Lapso Paradoxal escrita por Kamihate


Capítulo 3
Capítulo 03 - Fuja do Passado




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Com medo do que me aguardaria, junto de Marco, decidi que o melhor seria entrarmos em algum local com muitas pessoas, afinal, quem quer que esteja nos caçando, não faria seu movimento em um local cheio, ao menos era o que eu esperava, mas tinha me esquecido das outras nove pessoas, se tudo aquilo realmente fosse real, como eu poderia sobreviver encarando nove ‘super humanos’? E não só eu, mas Marco também estava envolvido nesse jogo de caça, onde somos meras formigas andando na 25 de março em véspera de natal.

– Você acha mesmo que isso não é uma pegadinha? Digo, alguém pode estar tirando com nossa cara! Eu não sei se aquilo que achamos é mesmo uma bomba, precisamos que alguém analise, sabe, e mesmo se for uma pegadinha ou real, acho que ainda deveríamos levar isso até a polícia, Naiara. – Por nossa sorte, havia um shopping a três quarteirões da delegacia, não era muito grande, mas pelo menos me sentia mais segura lá, nos sentamos na praça de alimentação depois de comprarmos café, eu ainda estava tentando acreditar em tudo aquilo, uma situação tão surreal não poderia ser digerida tão facilmente.

– Eu acredito que seja real, é a única explicação, Marco, eu não sei o que fazer. – Tentava tomar o frapuccino aos poucos, mas naquele momento não tinha vontade de fazer nada, muito menos de comer ou beber. – Claro que não temos como provar nada ainda, mas se minha teoria estiver correta...

– Então, você acha mesmo que o ‘portador’ que volta no tempo está atrás da gente? Pelo que você me contou, ele só pode voltar no tempo três vezes ao dia, e com a situação presente, ele voltou no tempo duas vezes hoje já, primeiro, pra se antecipar e ir até a delegacia, e depois, pra armar a ‘bomba’ em meu carro. – Marco havia entendido o que eu quis dizer, mesmo que seu olhar ainda seja cético, e eu não o culpo, mas havia algo de errado nesse pensamento.

– Isso pode ser um equívoco da sua parte, ele pode não ter usado nada, por exemplo, pode ser que ele só tenha arriscado nos denunciar, se bem que acho isso muito improvável, ele de alguma forma tinha que saber que iríamos pra delegacia, e levando em conta tudo que o Lúcifer me disse, ele não ajudará os portadores, e os portadores, antes do Lúcifer me entregar a chave, sabiam que eu seria uma das escolhidas, ele citou algo como ‘ir para o próximo’, acho que no caso, se eu recusasse, ele iria escolher outra pessoa para entregar a chave, sendo assim, eu não seria o único alvo deles, e eu não acho que tem como eles saberem que eu fui escolhida, porque poderia ser qualquer um, então eles tem que descobrir por si só, acredito que funcione dessa forma, e eu não consigo acreditar no fato de que alguém tenha me descoberto, se o que eu disse estiver correto, ao menos é claro, que essa pessoa tenha ficado esperando na frente da delegacia, ou então... – Tive um pequeno vislumbre naquele momento, abri bem meus olhos enquanto percebia que Marco não entendia muito bem o que eu dizia.

– O que foi?

– Como eu disse, é mais provável que esse portador tenha ficado esperando o ‘escolhido’ ir até a delegacia denunciar Lúcifer, depois que eles receberem suas habilidades, aposto que eles ficaram sabendo de ‘nós’, e com isso, prepararam seus movimentos para nos descobrir, é só uma hipótese mas, o que você faria para descobrir a identidade de alguém que entregaram uma chave que pode destruir metade do planeta? Considerando que isso ESTÁ acontecendo mesmo, se o portador da viagem no tempo já nos encontrou, quer dizer que ele só pode morar nessa cidade, pois não teria como ele descobrir, se morasse em outra, aliás, nenhum dos dez saberia ao menos que nossos nomes fossem passados, mas como creio que ele não foi, porque até agora, só tivemos UM ataque, então significa que todos os portadores são dessa cidade, e todos eles estão esperando o meu movimento para começarem, isso porque eles não tem como saber quem foi escolhido, mas agora o portador da viagem no passado sabe, porque ele se arriscou e ficou me esperando.

– Ok, eu acho que entendi, mas, suponhamos que ele tenha mesmo te esperando na delegacia, você disse que não tem como definir quando tais portadores receberam suas habilidades, e se eles tivessem recebido a mais de um mês, por exemplo? Você acha que ele ficaria na porta da delegacia esperando o tempo todo? Mesmo se ele ficasse em um carro, ele estaria na frente da delegacia! Alguém iria desconfiar. – Marco havia chegado no ponto correto, mas havia uma alternativa para isso.

