De volta dos prados de ouro escrita por Starbutty


Capítulo 5
Doce ciúme


Notas iniciais do capítulo

★OLAR BELOS E BELAS!!!
★volteiney com cap novinhooo!! UHUUUUU
★olha, prometi a mim mesma que faria desse cap bastante esclarecedor... é, desde qnd eu me ouço? hahahh acabou que eu "enrolei" um pouco mais vocês, queridos leitores, mas agr é serio, PROXIMO CAP VCS VAO ENTENDER OQ TACOM TESSENO!hahaha juro XD
★para falar a vdd n tenho nenhum outro aviso prévio ou coisa do tipo, a n ser pelo "espero que gostem" haah
★entao, espero que curtam o cap, vejo vcs na notas finais!



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— Juvia-sama... Juvia-sama... Juvia-sama! – A voz soava como uma melodia.

Juvia tinha seu braço sendo balançado e seu nome chamado, estava tão serena que quase “pediu mais cinco minutos”, mas ao notar que aquele timbre não era um no qual costumava ouvir, abre os olhos e tenta espantar o sono piscando múltiplas vezes – D-desculpe acorda-la Juvia-sama – A azulada o olhou confuso, mas assentiu com a mão – Mas a estação Magnólia está próxima, então decidi acorda-la para não a perderem - Ele pausa – Eu tentei acordar seu companheiro, mas... Parece que ele estava num sono profundo demais – Ri sem jeito.

—A-ah Gray-sama ainda está dormindo? – Juvia percebe que o moreno adormeceu ao seu lado, ele estava com o braço passado por detrás de sua nuca e sua mão segurava seu ombro. Oras, como assim? Pelo que ela se lembra, Gray estava dormindo no seu colo e ela estava de vigia... Estava.

—Ah sim... Ele acordou algumas horinhas depois que o trem partiu da estação anterior... Eu estava passando pelo corredor quando o vi pondo a senhorita para recostar em seu ombro.

Juvia não pode acreditar no que estava ouvindo, seu coração palpitava intensamente, quase querendo explodir! Gray acordou e a trouxe para descansar em seu corpo e depois caiu novamente no sono? Isso era um sonho no qual Juvia não queria nunca mais acordar. Conteve as emoções o máximo que pode e fitou os olhos turquesa do rapaz a sua frente – Obrigada por acordar e informar Juvia... Hm... – ela abaixa o olhar para saber o nome do bilheteiro que estava escrito no crachá pendurado no pescoço.

—Reiji – Ele sorri respondendo-a.

—Obrigada Reiji-san, você salvou nossa manhã! – Juvia abre um sorriso radiante para o garoto que não aparentava ter mais de 25 anos.

—A-ah Juvia-sama, se importa em me... – Ele abaixa o rosto rubro de timidez e tira do bolso um caderninho e uma caneta entregando-a -... Dar um autógrafo? – Ele coça a nuca virando o rosto que resplandecia felicidade para fitar os olhos azuis escuros da maga deixando-a com as maçãs rosadas – Sabe, sou seu fã desde os Grandes Jogos Mágicos de dois anos atrás, eu achei a senhorita incrível no ultimo dia, digo, em todos os dias a senhorita estava incrível, mas o ultimo foi estupendo!!! – Juvia o ouvia atentamente assinando a cadernetinha e ficava lisonjeada com suas palavras doces - Pena que a Fairy tail não andou participando mais... – deixou o sorriso se apagar por uma expressão melancólica.

—Ah não se preocupe! Futuramente pode ser que voltemos à luta – Juvia fala com uma voz de convicção deixando o rapaz ainda mais animado, ela o entrega de volta e ele agradece-a várias vezes balançando suas mãos.

Os cumprimentos e obrigadas são interrompidos pelo apito do trem chamando a atenção dos dois, Reiji se retira bastante contente com o feito simplório de Juvia de autografar o papel, nunca pediram a ela para que dessem autógrafos, foi de fato surpreendente para ela ter um fã. Um sorriso ficou permanente em seu rosto até notar pela janela que a paisagem era conhecida significando que em menos de quinze minutos chegariam ao destino final.

