I swear escrita por MylleC


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo


Oiiii gente, aqui estou eu com uma mais nova fic. Semana passada, depois do episodio oito eu estava simplesmente sem sono e la em plena três horas da manhã e simplesmente BUM. Peguei o celular e fiz esse prólogo, no dia seguinte comecei a planejar a fic e tals. E aqui estou eu postando depois do episodio nove que destruiu nossos coraçõeszinhos. A fic vai ser leve e bem pequena, com Maximo de cinco capítulos. Não tenho um dia fixo para postar ainda, creio que quando for postar o próximo eu falo pra vocês okay, então boa leitura!



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E o amor derrama como uma cachoeira

E não posso escapar da correnteza

Eis minha mão, amor, aceite-a ou deixe-a

Deixe-a

Pois o tempo não te ama mais

Mas eu ainda estou batendo a sua porta

Querida, podemos fugir para sempre

Se para sempre foi o que sobrou

Oh é tempo

De me levar para casa, casa

Casa, casa

Agora, somos muito jovens para reconhecer

Que nada permanece do mesmo jeito

Prometa que eu não serei o culpado

(Time – Mikky Ekko)

Eu sabia que não devia, mas ainda assim o fiz.

Empurrava os galhos das arvores e continuava correndo mata adentro, era perigoso, como disse eu sabia que não devia, mas ainda assim eu estava fazendo.

Simplesmente por estar sentindo cada pedaço de dentro de mim se desmoronar. Parece ate mesmo quando o garoto malvado de minha escolinha, Leonard, arrancou a cabeça de minha boneca, minha única boneca. Mas ainda assim parece estar sendo uma dor ainda pior. Não sei bem explicar o que estou sentindo, mas sei que doi e me sinto sufocada. Eu só quero ir para o meu refugio particular. O único lugar onde eu sabia que estaria de certa forma segura, sozinha, mas bem e em paz.

Pelo simples motivo de ser o único lugar por onde ele me trazia constantemente sempre que vínhamos passar as férias em Coast city.

Sempre tive certo medo de passar por meio de todas essas árvores, mas eu tinha meu pai ao meu lado, portanto o medo não era tanto. Ainda assim nunca imaginei que estaria fazendo esse caminho sozinha.

As lagrimas queimavam em minhas bochechas e eu só queria chegar ao topo, em meu lugar desejado, porque ali eu me lembraria dele de forma boa, algo que definitivamente não se encaixava com o que eu tinha acabado de descobrir.

Enfim cheguei ao final do cerco de arvores, passado pela ultima ate enfim chegar ao espaço livre do topo onde dava para se ver toda a cidade. Parei no ato ao ver que o lugar não estava vazio.

Já era tarde demais para voltar sem ser percebida, pois assim que parei ali o garoto a minha frente se levantou em supetão e me olhou surpreso e assustado. Passou as mãos pelo rosto rapidamente e fungou, antes de começar a falar.

-Que-Quem è você? - pergunta.

Seco minhas lagrimas e devolvo a pergunta.

-Quem è você? E o que faz aqui?

-Eu sempre venho aqui.

-EU que sempre venho aqui. - rebato. Momentaneamente me esquecendo do motivo para estar ali.

-Bem, eu nunca te vi.

-Nem eu.

Ficamos apenas parados olhando um para o outro. Eu podia ter apenas sete anos e meio, mas eu era muito perceptiva com as coisas e aquele garoto em minha frente parecia que queria desmoronar em choro no minuto seguinte e isso fez minha própria vontade de chorar aumentar.

Eu quase podia imaginar a cena como se fosse uma telespectadora e talvez eu risse disso mais tarde, a imagem das duas crianças que simplesmente começaram a chorar compulsivamente um para o outro.

Tentei contei minhas lagrimas, mas era mais forte do que eu e cada uma que saía parecia levar um pouco do sentimento ruim que estava dentro de mim. Minutos depois finalmente parecíamos ter nos acalmado um pouco, ainda no mesmo lugar de antes.

