Galaxy Edge escrita por Marinaoliiv


Capítulo 13
Stolen Sanity


Notas iniciais do capítulo

Olá amoress, eu só mudei meu nome pra ‘slywires’ porque esse é o user que está no Nyah Fanfiction, ok? Beijokas!



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Nathan foi um cavaleiro o caminho todo, até abriu a porta do carro para mim. Nathan se encaixa perfeitamente no titulo de ‘Príncipe encantado’, sempre jogando sorrisos charmosos acompanhados de piscadelas discretas.       

Na porta do restaurante, Nathan entrelaçou sua mão na minha, fazendo movimentos circulares com os dedos na mesma. Meus olhos foram das nossas mãos até seu rosto, que tinha um sorriso estampado.

Assim que entramos, o bater do meu coração parecia casar perfeitamente ao som clássico do lugar. O restaurante era grande, bem iluminado, com arranjos de copos de leite em cada mesa. Ao fundo, tocava uma música ambiente, algum Jazz ou Blues.

Sentamo-nos em uma mesa ao fundo, praticamente a sós. Não duvido nada que Nate tenha ligado para fazer uma reserva.

— Então aqui é onde você costuma trazer suas gatinhas? – falei rindo enquanto nos sentávamos, um de frente pro outro.

— Na verdade, não – ele me acompanhou rindo – Eu costumava jantar aqui com meus pais.

Pais? Eles devem ser tipo uns Malfoys* da vida, senhor.

— Espero que o lugar não tenha te desapontado – Nathan falou, enquanto fazia sinal para chamar algum garçom.

— Na verdade, acho que eu decepciono o lugar – falei pensando em minhas roupas, que pareciam um tanto simples. Sem contar o cabelo, que atraía atenção de mais, motivo de me rotularem de “problemática”.

— Miranda, você está linda. Qualquer um mataria para estar com você agora.

— Ah, obrigada Nate.

Todos esses sinais que eu não leio, todas as súplicas que eu não atendo. Nathan parecia demonstrar que gostava de mim, o problema é que eu não sabia se sentia o mesmo.  

Nathan me passava tranquilidade e deixava minha mente segura, diferente de... Luke.

Com Luke, eu estava constantemente tentando colocar os pensamentos em ordem, tentando estabilizar o batimento cardíaco.

Olhei para Nathan, a fim de analisá-lo. Os cabelos loiros perfeitamente ajeitados desenhando os traços do seu rosto, traços que resultavam em um sorriso que tirava suspiros de qualquer uma facilmente. Por que não poderia sentir algo por ele? Seria tão mais simples, tão fácil, tão certo e tão seguro.

— Um vinho, por favor – Nathan pediu à uma garçonete ruiva que mascava um chiclete da forma mais irritante e barulhenta possível – O melhor que você tiver.

—Nathan, não precisa – sussurrei olhando fixamente para ele, que me ignorou completamente.

— Posso lhe dar mais alguma coisa? – a garçonete me lançou um olhar de desdém e em seguida passou a língua entre os dentes, olhando para Nathan – O cardápio esta cheio de opções...

Como...? Ela está dando em cima do Nathan? Assim, na minha cara? Posso até não sentir muito por ele, mas que porra, ele ta acompanhado.

— Assim queridinha, traga só o vinho mesmo – sorri falsamente pra ela, piscando os olhos delicadamente - Não queremos nenhum acompanhamento barato com o pedido.

Ela estourou o chiclete na boca e antes que saísse rebolando em direção ao que parecia ser o balcão do restaurante, li seu nome no crachá que usava: “Emily”

— Ahn, Miranda – ele tinha um tom de nervosismo notável na voz – Será que podia não bancar a encrenqueira aqui?

— Como é?

— Ah, sabe, não causar problemas – ele falou de forma envergonhada.

Agora Nathan estava me julgando também? Só o que me falta mais uma pessoa para me rotular de algo estúpido.

 - Escute bem suas próprias palavras. Veja o que diz – falei da forma mais pausada e serena que pude - Cuidado com quem você está falando, amor.

Me levantei no mesmo minuto, o clima tinha acabado naquele instante graças ao comentário infeliz.

Passei pela garçonete ruiva e esbarrei propositalmente em seu braço que carregava uma bandeja com taças, fazendo-a derrubar tudo no chão.

