Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 16
É sempre interessante colocar as mágoas em dia!


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, tudo bem? Capítulo enorme de 3 mil palavras dedicado a minha melhor, Arii Vitória que pediu tantooo por capítulos maiores, acha isso suficiente Ariane? Por que eu acho que exagerei, enfim, vocês que não gostam de caps grandes, me desculpem pelo tamanho, podem ler! ♥



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Eu e Sophia ficamos vendo série à tarde inteira, percebi que talvez tivéssemos passado dos limites, quando minha mãe entrou no quarto e disse:
—Sua amiga vai dormir aqui, América? -Olhei para o relógio e vi que já estavam dez da noite.
—Não... Já estou indo embora senhora, desculpa por ter ficado tanto tempo, nem me dei conta do tempo. –Sophia disse parecendo estar sem graça.
—Tudo bem, não prefere dormir aqui? Está meio tarde para você ir embora sozinha, eu posso ligar para sua mãe para pedir. -Sugeriu.
—Ah... Pode ser! -Aceitou sorrindo. 
—Ok, eu tenho o numero de sua mãe, irei ligar! –Falou, saindo em seguida. 
—Era tudo o que faltava... -Murmurei jogando-me em minha cama.
—Eu sei que você gostou! -Disse sorrindo e deitando-se ao meu lado.
— Não acredito que terminamos a temporada inteira! -Falei, referindo-me a série.
— Não temos culpa de ser tão viciante. -Ela disse e eu sorri, balançando a cabeça em concordância -  Ontem na festa tinha um garoto, eu nunca falei com ele, mas, já o vi outras vezes na escola contigo... Como ele se chama? - Perguntou, seus olhos chegaram a brilhar, e eu gargalhei imaginando que se tratava de Daniel. 
— Está falando do Daniel? Um loiro, dos olhos azuis, alto e extremamente gostoso? -Perguntei, sendo direta. 
— Sim... Você tem alguma coisa com ele? -Ela praticamente gritou, e eu voltei a gargalhar.
— Qual é a graça? -Perguntou séria, cruzando os braços.
— A graça é que ele é meu primo. -Falei ainda rindo e ela balançou a cabeça, sem graça.
— Pode me falar um pouco sobre ele? -Pediu.
— Ah... Ele é loiro, gosta de rir provento e  pronto! – Falei dando pouca  importância para isso e ela revirou os olhos.
— Isso eu já sei.
— Como? -Perguntei confusa.
— Eu... Eu já te disse que sou observadora! 
— Ah, não tem muito que dizer do Daniel, ele é um livro aberto, com um tempo de observação você já descobre tudo sobre a vida dele. 
— Eu quero saber mais. Como ele realmente é por dentro? –Pediu.
— Ossos, um crânio e... -Comecei a dizer com a voz carregada de cinismo, fazendo-a ficar brava.
— América, fala sério. - Pediu, revirando os olhos em seguida. 
—Tá, olha, sinceramente o  Daniel é uma das melhores pessoas que eu já conheci. Sabe aquele tipo de pessoa que te salva das piores situações, aquele que sempre te dá o ombro para chorar, aquele que sempre está com você? Ele é exatamente assim. -Contei, sendo sincera, apesar de todas  nossas diferenças, Daniel era uma ótima pessoa. 
—Eu sabia, seu jeito o denunciava. - Disse e sorriu como aquelas pessoas idiotas que parecem estar iludidas por suas paixões.
—Primeiro o fato de ter ficado o observando, em seguida ter perguntando sobre ele repentinamente e agora esse brilho no olhar enquanto falamos dele... Você está interessada no meu primo Sophia Stewart? - Interroguei e Sophia arregalou os olhos, me fazendo querer rir outra vez, mas antes disso, Clarisse entrou no quarto. 
— Oi meninas. Eu não sabia que a Sophia ia vir aqui e nem que vocês eram amigas. - Comentou.
— Nem eu sabia disso. -Confessei e Clarisse riu - O que você está fazendo aqui? – Perguntei encarando-a. 
— Vim te agradecer por tudo! -Ela disse e eu sorri. 
— Gente, acabei de ter uma ideia, vamos brincar de verdade, desafio ou consequência? -Sophia sugeriu pulando da cama, parecendo estar realmente animada.
— Não mesmo. -Eu disse franzindo o cenho, como se ela fosse maluca. 
— Por que não? - Perguntou cabisbaixa.
— Eu topo, gostei da ideia! -Vitor disse, entrando no quarto de repente.
—Não vamos jogar isso e, ninguém te chamou aqui, De La Riva! -Falei cruzando os braços. 
Opa, já acabou nosso acordo de paz? -Perguntou rindo e eu comecei a rir junto com ele, fazendo-o ficar confuso. 
—Na verdade, nunca existiu. -Fiquei séria de repente. 
Todos começaram a rir, exceto Vitor que ficou sério e revirou os olhos. 
—Vamos jogar ou não? -Perguntou Vitor, dando de ombros.
—Mesmo que fossemos jogar você não estaria convidado! -Avisei. 
—Claro que ele vai jogar, só nós três não teria a mesma graça. -Afirmou Sophia.
—Não vamos jogar nada, vê se entende. - Falei em alto e bom som, para ver se todos ali conseguiam entender. 
