I Love You, Idiot! escrita por Hazy


Capítulo 20
Situações


Notas iniciais do capítulo

Então, como prometido, aqui está o especial sobre os outros personagens.

Agradecendo a vocês pelas reviews, eu realmente as adoro. Estou respondendo aos poucos, tenham paciência, onegaishimasu.

Recomendo que quem não tenha uma noção básica de algumas palavras no japonês usem um dicionário - http://www.ffsol.org/portal/dicionario.php -, porquê eu as usei bastante nesse capítulo.

Espero que gostem e, como sempre, leiam as notas finais. São importantes.



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Capítulo 16 – Situações

Yes, there are two paths you can go by,

Dut in the long run

There's still time to change the road you're on.

 And it makes me wonder.

 Sim, há dois caminhos que você pode seguir,

Mas na longa estrada

Há sempre tempo de mudar o caminho que você segue.

 E isso me faz pensar.

Stairway To HeavenLed Zeppelin

...

- Não sei por que aceitei sair com você, Tenten.

A morena bufou e revirou os olhos pela décima vez. Não era de agora que Neji reclamava do passeio que estavam fazendo.

- Qual é o problema dessa vez, Neji? – Perguntou levemente irritada. Seu cenho estava franzido e sua paciência, se esgotando. Esperava ter um encontro divertido com o Hyuuga, mas era impossível com as atitudes que ele estava tendo.

- Está ficando tarde e frio, e daqui a pouco vai começar a chover. 

Tenten fitou o céu, preocupada. Neji estava certo dessa vez.

- Etto... – A morena viajou por alguns instantes, pensando no que poderia fazer para salvar aquele encontro entediante. – Já sei!

Agarrou firmemente o pulso do Hyuuga e puxou-o em direção à cafeteria tão conhecida. Ignorava completamente seus protestos.

Pararam em frente a um prédio de três andares. As palavras ‘Books and Coffee’ cintilavam em Neón vermelho, chamando a atenção das pessoas que passavam por ali. Afinal, o céu já estava ficando escuro.

- No primeiro andar há uma livraria, e no segundo, um ótimo café com música ao vivo. – A morena explicou, sorrindo. – No terceiro há um karaokê.

Neji não sabia por que, mas aquele sorriso de Tenten fez com que, por alguns instantes, esquecesse do frio que estava sentindo.

- Hai, hai. – Disse o Hyuuga, rendendo-se. – Vamos de uma vez, então.

Entraram no estabelecimento, e por alguns minutos Neji perdeu-se entre os diversos livros arrumados uniformemente nas grandes prateleiras. Adorava ler, e estava à procura de novas e diferentes obras literárias para apreciar.

Concordaram em comprar alguns livros após tomarem um café no andar seguinte.

A morena puxou Neji pelo braço em direção ao elevador. O Hyuuga protestou, alegando que não era preciso de um para subir ao segundo andar. Tenten o convenceu, dizendo que não gostava de subir escadas.

Entraram no elevador, ignorando completamente a placa que jazia perto da porta.

- Yosh! Segundo andar... – Tenten apertou no botão que indicava o andar desejado, não obtendo resultado. Pressionou várias e várias vezes, mas a máquina não respondia. Tentou outros botões, mas nenhum funcionava.

O Hyuuga estava preocupado. Não conseguiu abrir a porta do elevador ao tentar. Bateu várias vezes, mas nada.

O elevador começou a se mexer. Talvez alguém estivesse o chamando nos andares superiores. Moveu-se um pouco, mas logo travou.

No meio do caminho.

- Shimatta! – Reclamou a morena, batendo um dos pés com força no piso. – Essa porcaria está com defeito!

- Se você não tivesse tido a brilhante ideia de subir um andar no elevador, não estaríamos presos aqui. – O Hyuuga acusou, apertando o botão de emergência. – Não funciona. – Suspirou pesadamente.

Passaram algum tempo pensando no que poderiam fazer para sair dali.  A morena gritou e esperneou, deixando Neji cada vez mais irritado. Ele tentou achar uma saída por cima, mas não conseguiu.

- Vamos ter que passar a noite aqui. – Decretou ao ver as luzes do lado de fora se apagarem, assim como a do próprio elevador, indicando que o lugar já ia fechar. – Com certeza de manhã aparecerá alguém.

Tenten concordou. Talvez fosse uma boa oportunidade de conversar com o Hyuuga.

