Silent Murders escrita por Morgan


Capítulo 1
Silent Murders




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Mascaras, fantasias de todos os tipos. Pessoas riam animadamente. Mas Lisbete em pé num canto do salão não apreciava a anual festa de Halloween de sua família. Seu sangue monstruoso e importuno saía de suas veias flamejantes. Um meio sorriso malicioso era inevitável em seus lábios vermelhos. Seus lindos olhos verdes estavam húmidos.

     Sentiu um miado forte e medroso no beiral da enorme janela. Seu sorriso intensificou. Ela olhou o  lindo gato preto que a admirava sentado no beiral. Quem visse aquela cena juraria que se olhavam como comparsas ou quem sabe amantes.

     Ela o pegou delicadamente e o prensou entre os seus ceios. O gato estremeceu. Daquele canto ninguém prestava atenção nos dois, nem se ouvia as palavras malditas de planos perversos que ela fazia com seu gato.

      A casa estava dividida entre sete salões, o salão branco, o preto, o vermelho, e amarelo, o azul, o violeta, o verde e o púrpura. Todos enfeitados com lindos panos, cada um com 5 músicos diferentes. Lisbete permanecerá com seu gato no púrpuro onde um grande relógio de carvalho com um pêndulo se redigia.

      Olhava para o relógio com o olhar doentio. Planejava algo terrível, perverso. Ela colocou o gato no chão e subiu uma enorme escadaria. O relógio soou, estava na hora. Do andar de cima da mansão podia ver a festa inteira no hall. Uma figura parecendo uma sombra se localizava em frente a uma estatua de um anjo. Lisbete observou aquela figura de lá de cima. Seu gato ao seu lado miava. Era um miado baixo e desesperador.

       Minutos depois um estalo baixo se seguiu, e depois outro mais alto. As salas foram cobertas por um fina neblina que aparecerá de não sei onde. Um vento frio e sangrento a acompanhava. A figura se deslocou do seu posto inicial. Pessoas começaram a gritar, sem ar, e sem vida. Em poucos minutos jaziam centenas de cadáveres na sala, com as bocas abertas e olhos arregalados procurando ar.

        Lisbete sorriu. Mas foi um sorriso duradouro. Sentiu algo a penetrando intensamente, cortando sua carne. A sombra sussurrou palavras amorosas no seu ouvido. Ela não respirava. Tudo ficou negro e ela caiu já sem vida no chão, com as costas abertas e o peito sem o coração.

        Há sombra depois de seu ato desapareceu do mesmo jeito em que chegou. O gato encostou ao lado de sua linda dona no chão sem vida e chorou baixinho enquanto a casa era envolvida pelas trevas. Depois disso nada mais se seguiu.

 

 

 

 


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