Relembrando um passado escrita por CCris


Capítulo 5
Sonhando


Notas iniciais do capítulo

Um novo acontecimento para abalar Sara...



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Na ocasião em questão ela não chegou a ver seu pai morto, mas lembra bem da imensa quantidade de sangue no chão da casa e que ela sonolenta entra na sala e escorrega no sangue, a policia estava entrando no local, então uma policial a vê e imediatamente a pega no colo e a retira da casa, não permitindo que Sara visse mais nada a não ser o chão ensanguentado e sentir um cheiro de ferro devido a estar banhada com o mesmo sangue.

Agora, ao contrario de na ocasião real ela via um homem com uma faca enterrada no ombro e levanta do sangue onde escorregou e vai a seu encontro pensando ser seu pai, quando o vira percebe que é Andrei e logo depois ouve o choro de Tom. Levanta o rosto e lá esta o garotinho, bem a seu lado, sentadinho chorando a plenos pulmões. Sem mais nem menos ela está adulta novamente, então pega Tom o mais rápido que pôde com a intenção de assim como a policial o tirar dali e não permitir que ele fosse atormentado pelos mesmos fantasmas que ela.

Porém quando ela menos espera Andrei que achava estar morto agarra seu pé com uma mãe e com a outra puxa a faca que tinha cravada em si. Quando Sara percebe a ameaça começa a entrar em desespero, porém não consegue se mexer ou gritar por socorro.

– Gil? Gil? Gil...

– Amor? – Grissom acorda com os sussurros de seu nome e percebe que é Sara que sonha. Percebe que ela está com uma expressão atormentada e soa bastante. – Sara querida? Acorde por favor? Eu estou aqui! É só um sonho amor. – Tenta acordá-la, quando não recebe respostas começa a balançar-lhe o braço com um pouco mais de força, até que ela em fim abre os olhos que mostravam um medo que ele nunca tinha visto, nem naquela tarde quando ela estava como refém.

Ela percebendo a preocupação de nos olhos de seu namorado, tenta inutilmente se acalmar, porém acaba rebentando em lagrimas novamente. Gil a aconchega em um abraço e aguarda até que ela esteja mais calma, quando percebe que isso ocorreu pergunta.

– Querida eu não queria perguntar isso agora, mas sinto que você precisa falar... Seu estado agora não é só relacionado ao sequestro é?

– Não Gil...

– É relativo a seu pai? – Ela apenas balançou a cabeça positivamente.

– Não sabe o quanto eu lutei pra apagar da minha cabeça as memórias do dia em que meu pai morreu, e quando vi que Tom poderia ter exatamente o mesmo tipo de lembrança que eu...

– Sara? Seu pai alguma vez levantou a mão pra você?

– Não, mas...

– Amor? Ele foi capaz de causar uma queimadura química no próprio filho! Ele não é digno de que se atormente dessa forma, e de mais a mais Tom não lembrará desse ocorrido, ele é apenas um bebê!

– Que quando começar a perguntar pelos pais terá a noticia que seu pai teve um lapso e matou sua mãe, seu tio e tentou matá-lo? Acredito que é bem pior do que o que eu passei Gil.

– Não se tiverem pessoas ao redor dele pra fazer tudo isso não passar de passado!

– Acredita que os avós dele serão bons guardiões?

– Bras me disse que são um casal adorável e que Andrei possui uma irmã mais nova recém casada que pretende adotar Tom como filho.

– E como ele irá adotar a criança? Já decidiram que ele perderá a guarda?

– Pelo que sabemos a família de Andrei está disposta a comprar essa briga para que a criança seja criada como filho desta moça, independente de qual estado mental será atestado para Andrei.

– Sabe que conversei com Andrei antes de ele surtar de vez?

– Sobre o que?

– Ele me contou sobre o assassinato e não pude deixar de pensar se na cabeça da minha mãe passavam os mesmos tipos de pensamentos, que não existia salvação para absolutamente nada em sua vida.

– Não pense nisso querida, hoje sua mãe está tão bem, apesar de não poder ficar longe de entidades especializadas, sabe bem que ela está lúcida a mais de um ano sem recaída alguma.

– Eu sei... Tem uma outra coisa.

– O que?

– Teve uma única coisa que senti hoje por Tom que não senti no dia da morte do meu pai.

– E o que foi isso?

– Refúgio. O que você fez por nós me passou a sensação que ainda posso estar segura apesar disso, que se eu estiver com você tudo vai ficar bem. – Grissom a abraçou forte.