A azulada lembra-se que tinha de acordar o dorminhoco ao seu lado. Balançou algumas vezes o corpo do Fullbuster o chamando com uma voz doce e calma, mas ele apenas proferia algumas frases indecifráveis, que para o mago provavelmente faziam sentido. Continuou com as mãos em seu peito batendo de leve e ainda o chamado, mas parece que não funcionava, de repende, o trem oscila um pouco fazendo a cabeça de Gray pender para o outro lado, ela só não esperava aquele corpo “semimorto” ser jogado para cima do dela por causa do movimento da locomotiva.

—A-ah tão macio e aconchegante... –A única frase que ela pode entender, depois disso ele diz mais algumas frases desconexas e volta a relaxar em cima dos... Seios de Juvia.

A garota prende a respiração e infla as bochechas de vergonha, estava um pouco constrangida com a situação em que encontravam, ela segura com as mãos os dois bíceps do moreno e encosta a cabeça no vão entre o pescoço e o ombro de Gray,inspira profundamente o ar, consequentemente sente o aroma único do mago que a deixou um pouco embriagada, e o empurrou para tentar afastar um pouco seus corpos para assim voltar a respirar. Ainda com o rosto encostado na pele do Fullbuster, ela o chama com uma voz uma pouco manhosa e abafada, sexy talvez.

—Gray-samaaa, acorde logo! Estamos quase chegando à estação e você não pode continuar dormindooo!

—Awn Juvia-chan – Juvia-chan? Aquele era mesmo o Gray? – mais cinco minutos! – Ele resmungava ainda mais manhoso que a azulada, forçou o corpo para frente e afundou mais o rosto no busto da companheira e se aconchegou ali, Gray definitivamente não estava consciente do que estava fazendo. Ele a abraçou apertando seus corpos um contra o outro deixando Juvia com a respiração dificultosa – Minha cama está mais confortável que o costume... Deixe-me quieto! – Bem plausível ele estar tendo um sonho... Sonâmbulo, com certeza, ele está respondendo-a sem ao menos ter acordado, pensou Juvia.

—A-ah G-gray-sama... – Sua voz saiu como um gemido por causa do pouco ar que conseguia capturar – Está apertando! – Pôs as mãos nos ombros largos do companheiro e respirou fundo – E-e esta não é sua cama... – Levantou um pouco o rosto deixando-o próximo ao ouvido de Gray – Estes são os seios de Juvia.

No mesmo momento em que disse sua última frase, o trem apitou forte e freou parando na estação de Magnólia, Gray deu um pulo de susto finalmente acordando do sono. Ele olhou para cada ponto do trem com que sua visão embaçada lhe permitia enxergar, sobressaltado e confuso com tudo que estava acontecendo tratou de se afastar rapidamente do busto e corpo de Juvia batendo com as costas na parede da locomotiva, seu rosto estava como um pimentão de tanta vergonha, digno de inveja dos cabelos escarlates de Erza; ele mesmo não sabe direito se acordou ou por causa do apito alto da locomotiva ou por causa da voz sexy de Juvia no pé de seu ouvido, não não,ele não se permitia usar tal adjetivo se tratando da azulada, mas sabia que naquele momento não tinha como descrever aquela voz com uma palavra diferente.

Gray não tinha noção do que fazer, sua cara estava ridícula de tão desorientado o estado em que estava, ele olhava para Juvia que estava com as bochechas coradas e respiração ofegante e logo imaginava o papelão que provavelmente pagou em quanto dormia. Ele se levantou sem mais delongas, colocou nas costas as bolsas que trouxeram e puxou Lockser pelo pulso sem dar nenhum piu. E assim saíram do trem.

Antes de seguirem caminho para fora da estação férrea, Juvia ouve seu nome ser chamado novamente pelo bilheteiro simpático e se vira para trás parando de andar e fazendo com que Gray também parasse.

— Juvia-sama! Você se esqueceu de seu ushanka* no banco! – Ele vinha correndo com o chapéu na mão em direção aos dois.