—América, tente não ser tão chata uma vez na vida, por favor, nunca te pedi nada! -Implorou Vitor, me encarando.
—Ok... Dessa vez não serei chata - Contei e ele me encarou surpreso - Passarei a ser insuportável! 
Vitor bufou. 
—Vamos jogar, não custa nada. –Clarisse pediu olhando-me. 
—Não, é uma brincadeira de criança! - Falei tentando convencer todos que não era uma boa ideia. 
— Esse foi o motivo mais sem noção que eu já ouvi. -Vitor contou. 
— Olha, se vocês querem brincar disso, estão à vontade, mas, eu não irei. - Afirmei convicta. 
— Mas só nós não terá a mesma graça, são poucas pessoas! - Disse Sophia, parecendo estar começando a perder as esperanças no jogo.
— Sabe que não? -Vitor disse parecendo ter alguma ideia - Vou ligar para o Daniel e chamá-lo para dormir aqui, assim ele participa. - Sugeriu, pude praticamente ver o coração de Sophia disparando através de seu olhar e logo mudei de ideia, seria bem interessante participar desse joguinho com a Sophia tão encantada por Daniel, iria me divertir com cada suspiro "apaixonado" que ela soltasse. 
Todos concordaram e logo Vitor se afastou para ligar para Daniel. 
— Agora eu vou participar! – Contei assim que ele desligou o telefone. 
— O que? -Sophia e Clarisse disseram juntas, sem nem ao menos acreditar. 
— Qual é o teu problema, garota? -Vitor indagou.
— Nenhum, apenas mudei de ideia! -Falei dando de ombros - Vou buscar a garrafa! - Falei e corri em direção a porta em seguida, antes de sair totalmente, pude ver eles se entreolhando sem entender nada. 
(...)
— Uma coisa que eu esqueci de falar, uma tal de Paula vai vim. - Avisou Vitor. 
— Quem é Paula? -Perguntou Sophia.
— Também não sei. -Disse Vitor, dando de ombros. 
— É a irmã de Daniel. - Contou Clarisse.
— Ah... Já ouvi falar, mas, não a conheço! -Disse Vitor, confuso.
— Ela estava viajando, acabou de voltar de Paris! -Avisou Clari.
Eu fiquei intacta ao ouvir essas palavras, não conseguia me mover ou esboçar alguma reação.
—Está tudo bem, América? -Vitor perguntou, estranhando minha reação.
—Sim... Eu apenas não sabia que Paula já voltou! -Dei de ombros.
A última vez que eu tinha visto Paula, não tinha terminado muito bem. Nós sempre havíamos  sido muito próximas, ela era uma das poucas pessoas em que eu confiava, apesar de termos pensamentos e jeitos completamente opostos nós nos dávamos muito bem, mas, o que terminou totalmente com nossa relação foi um garoto que ela estava interessada, porém, o menino tinha colocado na cabeça que gostava de  mim, claro que eu não dava importância nenhuma mas, Paula deu e muita, foi ai que eu vi que a nossa amizade era um teatro de falsidade. Ela simplesmente passou a me odiar e a tentar destruir minha vida por causa de um garoto que eu nem sequer dava  importância. Isso só me provou como eu não poderia acreditar em ninguém, mesmo nas pessoas mais próximas de mim e também me fez terminar de vez com aquelas ilusões que todas as crianças bobinhas tem, de que amores são reais e que podem mudar uma vida para melhor, e me fez acreditar mais que nunca que esse falso sentimento apenas serve para destruir qualquer coisa boa que possa vir a existir na vida de qualquer um... Acredito que esse seja o motivo pelo qual eu tenho tanto medo, não quero deixar esse sentimento me enganar... Não quero acreditar que eu possa ter uma vida diferente, preenchida por ternura, não quero entregar minha vida para alguém que no fim irá me magoar e provar que nunca foi real... Não quero perder o pouco que me resta. Para minha sorte ou azar, meus pensamentos foram interrompidos por alguém batendo na porta, Vitor logo se levantou indo até lá, eram eles.  Respirei fundo, tudo bem, afinal, não poderia ser tão ruim. 
—E aí, Brother! -Disse Daniel encarando Vitor e logo eles fizeram aquele toque extremamente estranho.
—Olá! - Disse Paula, com os olhos fixados em Vitor, parecia estar hipnotizada. 
—Oi Paula, é um prazer te conhecer! -Vitor falou, sorrindo. 
—O prazer sem duvidas nenhuma, é todo meu! -Ela disse e também sorriu.
Logo que percebi os olhares tão estranhos que ela lançou a Vitor, me aproximei em um impulso, parando ao lado de Vitor. 
—Olá! Lamento interromper a conversa de vocês, mas, temos que começar logo esse joguinho! -Avisei respirando fundo. 
—Está certo. - Concordou Daniel e em seguida, ele e Paula entraram rapidamente, indo em direção as meninas para cumprimentá-las, ver a expressão de Sophia me fez sorrir por alguns instantes, com certeza Daniel percebeu no mesmo momento que ela estava caidinha por ele e com certeza não perderia tempo.
