Vampire Kiss - The Bloody Rose escrita por Milemeh Scarlet


Capítulo 14
13.




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A vida parecia outra, e via que Tanya não iria se deixar morrer tão fácil. Ela era forte, e Bruno me contara que ele não tinha realmente matado e sim Natalia. Ele tinha gostado de Tanya, mas ela quis morrer, e eu já tinha adivinhado o porquê. Ela sempre quis meu bem, e ela vira que eu tentava ignorar Bruno e o único jeito de tentar vê-lo, era morrer nas mãos dela.

            Muitas vezes, ia para meu quarto e pegava a rosa, e ficava andando com ela, segurando-a com muita delicadeza, e ela nunca perdia uma pétala.

            Um dia, no segundo dia que estava tentando ser amiga de Bruno, ele veio até mim quando estava com a Rosa Tanya no cemitério mais próximo.

            - Você vive andando com ela, não é? – disse uma voz nas minhas costas, olhei para trás e vi Bruno andando na minha direção. Naquele dia, estava com os cabelos lisos e o vento estava leve.

            - Sim. É a única lembrança. – eu disse, erguendo a flor.

            - Eu faria de tudo, para voltar no passado e...

            - Não, se não eu nunca teria te conhecido. – eu disse, e ele corou novamente, e eu tive vontade de rir de novo, mas resisti.

            Depois fomos para a Casa, normalmente, e conversando.

            Bruno estava sempre querendo conversar e fazia de tudo para ser simpático. Ele realmente queria ser meu amigo, mas no fundo eu tinha medo, e olhava para aqueles olhos sempre desviando, pois eles me puxavam. E eu tinha medo que ele fizesse a mesma coisa que fizera com Tanya. Eu podia ler a mente dele, e às vezes fazia isto, e via que ele tinha a mesma coisa por mim. Mas não tinha confiança.

            Alicia achava isso muito legal, eu sair com Bruno, e vivia com nós, e ficávamos conversando, e Natalia, às vezes conversava comigo, mas ela sempre contém aquele olhar.

            Thain estava estranhamente estranha, ela vivia saindo à noite, mas não perguntava por que. Bruno perguntava de bastante gente da Crimpston, menos de Thain.

            Sempre tinha uma possibilidade. E eu acreditava nela. Como Jane disse, o nosso ódio foi desaparecendo aos poucos, como um sorvete derretendo no sol. Muitas vezes conversava com Tanya, pela sua flor, e agradecia ela. E às vezes pensava, eu nunca quis isto, e por quê?

            Não conseguia responder.

            Bruno realmente tinha em mente o que eu temia, mas vi que já tinha desaparecido, pois dez que tinha mordido ele, já estava com essa dúvida.

            E todos os dias, eu andava com ele, com Natalia ou Alicia juntos. E uma coisa que já tinha esquecido fazia muito tempo: amizade.

            Mas eu havia mudado tanto, continuava caçando, e não importava se aquele corpo tinha amigos, amor, ou qualquer coisa. Pois eu simplesmente não importava. Como também não importava de ficar com Bruno.

            Também percebi que com Bruno e todos, me sentia mais viva, como se tivesse nascido novamente, pois era um humano, era vivo e também me sentia.

            Minha garganta podia queimar, mas eu estava feliz, estava com ele, e ele era o que importava. Ver o cotidiano de um humano, era diferente, era preciso, era curioso. Como eles agiam, era como eu odiava, mas eu observava.

            Mas, eu tinha que caçar cada três dias, pois o sangue de Bruno era muito forte, e na maioria das vezes estávamos fazendo várias coisas, e o sangue dele corria rápido de mais, fazendo minha garganta e olhos queimarem e muitas vezes Bruno via de relance meus olhos de demônios, mas depois conseguia controlar.

            Ainda não permite que ele me beijasse, poderia acabar perdendo o controle, e ainda queria sentir a confiança nele, o que eu sentia. Mas sempre rejeitava, então ele tinha parado de tentar.

            Alguma vezes, quando estava no meu quarto sozinha, pensava nele e depois em Tanya, e em tudo. E um pouco da minha raiva voltava, mas não adiantava voltar, o sangue continuaria me enfraquecendo, enfraquecendo meu ódio por ele.

