Volta para mim meu amor, você sabe que eu te amo, foi só um vacilo, você é muito melhor que a sua amiga, juro.
Henry

Olho meu celular e vejo mais uma das mensagens do Henry, o filme já estava no final e a pizza já havia acabado faz tempo. Nyc se inclina para ver o que tinha no celular e diz:

— Deixa que eu resolvo isso para você — ele pega o celular, aperta o botão de gravar e diz — Desculpa cara, mas ela não pode falar agora, a Ali ta meio ocupada, e olha você é um grande babaca, agora deixa ela aproveitar o Rio, e fica na sua. — nesse momento eu estava me segurando para não rir e quando ele solta o botão eu caio em gargalhadas, logo recebemos um áudio de volta:

— Ali, quem é esse cara? E que história é essa de Rio? O que diabos você está fazendo aí? Já sei, esse cara é seu namorado, mal terminou com um e já foi logo para outro, tinha que ser uma puta mesmo, eu sabia que você era uma vadia sem escrúpulos. — e assim que terminamos de ouvir o áudio sinto meus olhos molhados e uma lágrima escorrendo.
— Vem, não chora — ele diz me abraçando — eu sei que dói, mas vai passar.

— Vamos terminar o filme — digo desfazendo o abraço

Terminamos de assistir o filme era 11:15 , ele me ajudou a arrumar tudo, que na verdade era jogar a caixa da pizza no lixo, lavar dois copos e guardar o suco na geladeira, já que havíamos comido com as mãos não tínhamos sujados pratos.

— Então, eu acho que já vou, daqui a pouco seus pais chegam

— Verdade

— Enfim, foi muito bom assistir um filme com você, esquece aquele cara, ele não sabe nada sobre você e não te merece — me da um outro abraço — Você foi a primeira pessoa em que eu não fui tímido, foi tão estranho, mas ao mesmo tempo normal.

— Não sei como você pode ser tímido — digo desfazendo o abraço

— Você não me conhece de verdade — diz com um sorrisinho sacana em seus lábios—então tá, tchau — ele diz indo em direção a porta, ele abre

— Tchau —ele sai então eu fecho a porta

Subo até meu quarto, coloco um pijama e deito, porque a praia da manhã não era para ninguém, pego meu celular que já tinha virado praticamente parte do meu corpo de tanto andar com ele, coloco meu fone e ligo numa música, mais precisamente em uma chamada This Charming Man, da banda The Smiths (ouçam para acompanhar a história se quiserem, uma das melhores musicas que eu já ouvi na minha vida, se alguém já ouviu me digam nos comentários)

"Punctured bicycle
On a hillside desolate
Will nature make a man of me yet ?
When in this charming car
This charming man
Why pamper life's complexities
When the leather runs smooth
On the passenger seat ?
I would go out tonight
But I haven't got a stitch to wear
This man said "it's gruesome
That someone so handsome should care"

Me lembro de ouvir até essa parte, depois, cai em um sono sem sonhos

Acordo com uma luz no meu rosto, maldita janela, e logo levanto, pego meu celular no criado mudo da cama, e vejo no visor 8:46 , resolvo levantar, meus pais ainda devem estar em casa, ontem acabei não vendo eles, desço as escadas e sinto cheiro de ovos mexidos com requeijão:

— Olá, mãe

— Oi, querida, nem nós vimos ontem — do me dando um abraço

—Verdade, você saiu bem cedo

—É, filha, ontem eu comprei umas coisinhas para você almoçar, é só colocar no microondas, eu é seu pai não vamos poder vir almoçar com você pois onde nós trabalhamos é longe e demoraria muito tempo até aqui— diz pegando um prato e colocando um pouco de ovos e depois passando o para mim

—Ok, sem problemas — digo pegando uma xícara e colocando na máquina de café e colocando um sache de capuccino logo em seguida, como um pouco dos ovos e logo em seguida pegando o capuccino — Eu vou andar um pouco essa manhã, manter a forma né

— Claro

Termino de comer, me despeço da minha mãe e do meu pai que saem logo em seguida.

Subo para meu quarto colocando um short esportivo preto e uma blusinha esportiva branca, um Tennis de corrida, prendo o cabelo e saio logo em seguida, aperto o botão do elevador que demora em chegar, assim que chega entro e aperto o térreo, mas ele para no andar 3 e logo em seguida a Mickey entra, ainda to meio em dúvida sobre os pulsos dela mas acho que ainda não é a hora

— Oii Mickey — falo dando um beijinho em sua bochecha e logo em seguida vejo que está com uma roupa de exercícios também

— Olá Ali, vai caminhar também?!

