NaruIno daria um bom nome? escrita por Ed Henrique


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Oi, povo, como estão? Bem, é uma fanfic um pouco diferente – muito, mais precisamente – dos meus padrões, uma vez que não costumo fugir dos casais originais. Como eu escrevi Vida de Adolescente, uma pessoa perguntou se eu faria uma fic de NaruIno. Bom, não é uma fic, mas é uma one shot.
Primeiro de tudo, isso é uma spin off da fic Vida de Adolescente. Se eu estiver certo, spin off é quando pegamos parte de uma história de outra e criamos outra história diferente – quem conhece The Vampires Dairy e The Originals me entende. No caso, essa fic é para falar da Ino, com um final diferente da fic, então, quem não leu será capaz de entender um pouco, e quem leu entenderá melhor.
Boa leitura :).



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Era dia seis do mês seis do ano de dois mil e quatorze. Era terça e estava em aula, como de costume pelas manhãs. Não via a hora de entrar de férias em julho e ficar duas semanas em casa. Não tinha problemas com a escola, pelo contrário, era legal, eu tinha problemas com o sono. O maldito sono que me levava para cama e não queria me largar antes das nove, no mínimo.

O professor do segundo tempo de aula entrou, e não estava só. Enquanto o homem andava para sua mesa, pude ver que o tempo todo era seguido por um garoto. Ele devia ter o tamanho normal para um adolescente de quatorze anos, sua pele era branca, seus cabelos eram loiros e seus olhos azuis – não era muito diferente de mim, exceto que eu sou mulher.

– Bom dia, alunos. – o professor falou, olhando-nos.

– Bom dia. – respondemos em coro.

– É meio repentino por ser meio do ano, mas a partir de hoje teremos um aluno novo na sala. – os olhares curiosos de todos, e o meu não era diferente, estavam voltados para o garoto. – Vamos, apresente-se. – o professor incentivou, reparando que ele parecia um pouco tímido.

– Eu me chamo Naruto.

– Bom, com o tempo você se enturma. Pode se sentar no lugar vazio lá atrás. – o garoto tímido, também conhecido como Naruto, caminhou ao lado da fileira em que eu me encontrava, passando pelo Uchiha, que provavelmente era o único que não o olhava curioso, pelo menos, não indiscretamente.

Naruto passou por mim, indo se sentar na fileira da janela, na última mesa.



– E aí, já ficou sabendo do garoto novo? – perguntei a Karin quando nos juntamos no refeitório. Éramos amigas há um tempo, diferente de Sakura, que já conheço a anos.

– Não.

– Ele se chama Naruto Uzumaki, pelo que ouvi na chamada, e entrou hoje. – explicou Sakura, mal sabendo que Karin não prestara mais atenção após o nome do garoto. – Não falou com ninguém a aula inteirinha.

– Ele deve ser tímido, ou então só está estranhando a turma nova. – disse a ruiva, Karin.

– Ah, se ele fosse dois anos mais velho, né, miga?

– Uhum. – Sakura concordou comigo enquanto babávamos pensando em Naruto daqui a dois anos, com dezesseis.

– Qual é o problema de vocês em gostarem de pessoas da idade de vocês? – Karin perguntou, começando a comer seu lanche.

– Ah, vai, você é mulher, deveria entender nossa necessidade de garotos maduros, e não dessas crianças. – falei.

– Vocês mal conhecem o garoto novo, vai ver ele é maduro.

– Com quatorze anos? Não sendo menina? – perguntou Sakura.

– É só dar uma chance para ele. E por falar nele, está vindo aí. – apontou com a cabeça, bebendo do suco que trouxe. Como eu e Sakura estávamos de costas para a fila da merenda, tivemos que nos virar e assim ver que Naruto procurava um lugar para se sentar.

Acenei para o mesmo, chamando-o para se sentar conosco e, quando percebi que ele nos percebeu, antes de vir, tentou novamente achar um lugar vazio, o que me deixou com raiva. Parecendo que não encontraria mesmo, veio em nossa direção, dando a volta e parando ao lado de Karin.

– Posso me sentar? – perguntou me olhando, visto que fui eu quem o chamou.

– Claro. – ele colocou a mochila nas costas da cadeira e se sentou.

– Minhas amigas estavam falando de você, – eu e a rosada, Sakura, a garota estranha de cabelos róseos, olhamos para a ruiva, fuzilando-a – sou Karin.

– Naruto.

– Gostando da escola? – ela perguntou, voltando a comer seu lanche, mostrando que ele podia fazê-lo também e que não precisava ficar conversando de barriga cheia.

