Os Jogadores escrita por TheDuff


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Cheguei pessoal Uhuu!! Com um capítulo saindo do forno agorinha mesmo. Espero que gostem, queria saber descrever melhor cenas como as seguintes mais não nasci com esse dom, então...
Agradeço aos comentários da Garota Confusa e da Carolinaa - Valeu meninas!! AMO! AMO!
Boa Leitura :-).



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– Feliz em me ver? – disse com cinismo e meu sorriso morreu na mesma hora. Seus cabelos loiros escuros estavam bagunçados como se estivesse saído do campo de futebol, mas suas roupas típicas de mauricinho estavam impecáveis.

Os corredores estavam quase vazios e quem estava ali corria pela porta da entrada, o que não era algo muito comum. Ele apertou a mão que segurava meu braço e começou a me puxar. Tentei me esquivar mais não tive sucesso.

– Me salta!

– Você quer vir por bem ou por mal? A decisão é sua, assim como a criança.

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Seguimos a passos rápidos o corredor em direção das escadas e subimos para o térreo onde havia alguns telescópios que eram utilizadas a noite nas férias para ver as estrelas.

– Chegamos acho que você vai ver algo bem interessante lá em baixo e o melhor lugar para de se olhar é aqui, sabe... Anda, chega mais perto.

Estava a quatro passos do telescópio que ele me indicava, não sabia se ia ou não ia. O que seria mais seguro olhar e me arrepender, ou não olhar e me arrepender mais ainda. Fui com a primeira opção. Aproximando-me lentamente. Ele me jogaria do terraço? De uma coisa eu sabia: Agora ele estava sujando as mãos e não só observando com prazer.

Quando faltava um passo para eu chegar ao ponto final eu olhei para cima e vi seus olhos brilharem mais ele estava sem expressão. O telescópio apontava para baixo e não para cima como seria naturalmente. Com certeza ele iria me jogar e depois ficar observando eu cair!

– Vá sem medo Cyrus – encostei minha mão na parte de cima do instrumento de metal e olhei pelo orifício enquanto sentia-o passando os braços pela minha cintura para me aprisionar e comecei a tremer em pânico. – Veja! Me diga o que vê lá em baixo... Não me poupe detalhes. - Havia um bolinho de pessoas em círculo em volta de outras que brigavam. – Sabia que incesto é pecado? – falava debochado enquanto eu me preocupava em saber o que deveria ver sem prestar atenção mais no que ele falava, pois eu conhecia aquele golpe.

Um garoto se defendia de dois ao mesmo tempo em que arriscavam golpes abaixo da cintura e na cabeça, mas recebiam torções nos braços e acabavam caindo de repente veio mais três por trás sem que ele visse e o cercaram, ele tentou se defender mais já era tarde de mais, mesmo ele sendo maior do que eles. A sua frente apareceu outro cara que começou a chutar e socar o garoto preso. E como um fleche a ficha caiu. Era Richard apanhando, apanhando de Bryan porque fora encurralado num plano maldito dos jogadores! Por isso todos corriam, por isso o encurralaram. Não adiantaria em gritar me espernear ou qualquer coisa, porque eu também estava presa. Estava presa a Willian. Tudo por causa de um maldito pacote de fraudas!

– Você não me disse... Você achava que ninguém ia querer te comer e por isso engravidou do seu irmão! Isso é triste Cyrus, achei que fosse melhor que isso. Você deveria ter aceitado a ajuda da Ketlyn. O filho de vocês vai ser um nojo – não conseguia ver sua expressão mais tinha quase certeza que era de desgosto -, defeituoso, quando crescer não vai querer aceitar o fato de os pais serem irmãos e se for um menino e uma menina eles vão querer se comer como os pais fizeram. Vai querer isso para o seu futuro. É só um aborto e acabou, terá sua vida de volta – apertou mais minha cintura com seus braços. Comecei a chutar suas pernas que só o fazia rir – Eu sou um jogador, você acha que suas perninhas fracas vão me machucar? Realmente, achei que você era mais inteligente!

Senti meu rosto queimar e comecei a tentar dar socos em seu rosto que o fez me soltar para segurar minhas mãos, mas por um atraso de décimos consegui correr em de volta para dentro da escola. Mal consegui chegar à escadaria e ele me prensou contra a parede.

– Deveria ter cuidado se realmente quer essa criança, já não basta nascer defeituosa e olha só o que faz! Fica correndo por corredores, o seu “filho” vai te odiar por ser como é.

– Fale o que quiser porque vou continuar achando que sou inteligente sim – deu uma joelhada entre suas pernas com toda força que tinha e voltei a correr escada abaixo. Só mais dois andares eu tenho que salvar o Rick!

A pressa foi tanta que escorreguei em um degrau que cheguei a jurar e ver rolando escada abaixo, mas alguém que vinha atrás de mim e não percebi me deitou na escada bruscamente ficando por cima de mim.

