A lua e as estrelas tinham um brilho especial aquela noite. Lucas e Eduarda permaneciam abraçados. Estavam vivendo a felicidade de sentirem-se completos pela primeira vez. Seus corpos estavam exaustos, mas traziam no rosto um sorriso lindo. Lucas fazia carinho nas costas dela.

“ Será que é assim que ficamos quando encontramos a pessoa certa? Eu quero me sentir assim pra sempre ” Ele pensava.

Eduarda estava tão feliz. Amava Lucas desde quando o conheceu e sempre teve aquela esperança guardada no coração de que ele a correspondesse algum dia. Sentia que estava sonhando, mas o perfume que exalava dele a fazia acreditar que tinha sido real.

Eles não falaram mais nada. Estava aproveitando cada segundo daquela felicidade. Sem perceber adormeceram.

Como era lindo sentir-se tão a vontade, tão entregue a outra pessoa e sentir que ela está tão entregue também.

Os raios solares foram pouco a pouco iluminado o quarto. Os dois permaneciam abraçados. Eduarda abriu os olhos com a claridade. No primeiro instante irritou-se, pois detestava acordar com aquela luz toda. Quando mexeu a cabeça percebeu que estava abraçada a Lucas.

Olhou para o rosto dele e não pode evitar o sorriso quando viu que ele formava um bico, lindo, com os lábios. Ele ainda dormia sereno.

Ela ficou aproveitando esse momento.

“Estou abraçada com ele” ela sorria.

Olhou para o corpo dele e percebeu que estavam descobertos pelo lençol. Decidiu levantar e ir até o banheiro. Moveu-se devagar para não acordá-lo. Sentou-se na cama, percebeu que o lençol estava quase caindo no chão, pegou-o com cuidado e enrolou-se. Levantou da cama e foi procurar suas roupas no chão.

Lucas mexeu-se na cama, olhou para o lado e não viu Eduarda, passou a mão no rosto e olhou para o quarto a procura dela, foi quando viu uma mulher linda com os cabelos vermelhos bagunçados e enrolada no seu lençol andando pelo quarto.

—Bom dia— ele disse sorrindo.

Eduarda tomou um susto e olhou para ele.

—Bom dia— ela disse

—O que você tá fazendo?— ele disse

—Indo tomar banho— ela corou, tinha suas roupas nas mãos.

Lucas sentou na cama e ficou a observando.

—Que foi?— ela perguntou

—Nada

—Porque tá me olhando?

—Porque você é muito linda— ele sorriu de lado, não tinha como não lembrar do que aconteceu.

Eduarda estava ficando cada vez mais corada e então resolveu ir de vez para o banheiro. Virou e foi andando. Quando ouviu a voz de Lucas.

—Espera— ela virou e olhou para ele.

Lucas estava sentado na cama, levantou e foi caminhando em sua direção completamente nu. Ela o olhou por completo rapidamente, mas tentou disfarçar.

—Que foi?— ela perguntou quando ele parou na sua frente.

Lucas sorriu, passou as mãos pela cintura dela e a beijou. Um beijo terno.

—Eu queria meu beijo de bom dia— ele disse quando parou o beijo.

—Bom dia— ela sorriu.

—A gente podia ficar mais um pouco deitado né?— ele disse.

Eduarda sorriu.

—Eu preciso tomar banho, leki— estava completamente corada, abraçava suas roupas junto ao corpo.

—Tá certo— ele sorriu.

—Du?— ele disse.

—Hum.

—Você...foi...você gostou?— ele perguntou, precisava saber se tinha sido tão bom pra ela quanto tinha sido para ele.

Eduarda sentiu o rosto queimar.

—Foi maravilhoso— ela o olhou nos olhos e ele pode ver o brilho que ela trazia neles.

Ela já tinha tido outras experiências, mas nunca tinha sido tão bom, tão intenso como foi com Lucas.

—Também achei perfeito— ele disse e lhe deu um selinho, seu coração tinha acalmado.

—Agora eu vou tomar banho, tá?!— ela disse e lhe beijou.

