Universe

Uma coisa curiosa...

A vida é como um livro. Ele tem o início, o meio e o fim. Tudo escrito, mas que pode sofrer terríveis mudanças no enredo, apenas com uma alternativa trágica do protagonista. Infelizmente, não podemos dizer se tal é coisa boa ou ruim.

Mas, apenas podemos dizer que o final, sempre é feliz.

E o Universo uniu dois mundos completamente diferentes e tão iguais ao mesmo tempo.

Nós nascemos com nossa história pronta contando tudo; quando abrimos os olhos pro mundo, o primeiro sorriso, os primeiros passos, as primeiras palavras. Esse é um dos inícios da nossa vida.

O Universo é grande demais para ser escrito por meras palavras. Mas tudo começou por ela; até chegar aonde chegamos.

Um mundo era intenso, forte e ao mesmo tempo frágil – igual ao Sol

O outro era pequeno, sem menor cogitação de possuir forças – idêntico á um Girassol.

Eles tinham algo em comum – as dores.

O pequeno Girassol era congelado, jogado num buraco fundo sem luz e calor depois que sua felicidade, há muito tempo, fora destruída aos poucos. Abraçando-se a escuridão sombria, abraçando a solidão e a frieza das pessoas que lhe proporão por tanto tempo.

Mentiras e mentiras. Era o que o pequeno Girassol recebia em sua vida fria e amarga.

Sua vida era cheia de pesadelos.

O grande Sol poderia ser quente – era solitário e congelaste por dentro. Poderia ser forte, amargo, todavia escondia o que tanto lhe doía. Sofria por ser tão só desde tão cedo, e sobrevivia com tal fato por anos e anos.

Decepção e decepção. Era o que o grande Sol recebia em sua vida destruída e acabada.

Sua vida era cheia de mágoas.

A vida era cruel ao escrever ambas as histórias – e a trama continuou se seguindo rejeitando o percurso que se seguia entre Sol e Girassol.

Sol se machucava; Girassol desejava o fim.

E continuou, continuou...

O Grande Sol continuou de cabeça erguida, sobrevivendo á solidão que se banhava em seu coração frágil. Uma máscara sempre escondendo sua real face.

O Pequeno Girassol era o contrário, deixando exposta sua tristeza no rosto, sendo rejeitado por todos os olhares. Mantém seu eu escondido. Esperando a morte lhe cumprimentar.

A vida não agüentou tal mágoa de ambos uniu-os numa noite especial – quase meia noite.

Tornaram-se amigos. A alegria voltou para o rosto frágil de Girassol, a felicidade iluminou mais uma vez Sol. Acolheram-se como se dois mundos se colidissem.

Os sentimentos ruins foram deixados para trás, deixando que a luz iluminasse tudo que era mais sagrado. Sol deixou-se de ser tão solitário; Girassol deixou-se de ser tão triste.

O Grande Sol voltou a brilhar sem sua máscara.

O Pequeno Girassol descongelou da escuridão do buraco.

Pois permaneciam unidas.

Mas a vida era cruel – podia tê-las unido pelo bem de ambas, mas as magoas de Sol e os pesadelos de Girassol voltaram a atormentá-las.

Sem como se erguerem e o medo de voltarem a serem, se apoiaram uma na outra. Segurando-se para que não caíssem no abismo que abria entre elas.

Não existia mais medo; era apenas o alivio por existir alguém que lhe acolhesse. Elas tinham uma amiga finalmente.

Girassol voltou a falar e escrever suas poesias; Sol voltou a atuar e ter amigos.

Girassol revelou que sua aparência é diferente de seu ser. Sol revelou que sempre cumprirá com sua palavra.

Choros voltavam e sumiam, não era mais um problema para as duas, pois tinham uma e a outra.

Elas alegam que nunca deixaram de ser irmãs, não importasse o que acontecesse – Girassol nunca permitira que rompesse, Sol dava sua palavra.

Um ano de longa amizade,

risos e choros,

e o dia especial chegou.

Esse é o presente de Girassol

Para Sol.

“Feliz Aniversário, Sol

Por todos esses meses de amizade

Nessa data especial, comemorando seu aniversário e um ano longo de felicidade que você deu-me, desejo-lhe o melhor de tudo

E que dure para sempre

– Girassol.”