POV NYCOLAS

Era mais um dia, fazia uma semana desde que o ano, era 11:00, e acabo de acordar com uma mensagem do Nico, apenas dizia:

Está pronto, eu levo aí ou vc vem buscar?

Respondi que buscaria depois, agora estou vendo algum filme aleatório na televisão, resolvo acordar mesmo e vou tomar um banho, esse calor do Rio está me matando, saio do banho, coloco uma bermuda e camiseta e logo chega um lembrete no celular dizendo sobre o concurso que começaria em uma hora, já era 12:30, droga, havia esquecido completamente, vou até meu armário e pego uma calça jeans, um tênis e troco a roupa, eu tinha que estar apresentável para os jurados, nem que eu começasse a usar no meio da exposição, não teria muito tempo de almoçar, então acho que vou pedir um lanche no caminho mesmo.

Vou até meu estúdio/ quarto de desenhos e pego o desenho de um grifo, coloco numa moldura e logo depois numa pasta, pego o Ted, o coloco no meu ombro, saio de casa, tranco a porta e aperto o botão do elevador esperando o mesmo chegar, entro, e espero a porta fechar, segundos depois estou saindo do elevador, atravessando o hall e andando na direção do estacionamento até que vejo uma loirinha entrando no hall toda suada e com roupas de corrida:

— Oi — eu digo chegando mais perto dela

— Olá — ela responde meio ofegante e levando a mão no meu ombro para cariciarão Ted — tudo bem?

— Tudo ótimo — digo dando um beijo no canto da boca dela — e com você?

— Acho que to bem, vai sair? — ela pergunta se afastando e se abanando de calor

— Tenho um concurso daqui a pouco— respondo

—Boa sorte, não que você precise

— Obrigada, bom já vou indo, não posso me atrasar — digo chegando mais perto dela e dando um selinho em seus lábios e a mesma cora em instantes — Tchau

— Tchau — ela responde indo em direção ao elevador e eu volto a andar em direção ao estacionamento.

Chego no estacionamento, e vou em direção a minha moto, coloco o desenho no porta luvas (aquele compartimento que você guarda as coisas em motos), ligo a moto e saio do prédio indo a uma lanchonete, pois ainda não almocei e minha barriga estava roncando.

Vou até uma lanchonete qualquer e peço um X-Burguer e um refrigerante, como lá mesmo e logo depois vou para a Galeria Almacén (eu pesquisei) onde já havia alguns desenhos expostos e logo atrás seus desenhistas, paro em uma vaga, pego meu desenho e passo pelas portas de vidro, entro na galeria que graças a Deus tinha ar-condicionado e vou andando até encontrar a mesa com o meu nome, tiro meu desenho da capa e o exponho para os Juízes verem, eu já estava nervoso, e eles estavam demorando a chegar na minha mesa, minhas unhas já deveriam estar em carne viva de tanta ansiedade, logo eles chegam, um cara magro e alto vestido todo de preto, um gordinho que estava de Paletó e uma mulher alta que tinha cabelos enrolados, todos segurando uma prancheta preta, e o gordinho pergunta:

— O que é o seu desenho?

— Um grifo — respondo

Eles anotam alguma coisa em suas pranchetas e logo seguem para o próximo desenhista, que era o ultimo. Depois de 15 minutos eu ouço eles chamarem todos os desenhistas e eu me aproximo, eles começam a falar os ganhadores e os prêmios

1º lugar: 500 reais e o desenho exposto na galeria
2º lugar: 200 reais e o desenho exposto na galeria
3º lugar: o desenho exposto na galeria

Se eu já está nervoso antes imagina agora, eles começam a fazer um discurso dizendo que todos os desenhos eram ótimos e que não importa quem ganhar ou perder para continuarmos desenhando e um monte de outras coisas. Logo começam a anunciareis ganhadores, a mulher fala primeiro l:

— E o 3º lugar vai para Bruno Carvalho — ouço palmas e meu desespero aumentando e logo o gordinho toma a frente para falar

— E o 2º lugar vai para Nycolas Ruan Santos — Ouço várias palmas e assim que ouço meu nome me sinto triste e feliz ao mesmo tempo, feliz por ter ganho o 2º lugar mais triste por não ter ganho o 1º

— E o 1º lugar vai para Matheus da Silva — diz o homem de preto

Os três ganhadores vão até o centro para tirar uma foto e receber os prêmios, e entregar os desenhos para a exposição.