Alguns minutos de silêncio se passaram. Neji se encontrava sentado no canto do elevador, encolhido, claramente demonstrando frio. Tenten retirou a própria jaqueta, envolvendo o Hyuuga com a mesma quando ele começou a tremer.

- Eu... teria que ter ido visitar a minha... mãe... hoje. – Sua voz começava a falhar, assustando a morena.

- Neji... – Começou, hesitante.

Estava com medo da rejeição, medo do que o Hyuuga poderia pensar em relação a ela quando revelasse seus sentimentos há tanto escondidos. Porém, não desistiria agora.

– Eu sei que está passando por uma fase muito difícil. Não sei como se sente, e nem como é a sensação de ver uma pessoa que ama a beira da morte. – Parou ao visualizar Neji abaixar a cabeça, melancólico. Suspirou antes de continuar. – Mas você precisa ser forte! Precisa superar tudo, e continuar a sua vida. – Disse, firme. – Eu sei que consegue. E... eu sempre vou estar com você, Neji. Sempre que precisar, eu estarei aqui.

O Hyuuga ergueu o rosto, fitando os olhos chocolate da menina. Eles estavam sérios e, ao mesmo tempo, carinhosos.

- Porque... – Ela aproximou-se, colocando as mãos sobre os ombros de Neji e os apertando firmemente. Sorriu. – Daisuki desu.

Tenten viu os olhos perolados de Neji se arregalarem em surpresa. Ele entreabriu os lábios, talvez tentando falar algo. A morena assustou-se ao perceber que ele se aproximava cada vez mais, ainda com aquele espanto estampado em seu rosto. Quando estavam a uma distância quase mínima, a Mitsashi fechou os olhos, esperando pelo beijo que desejava.

Porém, ele não aconteceu.

A morena assustou-se quando o corpo de Neji desabou sobre seus ombros. Devagar, afastou-o de si e conseguiu visualizar seu rosto completamente vermelho e seus olhos fechados. Levou uma das mãos até a testa do mesmo.

- Kami! Você está muito quente, Neji!

Pousou o corpo do garoto delicadamente sobre o chão, deitando-o. Retirou o casaco que ele usava – que na verdade era seu -, trocando por uma blusa que trazia na mochila. Ficou um pouco apertado, mas serviria por hora. Retirou o grosso moletom que vestia, abrigando o Hyuuga. Pegou o casaco e o cobriu.

Procurou em sua bolsa e logo encontrou os comprimidos antitérmicos que sempre levava consigo. Empurrou um deles por entre os lábios entreabertos de Neji que, inconscientemente, engoliu.

Sorriu, mesmo que preocupada, ao perceber que ele dormia. Deitou-se um pouco afastada, tentando dar espaço ao moreno. Ele precisava manter-se aquecido.

Após alguns minutos, começou a sentir frio. Estava apenas com uma camiseta de mangas curtas e uma calça jeans, além dos tênis. O resto da roupa ocupava-se em aquecer o Hyuuga, que necessitava mais delas do que ela própria.

Aproximou-se um pouco, roubando um pedacinho do casaco que o cobria para si. Sentiu-se culpada, de qualquer forma.

Pouco depois, o sono a dominou e adormeceu.

...

Neji acordou no meio da madrugada, ainda sentindo um pouco de frio. Por um momento, não conseguiu identificar onde estava, mas ao ver a morena deitada ao seu lado, encolhida e tremendo de frio, lembrou-se de tudo: do frio repentino, das palavras de Tenten e da preocupação em seus olhos.

‘Daisuki desu’.

Sorriu ao lembrar-se da voz de Tenten proferindo essas palavras e de como ela cuidou de si. Sentia um calor confortante em seu coração, cobrindo uma parte do buraco que se formara há alguns meses, com o estado da mãe.

Virou-se e puxou a Mitsashi para si, abraçando-a. Cobriu-a com o casaco, esperando poder aquecê-la.

E Tenten, inconscientemente, sorriu.

~*~*~

- Eu não sabia que seu pai era dono de uma empresa de chá, Naruto.

O loiro sorriu ao ver o belo sorriso que se formou no rosto da Haruno. Não sabia que acertaria tanto em seu convite para um chá em sua casa, a tal ponto da rosada sorrir daquela maneira.

A baixa mesa de madeira sustentava diversos tipos de chá. As roupas que vestiam eram os tradicionais quiminos, usados nas culturais cerimônias de chá do Japão. Sakura vestia um longo, rosa claro, com estampas florais nas bordas. Naruto usava um simples na cor azul marinho, com poucos detalhes em branco.