– De fato, ao menos que ele não tenha ficado em um carro.

– O que quer dizer?

– Há várias casas na frente e ao redor da delegacia.

– Está dizendo que ele alugou uma casa perto da delegacia?

– Não precisa alugar, esse cara tentou nos matar seriamente! Ele pode ter matado alguém com seus poderes e usado a casa.

– E sugere que investiguemos todas as casas ao redor?

– Todas não, há um número limitado de casas. Precisa ser uma residência que dê pra enxergar a delegacia e estar a menos de dez minutos a pé, o tempo necessário que ele teve, antes da nossa chegada. Antes de entrarmos em seu carro eu fiquei analisando os arredores já pensando nisso, contei 3 casas no quarteirão da frente, uma na outra esquina da direita, e duas casas na lateral esquerda, totalizando 6 casas com visão para a porta da frente da delegacia. – Parei para respirar e olhei para o relógio de prata em meu pulso que usava todos os dias.

– Mas o que está sugerindo? Que vamos atrás desse cara? – Marco parecia espantado, mas eu não tinha dúvidas em minha mente. Era matar ou morrer naquele instante, Marco não sabia que se eu vencesse aquele jogo, a chave seria entregue para Lúcifer que destruiria o mundo, mas eu precisava da ajuda dele, por Vitor, precisava vencer esse maldito jogo, mesmo que eu tenha que derramar sangue, no momento em que peguei aquela chave, pensando que isso seria real, abandonei toda minha natureza pacífica e me transformei em uma fera selvagem disposta a dilacerar carne até o fim para chegar ao topo, me sentia mal por Marco, mas naquele momento eu só tinha um objetivo: Salvar Vitor e sobreviver. Eu iria cumprir minha promessa com ele, eu iria até aquele lugar.... Mas como eu poderia matar esses portadores? Eu já tinha algo em mente, mas não sei se era certo. Eu só estava esquecendo de um detalhe, que Marco se lembrou naquele momento.

– Você pretende mesmo MATAR ele? Acha que isso é real?

– Marco, isso é real, se eu não matar, irei morrer!

– Mas isso é loucura! Como poderia? Se esqueceu que o cara nos denunciou? Se ele morrer, seremos os primeiros culpados! – Marco parecia eufórico, ele me olhava com certa fúria, e lhe dava razão. Eu havia perdido minha humanidade.

– E quem disse que eu o assassinarei? Não nego que ele tem que morrer, mas se eu o matasse diretamente, é claro que seria culpada.

– Então o que fará?

– Farei com que pareça um acidente. – Depois dessas palavras, Marco se levantou e colocou as duas mãos na cabeça, ele não acreditava no que ouvia. Nem eu acreditava no que eu estava falando.

– Acidente? E como planeja isso?

– Eu ainda não pensei nos detalhes, mas eu tenho algo pra começar. Só preciso que a morte dele pareça acidental, não é? – Eu pareci sorrir naquele instante, será que no fundo... eu estava empolgada com aquele ‘jogo’? Foi quando percebi que os olhos de Marco estavam vermelhos, será que ele estava tão indignado comigo?

– Naiara... você sempre foi a melhor aluna do nosso curso! Não só do nosso curso, mas da faculdade toda, ganhou vários prêmios como melhor aluna, ganhou várias bolsas no exterior, você é a droga de um gênio, então, como pode dizer isso? Vamos até a polícia, diremos tudo, não tem outro jeito, ninguém vai matar ninguém... – Marco fez uma pausa e colocou uma das mãos sobre a mesa, abaixando sua cabeça.

– Qual o problema Marco? – Naquele instante percebi o que acabara de acontecer.

– Naiara, chama o segurança. – Os olhos de Marco começaram a se fechar, e sem que eu pudesse fazer algo, ele deu de cara com a mesa, paralisado. Pedi a mesma bebida que o Marco, um frapuccino de brigadeiro, e já pensei na possibilidade disso acontecer, se o portador da viagem ao passado (como estava o denominando) estivesse nesse shopping, ele certamente agiria, se ele nos visse pegando alguma bebida, ele poderia fazer um movimento, como voltar no tempo, entrar dentro do Starbucks e colocar algum veneno ou sonífero nas nossas bebidas, mas pensei na possibilidade dele não matar aqui dentro, isso levantaria suspeitas, e ele não agiria atingindo nós dois, ele focaria só em uma pessoa, para deixar o outro com aberturas, quando chegamos na mesa, eu peguei a bebida do Marco sem que ele percebesse, me senti mal por isso, mas eu não posso morrer, de forma alguma, e isso foi necessário para confirmar que tudo isso é real, os portadores, a chave, e no momento, o portador da viagem ao passado, que estava nesse shopping me focando. Seu alvo era a mim, mas como Marco foi atingido, ele iria fazer seu próximo movimento. Considerando essa como sua segunda viagem ao passado, na pior das hipóteses, ele vai fazer seu próximo movimento logo em seguida. Coloquei minha mão no pescoço de Marco para sentir seu pulso, felizmente ele estava vivo, aquilo devia ser só um sonífero, eu peguei minha bolsa e chamei o segurança mais próximo, pareci desesperada para não levantar nenhuma suspeita.

