No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 14
Você Sabe Como Ele É


Notas iniciais do capítulo

HELLLOOOOOOOO, IT'S ME ♥
Gente, que saudade de vocês! Que saudade de postar capítulo! Que saudade dessa história! Primeiramente quero agradecer pelo carinho de vocês, por comentarem, recomendarem, acompanharem, enfim, por tudo!
Segundamente (sei que essa palavra não existe hehe), quero dizer uma coisa sobre o capítulo... Fiquei com um certo receio de postar porque não sabia se a cena, que vocês vão ver no final do capítulo, estava boa. Mas postei mesmo assim porque eu gostei de escrever e espero que vocês gostem de ler!
PS.: Oliver is back!
Enjoy!



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As coisas continuaram como sempre. A única diferença era que não tínhamos mais um emprego na SHIELD e as noites eram usadas para dormir. Sam estava na Rússia, investigando uma pista sobre Buck, enquanto eu e Steve aproveitávamos nosso último mês de aluguel. Depois, estaríamos sem teto. E eu não queria pensar no que viria a seguir naquele momento.

Foi uma luta muito traumática. E eu ainda nem sabia o que aquela máquina fez comigo. Não sabia como ela me mudou. E tinha medo de que fosse algo como o que aconteceu com Buck. Perder a memória... devia ser horrível.

— Você está pensando naquilo de novo, não está? – Steve me fez voltar ao mundo “real”.

Ele se referia à máquina. Ele sabia que eu ainda estava preocupada com que ela poderia ter feito comigo. Por isso, sempre que eu ficava quieta por muito tempo, como havia ficado enquanto comíamos comida japonesa, ele sabia que eu estava pensando no que havia acontecido.

— Desculpe – olhei para baixo. – Só espero que não me afete de um jeito ruim.

— Não vai – ele sorriu, gentilmente. – Vamos assistir um pouco de TV.

Concordei e ele ligou a TV. Foi quando eu percebi que as coisas poderiam ficar piores.

— E hoje já faz uma semana desde que Moira Queen, CEO da Queen Consolidated, de Starling City, foi morta. Ainda não há notícias sobre o seu assassino, Slade Wilson, mas a polícia está procurando. Lembrando que Slade Wilson foi o responsável pelo sequestro de Thea Queen no começo do... – Parei de escutar a televisão e peguei o celular.

Digitei o número que sabia de cor, mas não houve resposta. Steve olhou para mim confuso, mas eu fiz um gesto para que ele esperasse um pouco. Digitei o número de Felicity e enfim tive a resposta.

— Alô?

— Fel, acabei de ver a notícia na televisão. O Oliver está bem? – Fui direta.

— Não – ela também foi direta. – Você sabe como ele é. E ainda mais agora que Roy está com o Miraku no corpo. Está uma confusão aqui e... Eu tenho que ir, desculpe.

— Tudo bem, só não queria pegar vocês de surpresa. Estou indo para aí – disse, antes de desligar.

Steve arqueou uma sobrancelha. Dei de ombros.

— Oliver é complicado – expliquei, me levantando. – Ele toma atitudes por impulso. Principalmente quando é sobre quem ele ama. Somos parecidos nisso. Quando é sobre as pessoas que amamos, somos mais vulneráveis do que qualquer um – fui em direção ao quarto.

Peguei uma mochila e comecei a colocar algumas roupas – suficientes para dois dias – e meu uniforme. Steve ficou me observando da porta, pensando em alguma coisa.

— Por que sempre tem que ser você? – Ele perguntou. Não estava chateado ou algo do tipo, parecia apenas em dúvida.

Parei o que estava fazendo e olhei para ele, deixando um sorriso escapar.

— Ele é um amigo para mim – me aproximei dele – e, por mais que eu não goste de admitir, me importo com ele.

Então voltei a arrumar minha mochila. Steve não disse mais nada, ficou apenas parado na porta, pensando em algo que eu prefiro não imaginar o que era. E eu fiquei em silêncio, deixando o dilema da máquina voltar para a minha cabeça.

