Mantenha-me escrita por Saturno
Notas iniciais do capítulo
Olá! Então, mais um desafio entre tantos que eu faço questão de participar. Eu não participaria desse, dessa vez, mas eu me senti encorajada a finalmente escrever algo sobre essas duas que tanto amo!
Para a compreensão: *Walkers: os famigerados zombies.
Boa leitura.
Tara olhou fixamente para a mulher a sua frente. Denise parecia nervosa demais lendo aqueles inúmeros livros grossos de anatomia, roendo as unhas e trincando os dentes.
Passou semanas vendo-a privada em suas dúvidas incansáveis e em seu medo palpável. Foi então que, num dia qualquer de verão, entrou no quarto rapidamente, assustando-a.
— O que foi? Alguém se feriu? — questionou Denise, arrancando um sorriso de Tara.
Sabia que Denise sempre preocupava-se com o pessoal, apesar de seu medo evidente por não saber tudo o que deveria, afinal, não era realmente uma médica.
— Não, mas preciso que você venha comigo. Ordens do Rick! — bateu levemente as mãos nas coxas e sorriu como se não estivesse mentindo.
Denise ajeitou timidamente os óculos, perguntando-se o que havia acontecido de tão grave para que lhe chamassem fora da ala médica de Alexandria.
O medo então envolveu-a completamente, paralisou apenas de pensar em ver mais um amigo seu morrer. Não era como Tara, não estava acostumada com a morte, principalmente quando eram pessoas que amava. No entanto, o calor voltou a preenchê-la quando Tara roçou gentilmente sua mão na dela, acalmando-a com um toque.
Caminharam então por Alexandria, até a parte traseira dos grandes portões. Haviam pessoas por todo lado, despreocupadas com o que havia lá fora.
— O que estamos fazendo? — indagou Denise, vendo Tara escalar a estrutura firme de madeira que dava para o lado de fora.
— Você vai descobrir em breve. Apenas venha. — alcançou sua mão para Denise e, mesmo receosa, não negou a ajuda.
Quando Denise pisou do outro lado do muro — novamente, depois de semanas —, sentiu o alerta constante para os perigos próximos.
Mas aquele era um dia de sorte, pois não haviam walkers suficientes para enrascá-las ou para estragar a pequena surpresa de Tara.
— Eu não acredito que você me envolveu nisso — murmurou Denise olhando para os quatro walkers que se aproximavam rapidamente.
— Nisso o quê, Denise? Não estou te metendo em nenhuma encrenca. Você nem viu o melhor — retrucou Tara, mostrando a língua e fazendo Denise sorrir com o ato infantil.
Depois de alguns minutos desviando dos perigos e pensando seriamente em voltar correndo para Alexandria, Denise finalmente pode ver uma casa velha e aparentemente abandonada. Adentrou em passos calmos — mesmo com a respiração ofegante e os fios louros grudando em sua testa —, olhando cada canto do lugar.
Por fim, pararam em um pequeno cômodo onde possivelmente era uma cozinha.
— O que é isso? — questionou por fim, vendo a mesa repleta de velas vermelhas e alguns pratos acrílicos com enfeites diversos.
— Gostou? Parece que o antigo morador era bem romântico. — comentou aproximando-se de Denise. — Eu queria que você se distraísse um pouco. Sei que todos precisam de seus cuidados médicos, mas eu preciso de você. E você precisa de descanso.
— Não é você que diz que cada minuto é valioso nessa vida?
— Eu nunca disse isso, Denise — Tara revirou os olhos e beijou calmamente os lábios ressecados da amante.
Pela primeira vez em meses, Denise não sentiu medo algum.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
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