—Oh meu Deus! Você salvou Juvia novamente! – Juvia sorri envergonhada e pega seu ushanka das mãos do rapaz – Obrigada de novo, você é tão atencioso – Aquilo fez o coração de Reiji acelerar a mil por hora e espantosamente fez com que Gray fechasse a cara e encarasse o homem que mesmo mais velho, era mais baixo – Juvia é tão distraída, perdão pelo incomodo! – Fez uma reverencia.

—N-não se preocupe, é um prazer ajudar alguém tão incrível como a senhorita! – Ele cora e sorri timidamente. Ficaram em silencio por alguns segundos. Reiji começa a sentir uma pressão sobre suas costas, uma pressão absurda, como se alguém o estivesse encarando fixamente para sua alma. Suspeitou de quem seria aquela energia negativa que o deixava tenso e tentou ao máximo não levantar o olhar.

 Quando estava prestes a cometer suicídio, é salvo pelo gongo, ou melhor, pelo apito, assim podendo se despedir e voltar para o trabalho.

Os magos saíram em direção à guilda quietos, Juvia estava com um sorriso esboçado nos lábios e Gray, com uma carranca pior do que a diária.

—Quem era aquele palhaço te chamando de “Juvia-sama” – Quebrando o silencio, o Fullbuster afina a voz ironizando o jeito simpático do bilheteiro.

—É só bilheteiro oras! Que pergunta boba Gray-sama! – Sorri de canto e levanta o olhar para observar a careta de desgosto que o acompanhante fazia – E qual problema de chamar Juvia de “Juvia-sama”? Reiji-san só estava sendo atencioso e simpático. -Ela botou lenha no fogo, estava ansiando para que o moreno mostrasse mais seus sentimentos.

—Desde quando vocês tem essa intimidade de saber nome um do outro sendo que ele “é só o bilheteiro”? – Afina a voz novamente para imitar o timbre feminino da azulada. Internamente Juvia estava se 

divertindo com aquele ciúme aparente de Gray, mas tentava ao muito não demonstrar, pois queria continuar com o show.

—Pergunte isso ao crachá de identificação dele! – Juvia da uma risada abafada pelo cachecol. O moreno estava mais incomodado ainda por ela estar brincando consigo de lhe dar alfinetadas, ele vira o rosto para o lado contrario da maga e cora ferozmente, Gray Fullbuster não aceitava desaforo e não os levava para casa, mas dessa vez, não tinha com o que rebater – Haha, perdão, perdão Gray-sama!- a azulada gruda-se num dos braços de Gray e encosta a cabeça no ombro dele – Juvia descobriu que ele era um fã dela, ela estava feliz por isso! Haha ela não tinha a intenção de contraria-lo ou deixa-lo com ciúmes de Juvia!

—QUEM AQUI ESTÁ FALANDO QUE EU ESTOU COM CIUMES?!! NÃO TO COM CIUMES!!! – O rapaz protestava, Juvia percebeu a “cara de pimentão” do companheiro, aquilo a deixava mais feliz ainda, Gray estava demonstrando ciúmes por ela – Só acho que aquele pirralho – ele é mais velho que você! – era muito metido a “bom moço”! Vai que aquele panaca chega no meio do nada e faz uma merda ai e depois eu que fico com o peso na consciência! E-ele – a voz falha – chegou no meio do nada falando “ah Juvia-sama é isso, Juvia-sama é aquilo”... – Gray não calava a boca, estava estendendo demais aquela conversa, para ser sincera, ele queria sim acabar de vez com esse papo ridículo, mas não sabia como.

A maga o observava com um sorriso bobo, a cada passo se juntava mais para perto de seu braço e aproveitava enquanto ele não a empurrava, estava sequer ouvindo uma palavra do moreno resmungão – Eu também te amo Gray-sama! –Declara-se o deixando perplexo, por que tão repentina frase? Perguntou a si mesmo; por um instante deixou-se levar pela voz suave da moça misturada com a brisa gelada, pelo brilho especial das safiras que possuía ao invés de íris, pelas suas batidas cardíacas compassadas e sincronizadas às dela, pelos lábios levemente avermelhados pelo frio, pelo calor que compartilhavam por estarem de mãos dadas... Deixou-se também ruborizar as maçãs do rosto e não pronunciar nenhuma palavra no momento em que ficaram se encarando... O súbito sorriso da companheira o trouxe de volta a realidade.

