A princesa e o gladiador escrita por LcsMestre


Capítulo 3
Capítulo 2 : O diagnóstico da majestade


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo deveria ser maior, no entanto aconteceram muitas coisas nesse ultimo mes e portanto não pude concluir com exito essa parte, ainda assim recomendo fortemente esse capitulo :D



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O diagnóstico da majestade

Não demorou até o socorro chegar a clareira recém aberta, na realidade o tremor colocou toda a capital da tecno-magia em estado de alerta.
A família real por mais bondosa que fosse sabia que possuía inimigos, portanto, foram enviados dois grupos armados para o epicentro do abalo.
— Senhor! Senhor! Um sobrevivente!
O líder do grupo avistou um jovem completamente sem roupa e aparentemente sem vida. No entanto a viseira de seu elmo lhe dizia o contrário. Sua armadura como um todo era um conjunto moldado a base de magia e tecnologia, um amontoado de ferro e fios dispostos de maneira harmoniosa sobre o corpo. O resultado era um soldado protegido dos pés a cabeça portando uma espada energética e uma arma cujas balas possuíam propriedades elementais como água e fogo.
Para o soldado ver a pulsação do jovem era extremamente reconfortante.
— Arteep aguarde o reagrupamento, não toque nele! — Soou a voz do superior pelo comunicador do soldado.
Não tardou e um círculo de luz surgiu no chão próximo ao soldado, nos cinco segundos subsequentes o brilho deste se intensificou para logo depois dar lugar a uma figura.
O Homem aproximou-se a passos confiantes enquanto checava se sua lança estava no lugar.
— Senhor Graham seja lá o que tenha acontecido aqui é obra deste jovem.
O capitão fitou as bordas da cratera de meio quilometro. Fazendo uso de sua viseira ele pôde detectar oscilações energéticas que indicavam que outras almas ali estavam durante a explosão. Retirou o elmo.
— Elfas negras— Virou-se para o restante do grupo. Ajustou os fios dos cabelos.— Tinha ao menos uma dúzia delas aqui perto.
Um soldado mais desatento fechou a viseira do elmo e saco sua arma ficando em alerta, os demais o encararam com seriedade e reprovação.
— O senhor Graham disse TINHA.— Ressaltou Arteep entendendo exatamente o que acontecera a elas.
— Quer dizer que o tremor de segunda magnitude foi um ataque?— O soldado que virara o foco das atenções ainda relutava em crer no que ocorrera ali a pouco tempo.

