Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 32
Eu também te amo, mamãe!


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, primeiro quero pedir desculpas pela demora, é que esses dias eu estava ocupada demais. Mas, agora, prometo que voltarei a postar toda semana. Agora podem ler por que está cheio de emoções esse capítulo kk.



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Nós caminhamos bastante, até que chegamos a uma praia. Resolvemos parar um pouco para ver o por do sol, então, nos sentamos ali mesmo na areia, de frente para o mar, analisando o incrível movimento de vai e vem que as ondas faziam constantemente e o espetáculo que o sol dava ao se esconder atrás das grandes montanhas, era realmente uma vista maravilhosa.

Olhei para o lado por um instante, e peguei Vitor me encarando. Minha primeira atitude foi desviar o olhar, sem graça, mas então o vi sorrir, achando graça de minha timidez. Então, voltei a encará-lo também, de modo desafiador, mas ainda sim, não consegui por muito tempo, o que foi ainda mais humilhante. Eu sempre perdia esses joguinhos de olhares.

 O garoto voltou a rir, então, irritada, joguei um punhado de areia no De La Riva, nesse momento ele ficou sério e dessa vez, fui eu quem gargalhei, zombando do mesmo.

— Isso não vai ficar assim. – Ele disse, levantando-se. Ao notar seu olhar ameaçador, também levantei-me rapidamente e comecei a correr pra longe dele, mas, não consegui correr por muito tempo e logo Vitor me alcançou. Nós dois caímos na areia, criando uma situação constrangedora, entretanto, apenas começamos a rir disso tudo. Senti um pingo de chuva cair em meu rosto, essa não.

 - A gente precisa voltar pra casa. - Falei fazendo-o sair de cima de mim e me levantando.

— Não, vamos para outro lugar - Antes que eu pudesse questioná-lo, o garoto se levantou também e voltou a segurar minha mão, levando-me para algum lugar.

Dessa vez não andamos por muito tempo, paramos em uma pousada que ficava ali do lado.

— O que estamos fazendo aqui? - Sussurrei apenas para ele ouvir, enquanto Vitor acertava com a recepcionista os últimos detalhes para ficarmos ali aquela noite.

— Está chovendo. Além de estar à noite, então melhor voltarmos para casa amanhã - Cruzei os braços no mesmo instante, o olhando do modo mais assassino que consegui. Qual era o problema dele? Eu não podia dormir ali... Com ele - Não faz essa cara ruivinha, só não quero que você fique doente. - Ele disse e piscou pra mim, fazendo-me apontar o dedo do meio pra ele.

(...)

— Você me paga por isso De La Riva! - Falei assim que entramos no quarto.

— Melhor parar de reclamar e ir tomar banho. Você está toda molhada. Se precisar de ajuda, é só chamar - Ele disse, jogando-se na cama e me encarando de modo safado.

— O sofá é seu! - Avisei, mas ele apenas riu, cruzando os braços atrás da cabeça e olhando para mim.

— Babaca - sussurrei entrando no banheiro em seguida.

Liguei o chuveiro e me senti bem com o contato da água quente deslizando por meu corpo. Logo, comecei a passar o sabonete por todo meu corpo, no processo, vários pensamentos invadiram minha cabeça:  Como eu lidaria com o fato de dormir ali com Vitor? Eu estava culpando ele por estar ali agora, mas na realidade, eu sei muito bem que ele jamais faria nada que eu não quisesse. Ele não é como meu ex, babaca. Vitor é... Diferente, o jeito que ele me olha é diferente, o jeito que ele me trata é diferente, o jeito que ele me beija, porra... Faz-me querer sempre mais. É de mim mesma que tenho medo, pois só de imaginar o que poderia acontecer com nós dois ali, sozinhos, já sinto uma ponta de excitamento.

Meus pensamentos impuros envolvendo meu maior inimigo foram cessados quando de repente as luzes apagaram trazendo a completa escuridão, era tudo o que me faltava. Rapidamente peguei a toalha, assim que sai do banheiro percebi que o quarto em si, não estava tão escuro, pois a janela estava aberta e a luz da lua estava nos iluminando.

— A luz acabou – falei, aproximando-me de Vitor que estava parado diante da janela.

 - Você tá brincando? A luz da lua iluminando você que é a luz da minha vida... Pra mim já é o suficiente - Sorri e sem dizer nada eu o beijei, deixando que a toalha deslizasse pelo meu corpo até ir parar no chão. 

Sem cerimônia.

 Sem drama.

 Sem pensar.

 Eu apenas queria ser desse garoto.

(...)

 Nós dois estávamos suados e cansados pelo que tinha acabado de acontecer, mas ambos também extremamente felizes. Aquilo havia sido tão bom que eu me julgava por ter parado após apenas três horas, poderia amá-lo por toda á noite.

— Fica comigo pro resto da vida América, fica. - Ele sussurrou com a voz cansada, passando os dedos pela minha pele nua.

 - Não me peça o impossível, Vitor - Respirei fundo, entendendo a dimensão disso. - Não nego que você me faz querer ficar contigo pra sempre, mas... As pessoas costumam sair tão rápido da minha vida que prefiro não falar desse tal "sempre" por que ele nunca costuma existir. Mas, estou aqui agora, e nesse momento, você é tudo para mim e poxa... Eu não consigo ficar sem você, penso em ti o tempo todo, tentei arrumar desculpas pra isso tudo que sinto, mas, não dá mais pra negar: Eu... Eu amo você, De La Riva! E se couber a mim decidir o meu sempre, ele com certeza seria você - Parei de fala após isso, não conseguia acreditar em minha própria confissão. Vitor apenas me olhava em silêncio, seus olhos brilhavam. Meu coração bateu acelerado, aquele famoso frio na barriga estava ali tomando conta de tudo em mim. - Oh céus... Essas palavras soam tão suicidas. Se me machucar, quebro tua cara De La Riva - Foi tudo que disse por fim, antes que Vitor me tomasse para outro beijo.