Ele fungou uma ultima vez e secou o rosto, tentei fazer o mesmo, mas poucas lagrimas ainda escaparam.

-Eu sou Oliver. - disse.

Fungo e me aproximo um pouco.

-Sou Felicity.

Ele se senta novamente no chão, como estava antes que eu chegasse e me olha em um claro convite para eu me juntar a ele. E o faço.

-Porque você estava chorando?

Não sei bem se devo responder aquela pergunta, olho para a cidade a minha frente e observo as estrelas do cèu escuro, lembrando-me de meu pai me falando sobre as estrelas.

-Descobri algo ruim, meu... Pai me deixou, foi embora sem se despedir. – o nó parecia querer se formar novamente. -E ele sempre me trazia aqui quando vínhamos passar as férias. Me contava sobre as constelações e eu acabava dormindo em seu colo.

Respondo. Notando que as palavras saíram mais fáceis do que pensei que sairiam talvez pela ficha ainda não ter caído completamente.- E você? -resolvo mudar o foco da conversa.

-Hum... Vi meu pai fazer algo ruim e não sei se conto á mamãe, acho que se eu contar eles vão brigar novamente e não quero ser o culpado disso.

Ao contrario de mim ele parecia dizer aquilo com grande dificuldade.

-Sem falar que não sei exatamente o que vi, não tenho certeza se è algo errado, mas ele pareceu bem preocupado quando me viu e sei que se eu contar á mamãe eles vão brigar o que me faz ter certeza de que foi sim algo errado.

-Se não tem certeza que é errado como sabe que não deve contar?

-Ele me pediu para não contar. E o que eu vi ele fazer eu só o vi fazer antes com mamãe, então deve ser errado.

-O que você viu?

A curiosidade foi maior do que minha consciência que dizia para eu não perguntar.

-Hm... - Oliver pareceu sem jeito e desenhou algo sem lógica com um graveto no chão de terra. -O Vi beijando e abraçando outra mulher, beijando na boca.

Lembro-me que meus pais faziam isso constantemente e era bem raro eu presenciar briga entre eles, pelo menos antes dos últimos 6 meses era raro, depois disso começou a ficar descontrolado. Mas eu sei que um homem casado ou em um relacionamento não deve beijar outras pessoas na boca, sou criança, mas não boba.

O sentimento de náuseas me atingiu, mal consigo me acostumar com meus pais trocando esse tipo de carinho estranhíssimo que os adultos tinham costume, imagino se ele ou ela beijassem outras bocas. Quanta baba.

-Acho que não foi certo. – digo.

-Você acha que eu devia contar a ela?

-hmm, eu não sei Oliver, talvez. Mas não acho que eu me sentiria bem se fosse o motivo deles brigarem, espere um pouco, talvez ele conte a ela. Talvez tenha sido um engano.

Ele assente com a cabeça.

-É... - ficamos em silencio por um tempo. -Sinto muito pelo seu pai. talvez ele volte, talvez tenha sido um engano.

Sorrio e me viro para ele, cruzando minhas pernas em forma de índio e ele faz o mesmo, também se virando para mim.

-Obrigada, eu também espero.

Continuamos ali, nos olhando. Oliver parecia ser bem legal.

-Quer ser minha amiga?

-Sua amiga?

-Sim, eu tenho um amigo, Tommy. Ele esta morando comigo e minha irmãzinha Thea, ela ainda è um bebe, mas não tenho amiga.

-Eu não tenho nenhum amigo aqui.

-Bom, posso ser o primeiro então.

Sorrio avaliando sua oferta, mas meu sorriso murcha ao me lembrar de outra coisa.

-Vou me mudar para Las Vegas na próxima semana, não sei se vamos nos ver de novo.

-Nós vamos.

-Como pode saber?

-Porque seremos amigos, então um dia vamos nos encontrar.