—C-calada, não diga coisas estranhas no meio do nada! – Puxou para baixo o chapéu que ela usava na intenção de atrapalhar a visão da garota para que ela não o visse envergonhado – E LARGA MEU BRAÇO JUVIA! – Tentava movimentar rudemente o braço para que ela o largasse.

—Awn!! Gray-sama cega Juvia e agora quer que ela se vire neste mundo escuro e cruel?! – Brincava tentando revitalizar o ânimo do moreno enquanto se esforçava para manter-se unida ao bíceps do mesmo.

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— Juvia, tá a fim de comer um doce? – Eles estavam há tanto tempo sem conversar naquela caminhada, que ela se assustou com a pergunta repentina.

—Doce, Gray-sama? M-mas não acha que poderá passar mal? Comemos há poucas horas atrás...

—Isso mesmo, “horas atrás”! Então não há por que não compramos um doce. – O Fullbuster para de andar e aponta para uma doceria do outro lado da rua – É logo ali, vamos lá, um docinho não faz mal a ninguém!

—Convincente... Gray-sama está parecendo Erza-san na sua mania de doces... – Ela da uma risada de leve

—Eu e Erza parecidos? Em que mundo?

—Até está frequentando a mesma doceria cuja Erza-san costuma ir!

—SÉRIO ISSO? E-eu não sabia... – Gray se assusta com as consideráveis semelhanças deixando as bochechas corarem.

Os magos adentram a loja, sua chegada é anunciada com o “tinlindar” dos sininhos pendurados atrás da porta.

—Oh a que devo a presença de magos da Fairy tail na minha loja? – Um senhor moreno, com enormes bochechas e o cabelo amarrado em dois tufos aparece detrás do caixa e os cumprimenta - Fiquem a vontade!

Gray examinava cada prateleira do balcão de vidro, eram muitas as opções e ele estava indeciso. Continuou a analisar cada doce que estava ali andado do inicio ao fim do balcão, mesmo assim não 

obteve sucesso, resolveu então, pedir ajuda a Juvia. A garota estava de costas para ele analisando um cartaz onde dizia: “na compra de um (a) bomba/merengue/pudim de qualquer sabor, ganhe uma caneca de chocolate-quente de cortesia”, realmente, aquele anuncio fez seus olhos brilharem de prazer e sua boca salivar, aproximou do corpo da azulada, mas sem chamar sua atenção, a ouvindo sussurrar a palavra “chocolate-quente”. Gray faz o caminho de volta, já decidido do que pedir.

— Duas promoções daquela ali, por favor!

—Que doce gostaria de pegar?

—Juvia! – Ele a tira do transe – Merengue?

—A-ah... Tudo bem.

—Morango? Ele está com uma cara deliciosa. – Ele aponta para na direção do doce.

—Claro... – Ela ri internamente – Bobo, mais uma vez se mostrando parecido com Erza-san! – Pensou.

 Os dois pegaram os pedidos e se sentaram numa das mesas da doceria. O clima frio estava perfeito para tomar um belo chocolate-quente junto dum delicioso merengue de morango.

—Gray-sama – Ela o chama tirando-o do “transe de prazer” de cada mordida que dava no merengue – não percebeu o que está comendo? – ela ri.

—Ahn..? Merengue?

—De... – Juvia gira uma das mãos esperando que ele terminasse sua frase e sacasse do que ela estava falando.

—Morango... – Gray ainda estava um pouco confuso, fitou Juvia que segurava o riso e o doce mordido. – PORRA, EU TO VIRANDO UMA ERZA?

—Finalmente hahaha! Você e Erza-san são realmente próximos, tanto que os costumes dela estão passando para o Gray-sama!!! – Por um instante o sorriso da azulada some dando lugar a uma expressão de ciúmes. –Juvia devia considerar Erza-san uma... – Falava baixo, pausadamente e rangendo os dentes – RIVAL NO AMOR?

