No dia seguinte na escola só se falava sobre o baile. Stacey estava triste por que todo seu plano de ir ao baile com o Gerard, se desmoronou. Gerard e ela se olhavam o tempo todo durante a aula, mas ela não dava o braço a torcer e de orgulhosa não trocava uma só palavra com o menino.
Na hora do recreio, Rose e Stacey se sentaram na mesa do restante dos rejeitados. Um lugar ficou vago, o de sua não mais amiga Ursula que agora comia com o resto do pessoal, os populares. Stacey olhou pra ela que estava na mesma mesa que Gerard e ela se divertia.

-o que foi? Está triste? – perguntou rose.

-Não. – e se virou voltando a comer.

-É por causa da Ursula não é?

-Ela está em outra agora...

-Não fica assim não. Um dia ela percebe o quão idiota está sendo.

-E então meninas, vocês vão ao baile? – perguntou um dos meninos que as acompanhava na mesa.

-Eu vou, só não tenho um par. – disse Rose. – e você Stacey?

-Eu não vou.

-Por que não Stacey? – perguntou o garoto.

-Eu tenho que ajudar a minha mãe com algumas coisas...

-Rose, você quer ir ao baile comigo? – perguntou o menino.

-Eu adoraria, Ray Toro. – e Stacey ficou observando feliz por sua amiga. Ela tinha um par.

Mais tarde o sinal tocou indicando o final de mais uma aula. Pelo corredor o assunto do dia era baile. Stacey ia passando e vendo as meninas recebendo flores de caras a convidando para o baile e se sentiu só. Quando chegou no seu carro deu graças a Deus por estar ali e não ter que olhar mais aquelas cenas de casais felizes. Quando entrou no carro percebeu algo incomum. Havia um buquê de rosas no banco do carona.

-quem abriu meu carro? e quem deve ter sido o prego que botou isso aqui? – disse pegando o buquê e dele o pequeno envelope. – “Ainda quer ir ao baile comigo?” – leu em voz alta. – será do...?

-gostou das rosas? – Stacey olhou pro seu lado e Gerard estava do lado de fora do carro debruçado na janela.

-Gerard, o que faz aqui? – disse saindo do carro.

-Stacey, eu estive conversando com minha mãe ontem. Ela disse que essa historia de sermos irmãos é quase que impossível. Ela disse que suspeitou sim que fosse do seu pai, mas ela era casada com meu pai nessa época e ficou em dúvidas.

-Por isso veio falar comigo?

-Também senti muito a sua falta. Chorei a noite toda pensando em você.

-Eu também senti muito a sua falta e também chorei pois é triste pensar que nunca mais ficaríamos juntos.

-Eu agora tenho mais certeza ainda de que não somos irmãos.

-Mas e se for verdade?

-A gente faz um teste. Você topa? Estive vendo uns lugares que poderíamos ir. Mas eu tenho certeza de que não vai dar em nada.

-A gente vai então e faz o teste.

-Você quer ir agora?

-Quanto mais rápido melhor.

Os dois foram até uma clinica e fizeram o tal teste. Gerard pagou o teste que era bem caro. Agora era só aguardar até sair a resposta. Não demoraria mais que um mês pra sair a resposta. Depois Gerard a levou em casa já que antes de irem na clinica ela passou em casa pra deixar seu carro e seguiu com ele no carro dele.

-e então? – perguntou ele.

-Vai demorar...pensei que fosse mais rápido.

-Eu te amo. – ela olhou pra ele deixando algumas lágrimas escaparem rolando em seu rosto e ele a beijou. Depois do beijo se abraçaram forte.

-Eu te amo muito Gerard.

-Não importa qual seja o resultado, iremos ficar juntos.

-Mesmo com todo o preconceito que será?

-Mesmo com qualquer situação que der. A gente vai ficar junto pra sempre Stacey. – disse segurando no rosto dela.

-Ta. – eles se beijaram mais uma vez e ela saiu do carro.

-Sobre meu convite, ainda está de pé? – ela olhou pra trás e parou.

-Eu ainda quero ir ao baile com você.

Ele piscou pra ela e mandou-lhe um beijo. Depois arrancou com o carro. Leila assistia tudo da janela.

-ainda está de caso com esse garoto?

-Mãe, fizemos o teste de DNA.

-E de onde tiraram o dinheiro?

-O Gerard recebe pensão do pai dele que agora não sabemos nem se é mesmo o pai dele. Foi ele que pagou.

-Pagou a toa. Sabe que vai dar positivo, não é?

-Eu não sei de nada mãe. Eu não sei de nada. Só de uma coisa, seja qual for o resultado, nada vai nos separar. – e ela subiu pro seu quarto deixando sua mãe desesperada com aquela hipótese.

Stacey deitou sua cabeça no travesseiro que num instante ficou todo ensopado de lágrimas. Ele era o único que ouvia seu choro de dor. Ela queria gritar e usava o travesseiro pra abafar o som. Aquele dia foi péssimo. Ela ficou o tempo todo com aquele teste na cabeça e chegou até a sonhar com aquilo. Mas o sonho foi bom, ela sonhou que o teste dera negativo.