Volto para a minha mesa com os 200 reais, para pegar a minha pasta e logo o jurado gordinho se aproxima de mim

— Ei, eu realmente gostei do desenho, ficou muito bom, e olha, por coincidência eu encontrei esse grifo de pelúcia, e eu vi que você ficou meio chateado de ter pego o segundo lugar sendo que era digno de primeiro, fica com esse grifo de pelúcia pra ver se ele te alegra um pouco.— ele diz e e não tenho tempo nem de dizer um obrigado pois o próprio sai andando e logo se mistura com o resto do pessoal, faço carinho no Ted e logo depois saio da galeria indo para o predio.

Alguns minutos depois, chego no prédio, estaciono a moto e subo para o meu apartamento sem encontrar ninguém pelo caminho, coisa rara nesse prédio.

Chego em casa, destranco a porta, entro e vou em direção ao meu quarto, chego lá e vejo o desenho que eu pedi para o Nico pintar em cima da minha cama, tinha me esquecido que ele tinha a chave do meu apartamento, tiro a calça e o tênis e troco por uma bermuda e chinelos, olho pro grifo e tenho uma grande idéia e destino pra ele, mando uma mensagem p Ali.

Nyc: Hey, Ali, vem em casa rapidinho

Ali: Ah não, vem vc aqui, to cansada

Nyc: vem logo, deixa de preguiça, se vc não vir eu vou te buscar

Ali: daqui eu não saio daqui ninguém me tira

Nyc: ok então, eu sei onde vc tem cócegas, e vc sabe que eu realmente vou aí te buscar

Ali: Vc ta jogando sujo!! Ok, daqui a 5 minutos to aí.

Passo um perfume e coloco o desenho que o Nico pintou em uma moldura, fico no meu celular esperando a Ali, logo ouço o som da campainha e apenas grito um pode entrar e logo ouço a porta sendo aberta e logo em seguida fechada:

— To aqui, o que você quer Nyc? — ela pergunta e só de ouvir a voz dela eu já fico nervoso

—Vem aqui no quarto por favor.
Ouço seus passos se aproximando e logo levanto da cama ficando de pé esperando ela abrir a porta.

— Que foi? Se for uma pegadinha eu juro que nunca mais falo com você — ela fala enquanto abre a porta, assim que entra no quarto e vê seu desenho no quadro ela pergunta:

— O que é isso? — ela pergunta meio vermelha

— Isso é um desenho seu, sabe por que? — ela faz que não com a cabeça e eu aproveito pra ligar a música Fluxo Perfeito da banda Stike uma das bandas preferidas da Ali (quem quiser ouvir para acompanhar, ouça, é muito fofa e detalhe pros garotos, essa música conquista qualquer garota) — isso é um pouquinho do que eu sinto por você, sei que nós conhecemos a pouco mais de um mês mas eu sinto algo por você, e algo muito forte, toda vez que eu te vejo eu fico nervoso e sem o que falar, e o ano novo foi como um sonho, não sei se estou indo rápido demais ou não mas — respiro fundo uma vez e logo falo — Quer namorar comigo? — faço logo a pergunta e os segundos parecem horas enquanto ela raciocina tudo o que eu falei, até que ela começa a falar.

— Eu, Eu — ela para de falar e vejo suas bochechas ficarem coradas— Aceito! — assim que ela diz isso, eu não acredito que eu realmente ouvi isso, eu abro os braços e sou um grande abraço nela e segundos depois começamos um beijo calmo e tranquilo, coisa que eu estava precisando desde a festa de Ano Novo.

Assim que terminamos o beijo eu a ajudo a levar o quadro que era relativamente grande para o seu quarto e levo junto o grifo de pelúcia:

— Ah finalmente, não pensei que trazer um quadro pra cá ia dar tanto trabalho — ela pega o grifo e o coloca em cima da cama.

— Eu vou embora, antes que seus pais cheguem, depois a gente vê com eles tudo ok.

—Ok.

— Tchau Ali— eu digo e ela puxa a gola da minha camisa e me da um beijo, o melhor beijo de despedida da minha vida, com toda certeza, assim que o beijo termina ela responde

— Tchau Nyc — ela me leva até a porta e eu desço para meu apartamento, chego lá ligo a TV e fico olhando problema com um sorriso boboca no rosto.