—Não! Definitivamente não! – O moreno dá um peteleco na testa da garota espantando aquela aura ciumenta por um semblante que reclamava da dor.

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—Mira, estou pegando essa missão aqui! –Natsu anunciava à albina que estava preparando um suco.

—Ué Natsu! Pensei que iria esperar Gray voltar para partir nessa missão...

—Eu também pensei, mas aquele panacão tá demorando demais e eu não to a fim de passar fome – Ele falava num tom de indignação, havia esperado o moreno voltar para fazerem a missão, porém, por imprevistos, ele não regressou com tanta rapidez como Natsu pensou que ele regrassaria. – Quando ele chegar, vou dar um socão na cara de stripper dele!

—Vai dar um socão em quem, seu fósforo ambulante?  - Gray aparece por detrás do rosado e lhe dá um tapa forte na nuca fazendo o corpo do amigo pender para frente.

—Ai sua vadiazinha! Porra, essa doeu não precisava ser tão forte o tapa, Ice Dick! - O Dragneel revoltado esfregava com força o local onde o moreno havia atingido e resolve revidar o tapa com outro, só que levando o rosto do moreno ao chão... Dando inicio a uma nova batalha dentro daquele “coliseu de monstros” que chamam de “guilda de magos”.

—Juvia!! – A loira saudava a Lockser de longe e com as mãos a chamava para se sentar junto de Levy e de Erza. – Você ficou tempo demais fora para quem que não saiu em missão... – Atuava uma cara de indignada.

—Rival no amor!! Está com inveja porque Juvia passou mais tempo com Gray-sama do que com a rival no amor?!! – Juvia expressava um ar de vitoria, seu ego estava lá em cima. Mesmo a chamando de rival e sentindo muito ciúmes da Heartfilia, Juvia ainda considerava demais Lucy como uma grande companheira, não, amiga!

— Definitivamente não, Juvia... – Retrucou com um ar de tédio.

—O-oh Juvia? – A baixinha a fita com um olhar minucioso – Q-que bom que voltou, pensamos que iria demorar dias! – Ironizou.

—Ora ora Juvia, demorou demais nessa sua “saidinha” costumeira, não acha? – Erza a reprovava verbalmente, mas para quebrar aquela tensão, a moça de cabelos ruivo-escarlate a puxa para perto e lhe da um “cascudo carinhoso”, era assim que ela o chamava, mas para quem sentia, estava mais para “nível 1 de tortura”.

—A-ah-ai Erza-san... D-desculpe Juvia, houve muitos imprevistos no caminho... A-ah... Juvia trouxe um presente...

—PRESENTE? – As garotas presentes exclamaram em uníssono.

—É DE LER? – Perguntou Levy com o ânimo cintilando em seus olhos.

—DE VESTIR? – Lucy quase pulava em cima da azulada por causa da curiosidade.

—DE TORTURAR? – Erza a indagou com um sorriso no rosto.

—Não, não e. - Juvia a olha com semblante tenso e recolhe a o corpo para longe da ruiva - definitivamente não... Erza-san se permite Juvia dizer, Juvia vai trancar o quarto dela hoje à noite com as três chaves dela... ou quem sabe por um mês... Sério...

Erza dá de ombros, mas por dentro queimava de vergonha por ter declarado o que mais desejava.

—Não importa... Vocês erraram – Ela puxa de dentro do casaco uma caixinha do tamanho da palma – É de comer se querem saber – Ela põe sobre a mesa a caixa, com uma mágica, faz com que o que era pequeno, se tornar-se cinco vezes maior. – Torta de maçã, da sua doceria favorita Er-san – A azulada da uma piscadinha para a Scarlet que quase chorava de emoção. – Ataquem a vontade, Juvia já comeu o doce dela!

As meninas chamaram Mira para que trouxesse uma espátula para dividir os pedaços e convidaram mais Lisanna, Wendy e Cana para se juntarem e comerem do delicioso doce.

—E-está tão delicioso, Juvia-chan! – Erza elogiava com uma voz embargada e os olhos marejados, sem contar que seu rosto expressava o puro prazer que sentia a cada mordida com bochechas avermelhadas e rastros de lágrimas pela pele.

