Nothing Is What It Seems escrita por Vicky_Braz


Capítulo 2
Mudança


Notas iniciais do capítulo

Sou autora nova, então não tenho muito experiencia. Espero que gostem da fic!



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Eu estava no aeroporto de Nova Orleans, indo para outra "nova" só que desta vez se chamava Nova York.  Eu ainda não acreditava que estava fazendo isso

   Desde que nasci, eu vivi na pequena cidade de Kentucky, junto com minha mãe Reneé e meus irmãos Alice e Emmett. Meu pai  Carlisle havia se divorciado da minha mãe, quando eu era apenas um bebê e agora vivia em New York sozinho em um apartamento enorme. Apesar de eu e meus irmãos passarmos todos os verões com ele, eu nunca tinha passado tempo suficiente para conhecer-lo verdadeiramente.

- Não acredito que estou deixando meu bebezinho ir sozinha pra Nova York – minha mãe disse enquanto me abraçava – pela terceira vez desde que chegamos ao aeroporto – e chorava na minha blusa. Eu tentei me desvencilhar dela com carinho, antes que ela manchasse minha blusa. Depois a coloquei de frente pra mim e disse:

- Mãe, eu vou ficar bem. E, além disso, não estarei sozinha, há não ser que não confie no papai –  ela secou as lágrimas e assentiu

- É, vai ficar tudo bem. Acho que seu pai ainda será mais rígido que eu – ela sorriu levemente, mas com resquícios de tristeza nos olhos cor de mel.

  Seus olhos focalizaram em algo atrás de mim e de repente algo me agarrou pela cintura em um abraço de aço e começou a me girar. E como começou, de repente eu estava parada na frente de um cara com uns dois metros de altura, super musculoso e um rosto brincalhão:

- Emmett, pensei que você não viria mais – eu disse sorrindo

- Você realmente pensou isso? – ele olhou parecendo chocado e eu assenti levemente – Como se eu pudesse deixar minha irmãzinha ir sem ter um ultimo momento com o ursão.

- É que pelo que eu sei você estava com a Cassie – eu enfatizei bem o nome daquela nojenta. Como que o Emmett não via que aquela mulher era uma v*dia?

- Bella, já falei para você parar com isso. A Cass é uma garota legal, só que você não teve a oportunidade de conhecê-la melhor.

- Graças a Deus – ele revirou os olhos e dava para ver que ele tinha entendido que eu não iria ceder.

 Um grito super potente ecoou pelo aeroporto, fazendo que todos virassem a cabeça para ver de onde via este absurdamente alto som.

- Belaaaa, Belaaaaa – Alice gritava e corria com uma sacola rosa em cada mão sem se importar com a atenção que todos davam a ela e brevemente seria dada a mim também, já que era o meu nome que ela gritava. Era exatamente nessas horas que eu queria que minha adorável irmãzinha não tão assim.

  Ela chegou até onde o resto da família estava sem fôlego, mas logo começou a falar:

- Ufa, pensei que não chegaria a tempo – ela disse sorrindo – Eu comprei umas coisinhas para você – ela me estendeu as duas sacolas rosa – nas quais estava escrito “Victoria’s Secrets” -  e eu peguei e rapidamente olhei para dentro sem realmente perceber o que havia dentro.

- Allie, sabe que não precisava – eu disse sem graça. Com certeza ela deve ter gasto toda a mesada que o papai tinha dado a ela com essas coisas que certamente eu não iria usar

- Não, eu não sei. Como você quer ser uma estrela se não tiver hidrata, pele macia,  cabelos sedosos e brilhosos e claro com lingeries super sexies?