– Não tive muito tempo para conhecer ela toda, apenas o primeiro tempo não foi suficiente.

– Então podemos levá-lo por um passeio após comermos. – sugeri.

– Não quero atrapalhar, vocês devem ter suas coisas para fazer. – acho que ele tentou fugir da oferta de uma forma educada, mas podia ser apenas a timidez.

– Somos um trio desocupado que ficaria enrolando aqui até a próxima aula, não atrapalha em nada. – dale, Sakura.

V – A (Vida de adolescente) V – A

Dois meses já se passaram desde que Naruto lanchou conosco, e agora andávamos os quatro juntos. Pudemos conhecer um pouco mais sobre o Naruto ao longo do tempo e, ao que descobrimos, ele realmente era uma pessoa legal. Bom aluno, não arrumava confusos, gatinho, bom caráter, um pouco recluso em fazer novas amizades, mas é social com os outros, gatinho.

Espera, eu havia dito “gatinho” duas vezes?

A aula havia acabado e eu já estava em casa aquela altura. A primeira coisa que fiz foi tirar os sapatos, deixando meus pés livres, enquanto via minha mãe seguir para a cozinha.

– Mãe. – gritei.

– O que foi?

– A senhora acredita em amor a primeira vista? – perguntei um pouco insegura.

– Não! – minhas expectativas foram jogadas por água abaixo. – De inicio a expressão já está errada.

– Como assim? – perguntei, jogando-me no sofá.

– Não se pode amar alguém só de olhar para esse alguém. Você só ama alguém de fato quando passa a morar com ela, pois assim conhece todos os defeitos dessa pessoa, e a ama, ou não, esquecendo desses defeitos.

– Sei.

– Mas por quê?

– Hã? Não, nada. – de fininho, segui em direção a escada, fugindo antes que ela chegasse na sala e começasse um interrogatório.

V – A (Vida de adolescente) V – A

– Nada delas? – perguntei, provavelmente pela décima vez, procurando ao redor.

– Não. – respondeu. Senti meu celular vibrar dentro da bolsa e o peguei. Ao desbloquear vi que havia uma mensagem de Karin e Sakura. Abri primeiro a da ruiva, lendo-a.

– A Karin não vem. – avisei, recebendo o olhar de Naruto sobre mim.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou preocupado.

– Ela disse que teve um problema em casa e não poderia vir, e pediu desculpa. – disse. Abri a mensagem de Sakura, vendo que havia uma mensagem parecida, que não poderia vir. – E a Sakura também não vem. Essa teve um desentendimento com os pais.

– Bom, e agora?

– O quê?

– Marcamos os quatro de vermos filme juntos, e como elas não vieram, bem, se formos só nós dois pode... sabe...

– Não. – neguei confusa.

– Pode parecer que é... Que é um encontro. – ele virou o rosto, corado, e acabei por fazer o mesmo.

Já estávamos em outubro, e como Naruto já fazia parte das meninas superpoderosas geração z, também conhecidas como eu, Sakura e Karin, decidimos ver um filme todos juntos. Eu usava uma saia rosa, blusa branca com poucos detalhes e rasteirinha. Já Naruto vestia um short jeans preto, tênis de mesma cor e uma camisa com manga na cor laranja.

De fato, estranhos que nos vissem podiam pensar que éramos um casal ou algo do tipo.

– Pensei que não ligasse para o que os outros pensam. – disse.

– Eu não ligo, mas e você? Se te incomodar podemos ir embora, eu...

– Já estamos aqui, não? – me controlando, interrompi-o. – Então vamos assistir logo a esse filme.

V – A (Vida de adolescente) V – A

Ano novo, amigos novos, pelo menos, para o Naruto. Fazia menos de uma semana que as aulas voltaram e ele fizera amizade com ninguém mais ninguém menos que Sasuke Uchiha. Tipo, ele poderia ter feito amizade com qualquer um, mas Sasuke Uchiha? O antissocial, emo, estranho? Não era atoa que já estavam falando dele, mesmo ele não ligando.

Mesmo eu não quero pensar assim, a ideia de ele ser gay, ou o Uchiha o está transformando sem perceber, está me matando.

Não vou ser hipócrita, admito que gostei dele. Tantos caras no mundo, e eu fui me apaixonar por ele, meu melhor amigo. Se tinha algo que eu sabia era que isso não daria certo. Não, não daria. Nunca dava. Tudo bem que melhores amigos podiam ficar juntos, afinal se conhecem melhor do que ninguém, sabem das loucuras um do outro, então poderiam fazer o par perfeito, porém, não parecia ser meu caso – o de ninguém.