—ESTÁ CHORANDO? – Lucy se exaltava em ver o estado quase que deplorável da amiga, quem diria que a grandiosa Titânia cujos monstros da pior laia enfrentou sem sequer derrubar uma lágrima de dor estaria demonstrando ser tão frágil diante de um pedaço de torta inanimado.

—Heheh isso não me surpreende muito... – Levy se pronunciava – Mas diz ai Jú, desde quando você sabe usar magia de alternação de tamanho?

—Que isso, Levy-san! – Demonstrava estar indignada com a pergunta - Juvia não é apenas Water slicer para cá, Water Nebula para lá, ela sabe algumas outras magias também, poxa! Essa não é tão evoluída assim, é mais para deixar algumas coisas mais compactas para ela transportar entende?

—Você tem razão! – Agora era Cana que dirigia a palavra naquele grupo de mulheres – Me ensine depois, assim poderei carregar umas dez garrafas de vinho no meu bolso e não terei que pagar um preço absurdo nesses restaurantinhos requintados de gente esnobe!!!

As magas riram com a piada de Cana e passaram o resto do dia aproveitando o regresso de Lockser apenas jogando conversa fora e falando sobre o que mais gostavam: FOFOCAS quentinhas que saíam na revista Sorcerer Magazine!

Ao cair à noite, as pessoas os membros da guilda já faziam o caminham de volta para seus lares, pouco a pouco o hall ia se esvaziando e as luzes se apagando. O grupo das magas já havia começado a se dissipar, Mira ficou na guilda para terminar a limpeza e fechar as portas, Lisanna continuou ali para ajudar a irmã mais velha. No meio do caminho, Lucy se despede e vai em direção oposta da Fairy Hills, assim, sobrando Juvia,Erza,Levy e Wendy. Cana? A morena se negou a sair da mesa onde estavam, disse que precisava de tempo para digerir os dois barris de cerveja que tomou.

As garotas já estavam de pijama, prontas para irem para cama e relaxarem. Juvia deitou-se na cama, mas não conseguiu achar a motivação para dormir, pegou o celular que estava ligado numa lácrima de energia e ficou jogando num aplicativo qualquer, a tela daquele aparelho era a única coisa que proporcionava luminosidade no quarto. Quando se cansou de jogar, sem querer, Juvia aperta o atalho da câmera, aparecendo na versão frontal dando um susto na azulada.

—Putz... – Juvia toca de leve o rosto e fica examinando a tela do celular – Juvia estava esse tempo todo com essa cara de morta? – Ela nota que estava com uma feição cansada, cabelo desgrenhado e suas olheiras estavam visíveis – Juvia reza para que não tenham notado seu estad...

Sua frase é interrompida por duas batidas na porta.

—Erza-san, Juvia avisou que trancaria, e ela não irá abrir até você parar de ler esses livros eróticos cheios de masoquismo!!! – Falava em um tom alto sem levantar um músculo para atender a porta, esperou que a suposta ruiva desistisse e fosse dormir.

—Ah então era por isso que aquela área de livros adultos estava ficando vazia? – Quem estava na porta era Levy, sua voz doce e irônica deixou a Lockser mais aliviada – Será que eu posso entrar, Juvia?

—A-ah desculpe Levy-san – Ela vai em direção à voz da baixinha e com diferentes chaves, destranca as ruidosas trancas. – O que gostaria de falar com Juvia? – Estende a mão para dentro do quarto esperando que a amiga aceitasse seu convite.

Levy permaneceu encostada no batente da porta de braços cruzados e apoiada numa perna. – Ah não se preocupe, é bem rápido... – Mcgarden nega com a mão o convite que Juvia lhe fizera e a olha com olhos de preocupação. – Juvia... – Levy pausa – O que aconteceu?

—A-ahn? Do que está falando Levy-san? Nada aconteceu!

—Suas olheiras estão fundas, você chegou quase sem animação e nem mesmo comeu da torta de maçã! –Levy quase pulava no pescoço de Juvia para tentar fazê-la admitir o que havia acontecido.