— Não, foi uma defesa.— Graham retirou a capa que era presa as costas. Cobriu o corpo nu do jovem de cabelos negros.
O adereço teoricamente inútil era dado apenas aos membros do senado de Calnat bem com os políticos de maior influência. O capitão detinha o adereço pois o mesmo possuía ligações com a família real, portanto este continha os mesmos privilégios dos burocratas.
— Sinto seu corpo perder a força, a vida o está deixando, ele precisa de cuidados. Cuidados espaciais. — O grupo de mais de quinze homens conhecia bem seu superior para saber quando este estava preocupado.— Arteep averigue o perímetro, registre qualquer coisa que encontrar e entregue-me um relatório até o nascer do sol, entendido?
— Sim senhor.— O som da batida de continência reverberou.
— Perfeito, o comando do pelotão é seu até regressar a base, vou levar esse garoto até o líder de recuperação.
O uso de portais dentro do perímetro metropolitano de Calnat era algo extremamente difundido, no entanto, pouquíssimos possuíam a autorização real para usufruir deste meio de transporte instantâneo fora da capital. O capitão era um destes raros cidadãos.
Cápsula lançada, círculo formado.
Com o garoto nos braços ele esticou uma das mãos com a palma para cima.
Os portais comuns situados na cidade possuem ligações fixas, ou seja, só levam de um ponto A ao ponto B e vice e versa. Mas aquele não possuía um alvo fixo, poderia ser ligado a qualquer parte de Calnat com apenas um pensamento.
— Tenho um sobrevivente debilitado, peço autorização para levá-lo até o senhor.— As palavras de Graham não foram proferidas ao vento, mas sim no íntimo de sua mente.
— Permissão concedida capitão traga-o até mim.— Soou a resposta dentro da cabeça do líder da tropa.
Virou a palma para baixo.
Em um piscar de olhos a imagem da cratera deu lugar a uma sala imensa. O lugar parecia inacessível de outras formas, não existiam portas, janelas ou qualquer outro tipo de saída. A cor branca dominava tudo, paredes, piso e teto.
— Este é o jovem?— A voz veio das costas de Graham.
O círculo se desfez transformando-se novamente na cápsula.
— Sim, esse garoto precisa de seus cuidados, vossa majestade.
O Capitão virou-se e ao olhar em linha reta deparou-se com uma figura imponente, seus olhos transmitiam bondade e inteligência. Suas roupas não possuíam luxo, sua indumentária tinham características de um cirurgião na sala de operações.
— Pare de formalidades, Gram.— O rei de Calnat tomou o garoto em seus braços.— Esqueceu quem você é?
— Claro que não, mesmo assim os costumes estão aí para serem cumpridos.
Logo próximo uma mesa aguardava a vinda do corpo do garoto, imediatamente acima diversos hologramas eram projetados no ar como monitores de frequência cardíaca, força muscular, sistema circulatório e nervoso entre outros.
— Vamos entender o que acontece com você criança.— Soou a voz do rei ao colocar o jovem sobre a mesa.
Os monitores atualizaram; os bip’s dos batimentos passaram a soar pela sala, os resultados eram mostrados instantaneamente a medida que ocorriam no corpo de Sieghart.
— Forte descarga de energia.— O rei vacilou por dois segundos.— Eu daria o diagnóstico de que ele fora atingido por uma descarga elétrica.
— Um raio? Impossível — Rebateu o capitão.
— Eu sei.— O líder real confirmou.— Eu sei que não foi, nenhum raio geraria aquela clareira e aquele abalo sísmico.
Com as mãos sobre os painéis a majestade tentava acessar os sistemas internos do garoto. A manipulação do holograma refletia uma ação física no corpo do paciente, era uma forma mais simples e menos invasiva de se realizar transplantes e outras intervenções no corpo dos doentes.
— A saúde corpórea dele parece estar perfeita… Porque ele está perdendo a força?— Um estalo surgiu.— Algo espiritual…
O rei postou-se logo atrás dos cabelos negros do jovem andarilho. Com as mãos impostas ele fez surgir um monitor holográfico, este transmitia suas últimas memórias.
O capitão Graham aproximou-se para ver o que se passava na mente do jovem.
— Elfas negras, um mago assassino, ira, provocação fatal. — Coçou a barba, sua confusão era nítida, porém justificável.— Talvez seu passado possa nos esclarecer algo.
Soldado e majestade se entre olharam, sem dizer nada o rei passou a retroceder até memórias mais antigas presentes na mente do jovem.
— O que é isso?
A surpresa fora de ambos.
A medida que as lembranças iam se tornando mais remotas mais turvas ficavam, em dado momento estas ficaram ilegíveis.
— Um bloqueio mágico...— Divagou o capitão.
— Estranho, porém já sei que o problema dele é apenas fadiga extrema, acredito que duas doses de soro-regenerativo sejam o suficientes para estabelece-lo por completo.— O rei parecia mais calmo ao conseguir diagnosticar seu paciente com sucesso.
— Uma poção de HP grande e uma de MP grande são o suficiente, sério?— Questionou Graham incrédulo com tamanha simplicidade.
O rei preparava para fazer os procedimentos necessários para a recuperação do jovem, porem, ao ouvir as palavras do subordinado relutou.
— Soro-regenerativo, — O rei corrigiu seu amigo com certa imponência, porém ainda mantendo o ar descontraído que existia entre eles.— não use termos dos soldados comigo, depois acabo me confundindo.
Graham deu de ombros e ameaçou lançar a cápsula, no entanto, resolveu esperar para ver o procedimento.
O rei juntou dois líquidos em um mesmo recipiente, o primeiro era vermelho vivo, o outro azul puro. A união formou o soro regenerativo de cor púrpura que fora ligado a corrente sanguínea de Sieghart.
— Dois dias devem ser o suficiente para ele se estabelecer e absorver o soro completamente.— Falou colocando o sistema da mesa onde o jovem repousava em animação suspensa.
Os hologramas acima esmaeceram, um contador decrescente marcando dois dias surgiu em primeiro plano. Cada segundo passado era marcado por ele e emdois dias completos estaria zerado.
— Vamos lá em casa? Faz tempo que você não nos visita Gram.
— Pois é muito trabalho, inclusive ago— Deteve-se a continuar. Recordou que deixara o comando com Arteep e que este se encarregaria de liderar seus homens de volta ao agrupamento.— quer saber? Vamos! Tem uma pequenina lá que eu preciso muito ver.


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Notas finais do capítulo

Ao deixar seu comentário eu saberei que está gostando, ou ao menos demostrou interesse. Esse é meu motivador:D agradeço por ter lido, breve postarei mais



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