No dia seguinte, mesmo triste ela ainda conseguiu arrumar forças pra ir ao baile. Ela queria mais do que nunca ficar ao lado do Gerard. lembrou da promessa dela de transar com ele após o baile e ficou pensando se ele ainda pensava naquilo. Ela não sabia se queria ou não cumprir aquela promessa. Por um lado seria bom, pois se entregaria e ele teria certeza que ela o amava e por outro, poderia ser errado já que tinham uma chance de serem irmãos.

Quando chegou à noite ela estava pronta. Ainda teve que ouvir vários sermões de sua mãe antes de sair para o baile, mas ela se concentrava em algum ponto só pra não ter que ouvir o que ela falava. Gerard chegou na hora marcada. Os dois chegaram no baile, que era na quadra do colégio e ficaram em frente namorando dentro do carro antes de entrar.

-Stacey....

-Fala.

-Eu estou louco pra fazer aquilo com você. – enfim, lá estava a resposta de sua duvida.

-Tudo bem Gerard. mas só depois do baile.

-A gente podia fazer agora, esquecemos o baile, chegamos no final.

-E amarrotar toda a roupa?

-Não vai não. Eu tiro com cuidado.

-Ta bom. – e eles voltaram a se beijar e ele passava sua mão pelo corpo dela e quando ia abrir o vestido dela, ela o empurrou. – acho melhor não Gerard. agora não. Vamos ao baile primeiro e depois pensamos nisso.

-Tem certeza? – disse ele beijando o pescoço dela.

-Gerard!

-Ta bom. – e ele riu pra ela e lhe deu um beijo nos lábios. – vamos dançar. – e ele saiu do carro e deu a volta ajudando Stacey a sair.

Os dois chegaram no baile e todos presentes os olhavam. Ainda não tinham se acostumado com aquele namoro entre eles. Os dois ficaram juntos por um instante enquanto Stacey olhava pros lados a procura de Rose, mas só viu Ursula com um dos meninos populares, o Frank. Ela abaixou a cabeça triste e Gerard a levantou com a mão no queixo dela.

-que foi? Eh por causa da Ursula não eh?

-Éramos tão unidas e de repente ela fica assim. Me abandonou legal...

-Você tem a mim agora.

-Que bom viu? Você sim se importa comigo. Só tenho você e a Rose agora. – e se beijaram. Os dois foram pro meio da pista pra dançar e curtir a festa juntos. dançaram duas musicas e quando estavam dançando uma lenta, Stacey viu Rose ao seu lado dançando com Ray.

-Rose! – gritou Stacey e ela virou pra ela e quando a viu começou a gritar.

- Você veio!!! – e as duas se abraçaram. – Não sabia que viria. Que bom. Agora tenho uma companhia. – e Ray se desmanchou. – me refiro a uma companhia feminina. A sua companhia esta sendo muito agradável Ray. – e ele voltou a sorrir.

-E então, o que esta achando da festa? – perguntou Gerard abraçando stacey.

-Estamos adorando , não eh Ray?

-Com certeza, ainda mais com você. – disse ele dando um beijo em Rose.

-Epa epa! Não quero ficar de vela. – disse Stacey.

-E quem disse que você esta de vela? E eu? – perguntou o Gerard. e Stacey o beijou. Eles ficaram se beijando ate levarem um baita empurrão fazendo os dois se separarem. Stacey olhou incrédula e era Rosangela com suas comparsas que ficaram rindo com aquilo e sumiram no meio do povo.

-Droga! Olha só o meu vestido.

-O que eh isso? – perguntou Gerard.

-Acho que eh licor, sei lá. Aquela vadia.

-Vai lá no banheiro limpar.

-Eu vou sim.

-Eu vou com você. – disse Rose.

As duas foram no banheiro e Stacey tentava tirar a mancha verde de seu vestido branco.

-que droga. Eu mato aquelas vacas!

-Por que fizeram isso? Garotas estúpidas.

-Por que são estúpidas. Não gostam de ver ninguém em paz. – de repente a porta do banheiro se abriu e entrou Ursula que trancou a porta e ficou as olhando.

-O que faz aqui? – perguntou Stacey revirando os olhos.

-Eu preciso falar com você Stacey.

-Acho que não temos mais o que conversar.

-Ursula por que esta nos tratando desse jeito?

-Agora não Rose. Depois resolvemos isso. Agora eu tenho que te dar um aviso Stacey. Vá embora.

-Como eh que eh? – perguntou Stacey surpresa.

-Fui eu quem jogou esse licor em você pra que viesse no banheiro.

-Então foi você?

-Calma. Foi por uma boa causa. Estão tramando algo contra você Stacey. Ouvi algo sobre envergonhar você na frente de todos do baile.

-Quem? Quem vai me envergonhar?

-Elas. Rosangela e companhia. Elas não quiseram me contar tudo pra que eu não fosse te contar, mas eu ouvi tudo quando conversavam.

-Eu não acredito em você.

-Eu só tentei te ajudar Stacey. Acho melhor eu parar pro aqui. Tem muito mais coisas só que prefiro não dizer por que sei que não vai acreditar que essa pessoa esteja fazendo isso com você. portanto, se quiser dormir bem hoje, eh melhor ir, ou senão irá se magoar muito. – e saiu do banheiro.