— Pense bem – disse, jogando a minha mochila no ombro. – Enquanto eu estiver fora, você pode arrumar um lugar para nós morarmos. Não que eu pretenda morar com você para o resto da minha vida, mas algo por agora. Só para não sermos sem-teto.

Ele deu uma pequena risada e depois me abraçou, longamente e calorosamente. Foi um abraço diferente dos que eu estava acostumada a receber dele, mas mesmo assim aceitei.

— Se cuida – ele disse. – Baixinha.

(...)

Decidi voar (literalmente) até Starling City. Era mais econômico e me dava um tempo para pensar no que eu estava fazendo da minha vida. Que era absolutamente nada. Eu sentia tanta falta da minha família. Steve era um bom amigo e ter poderes era muito legal, mas aquele não era o meu mundo. Definitivamente não era.

Quando cheguei, já estava de noite. Por isso, fui diretamente para o esconderijo. Sabia que eles deveriam estar ali. Eles sempre estavam ali. Mas eles não estavam. Só Oliver estava. E estava no escuro, olhando para o nada, com o esconderijo sendo iluminado apenas pela boate.

Como entrei pelo lado de fora, ele não me viu chegando e permaneceu calado. Coloquei minha bolsa no chão, sem fazer muito barulho. Não pude deixar de notar que ele estava sem camisa, o que significava que ele estava treinando. Parei um pouco para analisar as cicatrizes em suas costas. Não conseguia ver direito, por causa da iluminação, mas eu sabia que estavam ali.

— Você não é do tipo que fica em silêncio por muito tempo – ele disse, baixo.

— E você não é do tipo que fica depressivo olhando para o nada – retruquei, me sentando ao lado dele.

Ele não respondeu e eu soube que ele não estava bem. Claro que ele nunca admitiria que a morte da mãe dele mexeu com ele, mas eu sabia que ele não estava bem. Relutante, coloquei a mão em seu ombro. Senti sua respiração mudar de leve. Soltou um suspiro e começou a fungar. Fiquei meio surpresa. Oliver Queen estava chorando na minha frente. Fiquei sem saber o que falar, mas não precisei falar nada, porque, em apenas dois segundos, ele estava me abraçando.

Devolvi seu abraço, mesmo que surpresa. E ele começou a molhar meu ombro com suas lágrimas. Acariciava suas costas de leve, para que não passasse dos limites. E ele continuou a chorar por um tempo e depois parou. Ficamos abraçados ainda por um tempo, mas ele logo se soltou de mim e enxugou sus lágrimas.

— Seu Capitão não se importou de você vir para cá? – Ele começou a provocar, como se aquilo nunca tivesse acontecido.

— Ele não é meu Capitão – bufei, revirando os olhos divertida.

— E a missão suicida?

— Bom, estou viva – suspirei.

— Que bom – ele sorriu. – Acho que você já sabe o que aconteceu, não é?

— Sim, sei. Sinto muito.

Ele não respondeu nada por um tempo. Mas não foi um silêncio constrangedor ou incômodo. Foi um silêncio confortável. E foi bom.

— Preciso ir para casa. Thea está me esperando – ele disse, quebrando o silêncio.

— Tudo bem – suspirei. – Acho que vou ficar por aqui mesmo. É uma das desvantagens de não usar máscara. Ela vai me reconhecer no ato.

Ele ponderou algo.

— Posso dizer que você está aqui em nome dos Vingadores. Que Slade é uma ameaça a ser detida. E que você precisa de um lugar para ficar – falou, no tom que ele usava quando tinha um plano.

— E qual é a condição? – Sabia que ele nunca me cederia sua casa se não houvesse uma vantagem para ele.

— Você me ajuda a deter o Slade.

(...)

— Eu. Vou. Surtar. – Thea Queen recitava essas palavras para si mesma enquanto me olhava com um sorriso que disfarçava sua tristeza.

Sorri para ela, na tentativa de acalmá-la, mas isso não foi o suficiente. Roy também estava ao lado dela, surtando. Se bem que ele não tinha porque querer surtar. Nós dois já havíamos nos encontrado em uma situação diferente e ele já tinha feito seu escândalo particular.

— Por favor, não surte – pedi, com calma.

— Thea, pede pra Maria arrumar um quarto para a Lucy – Oliver, pediu com delicadeza.

