O Retorno Do Príncipe escrita por misthaven


Capítulo 6
Um Amigo




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Chegamos em NY há quase três semanas, no começo Damon teve algumas dificuldades de adaptação, mas agora ele adora a cidade. Nos primeiros dias eu expliquei a ele o que era internet, como funcionava e como se usava e fiz a mesma coisa com o celular e o computador, achei muito estranho ele não saber o que era nada disso, mas logo deduzi que ele deveria vir de um lugar bem pobre, onde não se tem acesso à celulares, nem computadores ou internet. Ele se adaptou bem rápido a tudo, compramos roupas novas, apresentei ele a pizza, sorvete e outras guloseimas.

— Então, quando você vai finalmente abrir o jogo comigo hein? – Estou na cozinha servindo duas taças de sorvete quando minha mãe aparece fazendo essa pergunta estranha.

— Sobre o que?

— Você e Damon, sua boba. Acha mesmo que eu não notei? – ela tem um olhar presunçoso em seus belos olhos azuis e um sorriso irônico nos lábios.

— Não tem nada rolando mãe, é sério.

— Bom se não é da sua parte, é da parte dele. – franzo a testa.

— Do que você está falando?

— Não se faça de boba Lilian, não vê o jeito como ele olha pra você? Como ele é carinhoso, atencioso, o modo como ele é protetor com você, ou acha mesmo que eu me esqueci da nossa primeira experiência na boate? – aa não, lá vem ela de novo.

Flashback

Domingo, dia 02 de abril.

— Já volto, vou ao banheiro. – Damon disse no meu ouvido. Decido ir até o bar.

— O que vai querer? – o barman me pergunta.

— Um morango ao leite. – ele franze a testa estranhando meu pedido, mas logo vai prepara-lo. Não consigo gostar de bebida alcoólica, simplesmente não me acostumo com aquela coisa queimando minha garganta e estômago. Ele me entrega minha bebida e logo começo a bebericar aos poucos.

— Achei você! – minha mãe grita se sentando ao meu lado no bar. O barman pergunta o que ela quer e ela pede um sexy on the beach – Cadê o Damon?

— Foi no banheiro, daqui a pouco ele aparece. – minha mãe termina sua bebida e volta pra pista, me deixando sozinha de novo.

— Oi gracinha, posso te pagar uma bebida de verdade? – um cara estranho me pergunta.

— Não, é contra minha política aceitar bebidas de um estranho, principalmente um estranho bêbado. – digo seca, ele dá um risinho.

— E dançar, também é contra sua política?

— É.

— A vamos, só uma dança. – ele diz estendendo o braço para pegar a minha mão, mas no meio do caminho uma mão segurou o pulso dele com força.

— Ela não está interessada. – não sei de onde Damon apareceu mas ele apareceu bem na hora, olho nos seus olhos e tem uma expressão estranha neles, uma expressão feroz, como se ele fosse um predador e o cara uma presa bem suculenta, esse olhar me deixa assustada e eu coloco a mão em seu braço, seu olhar suaviza um pouco com meu toque.

— Pode soltar Damon, ele já se tocou. – relutante Damon larga o braço dele, o cara vira as costas para ir embora, mas de repente Damon vai atrás dele e dá um soco na cara dele, o cara tenta revidar, mas Damon é mais rápido. Ele pressiona o cara contra a parede, segura a garganta dele com um braço e com a mão livre ele dá vários socos no rosto dele, o homem tenta se desvencilhar de Damon a todo custo, mas suas tentativas são vãs. Corro até lá.

— Damon, chega! – digo tocando seu braço, ele olha em minha direção e me assusto, ele está com uma expressão mais feroz do que antes no rosto. Sua expressão se suaviza um pouco quando ele vê o medo do meu rosto, olho para o cara, ele está com o rosto inchado e o nariz sangrando, Damon larga o cara e se dirige para saída do bar, minha mãe brota de sabe se lá onde e me puxa pelo braço. O trajeto de volta foi um completo silêncio, olho Damon sentado no banco de trás pelo retrovisor, ele está perdido em pensamentos enquanto olha a cidade pela janela. Quando o carro para no estacionamento, Damon saí em disparada e sobe as escadas, deduzo que ele deve estar indo pro quarto de hospedes. Não consigo dormir naquela noite, fico pensando no porquê de Damon ter ficado tão alterado. Quando é pouco mais de uma da manhã, ouço um barulho na sala, me levanto e vou até lá. Vejo a silhueta de Damon parada em frente a grande janela da sala, ele está olhando a grande cidade de Nova York, toco suas costas, mas ele não se vira para me olhar.

— Você está bem? – pergunto olhando para ele preocupada.

— Estou, e você? – ele está com uma expressão sombria no rosto.

— Bem... – digo apenas, depois de alguns minutos em silêncio, viro as costas para voltar ao meu quarto.

— Me desculpe se eu a assustei hoje, Lily. – ele diz ainda olhando para janela, me coloco entre ele e a janela e seguro seu rosto com as mãos, não consigo decifrar a expressão em seus belos olhos azuis cobalto.

— Por que você fez aquilo?

— Não podia ficar sem fazer nada depois do que ele disse. – quando percebe a expressão de dúvida em meu rosto, ele prossegue – Ele te chamou de vadia, me desculpe por repetir isso Lily, não sei porque alguém diria tal coisa de você.

— Bom, então ele mereceu a surra que levou. – digo sorrindo, Damon também dá um leve sorriso e planta um beijo em minha testa, ele estende a mão para acariciar meu rosto e seu toque causa formigamentos em minha bochecha. Seu olhar está o mesmo de sempre, doçura, admiração, sinto-me tentada a beijar seus lábios, mas acabo voltando para meu quarto. Fecho a porta e me deixo cair encostada nela.

— Terra para Lilian! Lilian! – desperto do meu devaneio com minha mãe balançando os braços freneticamente diante dos meus olhos.

— Desculpe mãe, eu tive um devaneio. – ela dá um risinho.

— Parece que eu me enganei.

— O quê?

— Nada, melhor ir logo, ou então o sorvete vai derreter. – ela diz saindo da cozinha. Volto pra sala e entrego uma taça de sorvete a Damon.

— Desculpe a demora, minha mãe estava me prendendo na cozinha.

— Sem problemas. – ele diz dando uma colherada no sorvete – Então, o que acha de pedirmos um banquete?

— Um o que? – sei o que é um banquete, mas a afirmação dele que me assustou.

— De onde eu venho, é muito comum fazermos um banquete quando tem algo para comemorar.

— E o que estamos comemorando?

— Meu anjo, só o fato de estarmos vivos é uma comemoração. – sorrio com a sua afirmação e concordo em pedir um banquete, ligamos para diversos números de vários tipos de comida e pedimos. E pela primeira vez, desde sempre, eu acho, meus pais jantaram juntos. E eu me senti completamente feliz como nunca havia me sentido a muito tempo.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?! Eu espero que sim, se você chegou até aqui significa que você gostou do capítulo, que tal deixar um comentário dizendo que achou do capítulo, hein? c:
Obrigada a todos vocês leitores que leem meu livro, vocês são demais. Espero que estejam gostando da história, todos os dias dou o meu melhor para escrever cada capítulo.
Um beijo, fiquem com Deus e desculpa a demora para postar o capítulo novo :*



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