- Iie, Sakura-chan. Não é assim. – Disse ao perceber que a rosada ingeria o chá de modo errado. – Você não deve virá-la tanto. – Indicou a xícara que a Haruno fazia questão de encarar, confusa. Era secretamente apaixonada por chás, mas nunca participara de uma cerimônia de verdade. E era realmente constrangedor ser corrigida por Naruto.

Justo por ele.

Ela tentou novamente, mas não fez do modo certo. O loiro aproximou-se consideravelmente - sem segundas intenções -, para ajudá-la.

E Sakura praguejou-se internamente ao perceber que corara com a aproximação do Uzumaki.

Após várias tentativas, conseguiu virar a xícara do modo certo. E não conseguiu não corresponder ao sorriso que o loiro abriu ao vê-la completar a tarefa.

- Aya-chan! – O Uzumaki chamou, vendo a empregada rapidamente adentrar o aposento – que era especial para aquele tipo de cerimônia. – Por favor, traga mais desse chá para Sakura-chan.

A moça assentiu, curvando-se e logo depois saindo.

- Bem, vou ao banheiro, Sakura-chan. – Sorriu constrangido enquanto levantava, dirigindo-se ao seu local de destino.

A rosada pôs-se a observar os arredores da sala onde estava. Era bem iluminada, com várias janelas de vidro. Decorada em tons pastel, tudo tradicionalmente japonês. Ela sentia falta de sua cultura.

A mansão da Haruno era extremamente moderna. Tudo muito ‘americanizado’, em sua opinião. Mas não podia fazer nada. Não era ela quem escolhia a decoração da casa.

Observou a gentil empregada aproximando-se, carregando uma grande xícara de chá. O aroma estava delicioso, e pela fumaça que saia da mesma, parecia estar muito quente.

O loiro adentrou a sala a tempo de ver Aya prestes a entregar a xícara para a Haruno. Sobressaltou-se ao ver a empregada tropeçando numa das almofadas postas sobre o tapete, lutando para equilibrar a xícara em sua mão.

Não pensou duas vezes antes que correr e empurrar Sakura, bem na hora em que o líquido fervente escapou da xícara.

- Itaaaaaai! – Naruto gritou ao sentir o chá de encontro à pele de seu braço. A queimadura fora grave.

Sakura ainda estava atordoada. Ao perceber que a empregada derrubaria o chá sobre ela, não pode fazer nada senão fechar os olhos e esperar a dor. Não imaginava que o loiro chegaria bem na hora, e se queimaria por ela.

- Naruto! Você está bem? – Perguntou, mesmo já sabendo da resposta.

- Uzumaki-san! Gomenasai! Gomen! – A empregada estava perdida, desculpando-se freneticamente.

- Urusai, Busu! - A rosada gritou, pouco se importando em ofender a moça. – Pare de espernear e vá logo buscar algum remédio!

Aya retirou-se rapidamente, ainda se desculpando.

Sakura, preocupada, carregou o loiro – que gritava sem parar - até o banheiro, colocando o local queimado sob a água corrente da torneira.

A empregada logo chegou com uma pomada, e a Haruno a pegou brutalmente, passando uma quantidade exagerada sobre o braço do loiro.

...

- Sakura-chan... – O Uzumaki começou, hesitante. – Obrigado por cuidar do meu braço, mas... Eu estou parecendo um boneco de neve. – Esticou o braço, coberto pela pomada branca, usada em excesso.

A rosada só conseguiu rir abertamente, como há tempos não fazia.

- Baka! – Gritou, perdendo-se no sorriso divertido do loiro.

...

Pov’s Itachi.

Eu me sentia sozinho e abandonado. E isso não era exagero.

Desde que eu fiquei sabendo que a Hinata era apaixonada pelo Sasuke, estou nesse estado. Afinal, o que aquele cara tem que eu não tenho? Como a Hinata era capaz de gostar de alguém tão metido e arrogante?

Só Deus sabe.

Se ele correspondia ou não, eu não sabia. Mas, de qualquer modo, ele não seria capaz de fazê-la feliz. Sasuke era muito burro e infantil. Se ficarem juntos, uma hora ou outra Hinata irá se machucar.

Então, enquanto todos estão na festa de aniversário de vinte anos da escola, eu estou aqui, na praça em frente ao colégio, com o terno aberto, a camisa amassada e a gravata fora de seu lugar. Deve ser aproximadamente meia noite, mas eu gosto de ouvir música ao ar livre.