— Vou sim

— Vamos juntas, pelo menos terei com quem conversar

— Claro

Saímos do elevador e vejo uma pessoa de cabelos escuros levando algumas telas para um carro de cor azul escura, quase um preto, resolvo ignorar e continuo andando lado a lado até a parte de fora do prédio com a companhia da Mickey, vamos para o grande calçadão que tem na praia, aqueles com as ondas em branco e azul e começamos a andar devagar e acelerando aos poucos e logo estávamos correndo (esteira pra que?) alguns metros depois paramos para descansar e sentamos na mureta e ficamos observando a paisagem e as pessoas:

— Olha ali ! — ela me chama — o Nico, vamos dar um Oi para ele

— Quem?

— Ele é nosso vizinho e sabe pintar como ninguém

Fomos andando até um cara de cabelos e olhos pretos, muito parecido com aquele que estava colocando as coisas no carro hoje de manhã, na verdade, era o cara que estava levando as telas para o carro, chegamos mais perto e pude ver melhor suas pinturas, eram lindas, totalmente diferente do tipo de arte do Nyc, se os dois trabalhassem juntos ia ser incrível e ia dar um belo resultado

— Olá Nico — Mickey diz

— Oii — ele abre um sorriso e vai cumprimenta-la, obviamente rola alguma coisa entre eles

— Essa é a Ali, ela se mudou a pouco tempo para o prédio.

— Oi — digo meio sem graça

— Olá — ele fala todo animado ganhando de 1000 do meu "Oi" sem graça e me da um abraço apertado, coisa de Cariocas

— Provavelmente, você é o famoso Nico que falaram — falo me lembrando da palavras de Peter e cia

— Deixa eu adivinhar, ja passou pelas transformações do Peter, Amy e Luck

— Acertou — digo rindo um pouco

— É impressionante como ninguém escapa

— Verdade, é como se você passasse horas num salão de beleza e não fosse suficiente para os 45 minutos do Peter, ele é incrível — diz a Mickey que cora um pouco ao olhar de Nico

— Seu nome me faz lembrar de um personagem de um livro que eu li, Nico DiAngelo dos livros do Percy Jackson — digo do nada e todos começamos a rir

Vejo Mickey pegar seu celular e logo em seguida dizer:

— Parece que a Emily só volta mais tarde, querem almoçar em casa? — Mickey nos convida

—Ah sei lá a— digo

— Pode ser — diz Nico

— Vamos sim Ali

—Ok, podemos pegar algumas coisas na minha casa, minha mãe comprou batata frita

— E eu comprei umas carnes que é só colocar no forno e pronto

— Então, nós encontramos umas 13:00 na minha casa

—Pode ser -digo

— Eu já vou guardar as coisas aqui e já nós encontramos lá — fala Nico

— Eu vou indo na frente para arrumar tudo, tchau gente — diz Mickey

— Quer ajuda? — pergunto ao Nico

— Ah, obrigado — eu pego algumas telas com cuidado, ele pega outras e leva para um carro o sigo e ele coloca as telas no porta malas — Quer carona?

— Não, obrigada, to suada

— Ah deixa disso, entra aí

Eu entro no carro e ele logo em seguida e ligando o carro:

— O que rola entre você e a Mickey? — pergunto fazendo o que eu faço de melhor, me intrometer na vida das pessoas

— Sinceramente, eu gosto muito dela, sei que soou como um adolescente apaixonado mas é verdade, nós ficamos uma vez e foi a melhor ficada da minha vida

— Por que vocês não levam mais além? — pergunto me intrometendo novamente

— Não sei, não tenho certeza se ela sente o mesmo.

— Ah fala sério, ta na cara que ela realmente gosta de você, ela ficou até vermelha na sua frente, agora a pouco.

— Não sei, to com medo de me declarar para ela e receber um fora

— Ta com medo?! sério, Ah por favor conta outra — Chegamos no prédio e ele estava estacionando o carro na sua vaga

— Talvez um pouco — saímos e vamos na direção do elevador que estava aberto, por sorte

— Então, vai até ela e a conquiste — o elevador para no andar dele e ele sai, pouco depois eu saio no meu andar, tomo um banho rápido coloco uma roupa fresca, pego batata frita congelada e alguma bebida e vou até a casa da Mickey, chego lá, toco a campainha que demora a ser respondida e logo depois aparece uma Mickey com os lábios um pouco inchados e um Nico apoiado na bancada da cozinha :

— Trouxe algumas bebidas também—faço um sinal dizendo que a boca dela ta um pouco vermelha e ela assente, olho para o Nico que estava com uma cara de inocente e faço sinal de "to de olho em você" — Mickey, tem uma panela para fritar as batatas

— Aqui — ela me entrava uma frigideira

Fizemos tudo e comemos conversando sobre coisas que aconteceram quando éramos crianças, a Mickey ficou meio quieta no começo o que me incomodou um pouco assim que terminamos continuamos a conversar sobre assuntos aleatórios enquanto arrumávamos tudo, tudo sem nem tirar o casaco branco, depois de tudo limpo eu volto para meu apartamento deixando Mickey e Nico sozinhos para terem um momento romance.

Não importa o que seja aquilo no braço dela, eu vou descobrir, e se precisar ajudá-la de qualquer maneira.