– AJUDEM, POR FAVOR! – Várias pessoas correram em direção da nossa mesa, eu não podia ficar ali, o portador iria me encontrar e fazer algo, eu aproveitei o aglomerado e tentei sair sem que percebessem, mas um dos seguranças, um homem negro com cabelos rasos e bem alto me segurou pelo braço de uma maneira bruta.

– Você tava com ele né? – Ele provavelmente devia ter nos visto, eu não tinha mesmo como sair dali, mas o melhor que eu poderia fazer era ficar do lado daquele segurança enquanto Marco seria levado para o hospital, eu não entendi como o portador conseguiu mexer em nossas bebidas, foi então que senti um frio na espinha, pensei que algum outro portador poderia estar ajudando-o, e isso já me fez tremer.

– Ele desmaiou do nada, deve ter sido a bebida, ele tomou e logo depois passou mal já! – Eu me sentia mal pelos funcionários do Starbucks, quando descobrissem do provável sonífero ou o que quer que seja na bebida, eles vão ser os culpados, mas eu não podia fazer nada, o alvo ali era eu e Marco, eu queria ajuda-lo, mas não sabia como naquele momento.

– A ambulância tá chegando, você é namorada dele? Precisa acompanha-lo até o hospital. – Acompanhá-lo até o hospital? Talvez isso fosse a chance de me manter segura. Não tem como o portador agir assim, no meio desse caos, mas se ele proporcionou tal estado, ele provavelmente já tinha o próximo movimento programado, então tentei pensar como ele. Originalmente, seu alvo era eu, ele pretendia me deixar desmaiada e atingir Marco? Ou ele queria isso e... Espera, ele queria que eu fosse colocada em uma ambulância? Eu já estava entendendo tudo, talvez Marco estivesse certo, recorrer a polícia seria o meu escudo, e não uma faca de dois gumes.

– Sim, sou! Pelo amor de Deus, vamos pro hospital. – Minutos depois a ambulância chegou na porta lateral direita do shopping, uma multidão toda se reuniu ao redor dos paramédicos que colocaram Marco em uma maca enquanto consultavam seus batimentos cardíacos e respiração, ele foi levado até a ambulância e eu me ofereci para acompanha-lo me passando como sua namorada. Ao entrar na ambulância, senti uma enorme dor em meu peito, eu tinha usado Marco para me proteger, era pra eu estar no lugar dele, mas, nessa situação, eu acabei nos salvando, porque se fosse eu em seu lugar...

– Você é namorada dele né? Sabe se ele tem alguma doença ou se estava tomando algum remédio recentemente? Ele já desmaiou antes? – Enquanto a ambulância partiu direto para o hospital, do outro lado da maca onde Marco estava, uma enfermeira com cabelos negros longos começou a me questionar.

– N-não, ele nunca desmaiou antes, eu acredito mesmo que foi a bebida que ele tomou. – Se minhas suspeitas estivessem corretas, o portador iria fazer o seu último movimento do dia agora, e para ele, deveria ser o final.

– Ele parece que foi dopado, a polícia já está investigando o Starbucks, você se sente bem? Estava tomando a mesma bebida também né?

– Sim, eu me sinto bem, mas não acredito que tenham colocado algo, sabe, pode ser só um ataque de hipoglicemia... – No momento em que a mulher iria me fazer outra pergunta, a ambulância fez uma curva brusca mudando de direção, ela já não estava indo mais até o hospital.

– Mas que porra é essa Marcelo? – A suposta enfermeira foi até a grade que ficara no meio da ambulância questionar o motorista, foi quando percebi que a armadilha já estava armada. O motorista atirou com um revólver na cabeça da mulher através da grade, um tiro a queima roupa bem em sua testa, eu fiquei suja de sangue, seus miolos ficaram espalhados por toda ambulância e em cima de Marco, o branco do interior fora manchado por vermelho, eu fiquei sem reação, apenas em choque olhando o cadáver da enfermeira com um buraco enorme em sua cabeça, seus olhos arregalados e sua boca aberta me fizeram vomitar enquanto a ambulância acelerava cada vez mais, o portador estava dirigindo-a.