– Por que eu precisava me apaixonar?

– Porque você está na adolescência, minha filha. – respondeu minha mãe. Ela sabia que eu gostava de um garoto, de Naruto.

– Mas é tão complicado. Não tem uma fórmula para fazer eu me esquecer de me apaixonar?

– Infelizmente não, caso contrário já estava rica curando corações partidos. – brincou.

– Minha vida é uma droga. – sussurrei.

V – A (Vida de adolescente) V – A

O tempo. Dizem que o maldito tempo cura tudo, mas ainda estou esperando. Ele podia ser mais rápido. Com o tempo, Naruto se tornou mais próximo de Sasuke, amigo dele, eu diria, e não parou de andar comigo e com as meninas, apesar de eu sentir ele distante. Talvez fosse só impressão minha, talvez fosse o fato dele finalmente arrumar um amigo homem desde que entrou na escola, mas não.

Mais a frente ele e a influencia de Sasuke se misturaram, transformando o meu loiro. Primeiro Sakura parou de andar conosco, fazendo o que fez, depois foi o Naruto, que virou do avesso e se transformou em outra pessoa, e agora nem andar mais conosco andava, pois parou de ir a escola, alegando que viraria prostituto. Pros-ti-tu-to. Como assim ele viraria prostituto?

Um dia, após esse ocorrido, resolvi ir à casa dele. Eu nunca havia ido lá, mas sabia onde ficava porque ele dissera, então foi só usar o Maps e ir. Ao chegar lá, me deparei com uma porta fechada e ninguém em casa, e com certeza não iria embora para voltar mais tarde, então resolvi esperar.

Sentei em frente a porta, esperando que ele logo aparecesse.

O tempo passou e nada, e a sensação que tive foi a de que dormi em frente a porta dele, coisa que foi confirmada quando acordei em movimento, entrando em uma casa desconhecida para mim. Tudo bem que ele morava em um apartamento, mas, ainda assim, era desconhecido para mim.

Pensei em gritar, mas quando percebi que era ele, me acalmei.

– O-o-o que e-está fazendo? – perguntei ela.

– Você estava dormindo lá fora, então te trouxe para dentro. – disse.

– Pode me soltar? – perguntei corada, evitando olhá-lo nos olhos.

– Tudo bem. – pousou-me sobre o chão com cuidado. – Posso oferecer um copo d’água?

– Por favor. – sentei na cadeira do balcão, observando toda a casa dele. Vi o tio do mesmo, mas preferi não perguntar, não naquele momento.

– Aqui. – pôs o copo sobre o balcão. – O que a traz a minha humilde residência? – bebi do copo, tomando coragem, antes de responder.

– Você não virou prostituto ou stripper, não foi? – perguntei, um pouco insegura da resposta.

– Não. – gargalhou. – Não devia ter exagerado na brincadeira daquela hora. Sinto muito. – um pouco mais aliviada, tomei mais um pouco de água.

– Por que você não volta para a escola? – perguntou.

– Porque eu cansei de pessoas falsas, mimadas, coitadinhas entre outras classes da escola. – confessou, apoiando os braços no balcão.

– É que nós estamos com saudades. Eu estou! – sussurrei a última palavra.

– Bom, eu não pretendo voltar.

– Mas como ficamos?

– Como assim? – perguntou.

– Eu quero saber como vamos ficar sem você. Somos suas amigas, e sentimos falta de você ao nosso lado.

– Quando encontrar com a Karin e a Hinata pode dizer que estou bem? E que não me prostituí.

– Não tem nenhum motivo para voltar? – tentei pela última vez, na esperança que ele dissesse um “sim” que seja, assim, pelo menos, eu poderia alimentar uma falsa esperança de que ele se referia a mim, e não a Hinata, quem conheceu a pouco e já estava íntimo. Era ciúmes? Bom, não saía por aí falando mal dos outros, a menos que mexessem comigo, mas, verdade seja dita, era mais bonita que Hinata, pelo menos, para o gosto geral. Talvez fosse esse o problema. Naruto não era o tipo de pessoa que gostava do comum, já passara por experiências que não conheço, e já foi até tachado de emo, então seria de se esperar que preferisse alguém diferente, fora do comum, e esse alguém era Hinata. – Tipo alguém que você goste muito. – só fui reparar que lágrimas caíam pelo meu rosto quando uma escorreu pela minha bochecha.

