Perfect escrita por ForgetAboutYou


Capítulo 6
Time Well Spent


Notas iniciais do capítulo

Heey galera! Olha eu aqui de novo! kkk... Ansiosos pro dia 3 de maio? Eu sei que eu estou (; kkk.
Então, pra acalmar um pouquinho da ansiedade, aqui vai um capítulo que eu acho super fofo pra vocês!!!
E sem mais delongas... Ao capítulo!



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And I remember sharing lips with her…
The coming weeks were to be a blur.
‘Cause time with her is like no other –
She can make a winter’s day feel like the summer.
And it’s oh so nice to have her alone,
‘Cause you know I made her leave her mobile phone at home.
The clock’s ticking, but I don’t mind
Because there’s no one else I’d rather share my time.

— Time Well Spent - Tom Felton

— Seja bem vinda. De novo - Disse assim que abriu a porta.

— Wow. Tinha me esquecido de como era bagunçado aqui - Soltei uma risada, adentrando o cômodo.

— É. Ainda não arrumei desde a última vez que você esteve aqui... Mas eu gosto assim. É a minha 'bagunça organizada'- Respondeu, mexendo em alguns papéis em sua escrivaninha.

— Não parece tão organizada - Falei, virando as páginas de um de seus milhares de livros de arquitetura - - Ei, isso parece interessante! - Exclamei, apontando uma imagem que me chamara minha atenção.

— E é. Tudo em arquitetura é fascinante. É como criar um vestido, só que maior, e mais complicado - Respondeu - Agora, o que tem para me contar? - Perguntou, levando-me em direção a sua cama.

— Bom, para começar, conversei com Erik hoje - Comecei - Você tinha razão - Suspirei - Ele tem sentimentos por mim.

— Devo me preocupar? - Ao ouvir tal pergunta, não pensei duas vezes antes de beijá-lo.

— Nunca - Disse, fazendo ambos sorrirem - Ele disse que entende. E parece que já se conformou. Disse que você é uma boa escolha - Kile sorriu nesta última parte.

— Ele é um bom amigo - Concordou, enquanto tentávamos encontrar a melhor posição para ficar em meio aos lençóis bagunçados.

— É sério. Você precisa arrumar isso daqui - falei, fazendo o mesmo que ele.

— Aqui. Acho que é melhor a gente tirar os sapatos - Disse, alcançando meus pés e retirando minhas sandálias para logo depois tirar os seus como fez na noite anterior, exceto que desta vez, sem segundas intenções.

— Pronto. Agora podemos conversar tranquilamente - Constatou, assim que colocou a coberta em cima de nossas pernas e passar os braços ao meu redor pouco antes de encostarmo-nos à cabeceira de sua cama - O que mais aconteceu hoje, digo, além de esclarecer as coisas com o Erik? Conversou com seus pais?

— Sim - Suspirei - Papai desconfia que estejam atrás de algo que possam usar para dar um golpe na monarquia.

— Tipo o que? – Perguntou.

— O diário de Gregory Illéa – Respondi.

— Não foi esse diário que sua mãe usou no projeto que quase a expulsou da Seleção?

— Esse mesmo - Sorri, relembrando da referida história. Tal episódio marcara o Jornal Oficial para sempre. Era um mistério para a maioria das pessoas. Poucas pessoas sabiam fora a minha família e a de Kile, apenas os funcionários mais antigos do palácio e o restante das selecionadas que estavam presentes naquele dia sabiam de fato o que havia ocorrido. Seria raro se alguém de fora palácio que não se perguntasse o porquê daquela parada repentina na programação - Ainda bem que ele gostava demais dela para deixá-la ir.

— É - Sorriu - Como ele conseguiu isso a propósito?

— Não tenho ideia - Respondi - Só sei que ele eliminou outra garota em seu lugar - Suspirei - Gostaria de saber mais sobre como alguém que nem queria estar na Seleção acabou se apaixonando com o príncipe e tendo quatro filhos com ele.

— Também gostaria de saber mais sobre a história dos meus pais. Eles não falam muito daquela época. Gostaria de saber como mamãe acabou com aquelas cicatrizes nas mãos e papai com as dele nas costas – Desabafou.

— Espera. Seu pai tem cicatrizes nas costas? Como elas são? - Perguntei, lembrando-me de um detalhe que há muito tinha deixado de lado.

