King escrita por Dark Turner


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Então, pessoas... minhas aulas começaram a duas semanas, antes disso eu estava viajando, então não consegui postar... Postar pelo celular é MUITO RUIM, e fiquei tentada a fazer isso, mas, para maior qualidade do capítulo, esperei um bom momento livre para postar aqui, pelo meu amado notebook novo, batizado de Jon Snow.
Bem, cá estamos com mais um capítulo.
Leiam comendo, a experiência é melhor.



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Thalia

— Ei... - falei, entendiada. - Quando chegaremos lá?

O colcheiro bufou.

— Senhorita Thalia, me perdoe, mas a senhorita já perguntou isso mais de cinco vezes em dois minutos. Eu já lhe disse, sem ser indelicado, que ainda falta um pouco para chegarmos no castelo do Rei Luke.

— Certo... me perdoe por ser persistente assim... - dei um riso nervoso. - É que estou nervosa e agitada. O senhor por acaso sabe como o Rei é? Já ouviu falar algo sobre ele?

O colcheiro deu uma risada baixa.

— A senhorita realmente nunca saiu de seu castelo, não é? Nunca foi à uma vila de seu reino, nem nada... Nunca viu a verdadeira situação do reino de seu pai. A senhorita acha que ele é um ótimo rei, que rege tudo serenamente e bondosamente, sendo gentil, e tudo mais... Mas nunca viu como realmente é.

Meus olhos se arregalaram. Como assim? O que ele está falando? Meu pai sempre foi um ótimo rei!

— C-como assim, senhor? Meu pai não é um bom rei? - o colcheiro não respondeu. Saberia que se fizesse algo errado, ou disesse algo errado, meu pai iria culpa-lo. - Antes de irmos ao castelo do rei Luke, me leve até um vilarejo do reino. Qualquer um.

— M-mas, senhorita... Seu pai me deu ordem estritas e rígidas. 

— Não estou pedindo, estou ordenando! Sou sua princesa, e nesse momento, sou a pessoa que mais tem autoridade sobre você! Me leve, depois daremos uma desculpa a meu pai! Me leve!

O colcheiro ficou calado por instantes. Depois, disse:

— Sim, senhorita.

Ao chegarmos no vilarejo, fiquei remoendo em meus pensamentos antes de o colcheiro abrir a porta: o que será que verei assim que sair daqui? Será que o colcheiro estaria blefando? Meu pai é um bom rei... ele nunca deixaria seu povo na miséria, nem nada parecido... Mas...

Quando ele abriu a porta, vi a realidade. A dura realidade, e meu mundo desabou.

As casas eram muito pobres. Haviam crianças com fome, morando nas ruas. Mulheres sendo violentadas por oficiais, cavaleiros que deveriam proteger o reino. Casas sendo destruídas. Não haviam quase feiras, barracas com comida nas ruas. Em várias direções, se escutavam choros. E as pessoas que eram mais ricas ali, que estavam em boas condições, tratavam tão mal as pessoas menos afortunadas... Chutavam e humilhavam. Vi uma casa de prostituição e uma fila enorme de mulheres querendo emprego ali. Era deplorável. Quando uma criança se agarrou à meu vestido e pediu um doce... ela estava tão magra... mas era uma menina tão linda, em estado tão deplorável... comecei a chorar e voltei para dentro da carruagem. 

— Vamos continuar viagem, colcheiro... - disse, soluçando.

— Sim, senhorita...

MEU PAI É UM TIRANO!, pensei.  Ele deixa essas pessoas passarem fome, nesse estado e ainda deixa os oficiais e os ricos judiarem delas! Eu o odeio! Nunca mais quero olhar na cara dele... mais um motivo para me casar e morar longe dele! Não... algum dia vou tomar o lugar dele e fazer de tudo isso que vi uma coisa boa! As pessoas não vão mais passar fome e...

O colcheiro interrompeu meus pensamentos:

— Senhorita, chegamos.

As minhas lágrimas ainda não tinham parado. Deveria ter manchado toda a maquiagem.

— E-espere um pouco, já vou sair. 

Limpei as lágrimas e me olhei no espelho. Estava um pouco borrado, mas nada que não pudesse ser concertado. Sai da carruagem e me deparei com um lindo castelo.

Lindo mesmo. Imagine, um castelo não muito grande, mas imponente, e ao mesmo tempo, acolhedor. Era amarelo, e tinha um anjo de ouro em uma fonte. Nessa fonte, haviam várias moedas. Era uma fonte dos desejos. Peguei uma moeda e joguei na fonte.

— Que o meu reino seja reconstruído e fique saudável. E que Rei Luke seja bondoso e me ajude nessa jornada - falei, sorrindo.

Fui recebida por uma empregada, de cabelos encaracolados, e olhos acolhedores, mas mesmo assim, um pouco amedrontadora.