– Ino. – disse baixo, sem entender.

– Alguém que se preocupe com você, que queira seu bem? – Naruto começou a dar a volta no balcão enquanto eu continuava. – Alguém que esteja apaixonada por você.

– Está tudo bem? – perguntou, abaixando-se para ficar na minha altura.

– Não, não está. Eu estou aqui chorando porque meu melhor amigo, por quem estou apaixonada desde o ano passado, largou a escola e diz que não pretende voltar. O mundo virou de cabeça para baixo e eu não sei se caio de onde era o chão ou continuo lá. – virei para ele, olhando-o nos olhos, deixando nossos rostos próximos. Ele parecia não ter o que dizer, e eu já havia dito tudo que pensava, então enlouqueci. Enlouqueci de tal ponto que avancei nos lábios dele, selando os mesmos com um beijo.

O beijo não durou muito. Logo minha consciência retornou e lembrei que havia beijado meu melhor amigo.

– Desculpa. – pedi, vendo-o parado, ainda sem reação. Levei a mão a boca, me levantando na pressa. – Eu... eu tenho que ir embora! – dei um passo rumo a porta, porém, fui puxada para trás e surpreendida por um beijo. Senti os lábios de Naruto sobre os meus e, a princípio, a surpresa não me permitiu reação, apenas ficar estática, mas, assim que lembrei que estava sendo beijada pelo meu melhor, correspondi.

Novamente o beijo não durou muito, nos afastamos e paramos para respirar. Naruto manteve o rosto perto do meu enquanto o fazia.

– Na verdade, sim, eu tenho. – demorei um pouco para perceber que ele se referia ao motivo para ficar na escola. – Sinto muito se você ouviu coisas horríveis sobre mim. Não se preocupe, eu não fiz nada nesses últimos dias.

– Então o que fez?

– Fiquei em casa estudando ou andei por aí, nada que possa me fazer ser preso. – garantiu.

– Idiota. – soquei-lhe a barriga, mesmo sabendo que provavelmente um soco meu não doeria.

– Eu? Quem estava apaixonada por mim e esperou eu dizer que viraria stripper para se declarar? – brincou.

– Se você também gostava de mim deveria ter dito antes!

– E perder minha primeira amiga?

– Você não perdeu.

– E espero que não vá. – voltou a beijá-la. Encantada com o momento, comecei a ser conduzida pela casa, não sabendo para onde ia, mas aquilo não me importava.

Passamos por um momento e tomamos mais fôlego, porém, só o suficiente para continuarmos o quanto antes. Ouvi o barulho de porta se fechando e ignorei. A língua dele pediu passagem para minha boca, que concedi. Não era muito experiente naquela parte, mas acho que sabia o que fazer.

Seus braços estavam ao redor do pescoço dele, enquanto os dele, da cintura dela, então a conduziu até a cama, onde a deitou e, só então, ela pareceu perceber onde ele queria chegar e parou.

– Eu... não tenho certeza disso. – admiti. – Você sabe como Sasuke e Sakura terminaram.

– Eu não quero te forçar, muito menos falar deles, então se não quiser, não precisa fazer.

Eu o beijei. Parte de mim queria, gostaria de saber como era, e a outra parte queria respeitar os valores que meus pais me ensinaram, como sexo só após o casamento.



Eu não sabia que horas eram, apenas que estava um pouco cansada. Queria ficar dormindo ali para sempre, sentindo o cheiro dele o tempo todo. Me sentia segura com ele. Era como se ele fosse me proteger de todos os maus do mundo.

– Vai perder aula. – avisou a voz, percebendo que eu havia acordado. Virei na cama, quase perdendo o lençol no processo, olhando para o loiro com o peito de fora, olhando me de volta.

– Eu não quero ir.

– Vão dizer que eu comecei a namorar com você e te influenciei a matar aula.

– Eu disse aos meus pais que estava na casa da Karin, então sem problemas. – falei. – Pera. Namorada?

– Apesar de eu ainda fazer o pedido oficial, não se dorme com uma pessoa e não se pede ela em namoro. Pelo menos, para mim não.

– Então...

– Claro que quero que seja minha namorada, loira. – me deu um selinho.


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Notas finais do capítulo

Sim, a vocês que leram, eu mudei o final. Pensei em contar a fanfic do ponto de vista da Ino, resumidamente, mas acabei por fazer um final feliz para a loira.
Aqueles que se interessarem é só procurarem Vida de Adolescente. Bom, é só isso, adeus e até qualquer outra fanfic.



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