Ela era o pior tipo de pessoa para lidar. Uma psicótica na beira do ataque de nervos, uma super heroína que tenta se salvar antes de qualquer outra pessoa. Era uma pessoa que escrevia poesias sem o mínimo sentido para se libertar das más vibes, do ar ruim e do homem péssimo que dormia ao seu lado todas as noites.

Inconstante, diferente, rancorosa. Ela era Ana e só, nada mais e nada menos.

Seus cabelos enrolados ruivos naturais e chamativos caiam no ombro sem preocupação, os olhos castanhos fixavam em mim, ela nem piscava. Tirou os sapatos, feliz que só, apoiou os braços em meu ombro e sussurrou palavras que nem me lembro mais de tão insignificantes que eram. Será que ela me perdoaria pelos beijos roubados? Pelo pedido de namoro desajeitado e por ter irritado seu gato de estimação?