POV PAUL

Eu saí andando sozinho depois da competição, precisava esfriar a cabeça depois do que Cilan me contou.

~Flashback ON~

— Preciso entregar uma coisa pro Drew… - ele exclamou e olhei no canto do olho para Cilan enquanto jogava no meu Nintendo 3DS.

— E o que seria? - perguntei e Cilan arrancou meu Nintendo. - AÊ! EU TAVA QUASE ACABANDO O MUNDO 6 DO SUPER MARIO BROS.!

— Eu salvei, calma. Escuta, pediram para eu entregar isso.

Ele mostrou uma carta e logo abri. Cilan ficou boquiaberto com o que eu tinha feito (claro, do jeito que ele é certinho). Comecei a ler a carta e logo me espantei.

— Cara, o que foi? - Cilan me perguntou e ele também leu a carta. - O QUE?

— É… Não acredito.

Na carta dizia que a mãe de Drew estava muito doente. As chances de vida dela eram de 29%, o que não era bom.

~Flashback OFF~

Continuei a andar e encarava o campo aberto vazio, sabia que aquilo ia afetá-lo, mas Drew não podia ficar depressivo de novo. Bom, a carta era do dia 01, então, nessas alturas já deveria ter melhorado. Senti alguém me seguindo e quando virei era Dawn e seu Piplup.

— O que faz sozinho?

— E o que você faz me seguindo? - perguntei e ela fez um bico.

— É que achei que queria companhia, mas não precisava ser grosso! - Dawn disse indo embora.

— Espera, preciso que venha comigo ligar ao padrasto do Drew!

Drew não tinha pai, ele havia o abandonado quando ainda tinha apenas 4 anos, restando apenas a mãe, que depois de 6 anos se casou com um cara muito bacana.

— Peraí, por que?

— Te explico no caminho!

Expliquei a ela e nós chegamos na recepção. A recepcionista nos mostrou os telefones e nós ligamos para a casa de Drew. Quem atendeu foi a tia dele.

— Paul! Quanto tempo menino! - disse a tia de Drew, dona Rosa.

— Oi dona Rosa, escuta, queríamos saber da Sra. Hayden, ainda não contamos ao Drew, mas queríamos notícias antes de dar essa. - exclamei e ela tirou o sorriso da cara.

— Minha irmã continua com 29% de vida… Quero falar com meu sobrinho.

— Dawn, por favor, chama ele…

POV DAWN

Assenti com a cabeça e fui atrás de Drew. Provavelmente ele estaria com a namorada mas às vezes não. Andei até o campo aberto e depois fui ao campo de rosas e vi May e Drew nos amassos.

— Caham… - disse e eles se viraram.

— O-oi Dawn! - os dois disseram em uníssono.

— Drew, vem, é urgente! - puxei-o pelo pulso e esse por sua vez não entendeu nada.

— EI! O namorado é MEU!

— May, eu sei, mas é urgente MESMO! - exclamei puxando o esverdeado mais ainda.

Chegamos na recepção, Drew viu a tia dele no telefone e essa por sua vez esboçou um pequeno sorriso.

— Oi madrinha! - Drew exclamou sorrindo com May ao seu lado. - Lembra da May? Agora estamos namorando!

— Oi afilhado… Drew… Tenho péssimas notícias. S-sua mãe adoeceu e tem 29% de chances de vida… - ela desabou no choro e Drew tinha grossas lágrimas caindo em suas bochechas.

May também começou a chorar, assim como eu (aposto que paul também). Do nada, Drew deu um esmurro na mesa do telefone e nos assustamos.

— IMPOSSÍVEL! MINHA MÃE SE CUROU A 3 ANOS! POR QUE? C-COMO ELA A-ADOECEU DE NOVO!

— Querido… - disse dona Rosa com as lágrimas ainda no rosto.

— OS MÉDICOS NÃO ESTÃO FAZENDO TODO O POSSÍVEL! TENHO CERTEZA! ONDE ELA ESTÁ TIA?

— Primeiro Drew, acalme-se, segundo, ela está no hospital com o seu padrasto, o Lewis, terceiro, os médicos estão fazendo todo o possível! - ela disse um pouco estressada.

— C-certo… Vou desligar… Tchau tia, depois me dê notícias…

Eles desligaram, eu ainda estava meio assustada com tudo aquilo. Drew saiu correndo e May e eu o seguimos. Ele parou no meio do corredor e desmaiou.

— Cara! Vamos levá-lo até a enfermaria! - Paul disse meio autoritário.

— Certo! Ugh, que pesado… May, manda ele comer menos, tá pior que um Snorlax! - exclamei tentando carregar Drew.

Chegamos na enfermaria e fomos avisar os outros. Cilan deu um olhar de censura para Paul que fechou a cara.

— N-não acredito! - May desabou no choro e Iris levou a morena para a nossa cabana.

— A mãe dele tem alguma doença? - Misty perguntou e abaixamos a cabeça.

— Ela tinha problema no coração, mas se curou a três anos. E agora esse ano voltou…

Misty apenas abraçou mais seu Togepi e chorou, entendia muito bem o que o amigo estava passando. Nós fomos dar mais uma volta pelo acampamento até irmos dormir cedo, ninguém tinha ânimo para nada.

— Espero que dê tudo certo… - sussurrei para Piplup.

Passaram-se 2 dias desde a notícia, Drew estava ainda na enfermaria e ele havia acabado de sair. Sentíamos que ele precisava de nós.

— Drew… - começou Ash. - Sei que está sem ânimo nenhum, mas precisamos te levantar, então que tal uma festa hoje à noite?

Ele assentiu com a cabeça e fomos arrumar as coisas para a noite, que seria na nossa cabana.