— Olá senhorita, deve ser a jovem princesa Thalia, não é? - deu um sorriso. - Sou Kelli, a governanta do Rei Luke. Acompanhe-me até seu quarto provisório, para que retoquemos sua maquiagem e coisas assim, antes de rei Luke te ver.

— Sim... - entrei no castelo com Kelli e o colcheiro foi embora. O castelo era tão lindo por dentro, quanto por fora. Haviam várias pinturas encantadoras, mas ao mesmo tempo muito sombrias, com um ar de tristeza... que teria as feito? Eu realmente gostaria se conhecer esta pessoa.

Subimos até o quarto e Kelli retocou minha maquiagem. Não parecia que eu tinha chorado, nem nada disso. Ficou ótimo. Rei Luke nunca desconfiaria que fiquei chorando a viagem toda, praticamente.

— Ah, a senhorita está muito linda! - Exclamou Kelli. - Vamos descer, rei Luke deve estar a sua espera.

Comecei a ficar nervosa. Minhas mãos começaram a suar e quase roí as unhas. Mas parei e me lembrei do sermão que Annabeth me daria. Descemos as escadas, fiquei de cabeça baixa o tempo todo. Chegando no salão principal, meu coração começou a bater rápido.

— Senhorita Thalia, estou certo? - Disse uma voz.

Levantei a cabeça e vi um homem muito bonito. Cabelos loiros, olhos gentis, um físico encantador, e uma cicatriz em seu olho. Mas isso não arruinava sua beleza... De repente, fiquei tímida.

— Rei Luke?

— Sim, cara Thalia. - Deu um sorriso que faria qualquer dama desmaiar. Pegou minha mãe e deu delicadamente um beijo, suave. Comecei a corar. - Rei Luke, à seu dispor.

Corei ainda mais e, quando fico nervosa, tendo a olhar para todos os lados, menos para frente. E vi alguém atrás do Rei Luke.

Era definitivamente um mordomo. Vestia um fraque completamente negro e tinha uma expressão neutra de emoções. Seus cabelos eram negros, e seus olhos, tão escuros quanto a noite, frios e sem emoções. Era muito pálido, mas muito bonito. Rei Luke deve ter prestado atenção que estava olhando para o mordomo, e deu uma risada.

— Ah, não se assuste. - Disse ele, gentilmente. - É apenas meu mordomo, Nicholas. Ele tem essa aparência sombria, mas não faz nada, à não ser que eu mande. Não se preocupe com ele. Nicholas, seja gentil com Thalia.

Nicholas olhou em meus olhos. Senti um calafrio pelo corpo. 

— Estou à seu dispor para o que precisar, senhorita Thalia - disse ele, curvando-se. A voz dele era doce e suave... reconfortante e muito bonita.

— Está bem... obrigada. - Dei um sorriso.

Rei Luke deu uma olhada fria para Nicholas, que se retirou. O olhar de Luke para Nicholas fora tão diferente do de antes... o que tem entre esses dois?

— Então... - Luke voltou a olhar para mim de maneira gentil. - Está com fome? Tenho um banquete preparado para você.

Sorri.

— Sim, obrigada. Você é muito gentil.

Comemos um banquete delicioso. Nicholas nos serviu, e durante todo o jantar, Rei Luke olhou para ele friamente.

— Hum, Rei Luke? - disse - O que foi? Por que esse olhar frio para seu mordomo?

Os olhos dele se arregalaram.

— O que? Nada. Eu só estou repreendendo-o porque esqueceu de trazer meu vinho.

— Então está certo... - falei, mas sabia que tinha algo a mais.

Acabando o jantar, sentamos em sua sala e conversamos sobre tudo. Ele realmente parecia muito gentil e bondoso, talvez pudesse me ajudar a... eu já tinha até esquecido da situação do meu reino. Meus olhos ficaram cheios de lágrimas.

— Thalia? - Luke levantou minha cabeça e limpou a lágrima que caiu. - Está tudo bem?

— S-sim...- menti. Ainda não tinha intimidade o suficiente para dizer aquilo. - Estou só cansada. A viagem foi longa. Posso ir dormir e amanhã conversamos mais, se me permite?

— Ah, claro... - Rei Luke pareceu meio desconfortável. - Kelli, leve Thalia té seu quarto.

— Sim, senhor. - Kelli sorriu. - Venha comigo, senhorita Thalia.

Adentrando o quarto, Kelli me ajudou a vestir a camisola e me deitei na cama. Inquieta, levantei e fui até a sacada. Estava uma linda noite, cheia de estrelas. Como o mundo poderia estar tão lindo assim, mesmo com a pobreza extrema de alguns lugares? Comecei a chorar. 

Eu tinha que ser forte. Engoli o choro, e escutei algo atrás de mim. Algo que não parecia muito reconfortante. Algo como uma espada sendo desembainhada... 

Virei para trás. Uma figura totalmente sombria estava com o que parecia ser uma espada em suas mãos. Comecei a me desesperar e gritei:

— QUEM ESTÁ AÍ?!


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Notas finais do capítulo

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