— Finas e esbranquiçadas, desiguais, como se  algo o tivesse atingido ali várias vezes. Certamente não é algo de nascença. Como se fosse um castigo ou algo assim. As de mamãe também. Por quê?

— Porque meu pai tem cicatrizes nas costas com essa descrição... E são muitas. Reparei uma vez na praia, eu era mais nova, e acabei deixando para lá. Mas elas são exatamente como você as descreveu.

— Não faz sentido. Porque alguém machucaria seu pai? Quer dizer, entendo meus pais serem punidos por alguma coisa que o governo condenasse na época. Não que isso seja uma coisa legal. Mas seu pai era o príncipe. Por que alguém o puniria? As únicas pessoas acima dele eram o Rei e a rainha – Argumentou.

— Eu sei. É estranho. Contudo, até onde eu sei meu pai e meu avô não eram muito próximos. Meus pais raramente falam dele, diferente de minha avó ou do meu outro avô - Rebati.

— Espera, você não acha que seu avô... Acha que ele faria esse tipo de coisa com o próprio filho?

— Sinceramente, eu não tenho ideia - Suspirei - Mas isso é assunto para outro momento. Quando estivermos livres de toda essa confusão, talvez a gente possa conversar com eles sobre isso.

— Você está certa... Voltando o assunto principal, por que seus pais acreditam que eles estejam atrás do diário? - Perguntou, em um tom mais baixo.

— Naquele diário está todo o plano e estratégias que Gregory usou pra tomar o poder, incluindo o sistema de implantação de castas. Poderia servir como guia... Fora que, segundo o General Leger, tivemos poucos feridos, mas também alguns desaparecimentos...

— Eles sequestraram pessoas? - Interrompeu-me.

— É uma opção. Eles entraram por lugares que somente funcionários têm acesso. Alguém os ajudou a entrar.

— Então eles têm informantes dentro do palácio?

— É a única explicação... Meus pais e Aspen acreditam que, embora estejam seguindo esse caminho agora, não significa que não usariam de outros artifícios se fosse necessário. Estamos todos em perigo no fim das contas - Suspirei, enterrando a cabeça em seu peito - Tenho medo. Por todos vocês. Não quero que ninguém se machuque por causa disso tudo.

Kile não disse nada. Apenas me abraçou mais forte e beijou-me na testa.

— Eady, olhe pra mim - Disse, erguendo meu queixo, fazendo-me encarar seus grandes olhos azuis - Não posso prometer que ninguém vá se ferir, mas eu te garanto que vou ficar do seu lado haja o que houver - Completou, dando-me um selinho.

— Eu sei - Sorri - Não pediria mais nada - Respondi, beijando-o mais uma vez. 

Antevendo-me, tomei impulso e passei uma das pernas em torno de Kile, sentando em seu colo.

— Um dia a senhorita ainda será responsável pela minha ruina, sabia? - Brincou, passando as mãos pelas minhas costas.

— Mesmo? - Perguntei, enquanto provocativamente envolvia meus dedos nos fios de cabelo que se situavam logo acima de seu pescoço e lhe dava um selinho.

— Mesmo. Se você continuar me provocando assim - Começou, desvencilhando-se de meus braços para retirar seu paletó - Qualquer hora eu não serei mais capaz de me conter... Uma ajuda? - Perguntou, fazendo menção à sua gravata.

— Claro - Concordei, já começando a desfazer o nó.

— E sabendo como seus irmãos e como minha irmã são bisbilhoteiros e ainda que estamos no terceiro andar - Suspirou - Apenas não quero ter que me explicar pro nossos pais depois. Já imaginou a cena?

Aquilo me fez rir de tal maneira, que fora até difícil retornar ao ritmo normal de respiração. Kile já estava começando a me olhar estranho quando finalmente consegui me controlar.

— Você está bem? – Perguntou.

— Sim, apenas estava imaginando sua cara de desespero caso isso acontecesse. Ia ser fofo - Respondi.

— Fofo? Sério? - Rebateu, com uma cara de indignação.

— Sério - Respondi com outro beijo - Mas não creio que precise se preocupar com meus pais. Iria ser constrangedor, com certeza. Contudo, não estaríamos encrencados.

— O que te faz ter tanta certeza?