- É, acho que você tem razão

- E quando eu não tenho? – ela me perguntou com olhinhos brilhantes e um super sorriso. Todos riram e o alto falante começou a emitir uma voz:

- Vôo para Nova York, portão de embarque numero 101. Repetindo, vôo para Nova York, portão de embarque numero 101 – A voz terminou e eu olhei para a minha família. Era a hora de partir. Minha mãe deu um passo a frente e falou:

- Chegou a hora. Mas porque todos não nos abraçamos? – ela perguntou e todos nós nos juntamos em um circulo e nos abraçamos forte. Eu pensei que não ficaria nervosa quando chegasse a hora de embarcar, mas aconteceu exatamente ao contrario. Agora parecia que o nervosismo estava em todas as minhas veias. Tudo que eu queria  era falar que desistia e voltar para casa no meu aconchegante quarto em Kentwood. Mas, felizmente, eu sabia que se fizesse isso eu iria me martiriza para sempre. É melhor fracassar com um sonho, sabendo que você fez o que podia do que fracassar com um sonho porque você ficou sentado na cadeira de balanço.

  Fomos nos soltando aos poucos. Emmett mais uma vez me abraçou forte e quando me soltou disse:

- Vou sentir muito sua falta maninha – ele me olhou carinhosamente. Eu também sentiria muita falta do  meu irmão mais velho, vulgo ursão.

- Eu também ursão – ele riu e agora foi a vez de Alice me abraçar. Ela não tinha tanta força  física como Emmett, mas a força emocional estava totalmente presente. Ela era minha melhor amiga, para quem eu sempre contei tudo, e por muitas vezes ela parecia mais madura do que eu, mesmo sendo mais nova.

  Nós nos separamos com lagrimas nos olhos e olhamos uma para outra

- Bella, vou sentir inexplicavelmente a sua falta. Promete me ligar todo dia? – ela disse chorosa e mais uma vez aquela vontade enorme de ficar veio com toda a força, mais eu não cedi.

- Obvio que sim. Também vou sentir demais a sua falta – ela sorriu levemente e foi ao lado de Emmett, que estava um pouco atrás de mim. Era a vez de a minha mãe me abraçar. Ela logo me agarrou e começou a chorar com toda a força, como jamais eu havia visto. Ela só me soltou quando a voz anunciou a ultima chamada para embarque.

- Acho que eu tenho que ir – eu tentava com todas as forças parecer forte e segurar o choro, mas estava muito difícil

- É. Vai com Deus filha – eu assenti e dei um tímido adeus com a mão direita e me virei em direção ao embarque. A saudade e o medo  já estavam instalados no meu corpo substituindo a coragem que eu havia tido hoje quando acordei. Não demorou muito para que eu me virasse e saísse correndo para os braços da minha mãe que me via partir

- Mãe, eu vou sentir muito a sua falta –  toda a minha força contra o choro não fora suficiente, eu agora chorava rios e rios.

- Eu também filha. Eu e seus irmãos estaremos esperando ansiosamente para ver você de novo – ela me colocou a frente dela e sorriu. Parecia que havíamos invertido papéis. Eu chorava com toda a minha força enquanto ela permanecia calma e estável – Você vai se dar bem, tenho certeza. Quero logo ouvir sua musica na Last.Fm  Tudo bem ?

- Sim – ela me deu um beijo na testa e me soltou. Eu me virei para meus irmãos – Eu também sentirei muito a falta de vocês – eles assentiram e disseram quase que em uníssono:

- Eu também – eu sorri e respirei fundo. Me virei e sai correndo rapidamente e felizmente eu fui rápida e foi fácil achar o portão – o qual estava quase fechando quando eu dei minha passagem para o homem de uniforme azul.

  Agora eu estava sentada na minha poltrona ao lado de uma velhinha que brevemente estaria roncando ao meu lado. O capitão já havia avisado que o avião decolaria em poucos segundos. E o que eu pensava ser impossível aconteceu: o nervosismo, o medo e a saudade aumentaram suficientemente para sufocar alguém. Eu estava a ponto de  levantar e gritar para abrirem a porta do avião. Foi preciso cada gota de concentração para que eu permanecesse sentada e quieta na poltrona branca. E eu consegui. Tudo isso pareceu diminuir quando o avião decolou e eu estava no ar. Uma enorme sensação de alivio e coragem preencheu meu corpo. Eu estava indo para Nova York realizar meu sonho e nada nem ninguém poderia me impedir

   Pouco tempo depois veio o cansaço e minha mente não demorou muito para querer cair em inconsciência. O vôo ainda iria demorar muito então permiti que minha mente vagasse para os meus sonhos.


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Notas finais do capítulo

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