Enquanto cantarolava Starlight, do Slash, que tocava num volume alto no meu mp4, sinto a aproximação de alguém. E era impossível ignorar quando vi que essa pessoa sentou ao meu lado.

Virei o rosto e constatei quem era ao visualizá-la. Inoue usava um vestido amarelo longo; as barras sujas de barro. O sapato antes dourado agora parecia mais ser marrom de tanta lama. Os cabelos estavam bagunçados e a maquiagem, borrada. E o mais incrível de tudo era que ela não parecia se importar com nada disso.

- Achei você, Itachi-kun. – Sorriu ao dizer isso.

E eu deveria estar com a pior cara de confusão do mundo.

- Senti sua falta na festa, então vim te procurar. – Falou, pegando um dos fones que eu já não mais usava e colocando em um de seus ouvidos.

Ficamos um tempo escutando música. Eu ainda me perguntava por que ela estava ali, afinal, nunca fui muito próximo dela. Só conversávamos de vez em quando, relacionado ao time de basquete. Não ia muito com a cara dela por causa de sua má fama.

- Inoue – Comecei, vendo-a retirar o fone que usava para me ouvir. – Eu fiquei sabendo que, depois de ficar dando em cima do Sasuke, você foi conversar com ele sobre os sentimentos dele por Hinata.

- Hai.

- Por quê? Você, pelo jeito, não gostaria que eles ficassem juntos. Já atrapalhou tantas vezes...

Ela respirou fundo.

- Na verdade, eu nunca tive interesse pelo Sasuke.

E é aí que eu fico mais confuso. Nunca teve interesse pelo Sasuke? Hã, essa é boa.

- Foi tudo um plano da Ino. Ela queria fazer a Hinata e o Sasuke perceberem seus sentimentos de uma vez por todas, e me usou pra isso. – Ela sorria travessa a cada letra, ciente de que enganara o colégio inteiro. – Mas algumas vezes eu acabei fracassando, como no dia em que cheguei bem quando Hinata estava a ponto de confessar algo. Então, Ino me pegou pelos cabelos e falou um monte. – Fez uma careta ao lembrar.

- Mas por que você fez isso? Ficou com má fama por todo o colégio. – Indaguei realmente curioso com a resposta.

- Por que, Itachi-kun? – Repetiu. – Antes dessa proposta da Ino, eu era completamente sem graça e excluída. Ninguém me conhecia. Eu era uma nerd invisível. Agora, eu sou famosa no colégio e levo uma vida bastante divertida e interessante. Prefiro assim. 

Bem, por um lado, ela estava certa. Queria chamar atenção, afinal. Mas por outro lado, ela mais me parecia uma louca.

- E por que não está na festa agora?

Orihime bufou e revirou os olhos, um ato que me irritou bastante.

- Doushite, doushite, doushite? – Falou, enquanto se aproximava cada vez mais de mim. Eu continuava estático, um idiota sem fazer nada. – São muitos ‘por que’, não acha? – E colou seus lábios nos meu num selinho bastante longo. E eu, por algum motivo desconhecido, não consegui afastá-la.

Ela se separou de mim e, aproximando sua boca do meu ouvido, sussurrou:

- Esqueça dela. Fique comigo.

...

Pov’s Konan

Era uma noite entediante de sábado. Eu estava largada no sofá da sala, esperando a pizza que pedimos para o jantar. Mamãe estava bordando algo para o meu primo que acabara de nascer, enquanto o meu pai assistia futebol na tevê. Eu mal prestava atenção no que passava.

Eu pensava em meus sentimentos por Deidara. A verdade é que eu era apaixonada por ele desde o fundamental, quando nos conhecemos. Guardei isso pra mim e a única que sabe é a Hinata. Por alguma razão, eu confio muito nela.

O que me impede de me declarar ou algo assim não é o medo de ser rejeitada, mas sim, de a amizade acabar caso isso aconteça. Eu tenho muito medo disso.

Ouvi a campainha tocar, indo entusiasmada atender, esperando que fosse o motoboy com a pizza.

E, de fato, era. Mas também não era. Relevem.

- Bico na pizzaria de novo? – Perguntei, vendo justo o garoto em que eu pensava segundos atrás me entregar a pizza.

- Hai, hai. – Ele parecia hesitante, como se quisesse falar alguma coisa. – São mil e duzentos ienes.*

Corri para dentro, levando a pizza até a cozinha e logo voltando com o dinheiro. Entreguei a ele, e quando ia fechar a porta, me surpreendi ao vê-lo segurando-a.