-E se demorar muito? Como vamos saber que somos nós?

Ele parece pensar e não ter uma idéia. Mas eu tive.

Tiro um colar de meu pescoço, deixando o segundo e separo os pingentes juntáveis que meu pai havia me dado no ano passado, dizendo que um dia eu daria a outra metade a alguém, era o símbolo yin yang. Eu não entendi bem o símbolo quando ele me deu, mas ele disse que um dia eu entenderia.

Estendo a metade do cordão com a parte preta para Oliver que me olha confuso.

-Tem certeza?

-Sim, nunca o tire. Assim nos reconheceremos quando nos encontrarmos de novo.

Ele assente e pega o cordão, colocando-o no pescoço.

Ficamos ali, deitados no chão e por alguns momentos eu penso em minha mãe que provavelmente está me procurando feito louca, mas sei que uma hora ela vai me achar aqui. Conto sobre as estrelas para Oliver, em lembrando o nome de cada constelação que meu pai me dizia. Oliver parecia um pouco mais velho do que eu, mas ainda assim aprecia fascinado por eu saber tanto sobre as estrelas.

-Eu tenho um telescópio em casa, não o uso muito por não saber nada de estrelas. – revela e dou risada.

-Bem, agora você sabe.

Ele sorri e assente, sentando-se.

-Acho que preciso ir, meu pai deve estar me procurando.

-Minha mãe também deve estar. Não te procurando, mas me procurando. – Oliver sorri mais um pouco e se levanta, batendo na calça para tirar a sujeira e o imito.

-Então... – começa, parecendo subitamente sem jeito.

Respiro fundo e me aproximo, abraçando-o rapidamente.

-Volta amanhã? – pergunto.

-Claro, no mesmo lugar.

-Depois do almoço.

Assente e então vai embora, minutos depois eu também vou.

(...)

Era o ultimo dia da semana e no dia seguinte eu já iria embora. O clima em casa ainda estava bem difícil, simplesmente não entendo como pode ser verdade meu pai ter ido embora assim, porque mamãe não me contou antes? Eu não queira ter descoberto sem querer, foi pior.

Mas apesar de tudo tinha os momentos em que eu parava de pensar nisso e eram os momentos em que eu encontrava Oliver para brincarmos no lugar de sempre. Brincamos entre as árvores, ele tentou me ensinar a escalá-las, falhando miseravelmente, brincamos de pega-pega, esconde-esconde que não deu muito certo porque só dava para se esconde atrás das árvores. E em outros momentos apenas ficávamos sentados conversando ou jogando alguns jogo de tabuleiro. Foi uma boa semana e eu agradecia Oliver por isso. Ele foi um bom amigo.

-Irei amanhã. – digo quando o dia já tinha virado noite e logo eu teria que voltar para casa.

-Vou sentir sua falta. – diz. -Foi legal essa semana.

-É, foi, você é um bom amigo, Oliver.

Ele sorri e se vira pra mim.

-Você também, tagarela. – ele havia me “apelidado” assim quando com o passar dos dias via que eu me enrolava muito nas palavras e disparava a falar rápido. Mas ao contrario de incomodá-lo parecia diverti-lo.

-Prometa mesmo nunca tirar o colar? – pergunto, apontando para o colar que realmente não tinha deixado seu pescoço esses dias, assim como o meu.

-Sim, nunca vou tirá-lo.

Sorrio e assinto.

-Seremos melhores amigos para sempre. –Digo ao me afastar alguns passos, pronta para ir embora.

-Seremos. –confirma.

-Jura de dedinho? - pergunto estendendo meu mindinho a ele que o junta com o seu.

-Eu juro.


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Notas finais do capítulo

Eaeee gostaram? Gente ficou bem pequeno por ser o prólogo okay, o próximo está maior e já tem reencontro deles anos depois. Comentem falando o que acharam! É importante, bjsss e até o próximo.



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