– Me entregue a chave e deixo você cair fora. Estou te dando essa escolha e não vou falar outra vez. – O homem em minha frente gritou enquanto dirigia na rodovia, ele estava querendo sair da cidade, depois de vomitar mais um pouco, limpei minha boca e recobrei minha consciência, tentei ver o rosto do homem, mas ele fechou a grade em forma retangular na minha frente.

– Eu não estou com a chave aqui! – Eu não podia dizer que estava com a chave, mas duvido que ele acreditaria, mas eu só precisava esperar mais um pouco...

– Não brinque comigo! Quer o mesmo fim dessa moça aí? Seu amigo também vai dançar. – A voz do homem era de alguém bem novo, parecia a voz de uma pessoa de vinte anos ou até menos, como ele conseguiu matar alguém a sangue frio assim?

– Antes de tudo, eu queria saber... encostei minha cabeça perto da grade para que ele pudesse ouvir minha voz. - Quem são vocês, portadores?

– Quem somos nós? Somos pessoas que apenas querem salvar a porra do mundo! Você é uma assassina, não venha me julgar pelos meus atos, estou fazendo tudo isso pra salvar mais de 7 bilhões de pessoas, uma ou duas mortes são necessárias e inevitáveis, você é a maior ameaça da humanidade nesse momento. Quando ele nos visitou, nos disse tudo, que você tinha a chave e se ela não fosse destruída em noventa dias, o mundo iria ser dizimado, ele me ofereceu esse poder pra sempre, caso eu conseguisse pegar a chave por primeiro, ele escolheu dez pessoas e deve ter feito a mesma oferta, a primeira que conseguir a chave vai ter direito a ficar com seus poderes, mas temos uma regra, nenhum de nós pode se matar, o alvo é só você, Naiara, não tem como fugir, são dez pessoas como eu atrás de você, você será caçada dia e noite sem descanso, eu considero o meu poder um dos mais fracos, pelo que foi me dito, duvido que alguém vá querer cooperar comigo por isso tomei a iniciativa primeiro, eu não vou deixar que os outros cheguem, você vai me dar a porra da chave ou vou abrir vários buracos no seu corpo. – Agora eu havia entendido, eles não podiam cooperar, até podiam, mas só um deles podia ficar com seu ‘poder’ pra sempre, e a condição era tomar a chave de mim. Isso me deixou muito aliviada, eles não iriam me caçar ao mesmo tempo, mas mesmo assim, ele estava correto, como eu poderia lidar com tudo aquilo? Vitor... Quando pensei no futuro que me aguardava, me recompus, e já ouvi várias sirenes de polícia.

– Você chamou a polícia? Mas como é possível!? Coloquei um aparelho para bloquear sinais de celulares aí dentro. – O rapaz havia me subestimado. Antes mesmo de entrar na ambulância, eu já tinha ligado para a polícia e dito que eu seria sequestrada nessa ambulância, passei a placa para o policial que me atendeu e informei que ele pegaria a rodovia para o final da cidade, já que estávamos no shopping, se ele desviasse do hospital, só restava esse caminho. Ele foi quem caiu na minha armadilha.

– Eu sinto muito, mas é melhor se render agora. – Fiquei com medo, mesmo com várias viaturas atrás da gente, ele poderia apenas parar a ambulância e me matar, e considerando que ele já fez as três viagens no tempo, ele não tinha como fugir daquela situação, ele seria preso e eu teria apoio da polícia, diria para eles que estou sendo perseguida por uma gangue, e assim, eu seria protegida. Parece que o plano do rapaz havia saído pela culatra.

– Hahahahahaha, você é mesmo boa, Naiara, você está mesmo lutando contra mim, isso é incrível! – Ele estava rindo, rindo de uma maneira bem insana, não entendi muito bem, mas ele devia estar desesperado, foi quando percebi que ele havia saído da estrada, eu não conseguia ver onde estávamos indo, mas parecíamos fora da pista.

– Eu não vou morrer, eu vou sobreviver, vou salvar meu namorado, vou derrotar todos vocês!

– Então tente sua vadia! – O rapaz abriu novamente o suporte no meio da ambulância e jogou um pedaço de papel, naquele momento, a ambulância foi freada repentinamente, eu fui jogada para frente e dei de cara com a lataria, fazendo um pequeno racho em minha cabeça enquanto percebia que o veículo havia parado. Fiquei um pouco sonsa e quando percebi, o rapaz não estava mais lá na frente.

– Filho da puta... então ele não tinha feito as três viagens. – Peguei o bilhete que ele havia deixado e comecei a ler. “Você se mostrou esperta, mas não tem pra onde correr. Quero que entregue a chave nesse endereço: Rua Júlio Novaes, 342, até amanhã ao meio dia, caso não faça isso, eu não irei atrás de você, mas de sua família. Naiara, não dá pra fugir do nosso....passado.”


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