- Ano... Konan! – Ele quase gritou, desajeitado, enquanto procurava algo no bolso de sua calça.

- Hai? – Perguntei, curiosa.

Para o meu espanto total, o loiro retirou uma caixinha preta de veludo e se ajoelhou, abrindo-a e revelando um belo anel prateado.

- Você aceita ser minha namorada?

E naquele momento eu senti meu coração pular. Abri um sorriso enorme e, mesmo sem acreditar direito, respondi um ‘sim’ rápido e puxei Deidara para cima, o beijando.

Após o rompimento do beijo, o loiro sorriu, ainda meio assustado pela minha ação repentina. Ele estava pronto para colocar a aliança em um dos meus dedos, quando eu o impedi.

- Só amanhã.

- Heeeh? Por que? – Ele parecia indignado.

- Quando você pedir a minha mão em namoro para o meu pai.

Nunca falei a ninguém, mas eu era muito romântica. Adorava os homens que se ajoelhavam para pedir a mão das mulheres em casamento nos filmes e nas novelas.

- Nani?! M-mas isso é só pra casamento...!

Ri de sua reação. Ele estava visivelmente constrangido e desconcertado.

- Não se preocupe, vai dar tudo certo. – Falei, aproximando-me dele e o abraçando. – Esteja aqui amanhã para o almoço, hai?

...

Na manhã seguinte, faltando aproximadamente uma hora para o almoço, Deidara apareceu vestindo um terno preto formal, camisa e gravata. Não era necessário tudo isso!

Eu já havia conversado com os meus pais na noite anterior. Expliquei meus sentimentos e minha mãe ficou muito feliz em saber que eu teria um namorado, finalmente. Não, eu nunca tivera um.

Já o meu pai ficou pensativo por horas, falando coisas sem nexo como ‘minha filhinha já é uma mulher’ ou ‘eu quero o meu bebê de volta’.

Agora, ajoelhados um em frente ao outro no grande tapete da nossa sala tradicionalmente japonesa, Deidara se curvava pronto para fazer o pedido que, se aprovado, mudaria a minha vida. Eu e minha mãe assistíamos de perto, sorrindo.

- Oji-san, aceite namorar comigo, onegaishimasu.

- Hai.

Eu e minha mãe nos entreolhamos, indignadas.

- Iie, iie, Deidara-kun! Você tem que pedir a mão de Konan em namoro, não a do Otou-san!

- E você, pai, pensei que lembrasse dos tempos em que os homens eram cavalheiros. – Bufei.

Meu pai havia aceitado namorar com Deidara. Hilário.

- Ah, sumimasen. Vamos de novo. – Deidara bateu na própria cabeça, praguejando-se por ser tão idiota. Meu pai estava constrangido. – Oji-san, você me concede a mão de sua filha em namoro?

- Hai. – Meu pai disse, firme. Logo seu tom mudou para um ameaçador e ele se aproximou do loiro, puxando sua gravata com força. – Mas com algumas condições. – Deidara estava suando frio, e eu também. Não sabia o que meu pai poderia fazer. – Se você fizer a minha filha chorar, eu vou te espancar. E não avance o sinal sem permissão. Konan é virgem.

- Pai! – Exclamei, extremamente constrangida com aquilo.

- N-não se preocupe, Oji-s-san, eu também sou.

Acabamos a manhã com todos rindo durante o almoço. Eu estava mais feliz que nunca.

...

Pov’s Shikamaru

- Shikamaru-kun! Que surpresa ver você por aqui!

Heh? Mais essa agora! Aquela loira irritante, amiga da Hinata, além de me ligar todos os dias para falar sobre assuntos dos quais eu não estava interessado, havia conseguido meu endereço. Hã, nem desconfio quem o deu para ela.

- Eu moro aqui. – Falei, simplista, pronto para fechar a porta na cara dela. Mas, por azar, ela entrou antes disso.

- Heeeh? Sério? Eu só estava passando para pedir informações. Sabe como é, não conheço Osaka muito bem. – Temari disse, sentando-se no sofá da minha casa como se fosse dela.

Suspirei pesadamente. Diria logo o que ela precisava para que saísse de uma vez.

- O que você quer saber?

- Preciso que me recomende uma boa faculdade aqui.

- Faculdade? – Indaguei, curioso e temeroso ao mesmo tempo. O que ela queria com uma faculdade aqui, se morava em Konoha?