— Meus pais, eles... - Comecei, meio sem jeito.

— Eles o que? - A curiosidade vívida em sua voz.

— Eles sabem... Eles sabem que nós... Eles sabem o que aconteceu entre nós naquele abrigo – Confessei.

Seus olhos quase saltaram de suas órbitas, o desespero e a vergonha ficando evidentes em sua expressão.

— Seus pais, eles sabem que a gente.... Que eu e você...? - E lá estava eu, apenas assentindo às suas perguntas sem nexo "C-como? Você contou pra eles?

Arregalei os olhos.

— Não! Por que contaria?... Eles apenas sabiam. Disseram que já foram jovens e que entendiam - Pausei, rindo comigo mesma.

— Meus pais com certeza também estão sabendo... - Disse em um tom de constrangimento.

— Tenho quase certeza que não tiveram problema com isso - Ri - Aqui entre nós, acho que nossas mães sempre nos quiseram juntos.

            - Às vezes tenho sérias desconfianças de que foi minha mãe quem colocou meu nome na Seleção. Confessou - Mas sério agora, seu pai é uma das pessoas que eu mais respeito. Como eu vou olhar pra ele agora?

— Do jeito de sempre? - Ri - Acredite, meu pai gosta de você.

— Ele levou mesmo tão tranquilamente o fato de a gente ter, você sabe...? Quer dizer, você é a garotinha dele, a única filha – Perguntou. 

— Bom, usando as próprias palavras dele, se nós realmente nos amamos, ‘não há nada de errado com o que fizemos’ - Sorri - Ele só alertou que não é um bom momento para netinhos - Terminei, brincando com um dos botões de sua camisa.

Nesse instante, vi um tom acentuado de vermelho se apoderar de sua face. Sei que deveria ter ficado da mesma maneira, porém não pude evitar achar fofa sua reação.

— Nunca tinha pensado nisso, não é? – Perguntei. 

— Nisso o que? - Disse, acariciando minhas costas e trazendo-me para mais perto.

— Filhos. Já tinha pensado nisso antes? Construir uma família?

Kile parou por um instante, focalizando simplesmente o nada, como se estivesse absorvendo as perguntas que eu acabara de lhe fazer.

— Não exatamente. Sempre quando pensava em meu futuro, me imaginava viajando o mundo, ou como autor de grandes construções, sendo reconhecido... A ideia de ter filhos sempre foi uma coisa distante... E você?

— Nunca me imaginei casada, quem dirá com filhos. Mas isso não quer dizer que nunca pensei nisso...

— Como assim?

— Um dos deveres do príncipe ou princesa a assumir a coroa é dar continuidade à linhagem real - Revelei

— Isso quer dizer que fazer bebês faz parte do emprego? - Perguntou, tentando conter o riso.

— Olhando por esse lado, sim - Assenti.

— Então existe uma parte divertida! - Disse em meio a risos, o que acabou por fazer-me corar. O mais interessante sobre sua risada é que, mesmo que eu tentasse me conter, eu sempre acabava cedendo e rindo junto.

— Você fica bem com esse tom avermelhado na bochecha - Continuou, recebendo um tapa no ombro em troca.

— Idiota - Respondi, ainda rindo - Mas que bom que acha divertido, porque também está incluído nessa tarefa... - Pausei, voltando os olhos para encará-lo - Sabe o que isso significa, não é? - Seus olhos arregalaram-se, como se o peso da responsabilidade houvesse finalmente caído sobre seus ombros - Isso mesmo, vai ser um dos responsáveis por trazer o próximo herdeiro ao mundo. Dois pontos para Kile Woodwork! - Ri.

— Bom saber que já conta comigo - Respondeu, para em seguida, dar início a um caloroso beijo, o que acabou resultando na abertura dos botões da camisa de um certo alguém.


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Notas finais do capítulo

E por hoje é só, pesseal!
Agradeço os comentários e favoritos e também por simplesmente lerem o que eu escrevo. Já significa muito.
Ah! Só um aviso: se você gosta de Harry Potter, eu escrevi uma one-shot Dramione recentemente, chamada Trouble. Quem quiser dar uma olhadinha é entrar no meu perfil e clicar em qualquer uma das postagens. São a mesma coisa, a única diferença é que uma esta marcada como finalizada...
Vejo vocês na próxima!
Bye (:



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