            Quando voltava para minha vida sombria, a noite, quando os humanos estão mergulhados nos sonhos, e ele também, e eu conseguia ouvir seu batimento cardíaco de longe, mas não podia alcançá-lo. Uma parte de mim, principalmente quando estava caçando, conseguia matá-lo. Mas parecia que tinha algo que me impedia, e então lembrei do tal feitiço que Tanya mencionara. Era tão forte assim? Que depois de tantos anos, continua firme e forte? Parecia até impossível, mas via que era real. Pois eu sentia, algo em minha garganta ou em meu “coração”, que me impedia de fazer qualquer coisa, para matá-lo planejado. E quando estava perto dele, às vezes duvidava disto, mas não queria tentar.

            Não queria transformá-lo, não queria perder sua vida, sua luz. Mas também não queria vê-lo envelhecer e acabar morrendo, ele era uma coisa que eu não cansava de admirar, e não era enjoativo. E eu realmente, me sentia viva.

            Um dia, eu, Bruno, Alicia e Natalia saímos para um cinema, pois Alicia insistiu que queria ver um filme. Alicia sempre conseguia as coisas. E fomos então para o shopping, onde estava cheio de gente, e parecia que o filme era bom, mas alguns saiam com a cara emburrada.

            - Faz anos que não venho ao shopping. – eu disse no meio de um suspiro, e nós passamos por um garoto que estava entregando um panfleto.

            - Eu não gosto muito de shoppings. – Bruno disse, e Natalia assentiu.

            - Olha, gente! Um Baile, é daqueles tipo antigos, sabe? Para comemorar a história da cidade! Eu quero ir.

            - Baile? – eu perguntei – Bem, pelo menos eu tenho roupa desta vez.

            - Legal, baile antigo, vai ficar bom para vocês duas. – Bruno caçoou.

            - É, eu disse, tenho roupa. – eu repeti.

            O dia no shopping não foi o dos melhores, pois lá estava uma menina de 15, um menino de 16, a outra de 20 e uma garota de 16, também. Então, alguns adolescentes mandavam flertes, piscadelas para nós. Natalia se estressou e foi sentar. Alicia ficou rindo cada flerte que mandavam para ela. E tinha meninas que olhavam para Bruno, como tinham meninos que olhavam para mim, o que era impossível.

            O estranho, era que eu sentia ciúmes. Era um sentimento engraçado, pois eu sentia raiva e meu “coração” se apertava, dando nós, como minha garganta, pois eu queria arrancar o pulmão delas fora.

            Sentia que Bruno também sentia isso, pois ele enrijecia cada flerte, até que ele segurou minha mão, mas não teve muito respeito, pois eu quase ataquei uma.

            Enquanto nós andávamos, de mãos dadas, apareceu uma pessoa vindo em nossa direção, e era uma mulher.

            Eu a reconheci e – enrijeci.

            Thain estava vindo na nossa direção, com uma jaqueta de couro quase igual a minha. Eu parei, e Bruno parou junto. Quando ele viu quem estava vindo, ele enrijeceu também. Ela estava com os olhos azuis desta vez, como de Tanya. E quando ela chegou próximo de nos ela parou também, e ficou olhando para Bruno, meus olhos começaram a se fechar em fendas.

            - O que diabos você esta fazendo aqui? – eu perguntei.

            - O que? Eu só vim ver o casal de pombinhos. – ela disse – Ele é mais alto e você.

            - Não te perguntei. Nem sei por que você esta aqui. Ou veio comprar o Mc Lanche Feliz?

            - Bem que poderia ser ele... – ela falou, sem tirar os olhos de Bruno e eu rosnei alto – Rá! Você o protegendo.

            - Já fiz isso. Agora, vai pegar seu lanche, e cuidado com o colesterol. – eu disse, sarcástica. E sai do caminho dela, ouvindo um “idiota”.

            O filme foi estranho e era de vampiros, mas era o pior que já tinha assistido, até que sai do cinema, e parecia que Natalia havia dormido, apenas Alicia ficava com os olhos pregados na tela, Bruno, veio junto comigo.

            - Que horrível! – ele comentou, já fora do cinema.           