—Tá bom— ele a soltou, mas não deixou ela nem se mexer direito, puxou ela pela cintura e lhe deu um beijo carinhoso. Eduarda sorriu e finalmente ele permitiu que ela saísse dos seus braços.

Lucas estava realmente feliz. Tantas e tantas vezes imaginou aquela cena. Os dois acordando abraçados no seu quarto depois de uma noite de amor, ela sorrindo pra ele, tão apaixonada quanto ele sempre seria por ela.

Lucas deitou na cama novamente com um sorriso nos lábios.

“Eduarda, Eduarda...”

A garota de cabelos vermelhos entrou no banheiro, despiu-se e entrou debaixo do chuveiro. A água escorria pelo seu corpo e ela suspirava com cada lembrança. Sentia-se completa. Sentia-se mais mulher. Tinha-se entregado ao amor de sua vida. Sua felicidade era nítida.

Quando terminou seu banho, vestiu-se e saiu do banheiro encontrando Lucas ainda deitado na cama, só que agora vestia uma cueca. Ele a olhou e sorriu.

—Tá com fome, Du?— ele perguntou sentando-se na cama.

—Tô sim.

—Vou só tomar banho e vamos descer, tá?!— ele disse indo até ela.

—Será que Dona Marta vai gostar de me ver sentada na mesa junto com vocês?

—Não esquenta com a Dona Marta tá?! Ela vai ter que se acostumar, porque você vai estar sempre naquela mesa junto comigo. Aliás você já devia fazer isso faz tempo em leki.— ele passou a mão no rosto dela.

—É que sua família....

—Você é minha namorada, quero que se sente lá comigo, viu?!— ele segurou seu rosto e a beijou.

Lucas seguiu para o banheiro e Eduarda foi terminar de se arrumar pensando no que ele disse. Dona Marta com certeza não iria gostar daquilo, imagina se soubesse que o dois estão namorando, iria surtar. Eduarda suspirou olhando-se no espelho. Lembrou da segurança com que Lucas falava e resolveu ter coragem também. Não tinha medo de nada quando estava ao lado dele.

Lucas não demorou muito a sair do banheiro, arrumou-se enquanto Eduarda fingia que prestava atenção em seu celular deitada na cama.

—Vamos leki?— ele disse aproximando-se da cama.

Eduarda olhou para ele, depois para a porta do quarto.

—Vem, Du— ele sentou na cama.

—Vamos— ela disse e sentou-se também.

—Ei— ele a chamou – eu tô aqui com você— ele piscou pra ela.

—Eu sei— ela sorriu e moveu-se para levantar, mas Lucas a empatou. Ela o olhou sem entender.

—Que foi leki?— ela disse.

—Tô achando você muito séria— Lucas sorria de lado com cara de que iria aprontar algo – queria que você sorrisse mais, Du.

Sem dar tempo de reação para a garota, Lucas começou a fazer cosquinhas em sua cintura.

—Para leki!— Eduarda ria tentando o fazer parar.

—Que?— ele aumentava as cócegas.

—Para!— ela ria, mas ele não parava, então resolveu revidar, começou a fazer cócegas nele também.

O quarto foi preenchido pelas risadas deles. Lucas era mais forte e acabou deitando por cima dela, para que parasse de fazer cócegas nele. Eduarda tentava fugir, mas sem sucesso.

Lucas parou de fazer cosquinhas e ela olhou em sem olhos, ofegante de tanto dar risadas.

—Eu quero te ver feliz sempre— ele disse e a beijou.

Eduarda não sentia-se a vontade perto da família dele, mas era impressionante como Lucas sempre dava um jeito de a fazer se sentir bem. Ele, realmente, era o único que tinha esse poder.

Quando estavam juntos eram mais fortes que tudo, era como se os problemas não existissem. O amor deles iria resistir a qualquer contratempo para ficarem juntos. A felicidade plena transbordava deles, era como se uma luz emanasse de seus corpos, não era preciso dizer palavras para perceber isso.