Droga! Ela notou... – Praguejou mentalmente, ao ouvir sobre a torta de maçã, sentiu as pernas falharem e a garganta ressecar, por que maçã?! – Olhe Levy-san, Juvia não teve uns sonos muito bons não, ficamos tempo demais acordados e quase não coseguimos cochilar... – Não que ela estava mentindo... Vamos dizer que apenas omitiu alguns fatos “irrelevantes” para aqueles que não eram a Juvia. - Sabe... Um trem não é o lugar ideal para uma boa noite de sono! - Brinca tentando dissipar o clima tenso daquela conversa, mas ela própria já estava tensa, levou à boca a unha do indicador e ficou-a mordendo – Não se preocupe, já vou dormir e você também devia fazer isso. – Sorri falsamente.

AI! Está me expulsando? – Ofendeu-se, mas espantou esse pensamente bobo; roendo unha? Ela está liberando tensão... Juvia está mentindo ou omitindo algo... – Analisou os gestos da amiga, contudo deixou para lá, se Juvia não estava preparada para falar sobre aquilo, Levy não forçaria, amigos estão para apoiar, quando ela estiver disposta a contar, com certeza, a baixinha será a primeira a ouvir com toda atenção! – Tudo bem Juju... Tenha uma boa noite de sono, sonhe com os anjos... Digo, com o Gray! – Levy consegue tirar uma risada de Juvia deixando-a mais leve.

—Sempre! Sempre! Boa noite, Levy-san!

—Qualquer coisa, estou aqui caso precise! – Mcgarden pisca e acena desaparecendo no corredor.

— Juvia sentiu a indireta Levy-san – Juvia sussurra para si mesma e fecha a porta – Por que você tinha que ser tão boa em análises, baixinha? – Notou que usou o apelido cujo Gajeel costuma utilizar para importunar a pequena azulada – Juvia está andando demais com Gajeel-kun...

Lockser deitou-se vagarosamente e se cobriu por completa, estava bastante frio, mas a vontade de ficar na cama falava mais alto do que a de ligar o aquecedor. Ficou a fitar o teto como se ele fosse bastante interessante, mas ela estava em outro mundo, viajou em suas memórias, mencionar Gajeel a fazia lembrar-se da época de quando era a Rain Woman, de quando era classe S, de quando fazia parte da Phantom Lord e dos Element 4... Mas principalmente de quando era uma pessoa solitária e que desistira do amor... Passado, foi a palavra que mais a cutucava naquele momento, talvez uma palavra com um significado forte demais para ela aguentar. Sem querer, derrubou grossas lágrimas, pôs o braço por cima do rosto para tampar os olhos e permaneceu assim.

—P-por que a chuva persegue o-os olhos de Juvia..? – Indagou-se numa voz falha e fraca. Estava num estado de tamanha tristeza e cansaço que não notou seu corpo sucumbir-se ao sono. Dormiu daquela evidente posição, com o braço sobre o rosto e com marcas da melancólica e depressiva chuva em suas maçãs avermelhadas.

—Sim... Lá ainda chovia, chovia muito mesmo...

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Notas finais do capítulo

☆minhas estrelinhas ---> ~☆ ~ ★ ~ ☆ ~ ★ ~☆ ~ ★ são o quebra tempo e espaço ok? soh p terem noção do q elas servem XD
★ ushanka é o chapéu russo que nossa Juju-sama usa XD
★gostaram o desenho? ahahhah devo admitir q realmente não é um dos meus mlrs, tava tao na pressa p postar esse cap q eu deixei o desenho todo esculhambado ahahhah desculpa hahahha
★Crystal merece comentarios? TvT sinto como se vcs n estivessem gostando da historia sabe.... sei q reviews n sao tudo mas deixam o autor com mais vonatde de escrever, gosto de opinioes tbm XD se quiserem dar fav ou recomendação tbm aceito :'-) kk
★isso é-é tu-tudo p-pe-pessoal! *insira voz do gaginho do looney tunes* espero realmente que tenham curtido minhas gracinhas nesse cap, juro q ri p krl enquanto lia XD
★vejo vcs no prox cap!!
como nosso querido diva e dragon slayer diria:
God bye ~ Serena, God
:****



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