—Pra quem nem sequer queria jogar você está animada demais, não acha? Acho que o motivo de você ter vindo aqui foi outro. - Vitor disse com um sorriso sarcástico e saiu em seguida. 
Merda, provavelmente ele percebeu que eu teria ficado meio "incomodada" com a forma que Paula estava agindo com ele. Terei que aprender a esconder essas minhas crises estranhas, repentinas e sem sentido que tenho do nada, antes que eu seja interpretada mal.
—Vamos começar! -Disse Sophia e sentou-se no chão.
—É... Vamos. -Eu disse e andei até lá, sentando-me em seu lado. 
—Eu não vou me sentar no chão. -Reclamou Paula como uma garotinha mimada.
—Para de ser chata, senta logo! -Mandou Daniel revirando os olhos.
—E você para de ser grosso! -Ela disse, mostrando língua para ele e em seguida pegou uma almofada e sentou-se em cima.
—Vamos! -Disse Vitor, mas logo todos nós encaramos Daniel e Sophia que conversavam alegremente, sem nem ao menos se dar conta que estávamos esperando apenas eles para começar o jogo, eles estavam falando sobre diversas coisas, pareciam estar em outro mundo e brincavam como se tivessem muita intimidade, realmente eles tinham muito em comum, se eu acreditasse nessas coisas diriam que são um casal perfeito. 
—Podemos começar ou tá difícil? -Vitor praticamente gritou, acabando com o ótimo momento em que eles pareciam estar vivendo e trazendo-os de volta para a realidade. 
—Não grita idiota, vai acordar o papai e a mamãe! -Clarisse repreendeu como se ele fosse um maluco. 
—Vocês já se conheciam? - Paula perguntou de repente, encarando Daniel e Sophia. 
—Não... Por que? -Sophia rebateu. 
—Não sei, vocês parecem ter tanta intimidade! -Disse Paula dando de ombros. 
—Eu a conheço, então isso ajuda. -Avisou Daniel, rindo.
—Desde quando você me conhece? -Sophia indagou. 
—Eu te observo há bastante tempo... Talvez isso tenha valido mais que qualquer conversa! -Contou, dando de ombros em seguida, pude perceber que Sophia prendeu o ar por alguns instantes, apesar de não fazer noção de como ela estava se sentindo, eu pude imaginar. Ambos se observavam antes de se conhecerem e agora são como duas crianças animadas que praticamente já se conhecem e estão apaixonadas sem nem sequer já terem conversado, esperando apenas pelo momento em que  poderão  viver o "amor" que sentem... Que cansativo! Isso me deu até uma vontade de vomitar, parecia um daqueles filmes bregas de romance.
—Ok, isso foi absurdamente gay! -Afirmei, acabando com todo clima que restava mesmo sem ter essa intenção. 
—Vamos começar logo. - Pediu Sophia sem graça. 
—Agora esperem, estou com sede! - Disse Paula, dando de ombros e se levantando em seguida - Quem pode vir comigo na cozinha? 
—Vai sozinha, ninguém vai tentar te matar donzela! -Falei sem conseguir me conter.
—Vem comigo, Vitor? -Ela pediu, me ignorando.
—Er... Eu... Sabe Paula, não estou disposto a me levantar agora! -Vitor disse coçando a nuca.
—Eu vou com você. - Me ofereci, levantando-me. Não queria que ela forçasse Vitor a ir com ela, nem sei o porquê, mas sinceramente, nem faço mais questão de adivinhar, uma hora ou outra essas minhas crises estranhas de "ciúmes" irão passar, enquanto isso, tenho que cuidar para que isso não piore. 
Paula fez a maior cara de insatisfação que eu já vi minha vida inteira, mas no fim, ela se contentou em apenas dizer: 
—Tanto faz. 
Revirei os olhos e andei até a cozinha, em momento nenhum eu olhei para trás para confirmar se ela estava me seguindo mas, pude ter a certeza por ouvir o som de seu irritante salto grande e rosa, martelando o chão, de forma extremamente desnecessária.
—Você gosta de suco de uva? -Perguntei abrindo a geladeira.
—Pode ser. -Concordou.
Então eu tirei o suco da geladeira e a entreguei. 
—Você está diferente, priminha! - Paula disse, enquanto despejava o líquido em um copo, sua voz  estava carregada de cinismo.
E como eu já mencionei em algum instante, não há nada que me irrite mais do que quando praticam o sarcasmo comigo então, independente da resposta, não me responsabilizo.
—Pois é, as pessoas mudam... Exceto você, claro. Pois continua a mesma garotinha fútil de sempre! -Afirmei encostando-me no balcão, cruzando os braços e devolvendo o mesmo tom de deboche. 
—Escute bem, América, eu te aconselho a me deixar em paz para o bem de todos. -Disse entredentes. 
— Eu concordo, para o bem maior vou fingir que não lhe conheço. -Falei e em seguida, caminhei em passos lentos em direção à saída da cozinha, mas,  parei por alguns instantes quando estava prestes a sair - De qualquer forma, foi bom conversar contigo depois de tanto tempo priminha. É sempre interessante colocar as mágoas em dia! -Conclui e só então, sai de vez.

