Era uma noite fria e uma tempestade parecia se formar, o vento uivava do lado de fora e Stella tentava acalmar a pequena Mikhayla que chorava em seus braços. Um barulho misturado com os trovões que anunciavam a tempestade soou e Stella estremeceu, pensou no que havia feito naquele dia, fora ao julgamento de seu marido que era acusado de matar o melhor amigo de infância, não poderia ser verdade Sirius não poderia ser um assassino era um homem bom e um bruxo excepcional.

Com um estrondo enorme a porta da frente da casa foi derrubada, talvez a pequena Mikhayla tivesse razão em temer o que estava por vir. Um silêncio se estabeleceu e o nada amedrontou a jovem Stella, ela levantou-se do sofá de couro marrom acinzentado aonde se sentava todas as manhãs com seu marido lendo ou simplesmente vendo a filha brincar, foi até a porta e olhou para fora, a trilha de pedras cuidadosamente posicionadas estava vazia, olhou para o alto e a ultima coisa que viu foi uma telha caindo, não uma telha qualquer, pois esta era muito pesada esmagando suas enormes asas negras cobertas por penas com as pontas douradas. Quando seus olhos verdes se abriram soltaram uma lágrima, ela estava sem ar, tentou erguer a cabeça e ao faze-lo viu um homem alto, de cabelos loiros compridos e olhos cinzas segurando a pequena Mikhayla que impotente se debatia e olhava inquietamente em busca da mãe:

–Mikhayla, veja, parece que sua mãe quer dizer algo!

–Mamãe...- A pequena sussurrou com dificuldade mas os ouvidos atentos de Stella captaram o som.

–Lucius solta ela, eu fiz tudo conforme o planejado, eu não ajudei na defesa de Sirius e causei a explosão. – A voz de Stella estava fraca e soava meio sem ar. – Solta ela ou você pode despertar que há muito tempo Sirius preencheu e você se lembra como era, um incêndio incontrolável.

– Para evita-lo apagarei a essência do incêndio o fogo.

–Não, mamãe!!- A pequena berrou enquanto um feixe de luz verde saia da varinha de Lucius e acertava Stella.- NÃO!