Podia sentir o meu coração bater rápido, querendo sair pela boca... Victor também estava com a cara de quem havia corrido uma maratona. Os sons que os mortos-vivos faziam era assustador, e pensar que nunca esteve tão perto de mim, apenas um muro de distancia...

A grama do jardim era verde e bonita, o que indicava que o solo estava muito bom por ali... Me levantei peguei minhas coisas e me juntei a Alexa, que parecia estar se preparando mentalmente para invadir a casa. Quanto a Victor, parecia verificar se não estava esquecendo nada.

Alexa avisou muito baixo para tentar não tanto barulho, pois não iriamos querer atrair os mortos da rua seguinte. O jardim era cercado pelos muros que ligavam a casa, dando entrada a duas janelas e uma porta. Victor decidiu junto a mim que seria melhor irmos na frente. 

Andamos até chegar na porta de madeira, peguei um pé de cabra e admiti o trabalho de abrir a porta, no entanto, Victor fez sinal para que parasse e apenas girou a maçaneta (Nunca me passou pela cabeça, girar a maçaneta)... Entramos em uma sala com um cheiro intrigante de carne estragada, seguimos pela sala. Olhei para a parede da sala e tinha algo como;

PEGUE O NECESSÁRIO E SOBREVIVA

Sem sombras de duvida, meu vizinho era de alguma função da medicina no exercito, havia uma farda junto a alguns equipamentos médicos... Xarfurdei um pouco naqueles equipamentos médicos, supus que era algo extremamente importante e valioso naquela ocasião, então coloquei no ultimo espaço da minha mochila, lotando-a... Procurei pela fonte do cheiro de carne podre mas não consegui. Alexa estava olhando as fotos deixadas na casa e Victor segurava um malote do exercito da região.

Andei até Victor e curioso comecei a tentar abrir...

—Alexa...- chamou Victor, baixinho

—Alexa!- mais uma vez, e dessa vez ela olhou. - Me ajude, deve ser mais armas...-

 Alexa pegou um martelo da mochila e deu para Victor que conseguiu abrir um imenso cadeado que impedia o caixote de ser aberto, o barulho não foi tão alto.

Sim. Havia 2 pistolas, e uns 4 silenciadores, o que deveria ser muita sorte. Agradeci até pelo ultimo dedinho do pé de Deus por ter um vizinho com armas (nunca pensei que agradeceria por algo assim). 

Alexa soltou um gritinho, depois Victor também e de repente eu já conseguia escultar, era um helicóptero, cada vez mais perto...  Corremos para o jardim e podemos ver, era do exercito...

—AQUI!!- gritou desesperadamente Victor

Alexa e eu repetimos...

O helicóptero seguiu em frente, rumo ao leste... Soltei um enorme palavrão que deveria afetar até a 3º geração do piloto do helicóptero. A cara de decepção de Alexa foi tão grande que sugou minha esperança também e mesmo com toda nossa maré de sorte na casa desse vizinho, chorei.