dela e se dirige à porta da cozinha.

Nate: Pamy quer um chá?

Pamy: Claro!!!

Não demorou muito para ele voltar da cozinha com duas xícaras de chá. Ele entregou uma para Pamy e se sentou no sofá ao lado dela e pergunta curioso, enquanto Pamy toma um gole.

Nate: Como estão o James e o pessoal?

Um silêncio incômodo acabou dominando o cômodo. Pamy queria contar sobre a luta que acabara de vencer, não queria lembrar de James, seu mestre, e muito menos do “pessoal”. Nate percebeu que perguntou algo que não devia e se arrependeu, se desculpando.

Nate: Desculpe...

Pamy: Não, tudo bem... Eu não vejo o James há um tempo, ele tinha uma missão, não sei, daí nós nos separamos...

Nate: Ah... E Então, como foi a luta?

Um brilho animado dominou o olhar da garota, o chá foi usado para ela tomar fôlego enquanto narrava a luta contra Silver, e Nate escutava tudo atentamente. Depois disso, os tópicos de conversa foram mudando rapidamente, ambos se atualizando do que havia acontecido no tempo em que ficaram longe.


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Notas finais do capítulo

Prólogo Shaman Fight ~ Lala: Em Paris, uma garota caminhava pelas ruas pouco movimentadas, aproveitando os raios do sol. Ao seu lado, uma pequena bola espiritual a seguia, conversando mentalmente com a humana. Um parque conhecido a fez relembrar sua infância de forma nostálgica, mas as lembranças felizes foram interrompidas por um estranho índio que a chamava.

Continua no próximo capitulo...


Pierre: Sejam legais e deixem reviews! *choroso*



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