– Nunca pensei em comer alguém dentro da escola, mas já tocou o sinal, os alunos tão totalmente distraídos lá em baixo e nós dois estamos aqui em uma escadaria... Tem algo mais excitante? – Mesmo com o Willian tampando a claridade acima de nós conseguia ver seus olhos brilhando e de algum jeito que não consegui prever ele já estava entre minhas pernas e enfiando a língua em minha garganta ferozmente me causando asco e muita dor nas costas por causa dos degraus.

Ele me pressionava cada vez mais na escada explorando minha boca com sua língua prendendo meus pulsos no degrau que se encontrava acima de minha cabeça, tentava me libertar de algum modo mais ele era mais forte que eu. Plano B, eu precisava de um. Tentei morder sua língua uma vez, não funcionou tentei a segunda e ele mordeu a minha de volta enquanto juntava meus pulsos e segurava com uma das mãos e a outra usou para começar a subir minha camiseta me causando calafrios. Levantou-me do chão e me prensou na parede novamente se encaixando entre minhas pernas e arrancando minha camiseta pela cabeça antes que eu tivesse qualquer tempo de ao menos respirar antes de segurar meus pulsos novamente e voltar a me beijar. Tentava me soltar mais não conseguia de nenhuma maneira.

– Will! – gritou uma voz na escadaria ecoando, não dava para saber o local exato do lugar. – Se ainda estiver aí corre rápido que o Richard tá vindo, ele conseguiu fugir. – Não sei de quem era a voz, mas me deu alívio que nem sei explicar.

Rapidamente ele me soltou e subiu a escadaria correndo.

– Isso ainda não acabou Miley! – busquei minha camiseta o coloquei, nunca tinha ficado assim na frente de nenhuma pessoa que não fosse de casa sem ser de biquíni e não achei isso nada agradável.

Comecei a descer as escadas apressadamente e quando estava de volta ao corredor vi meu irmão com sua camisa branca ensanguentada. Ele estava meio manco suado com um belo roxo mo olho esquerdo, entre vários outros hematomas que deviam estar escondidos debaixo de suas roupas.

– Rick! – tentei ir o mais rápido possível e o vi tentar o mesmo sem muita sorte. – Tá doendo muito?

– Pode ter certeza que os outros estão piores. Mas pensando bem, preferia ter ficado estirado lá do que acabar em um professo por agressão. Duvido que algum desses medinhas vai contar a verdade. – sua voz estava diferente, só não sabia como dizer o diferente dela.

– E eu duvido que alguém acabe sabendo. – o abracei mesmo sabendo que iria provocar mais dor. – Desculpa por tudo! Me perdoa, nunca deveria ter te metido nessa confusão. Me perdoa... – Não sabia que estava tão perto de chorar até que comecei a ter dificuldades para respirar.

– Xiii! Você não tem culpa de nada... – sussurrou meio doloroso.

– Tenho sim, eu deveria ter negado sua ajuda, me virado sozinha, é isso que as pessoas fazem, dão um jeito.

– Pessoas sozinhas se viram sozinhas, você não está sozinha. Tem a sua família por perto, que pode te ajudar quando precisar. – respondeu e se afastou. – Agora vou ligar pro pai. Pra ele vir nos buscar, não vou colocar a gente em risco naquela moto depois dessa.

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Nosso pai chegou depois de vinte minutos colocou a moto em cima da picape e o cominho até em casa foi totalmente silencioso e não conseguia largar da mão do Rick em nenhum momento, via a expressão no rosto de meu pai desde quando nos viu: susto, preocupação.

Ao chegarmos a casa começou o interrogatório, minha mãe já estava em casa e fez nos sentarmos de frente pra eles no sofá, mas não antes de tomar um susto com o jeito que o Richard estava e mudar a ordem da reunião de família.

– Richard, o que houve com você? – era uma pergunta retórica, porque não estava na hora do interrogatório, os dois tinham que estar presentes e saber se estávamos mentalmente dispostos a falar alguma coisa. Rick estava com diversos machucados e cortes no tórax e no rosto. Eu e minha mãe o ajudamos passando uns remédios e colocando band-aid. – Porque não levou ele diretamente para um hospital, amor? Esses machucados estão feios - Ele fazia umas caretas de dor mais não reclamava e cada vez me sentia mais culpada e meus olhos já sentiam isso.

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– Quem fala primeiro? – Perguntou nosso pai nos olhando. Meu irmão e eu trocamos olhares, mas ninguém falou nada, continuei segurando sua mão e me aproximando mais dele. Teríamos que tomar cuidado ao responder essas perguntas se quiséssemos não falar sobre as mentiras. Meus pais não se importariam na verdade, o problema é que houve agressão, se não nada disso estaria acontecendo. – O que se ninguém fala, começa eu mesmo. – Teríamos que falar sem sentir nossas próprias mentiras. Ser direto e omitir. Omitir muito! - Humm... Richard, você foi buscar Miley na escola, certo?