- Haaai. Vou vir estudar aqui ano que vem. Sabe como é, em Konoha só tem uma faculdade, e é pública, então, sem chances de eu entrar, já que vou passar por conselho e...

Infernos. Nessa hora eu mal ouvia o que ela falava. Só não aceitava o fato de ela escolher justo Osaka para morar.

...

Estávamos caminhando pelas ruas, nos dirigindo até a tal faculdade. É claro que eu não indiquei a mesma em que estudaria no ano seguinte, pois não a queria por lá. Por mais que eu tivesse dezesseis anos, estava no terceiro ano, pois começara a estudar mais cedo.

- É aqui que você vai estudar, Shika-kun?

Aquele apelido ridículo estava me irritando.

- Hai, hai. – Menti, bocejando. Estava com sono.

- Parece que nos veremos muito no ano que vem. Espero poder ser sua amiga. – Falou, cheia de segundas intenções.

É, pelo jeito um longo e estressante ano me esperava.

...

Pov’s Gaara

- Então, vocês irão enfrentar o time campeão do ano passado na final? – Perguntou Ino, acariciando meus cabelos.

Suspirei pesadamente.

- Hai. Vai ser um jogo complicado. O time da Eikiri Gakuen venceu todos os jogos até agora, com as melhores pontuações.

Ino me deu um breve selinho, apoiando o rosto em meu peito logo depois. Estávamos deitados na cama de casal do meu quarto, nus, enquanto conversávamos sobre o campeonato. Você já deve saber o que havíamos feito anteriormente.

- Estou preocupado com Sasuke. – Comentei. – Ele perdeu toda a motivação ao saber quem iríamos enfrentar na final.

- Mas o nosso time está melhor esse ano, não é? Novos jogadores entraram.

- Sim. Estou confiante de que podemos jogar, mas você sabe como o Uchiha é.

Ino assentiu, bufando.

- Ano baka. Teimoso como sempre. Mas ele vai ver. Se vocês perderem por causa da falta de confiança dele, avise-o que pode se preparar para morrer.

Ri baixinho com as palavras da loira, que sorriu. Ela sempre conseguia espantar os problemas com aquele sorriso.

...

Pov’s Hizashi

- Anata, confio em você. Onegai, cuide de Neji quando eu... partir.

Eu observava minha mulher falar, com a voz lânguida e o rosto cada vez mais pálido. Eu tentava ser forte por ela. Não chorar, por ela. Ela odiava ver qualquer pessoa triste.

- Hai.

- Não o deixe fazer nenhuma imprudência. Faça com que viva.

- Hai.

Ela suspirou, fechando os olhos. Estava cansada e precisava dormir.

Os médicos me informaram há poucos minutos atrás que ela não duraria um ano, como haviam dito. Faltava apenas um mês... um mês para que a mulher que eu amei durante toda a minha vida se fosse.

* - Aproximadamente 24 reais.

Fim do capítulo 16.


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Notas finais do capítulo

Então, aí está.

Creditando a cena do elevador ao dorama Hana Yori Dango. É realmente ótimo, e achei a cena perfeita, por mais que eu tenha mudado algumas coisas. Recomendo que assistam.

Os resultados sobre o epílogo:

Decidi que irei fazer sem hentai. Na votação, a maioria deu com hentai, com diferença de dois votos. Mas eu observei melhor os argumentos dos leitores. A maioria dos que pediu com hentai não explicou porque - a maioria, não todos, por favor não se ofenda -, e os que pediram sem hentai explicaram. E suas opiniões me convenceram.

Mas não se preocupem, na segunda temporada haverá hentai.

Estou triste e ao mesmo tempo feliz. Vamos para o último capítulo e logo depois o epílogo. Depois, ficaremos um bom tempo sem nos vermos. Mas eu prometo que tento voltar o quanto antes com a segunda temporada.

O fato é que estou com novos projetos, muitos, por sinal, e quero colocá-los em prática logo.

Agradecendo também à withdiamonds, que recomendou a fanfic recentemente. Muito obrigada! Não esperava que a minha primeira long fizesse tanto sucesso. Tudo graças à vocês.

E você, que chegou até aqui, acompanhando, e nunca deixou um review, deixe agora! Eu prometo que não brigo, é muito importante pra mim.

Fiquei feliz ao ver leitores novos e alguns antigos retornando. Senti falta de vocês e ainda sinto de alguns que sumiram, rs.

Então, beijos, vejo vocês daqui duas semanas.

Ja nee :*