            - Verdade.

            - Cada filme que fazem sobre vocês, que dá nojo. – ele falou – E vocês são tão diferentes, às vezes até amigáveis.

            Eu soltei uma risada histérica e sentei em qualquer lugar.

            - Somos amigáveis para conseguir comida, e não é o seu caso. – ele se sentou ao meu lado, perto de mais.

            - Bruno... – eu sussurrei.

            - O que foi? – ele perguntou, chegando cada vez mais perto, meu “coração” pulsava, junto com a minha garganta que queimava. Eu fechei meus olhos, e já sentia o seu hálito, minha garganta pulsava, como se uma bolha dolorida estivesse lá e poderia pular em qualquer minuto, ele ergueu a mão e pousou em meu rosto frio, e quando nossos lábios estavam se tocando, eu abri os olhos e me afastei, e um segundo depois, Natalia saiu.

            Tinha adiado tanto esta hora, e muitas vezes pensava que nunca iria acontecer.

            Depois do dia do cinema, tive que ir para a caçada e acabei matando 3 ou 4, não me lembrava. Mas era sempre assim, e eu não me queixava, estava feliz, pelo menos.

            Eu não tinha saído muito aquela semana, um pouco. Pelo parque da cidade, mas o ruim, foi que encontrei Ashley, que estava abraçada com Carvey, ela olhou para mim com um olhar de triunfo, mas eu apenas franzi o cenho.

            - Quem é essa? – perguntou Bruno.

            - Eu estudei aqui, e está menina era a mais popular do colégio, e eu estava com esse menino. Mas era só para matar Thain...

            - Matar Thain? – ele perguntou, confuso.

            - É, nos realmente nos odiávamos, e continuamos. Ela gostava de Carvey, então eu fiquei com ela, para dar um gostinho de raiva nela, e acabei transformando-a. Ela ficou realmente diferente.

            - Esse povo, não percebe que você nunca muda?

            - Não sei, muitos humanos não prestam atenção. Talvez Ashley acha que continuo com o rosto de criança. Sabe, ela adora implicar comigo. E Carvey, é um idiota babão, que é viciado em partes íntimas. O pior, nem flertar sabe.

            Bruno olhou para mim com o cenho franzido, e de desconfiança.

            - Que foi? Era mesmo.

            Ele riu.

            - É, não falo nada, foi você que conheceu.

            Então eu sorri.

            A maioria dos góticos daquela escola, tinha suicidados, e outros continuavam de pé.

            - Que pena. – eu disse – Eles eram tão diferentes.

            - É, góticos são legais. Eu já fui, mas tive que estar nesta vida, e agora estou.

            - Esta vida? – eu olhei para ele confusa – A vida de ficar no lado de um vampira?

            - Antes, era para eu ser caçador, antes de eu te conhecer.

            - Hum, entendo. Sai correndo pelo mundo com uma estaca, que bom trabalho...

            - É. Bem estranho de se imaginar.

            - Estranho? Parece bizarro. – eu disse rindo.

            - Você é sempre assim? – ele perguntou.

            - Assim como?

            - Assim...

            - Assim como, caramba?

            - Ah, esse jeito irônico, piadas às vezes.

            - Eu tenho cara de palhaço? Só se for um palhaço sem graça. Se você não rir, apanha. É um bom jeito de falar com crianças...

            - Você não gosta de crianças?

            Eu fiz uma cara de nojo.

            - Elas me estressam, tenho vontade de jogar tudo em uma privada gigante e dar descarga. Elas só sabem chorar, e acabo pegando birra. Pena que não posso matar crianças, seria um prazer matar amantes de Barbie ou de Ben 10.

            - Nossa, amantes de Barbie e de Ben 10?

            - Você nunca viu aquelas crianças brincando de Barbie ou garotos retardados pensado que aliens existe e que vai cair um relógio do espaço...? É uma coisa estranha.

            - Você gostava de Barbie, quando criança?

            - Bem, - eu parei para pensar – eu tive uma ou duas e matei as duas. Uma eu torturava e depois fazia voltar ao normal não sabia como, até que e cortei em quase pedacinhos. E a outra eu fiz uma coisa estanha nela.