– Sim. – ele respondeu enquanto fazia círculos no centro na minha mão.

– Vocês chegaram a se encontrar?

– Sim.

– Você ficou machucado da escola? – parecia que éramos bebes e meu pai não sabia como falar com nós. E como nesse momento queria ser um bebe e estar dormindo sem me preocupar no que pode acontecer quando crescemos.

– É.

– Como?

– Um grupo me cercou e começaram a me bater eu me defendi e seguraram por trás quando fui me soltar veio um outro otário e começou a me chutar. Mas eles saíram piores que eu. – sorriu a terminar de falar, quase riu na verdade.

– E a Miley? – minha mãe perguntou olhando para mim.

– Nos perdemos. – respondi.

– Como? Simplesmente se perderam? – por favor, mãe. Não grite... Pensava.

– Várias pessoas passavam por nós impedindo que continuássemos juntos e quando olhei para o lado ele não estava mais lá.

– E onde você estava? – perguntou meu pai novamente a Rick, interrompendo minha mãe.

Fui empurrado por várias pessoas, tentei passar entre elas, mas sempre me bloqueavam e antes de machucar alguém fui junto, esperaria ela na frente da escola e viríamos para casa.

– E o que aconteceu depois? – como não sabia de como foi para ele comecei a olhar enquanto ele falava.

– Várias pessoas começaram a fazer um círculo a minha volta e quando notei alguém me deu uma rasteira e começou a me chutar, um cara que conheci sexta na escola, ele estava na enfermaria com a Miley. Flashs de memória do dia do afogamento passaram em décimos de segundos em minha mente.

– E só isso fez com que você ficasse todo machucado? Não é, um medalha de prata, agora?

– Quando consegui me soltar apareceram outros caras me prendendo por trás e ele começou a me chutar de novo, quando me liberei já tava assim, daí eu fui pra cima dos outros e o que me chutava acabou desmaiado e todos que olhavam saíram correndo, devem ter achado que eu matei o cara e estavam com medo de ser os próximos! Se você tá pensando em falar com a escola e tals, não vai ajudar eles vão se defender e não a mim, também não pediria o contrário eles não me conhecem.

– E porque você não ajudou Miley? – voltou minha mãe.

– O filho do diretor me forçou a ir ao terraço com ele, me ameaçando, eu fiquei com medo e fui. – senti lágrimas queimarem meus olhos se recusando a caírem.

– Vocês chegaram a ir para o terraço? – meu pai se meteu no interrogatório.

– Sim ele me disse que iria ver algo interessante pelo telescópio e ele estava apontando para baixo. Eu jurava que ele ia me atirar e ficar olhando – agora minhas lágrimas caiam eu balançava a cabeça sem parar – ele está fazendo umas coisas estranhas, até para ele, ultimamente e dizendo umas coisas, eu não sabia o que esperar daí quando olhei eu vi uns garotos segurarem alguém enquanto outros batiam e vários alunos olhando em volta. Pensei em sair correndo escada abaixo mais ele me prendeu. Consegui dar um chute nele saí correndo mais ele me pegou na escada... – entrei em desespero e comecei a chorar sem conseguir concluir minhas frases e as palavras estavam quase inaudíveis. Senti o Richard passando os braços em minha volta me abraçando, sabia que ele estava sentindo dor e isso me fez chorar mais ainda, era tudo culpa minha!

– Esse desgraçado fez alguma coisa com você? – meu pai perguntou quase desesperado com sua voz raivosa e eu só conseguia chorar, nunca tinha ouvido meu pai falar assim, nem no problema com a Darla. Sabia que todos estavam preocupados, pois nem o Richard sabia o que tinha acontecido lá em cima.

– Não! – falei entre soluços e falhas de minha respiração. – O Jo-osh. E-ele, ele gritou avi-isando o Will que o Rick tinha escapado, e ele se mandou.

– Bebe um pouco de água com açúcar, meu anjo – disse minha mãe me alcançando um copo. – Não que ajude claro, nunca ajudou a mim... – Báh, estou me sentindo bem melhor agora mãe.

Minha mão tremia quando aproximei o copo derramando boa parte da água em mim e no Rick que estava atrás de mim.

– Eu vou à polícia agora! – disse meu pai, levantando num pulo.

– Amor, sem querer te decepcionar, mas duvido que façam algo a respeito. É o filho do diretor e não sei que macumba eles fazem que nunca levam a culpa de nada e você sabe muito bem disso. Lembra como era no nosso tempo? Nunca acontece nada com um Collins.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e adoraria saber o que vocês acharam, agora os próximos capítulos vão demorar um pouquinho pra sair, vou viajar, entrar em semana de prova - pq minha turma quis fazer greve agora atrasou as notas - e depois viajar de novo, não sei quando chegarei perto do word novamente com tempo vago então...
XOXOXO
Boas festas, boas formaturas, bom Natal e próspero Ano Novo!!!



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