– O que eu poder fazer por você eu sempre farei, acredite nisso amor!

– Eu acredito!

...

Sara acordou e estava sozinha na cama, Grissom estava aparentemente cozinhando alguma coisa já que ela sentia cheiro de algo sendo cozido. Levantou e o encontrou mexendo em uma panela.

– Huuum

– Com fome? – Diz ele se virando para ela.

– Um pouco, vou tomar um banho enquanto você termina ai.

– Vá!

Grissom estava preocupado com o que virá mais cedo, o medo que ela mostrava nos olhos não era expressão que ele via costumeiramente e isso o estava tirando o juízo, porém resolveu não passar essa impressão a ela, dessa forma talvez ela encontrasse nele alguma segurança.

Pouco depois estavam ambos com uma sopa de legumes a sua frente já arrumados para em seguida seguirem para a delegacia, Sara teria de prestar depoimento sobre o ocorrido e Grissom também, estava agora em investigação interna para ser absorvido devido a facada que desferiu contra Andrei.

Chegaram a delegacia e para surpresa de ambos estavam a porta varias viaturas, e seus colegas peritos também, Grissom desceu do carro seguido por Sara e foi falar com Bras para entender o que estava acontecendo.

– Bras? O que aconteceu?

– Andrei... – Ele então percebe Sara ali e resolve não mais falar nada.

– O que tem ele Bras? – Pergunta Sara.

– Ele fugiu!

– Como isso é possível? – Pergunta Grissom pegando a mão de Sara e a puxando para mais próximo de si.

– Ele sofreu um novo lapso e começou a cortar o pulso com uma colher de plástico quebrada que ele escondeu da refeição anterior, quando um grupo de policiais entrou para socorrê-lo ele tomou a arma de um dos pamonhas... – Disse passando a mão na cabeça e bufando. – Rendeu os dois inúteis que tinham entrado na sela e atirou do seguinte que vinha chegando no corredor, depois disso rendeu uma policial que estava na porta da ala e a usou como escudo humano até conseguir entrar em uma viatura que estava do lado de fora.

– Bem, se ele roubou uma viatura não deve ser tão difícil assim de encontrá-lo.

– E não foi...

– Já o encontraram?

– Sim, ele conseguiu ir até desert palm a procura do filho, ao chegar lá fomos acionados devido a distúrbios que ele causou, estou indo agora lá.

– E Tom?

– Ainda não sabemos.

– Precisamos fazer alguma coisa Bras!

– É verdade e eu e aqueles quatro iremos fazer agora, você está sob investigação administrativa e Sara acabou de passar por maus bocados, então vão pra casa!

– Eu não posso Bras! Sou o supervisor desta equipe!

– Grissom, não vamos criar caso por favor? Eu gostaria muito que todos vocês pudessem se dedicar a este caso, acredite, assim como vocês tudo o que quero é ver esse garotinho bem e a salvo de um pai perturbado!

Grissom resolve não mais contrariá-lo, mas vai até onde sua equipe esta praticamente arrastando Sara pela mão que até o momento em que ouviu o relato do capitão se manteve calada e sem esboçar reação qualquer. Grissom percebeu seu estado, mas não quis alarmar a ninguém, ele mesmo iria cuidar dela.

– Cat?

– Gris por favor? Nós damos conta! Vá para casa e leve Sara por favor?

– Farei isso, mas a cada uma hora um de vocês terá de me ligar ou dar um jeito de se comunicar comigo e assim me manter atualizado ok?

– Gris...

– Isso é uma ordem Catherine! Ainda sou seu supervisor e quero estar bem informado a respeito de tudo isso.

– Ok! Só que Bras não vai gostar disso.

– Ele não precisa saber!

Disse e foi mais uma vez arrastando Sara para o carro. Dessa vez foi para o seu apartamento ao invés de para o dela, quando parou com o carro resolve então olhar para ela.

– Fala comigo Sara por favor? Deixa eu te ajudar amor? Eu não aguento te ver assim!

– Eu sou estou cansada Griss! Só isso. – Diz e sai do carro, Grissom a acompanha e para ela a alguns passos do carro.

– Não! Não é só isso! Você está com medo, com medo de ele voltar e te procurar ou com medo pelo garotinho.

– Sim! É verdade, eu estou com medo, mas estou cansada de sentir medo, medo do meu passado, medo pelo ocorrido, medo do meu futuro.


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Notas finais do capítulo

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