Dear Rosie escrita por Gabs
"Você deixou um buraco em meu peito, ele é profundo e incurável."
03.03.1974
Rosie observava de relance um garoto sentado e descontraído na cadeira, inclinando-se sobre a perna traseira. Era realmente atraente; seus cabelos negros caíam sobre os olhos com uma espécie de elegância e disciplina. Ela desvia o olhar rapidamente, fingindo dar atenção a Mary que tagarelava incessantemente. Sentindo-se completamente envergonhada com o olhar de Sirius fixado nela, cora fortemente.
— Sirius Black está te olhando. – comentou Maria, de forma que só Rosie pudesse ouvir. – Acho que tem um pouquinho de baba na boca dele. Cachorro.
Rosemary abriu um pequeno sorriso tímido, sentindo a ardência de suas bochechas, imaginava o vermelho em seu rosto.
— O Black é bem bonitinho. Não é de se jogar fora. – comentou Mary, pervertidamente. – Você deveria dar alguma chance a ele. Ele merece. Ele vive atrás de você feito um bobo. A forma que ele te olha... Como se fosse o sol e centro do universo... – ela sorriu, expunha um sorriso malicioso e sarcástico entre os lábios. - Acho que Sirius provavelmente morreria.
O rosto da bruxa se retrocedeu muitíssimo envergonhada. - Existem outras garotas melhores e mais bonitas do que eu na concorrência. – respondeu a ruiva, lentamente.
— E você prefere o que? – Mary franziu a sobrancelha irônica. – se casar com Severo Snape e cuidar dos minis-ranhosos?
Rosemary contraiu uma expressão de desacato.
— Não fale isso para a Evans. Nunca. – Mary recomendou. – Por Merlin, Rosie! Não suporto ver minha melhor amiga com cara de quem comeu e não gostou.
Rosemary suspirou aborrecida. - Eu só preciso de algum tempo. – disse a ruiva, sensível.
— Minha Morgana, esqueça ele! Você não serve pra ele. – pediu Mary. – É perigoso demais para você!
— Eu só – os olhos de Rosemary se estreitaram. – Acreditei. Acho que esse foi meu o erro. Criar expectativas demais, decepção demais.
Mary fitou os olhos castanhos esverdeados da amiga.
— Ele me deixou um buraco, um buraco profundo demais no peito. – refletiu Rosie, suspirando como se pudesse sentir a dor em seu coração. – Eu gostaria de nunca ter o conhecido. Preferia ter sido ignorada – e levantando-se da cadeira – Vou para o meu quarto. Minha fome acabou de passar.
Mary lançou um olhar decepcionado para Rosie.
— Desculpe se disse alguma coisa... – ela deu de ombros, vencida. – Quer dizer, eu sempre digo algo... Vivo jogando coisas na cara das pessoas, mesmo que às vezes elas não queiram, mas, você sabe muito bem que eu sou assim.
— Mary,— murmurou. – está tudo bem. – a ruiva forçou uma risadinha.
— Você e a Lily são péssimas mentirosas! – resmungou a morena, obviamente não convencida.
James Potter vinha marchando em direção às garotas, ele fitou Rosie, levemente receoso. – Algum problema?
— Nenhum, estou indo pro meu quarto agora mesmo – disse lhe a ruiva. Mary revirou os olhos e levou uma garfada de frango à boca. James pigarreou como se temesse dizer algo.
— Bom, a Lily está na enfermaria da escola – informou, com a voz grave.
Mary quase se engasgou com o frango e a outra apertou os olhos.
— O que ela fez? – indagou a morena com as bochechas cheia de ar - Desde quando Lily está no hospital... Quer dizer, estamos falando da mesmo Lily, não é? A Evans, certo?
Mariy se levantou e ambas caminharam para mais perto do moreno.
— Sua amiguinha é meio "debi", acho que ela só fica assim quando eu estou por perto – comentou Potter, com um ar mais descontraido. – a Lily torceu o braço. Já, já estará aqui.
— Torceu o braço? – as duas interrogaram juntas, ambos se encaravam indigestas.
Sirius veio se juntar aos garotos.
— Vocês sabem. O de sempre. A Ruiva resolveu montar em uma vassoura – James torceu o nariz.
Mary franziu a sobrancelha irônica. – A Lily Evans montou em uma vassoura? Fala sério? – cruzou os braços, sem se dar por convencida - O que você aprontou dessa vez, Potter?
— Eu? – James praticamente gritou, Mary o fuzilou com os olhos. – Ela quis mostrar que é tão boa quanto eu. Ela disse que sabia de tudo e que não existe, tecnicamente, exceções – defendeu-se. – eu disse para não...
Sirius caiu na gargalhada.
— Não tem graça, Black – Muxoxou Rosie. Ela olhou para James pelo canto do olho.
Sirius parou de rir e fitou a garota, ligeiramente fascinado. – Desculpe. – murmurou.
— Depois você baba Six – advertiu Mary e virando-se para James; – ela está bem? Foi muito grave?
— O braço da minha lírio está perfeitamente no lugar – assegurou o moreno. – Sirius, o Lupin precisa resolver aquele probleminha. E a gente, é claro, vai dar aquele apoio pro nosso amigo.
Mary resmungou algo baixinho.
— O que disse Mary? – perguntou Rosemary, virando-se para a morena.
— A Lily vem quando? – fez cara feia para Sirius e um olhar de reprovação para James que ajeitou o óculo no nariz.
— Eu já disse; ela já vem, olhe ela – apontando para a porta do saguão o moreno indicou uma garota de cabelos vermelhos que parecia avançar irritada em direção aos garotos.
— Mato você, Potter! – resmungou Lily, olhando zangada para o moreno de óculos.
— Mata sim, Lírio, de amor – o garoto lançou um olhar abobado para a outra.
— Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – resmungou Mary, mal-humorada.
— Acontece que o James me desafiou a montar na vassoura e eu aceitei – Lily praticamente cuspia as palavras. – eu posso ser tão bom quanto ele...
— acontece querida Lily – Sirius interrompeu. – que você falhou e caiu da vassoura.
Lily fuzilou o moreno de cabelos longos com os olhos.
— Meu Deus, James e Lily, vocês dois se amam, só pode – Rosie riu, abraçando Sirius pelos ombros.
Lily rezingou e James sorriu.
— Vamos, Almofadinhas – lembrou o de óculos. – Remus precisa muito da gente.
Sirius fez que sim com a cabeça e sussurrou algo no ouvido de Rosie que a fez rir.
— O que houve com o Aluado? – Perguntou Mary, franzindo a sobrancelha esquerda.
— Está doente. Como sempre vive. E nós, como bons amigos que somos, vamos virar a noite na ala hospitalar. – respondeu o Potter.
— Diga que mandei melhoras – disse-lhe Rosie.
Black Riu.
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