            Bruno começou a rir.

            - Você matava até as bonecas?

            - Claro! Ou está parecendo que estou colocando roupinhas rosas nelas?

            - E você é muito seca! – ele exclamou.

            - Obrigada!

            E eu era, com todos. Mas com Bruno eu em divertia, pois ele era seco comigo também. Natalia às vezes era seca, e ficávamos brigando quem que era mais. Mas eu ganhava como mais irônica.

            Jane queria que os dois voltassem para morar na Casa novamente, mas Bruno agradeceu e eles não foram.

            Eles estavam morando em um Hotel perto da prefeitura. Como Natalia era maior de idade, as maiorias das coisas ficavam na conta dela. Mas aos poucos comecei a gostar de Natalia. Ela tinha um desejo muito intimo de ser vampira, pois ela não gostava de humanos também, e matá-los e ter uma justificativa era uma coisa muito boa. Mas fiquei sabendo disto apenas quando eu conheci-a realmente.

            Depois de bastante tempo de decisão e todos votaram em “sim”, eu tinha que ir para aquele baile maldito. E sabia o que ia acontecer.

            Jane pegou algumas coisas de Tanya, bem a maioria. Como o corpete, vestido, enfeites, etc.

            Eu escolhi um vestido de Tanya, que era vermelho, com os detalhes pretos, meus cabelos estavam com os enfeites dela, e o estilo dele estava encaracolado, como era quando humana, minha pele branca estava um pouco mais escura, e eu achava que era o colar, que brilhava mais, e estava exposto, com a pedra preciosa brilhando. Meus olhos estavam verdes, como as presilhas de Tanya. Alicia tinha me maquiado e arrumado meu cabelo.

            Eu estava realmente linda. E eu fiquei esperando Bruno, que me levou para o lugar do baile, tinha varias meninas com vestidos. De longe, vi Ashley, com Carvey. Eu sorria, e não me importava com nada. Thain tinha vindo, mas não estava no meu ângulo de visão.

            Eu e Bruno dançamos e bebemos um pouco. Eu não ficava bêbada, e depois pedimos uma porção.

            - Você pode comer? – ele perguntou.

            - Posso. Não dá efeito em nada. – eu disse.

            - Interessante. – disse ele, e eu sorri. E de repente, tive vontade de beijá-lo, mas do jeito humano. Desviei do olhar dele, e fitei o meu vestido.

            Depois de um tempo, eu e ele fomos para o jardim da mansão, e lá tinha uma capela, que em volta tinha um roseiral, como o de Tanya. Ele me levou para a capela e ele dançou comigo, percebi que quando entramos a capela brilhou.

            - Você vai me transformar? – ele perguntou. E eu olhei para seus olhos, sem medo.

            - Não sei, eu não quero. Por que?

            - Eu quero. Não quero envelhecer, e ver você com quinze para sempre, eu... não vou agüentar.

            - Não queiro vê-lo envelhecer também. – eu disse, olhando para baixo.

            - Então por quê? ...

            - Por que, não quero que você perca esse calor, sua vida. Não quero perder esta sensação, de estar viva....

            Eu parei de falar no meio da frase e balançando a cabeça com a boca ainda aberta. Então a fechei e suspirei. Olhei para seus olhos, que estavam brilhando. Então ele chegou perto de mim, e percebi que nos paramos e comecei a ir para frente também, nossos lábios se tocaram, e eu consegui sentir seus sentimentos mais fortes. Meu “coração” bombardeava, e minha garganta queimava, mas ele continuou a me beijar, delicadamente. Começou a tocar uma música devagar, e nós dançamos, um com a mente do outro, bem, eu com a mente dele, nos separamos por um momento e ele me abraçou, mas eu estava tão próxima, mas não queria faze isto. Senti minha garganta queimara, mas resisti. Passei meus braços por seu pescoço, e ele em volta de minha cintura, e ficamos abraçando, dançando. Ele me fez olhar para ele, e então ele me beijou novamente, delicadamente, como eu também. Eu estava quase me entregando, mas não fiz isto. Continuava com aquela dor, mas nosso amor era maior, e ficamos muito tempo... Abraçados e dançando com a música.

 


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