Não fomos dormir tão cedo. Mas de qualquer forma, o meu sonho naquela noite, foi sobre a perfeição de estar em seus braços.

 Dia Seguinte...

 Assim que acordei, pude ouvir a respiração de Vitor, olho para o lado e um sorriso escapa por meus lábios.

— Acorda meu amor. - Sussurrei e logo vi seus olhos se abrirem lentamente. Assim que ele me encarou, sorriu também. - Bom dia! - Completei, acariciando seus cabelos.

— Ótimo dia! - ele disse, fazendo-me rir e em seguida, puxando-me para ele e me dando um beijo apaixonado.

— Temos que ir embora, De La Riva! - falei antes que aquele beijo tomasse outras proporções.

— Temos? - ele questionou, franzindo o cenho.

— Temos, todos devem estar preocupados... Agora anda logo. - Falei rindo, e vestindo minha roupa.

(...)

 Chegamos em nossa casa extremamente alegres, tudo parecia perfeito. Mas, é claro que o perfeito não existe, conclui isso quando vi o carro e me pai estacionado ali fora, devia ter ficado feliz por isso, mas não... Eu sabia que ele não estava ali apenas para me ver. Logo senti minha respiração falhar, larguei a mão de Vitor e corri para dentro da casa rapidamente.

— Pai... O que você está fazendo aqui?

— Por onde você andou, filha? Procurei por você há noite inteira para irmos embora - Ele disse se aproximando de mim.

— O que? Como assim ir embora e o que você está fazendo aqui? - falei, começando a alterar meu tom de voz.

— Você não está sabendo?

— Sabendo do que? - dessa vez eu gritei, farta por tanta enrolação. Alguma coisa dentro de mim insistia que tinha algo muito errado ali.

— Sua mãe sofreu um acidente ontem, filha... Eu peguei o primeiro voo e vim o mais rápido possível pra cá, assim que soube.

— Como assim um acidente? - Falei engolindo seco, temendo o que eu poderia ouvir.

— Pelo que fiquei sabendo, ela e o Peterson estavam no carro e discutiam muito, pois sua mãe havia acabado de descobrir através de alguns e-mails que a mãe do Vitor voltou, pois, tinha um caso com Peterson... Enfim, eles estavam bem alterados enquanto dirigiam e foi aqui que aconteceu...

— VOCÊ ESTÁ MENTINDO! O Peterson não faria isso, ele não é você, papai, ele jamais enganaria minha mãe! - Gritei, tentando impedir as lágrimas de caírem.

 - Eu sinto muito América, mas é verdade. - Ele disse e eu quis muito mesmo contrariar, mas a verdade é que eu não seria tão hipócrita de duvidar... Eu poderia duvidar de tudo, menos de uma traição, pois sei como as pessoas são ruins. Eu só pensei que talvez agora pudesse ser diferente.

 - Onde ela está? - praticamente sussurrei, o encarando. Logo, ele me passou o endereço do hospital e eu me preparei para ir, no mesmo instante.

Quando eu estava saindo, Vitor tentou falar comigo, notei em seu olhar preenchido por dó que ele também já havia ficado sabendo de tudo, entretanto, não parei para falar com o mesmo, eu não estava com cabeça agora... Apenas queria ver minha mãe.

De novo não;

De novo não;

De novo não;

 Era tudo que eu pensava no caminho para o hospital. Eu já tinha passado por aquilo, perder tudo por uma traição... Mas duas vezes é mais do que posso suportar.

Entrei rapidamente no hospital, e perguntei desesperadamente em qual quarto minha mãe estava. Mas apenas me disseram que eu não podia vê-la, bufei irritada e apenas sai abrindo todas as portas do hospital, não era uns babacas que iam me impedir de ver minha mãe.  

 Quando achei o quarto em que minha mãe estava, suspirei aliviada, mas assim que me aproximei da cama, meu coração voltou a ficar apertado ao vê-la respirando com a ajuda de aparelhos.

— Mãe, você vai ficar bem... Você precisa ficar bem. - falei me aproximando e segurando sua mão.

 Observei uma lágrima cair por seus olhos, e ela movimentou os lábios tentando dizer que me amava. Após isso, foi o fim. Os aparelhos pararam trazendo o som da morte para aquela sala, acabando comigo.

— Eu também te amo, mamãe... - sussurrei, sem largar sua mão, eu não estava preparada para perdê-la, não assim tão de repente, não agora!

Minha visão estava embaçada mas, mesmo assim fitei alguns médicos em volta dela, tentando reanimá-la, e alguns seguranças em volta de mim falando algo e tentando me tirar dali. Eu não consegui ouvir nada que eles diziam, só pude ouvir minhas batidas cardíacas desesperadas latirem em minha cabeça.

Após isso, não me lembro de mais nada que ocorreu naquele dia.


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Notas finais do capítulo

E aí? Por favor não queiram me matar, isso precisava acontecer pro desenvolver da história shahs.... comentem ;) ♥



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