— Oh, me desculpa, foi sem querer – disse da forma mais doce que pude - Tenho certeza de que vai ser uma limpeza bem rápida pra você, talvez até divertida.

Joguei meus cabelos da forma mais rude possível e olhei diretamente para Nathan, que olhava toda a cena aflito e confuso. Deixei que meu lábios abrissem de forma lenta, sussurrando um “Sorry” para o loiro, um pouco antes de sair do restaurante.

A noite foi de conto de fadas até o pequeno inferninho que era a minha vida. Nathan conseguiu acabar com a noite de gala com um só comentário. Um pequeno adjetivo que eu estava cansada de ouvir. Agora, minha paciência esta tão baixa que vai além do chão, enquanto a teimosia alcança os céus.

Pensei em ir pra casa, mas não queria ter que explicar o que aconteceu para Thomas. Então, fui procurar um lugar que pudesse me fazer esquecer tudo com alguns copos.

*****

Entrei no primeiro pub que vi. Um rock pesado tocava no fundo, se misturando perfeitamente com meu coração aflito. O cheiro de tabaco e álcool era notável ao primeiro passo para dentro daquele ambiente escuro.

Ajeitei meu vestido e me balancei caminhando até o balcão. Querem que eu seja a encrenca da cidade? Hora de ter o que querem.

Observei o balcão repleto de bebidas diferentes em garrafas exóticas, me convidando a provar cada uma delas. Olhei ao redor, procurando um garçom para fazer de vítima.

— Olá mocinha, algum pedido? – parece que eu não precisaria procurar muito.

— Eu ainda não sei bem o que escolher – olhei fixamente para o garçom e mordi os lábios lentamente – Alguma sugestão?

— Que tal um sex on the beach? – ele sorriu, revelando um sorriso branquíssimo.

— Aceito fácil.

O garçom piscou pra mim e foi buscar a bebida. Enquanto isso, fiquei batucando os dedos na mesa, acompanhando o ritmo frenético da banda que tocava no meio do pub. O lugar me lembrava um pouco o Imperius, com a diferença de que era mais sujo. 

— Posso saber o que fazes aqui, boneca? – uma voz grossa sussurrou ao meu ouvido, provocando arrepios.

— É da sua conta, Luke? – revirei os olhos, evitando olhá-lo – O que você está fazendo aqui?

— Sou um frequentador nato de qualquer lugar que possa me arranjar uma boa bebida – disse ele, enquanto se aproximava de mim – E garotas bonitas também.

Vi os olhos azuis procurarem os meus, brilhado em chamas, encontrando-os finalmente.  Aquele olhar que me despertava ódio e desejo ainda estava lá, como se Luke soubesse exatamente o que fazer para fazer minhas pernas tremerem.

O garçom chegou no instante em que Luke se aproximava de mim, trazendo a bebida.

— Sua bebida, mocinha dos cabelos roxos.

— Que a propósito está acompanhada – Luke o olhou seriamente.

— Na verdade, não – falei provocando um sorriso de satisfação no rosto do garçom - Hoje eu estou sozinha.

Derrubei o copo em um só gole, sentindo a queimação descer pela minha garganta. E antes que eu pudesse pedir outra, Luke me puxou para longe do balcão e do garçom.

— Você está sendo uma menina muito má, Miranda – Luke disse de forma intimidadora me empurrando para um canto escuro do pub.

Por mais que minha mente tentasse resistir aos truques com palavras de duplo sentido de Luke, meu corpo me traía, respondendo a cada mensagem subliminar emitida em seus movimentos. Era estupidamente maravilhoso.

— Talvez essa seja a intenção.

O problema é que eu me esquecia de que no jogo da provocação, Luke era mil vezes melhor.

— Então talvez eu tenha que te castigar, boneca.

No momento em que suas mãos tocaram a minha cintura, tive uma certeza, eu era uma tola que havia caído facilmente nos encantos dele. E isso era realmente um castigo dos piores.

—Bandido desgraçado – falei de forma baixa, olhando diretamente para Luke.

 - Posso saber ao menos o que eu roubei? - ele levantou um canto da boca em um sorriso disfarçado.

 - Minha sanidade.


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