(...)

— Verdade, desafio ou consequência? - Perguntei para Sophia, já que garrafa tinha parado em nós duas.
—Consequência! -Avisou, dando de ombros. 
Eu tinha que falar algo relacionado a Daniel, para isso começar a ficar divertido e também para ajudá-los um pouco... Pensei, pensei e após um tempo me surgiu uma ideia.
—Se você e o Daniel fossem um casal, qual seria a música tema de vocês? Tipo, uma música que vocês acham que parece com vocês. -Falei, encarando ambos.
—Que tipo de pergunta é essa? -Paula parecia indignada, ela não havia gostado de Sophia então provavelmente gostava muito menos da ideia de tê-la como cunhada. 
—Cala boca bitch! - Mandou Clari e isso me fez rir muito, mas, parei no mesmo momento em que Clarisse praticamente me fuzilou com o olhar, ela parecia estar realmente interessada em ouvir a resposta do casalzinho presente ali. 
—Mirrors! -Sophia e Daniel responderam, na mesma hora e se entreolharam em seguida. Qual é, eles pensavam juntos? 
—Garota, você é o meu reflexo, tudo o que eu vejo é você!  -Daniel falou um trecho da tradução da música, mas, a forma em que ele a olhava mostrava que não era simplesmente um pedaço da música, na verdade, era o que ele queria dizer para ela naquele momento. 
—Eu não queria atrapalhar esse momento e nem essa troca de olhares maravilhosa, mas, temos que continuar a jogar! -Avisou Vitor, rindo.
—Pela primeira vez, eu concordo com o De La Riva! -Falei, começando a rir também. 
—Vocês são muito estraga prazeres! -Reclamou Clarisse. 
—Se você gosta de ver cenas românticas eu te empresto alguns filmes de amorzinho, mas, agora não é o momento. -Disse Paula cruzando os braços, Clarisse revirou os olhos.
Após isso, tudo voltou ao normal e eu rodei a garrafa, que parou em Daniel e Vitor. 
—Verdade, desafio ou consequência? -Perguntou Daniel esfregando suas mãos uma contra as outras, como uma forma de aquecimento, preparamento ou algo do tipo.
—Desafio! -Disse Vitor, estralando os dedos em seguida. 
—Se eu fosse você não teria feito isso. - Disse Clarisse balançando a cabeça.
—Não estraga a melhor parte do jogo, agora que as coisas começam a esquentar! -Falei animada, eu não esperava de forma alguma que seria algo tão estrondoso. 
—Eu te desafio a beijar a Paula! -Daniel falou rapidamente e eu congelei,  não acredito que ele disse isso... 
Todos ficaram calados, acredito que isso fez com que Daniel se questionasse se teria falado algo errado. Olhei para Paula por alguns instantes e pude notar um sorriso em seus lábios, ela parecia realmente querer e isso apenas me deixava mais abismada. Vitor me encarou por alguns instantes, como se pedisse permissão para tal ato. Ele realmente está achando que estou interessada nele,  preciso definitivamente colocar um ponto final  nessa situação, então terei que mostrar que não me importo com nada disso,  ou pelo menos fingir.
—Seja rápido, termina logo com isso, temos que continuar o jogo!  -Pedi, embora meu coração me mandasse fazer o contrário.