Ela balançou a cabeça levemente e saiu do lugar, nos deixando à sós com Roy.

— Vai mesmo ajudar a derrotar o Slade? – Ele perguntou, baixinho.

— Preciso – lancei um olhar para Oliver. – E quero.

Ele afirmou com a cabeça e pude sentir que ele estava tenso. Lembrei que o Miraku estava em seu corpo ainda e que ele tinha um motivo para querer surtar do jeito que estava querendo, mas não comentei nada. Seria um pouco indelicado.

(...)

Estava deitada na minha cama, no quarto de hóspedes da enorme mansão Queen, pensando nas coisas que já haviam acontecido comigo desde que estava me preparando para aquela festa, no meu mundo. Já havia se passado cinco meses desde que eu caí dentro da minha televisão, mas parecia anos. Estava tão distraída, que mal notei quando Oliver entrou no meu quarto e ficou parado, me observando.

— O que foi? – Perguntei, me levantando e andando em direção a janela. A noite estava densa do lado de fora, o que me fez acreditar que eram por volta de três da manhã.

— Não consigo dormir. Presumi que você também não. Eu estava certo – ele explicou, se sentando no chão.

— Parece que faz tanto tempo desde que eu vi a minha família. Parece anos – suspirei.

— É... Parece que nós moramos juntos uma vida atrás – ele concordou.

Soltei uma leve risada.

— Sorte nossa que a Thea não lembrou de mim no seu apartamento – sorri. – Naquela época, você amava me manter presa.

Ele soltou uma risada seca.

— Você amava achar que era dona do mundo, que era inatingível – provocou.

— Não amava não – retruquei. – Você que queria ser meu pai e controlar todas as minhas ações.

— Queria te manter segura, o que você não sabia e ainda não sabe fazer – sua voz ficou com um tom impaciente.

— Então por que ainda estou viva? Se não sei me proteger, eu já deveria estar morta não acha? – Me defendi.

— Seu Capitão te protege – ele se levantou e se aproximou da janela.

— Ele não é meu Capitão – bufei. – Por que você insiste em dizer que ele é o “meu Capitão”?

Ele suspirou e pensou por alguns segundos, mas não respondeu nada. Revirei os olhos e voltei a olhar para o céu escuro na minha frente. Ficamos os dois observando as estrelas em um quarto iluminado apenas pela lua cheia.

— Acho que é porque eu preciso ouvir você dizendo que ele não é o seu Capitão – ele respondeu, sem me olhar.

— Como assim? – Minha voz saiu baixa.

Ele não me respondeu, apenas olhou para mim e se aproximou, deixando o espaço entre nós inexistente. Encostei minhas costas na parede, em uma tentativa falha de recuar. Ele colocou uma mão em meu rosto, me fazendo olhar para aqueles olhos azuis e a outra em minha cintura, para me aproximar dele. Selou nossos lábios como um só.

Sua intensidade foi tão forte que não consegui resistir. Me entreguei ao beijo. Coloquei minhas mãos em seu pescoço, trazendo ele mais para perto. Ele intensificou o beijo e começou a passar a mão em todas as partes possíveis do meu corpo. Aproveitei para fazer o mesmo. Ele ergueu uma perna minha e começou a beijar meu pescoço, me fazendo soltar um pequeno gemido. Ele aceitou isso como uma permissão e pegou a minha outra perna, me pegando no colo.

Enlacei minhas pernas em sua cintura e ele me jogou na cama. Continuou a beijar o meu pescoço, me fazendo ter ondas exageradas de prazer. Por que aquilo era tão bom? Por que ele estava fazendo aquilo? Por que estávamos fazendo aquilo?

Ele voltou a atacar a minha boca ferozmente e a passar sua mão na minha coxa. Ele enfiou sua mão por debaixo da minha blusa e começou a acariciar minha barriga. Foi quando eu voltei ao mundo real.

Empurrei ele, usando meus poderes. Ele pareceu despertar do transe também e, sem dizer mais uma palavra, saiu do meu quarto, me deixando apenas com a lembrança do momento que tivemos.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam dessa última cena? Ficou boa ou eu devo apagar?



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