Zoro olhava para o céu, aquela imensidão negra com pequenos pontos luminosos que eram as estrelas, estava no ninho. Seu lugar preferido no navio. Era sua vez de ficar de vigia.

No meio da madrugada ouviu um barulho, vinha lá de baixo mais precisamente da cozinha, alguém havia acordado. Não importou-se, continuou a fitar aquele negrume, este que lembrava os cabelos de certa arqueóloga que conhecia.

Novamente ouviu, agora eram passos, alguém subia. Zoro não surpreendeu-se, sabia muito bem quem era que vinha lhe fazer companhia. Olhou para a porta.

" Achei que estava dormindo, como os outros."

"Sabe, vou falar-te um segredo, eu gosto de fazer-te companhia kenshi-san." Falou a mulher aproximando-se do sofá com um livro e uma xícara de café em mãos.

"Achei que havia parado com essa mania de chamar-me de kenshi, mulher."

"É força do hábito Zoro." Ela falou.

"Eu sei Robin, é que prefiro que me chame pelo nome." Falou o espadashin. Robin sentou-se, abriu o livro e bebericou o café. Zoro por sua vez, deitou-se no colo da arqueóloga, como em todas as noites em que ficava com a vigia.

Naquela noite o casal aproveitou a companhia um do outro e o silêncio do navio. Bem, silêncio esse que só seria interrompido quando o capitão e o resto da tripulação acordassem.

*****

Amanheceu, o casal que ainda dormia no ninho foi acordado pelo grito do seu capitão.

"Sanji, quero carne!".

É, o sossego e o silêncio do navio tinha acabado, e mais um dia como todos os outros dessa tripulação maluca havia começado.