Sem Limites escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos no mesmo dia! Isso mesmo, estou compensando vocês pela demora! Espero que gostem.



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Depois de explicar tudo a minha família, ligamos para a polícia. O detetive que estava à frente deste caso veio imediatamente ao nosso encontro. Ficou combinado que eu e Gustavo iriamos juntos ao mirante. Policiais disfarçados estariam em volta para nos proteger e assim que Gabriel desce as caras iria ser preso.

Dormi muito pouco, então no dia seguinte acordei com um péssimo humor. Tomei meu café da manhã, e me senti incomodada com o clima de apreensão que estava no ar. Ninguém queria que eu fosse. Não sabíamos se o nível de loucura do Gabriel estava igual ao do seu pai.

Quando terminei de comer, voltei para o meu quarto e deitei em minha cama. Hoje era quinta-feira e só teria que voltar a escola na segunda, para terminar de fazer as provas. Para me distrair peguei meus cadernos e comecei a estudar. Quase na hora do almoço, escuto batidas leves em minha porta. Levanto-me depressa e vou abrir.

– Oi. – disse Gustavo com um sorriso deslumbrante. Fiquei sem ar, ele estava lindo. Calça jeans preta, camisa branca, cabelo desgrenhado e mais cheiroso do que nunca. – Vai me deixar entrar ou vai ficar toda tarada me encarando? – perguntou malicioso.

– Entra. – disse com a voz fraca, o deixando entrar. Fechei a porta atrás de nos, e me sentei na cama.

– Nervosa com a aventura de hoje? –disse se deitando na cama ao meu lado.

– Sim e você? – perguntei. Sabia que ele ia dizer que não. Ele nunca perdia a pose de macho alfa.

– Claro que não, Gabriel esta meio fora de si, mas não é louco. Era um amigo muito leal antes dessa história toda. – disse confiante.

– Ele não é o mesmo cara que conhecemos. Como ele pode concordar com a história de prender a Susan? – disse indignada.

– Isso me pegou de surpresa também, foi uma decepção. – disse melancólico. Deitei-me ao seu lado e me virei de frente para ele.

– Relaxa, vamos acabar com isso hoje de uma forma ou de outra. – disse para anima-lo um pouco.

– E depois podemos ficar um tempinho juntos. – disse colocando uma de suas mãos em minha cintura.

– É o que quer? – perguntei com um sorriso inocente.

– Sim. – disse se aproximando de mais de mim. Então uma lembrança horrível veio a minha mente.

– E aquele beijo na Bárbara? – perguntei subitamente me afastando dele.

– Ana, ela começou a se lamentar pelo Gabriel e me disse que Susan estava viva, começou a chorar e quando eu me aproximei para abraça-la, ela virou seu rosto e me beijou. Foi tudo muito rápido, não sei se ela teve a intenção. – disse com um olhar compenetrado, me encarava e tinha uma voz firme. Naquele momento acreditei nele.

– Sente alguma coisa por ela? – perguntei desviando meu olhar do dele.

– Claro que não. – disse firme, se aproximou novamente de mim. Colocou uma de suas mãos em minha cintura e a outra em meu rosto.

– Tem certeza? – digo dando um sorriso tímido.

– Ana, eu te amo, e já te disse isso. – ele disse com firmeza, olhando em meus olhos.

– Também amo você. – disse baixinho. Ele aproximou seu rosto do meu e trocamos um beijo apaixonado. De repente a porta do quarto se abre de uma vez. Minha mãe ao nos ver ali deitados fica corada.

– Desculpem crianças. – ela diz tímida.

– Tudo bem mãe, não estávamos fazendo nada demais. – digo já me levantando. Gustavo também se levanta e nos dois a encaramos.

– Em que podemos lhe ajudar senhora? – diz Gustavo mais cavalheiro que o normal para quebrar o gelo.

– O almoço está pronto. Serena veio ficar conosco. Seu pai e John só vão poder vir a noite, estão trabalhando. – disse e continuou olhando o chão.

– Ok. Já vamos descer mãe. – disse esperando que ela saísse, o clima estava bem constrangedor ali. Ela entendeu a deixa, se virou e saiu pela porta. Eu e Gustavo nos olhamos e começamos a rir.

Descemos logo em seguida, Serena já estava comendo e minha mãe estava ao telefone.

– Oi Serena. – disse feliz em vê-la ali.

– Oi Ana. – ela se levantou para me abraçar e logo em seguida estendeu sua mão para Gustavo.

– Esse é o meu namorado Gustavo. Gustavo essa é minha madrasta Serena. – digo fazendo as apresentações. Notei que minha mãe deu um sorriso enorme ao ouvir a palavra namorado.

– É um enorme prazer conhece-lo. – disse Serena educada como sempre. Peguei dois pratos, dei um para Gustavo e fomos nos servir.

Almoçamos com o som da televisão ligada no jornal. Ficamos em silêncio. Sabia que em breve nos encontraríamos com Gabriel, mas não estava mais nervosa, com Gustavo junto não sentia medo. Quando terminamos de comer, voltamos para meu quarto.

Gustavo me contou o que aconteceu depois do meu sumiço, ele ficou desesperado, chamou a policia, avisou minha mãe, e ficou esperando noticias. Depois de uma conversa com Gabriel, em que ele disse que Gustavo não tinha motivos para se preocupar comigo, ele começou a suspeitar do amigo, o seguiu por dois dias e o viu entrar na mesma casa velha. Esperou anoitecer pulou o muro, quebrou uma janela e entrou na casa.

À medida que ele me contava sua história eu fui ficando impressionada, ele realmente se empenhou na minha busca e se arriscou muito entrando lá.

– E suas notas finais como foram? –perguntei mudando de assunto.

– Peguei média em tudo. Graças a você. – disse sorrindo para mim.

– Podia me ajudar a estudar um pouco? Acalma-me. – digo, já puxando os livros de volta para a cama.

– Tudo bem. – Gustavo respondeu. Começamos a estudar e ele me contou como foram as provas, quais matérias mais apareceram. As horas passaram depressa e mais ou menos as quatro, saímos de casa. Como não sabíamos se Gabriel estava vigiando a casa, não podíamos ir de carona com minha mãe.

Fomos até o ponto de ônibus e ficamos esperando. Depois de meia hora o ônibus apareceu, pegamos e descemos no centro. Pegamos o segundo ônibus às cinco horas em ponto e fomos para o mirante. Iriamos chegar em cima da hora, mas não tinha o que fazer. Transito durante a semana era infernal.

Quando faltavam dez minutos para as seis, descemos do ônibus. Caminhamos depressa em direção ao local combinado. Gabriel ainda não estava lá, então esperamos. Fiquei angustiada com essa espera. Um carro escuro aproximou-se de nos, a porta do carona foi aberta.

–Entrem? – ordenou Gabriel. Gustavo e eu nos entreolhamos. Nesse momento começou um movimento louco, policiais apareceram de todos os lados, apontavam suas armas em direção ao carro. Gabriel nos olhou cheio de ódio. Gustavo me puxou e saímos correndo dali. Eu pensei que Gabriel iria se entregar, mas ao invés disso ele fechou a porta e acelerou o carro. Estava cercado de todos os lados, não teria como escapar.

Ele tomou a pior atitude que podia imaginar. Gustavo ao perceber o que estava acontecendo correu em direção ao carro. Eu fui atrás dele para conte-lo. Mas já era tarde demais!


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Notas finais do capítulo

O que o doido do Gabriel vai fazer para escapar agora?
Fiquem curiosos.
Beijinhos



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