Vitor estreitou os olhos por alguns instantes, me olhando profundamente, parecia estar magoado com minha atitude tão irrelevante.
—Está bem, se é assim que você quer... -Disse e se levantou em seguida, todos pensaram que ele tinha dito isso para Daniel, mas, eu sabia que era para mim. 
Vitor andou até Paula e a puxou pelo braço, levantando-a.

—Está pronta? –Ele perguntou.

—Já fiz isso outras vezes. – Paula respondeu, dando de ombros.

 Então eles se beijaram em seguida, no início eu apenas respirei fundo e virei  o rosto para o outro lado, mas, após um tempo, a vontade de saber como estava sendo isso foi maior do que eu, então olhei para eles, porém, me arrependi no mesmo instante. Paula parecia estar comendo seus lábios com muita precisão,  já Vitor parecia estar um pouco desconfortável com a situação, mas, eu não tinha certeza. Isso me doeu tanto, foi como se algum vazio enorme se abrisse dentro de mim, mesmo sem querer senti meus olhos se encheram de água, eu não quero que isso aconteça, não quero me importar. Levantei-me em um impulso e eles se afastaram no mesmo momento.
—Pronto! -Disse Vitor limpando os lábios que estavam sujos de batom. 
—O que foi, América? -Perguntou Paula, sorrindo.
—Nada eu só me cansei disso... Boa noite para vocês! - Disse e tentei sair em seguida, mas, Paula  me seguiu, praticamente correndo sem nenhuma necessidade,  deixando todo seu suco de uva cair em cima de mim.

 - Puts... Foi sem querer! -Disse com a voz carregada de cinismo, eu sabia que ela tinha feito por querer.
—Qual é o teu problema garota? -Vitor praticamente gritou, encarando Paula como se ela fosse maluca. 
—Foi sem querer. -Paula repetiu arregalando os olhos. 
—Você não devia ter feito esse desafio, Daniel! -Foi tudo que eu ouvi Sophia dizer antes de subir praticamente correndo para as escadas. 
—América, espera! -Vitor correu atrás de mim, porém eu continuei andando - Espera! -Repetiu me segurando pelo braço quando eu estava prestes a entrar em meu quarto. 
—Não Vitor, me deixa em paz. -Implorei, encarando-o.
—América, me desculpe por ter te provocado e... Não era pra ter terminado assim, estávamos apenas nos divertindo! 
—Tudo bem, não precisar se desculpar.  Apesar de querer eu não faço parte disso tudo, esse é meu modo de viver. Estive errada se pensei em sair da minha realidade algum momento.

"Ideial Seria Que Todas
Pessoas Soubessem Amar,
O Tanto Que Sabe Fingir! "Bob Marley.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Tivemos de tudo um pouco nesse capítulo ne? haha, gostaram do novo casalzinho que está na área? Dani e Soso ♥ Eu pirei com eles, haha. Espero que tenham gostado, deixem suas opiniões nos comentários, e é isso, beijão!



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