Angels of eternity escrita por Gabrielle Gurgel


Capítulo 2
O Jogo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, quero desejar a vcs um feliz natal e um prospero ano novo !!!
Demorei um pouquinho para postar mas aí está, mais um capítulo, espero que gostem !!



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Acordei super disposta e de bom humor. Ainda deitada na cama, olhando para o teto branco do meu quarto, começo a imaginar como será o jogo de hoje. O Vitor é o capitão do time, com certeza vai se destacar dos demais jogadores, e só de fofo vai dedicar uma cesta para mim. Sorri com o pensamento. Minha barriga roncou e decidi ir direto para a cozinha tomar café. Chegando lá, deparei-me com um cheirinho de queimado. Meu pai ainda usando seu pijama azul escuro, estava de pé diante do fogão com um avental branco na cintura, e uma frigideira na mão contendo algo escuro e cascudo dentro dela. Presumo que seja pão queimado. A cozinha estava muito bagunçada, com ovos quebrados e farinha espalhada na pia, a mesa da cozinha estava repleta de coisas; colheres, caixas de leite, pão, suco, serial, mel e muito mais. Papai viu que eu estava olhando a bagunça e falou sem jeito:

–Bom dia, filha. A sua mãe acordou atrasada para o trabalho e me deixou responsável pelo café da manhã. – Ele jogou a comida queimada no lixo e começou a arrumar alguns dos itens que estavam fora do lugar.

Minha mãe é enfermeira em um dos hospitais públicos da cidade. Na semana, ela tem tempo de preparar o café da manhã antes de ir trabalhar, mas às vezes o cansaço não a deixa levantar cedo da cama.

– Bom dia, pai. Bem, nesse caso, deixa que eu faço o lanche. Aquilo que o senhor queimou na frigideira era pão?

– Era sim, estava tentando fazer torrada- papai falou frustrado.

Prendi o cabelo num coque alto, lavei as mãos coloquei a mão na massa. Peguei pó de café e pus na cafeteira automática, limpei o fogão e fiz panquecas, espremi laranja na maquina elétrica para fazer suco, peguei algumas frutas na geladeira e bati o leite no liquidificador, e por fim fiz sanduiches de queijo e presunto. Quando terminei tudo e coloquei encima da mesa as cozinha. Estava cansada. Meu pai, sentado à mesa me olhava com orgulho “Minha filha será uma bela dona de casa” deve ter pensado. Que machista.

– Nossa! Filha, estou impressionado. Parabéns, agora você já pode casar! –sorriu e começou a se servir na mesa.

– Pai! Uma mulher não serve só pra cuidar da casa! Deixe de ser machista! – fiz uma careta e coloquei a vitamina de frutas em um copo grande decorado com a branca de neve e pus um canudo para Joulie beber melhor. - Vou levar essa vitamina pra Jhôu - Saí batendo os pés e subi a escada em direção ao quarto dela antes que ele pudesse dizer alguma coisa.

Joulie dormia profundamente na cama, toda enrolada, virada para o lado esquerdo da cama abraçada a um travesseiro. O quarto dela é decorado com tons de roxo e lilás, bem clarinho. As cortinas lilases estavam voando calmamente devido uma fresta aberta da janela. Sentei na beira de sua cama e peguei sua mão de leve, ela deu um gemido de sono e nem se mexeu, então falei calma e suavemente:

– Jhôu, está tarde e você precisa se alimentar. Trouxe uma vitamina de frutas pra você. – ela abriu os olhos, sentou na cama e eu estendi o copo, ela o pegou e começou a beber.

– Você parece uma bezerrinha, tomando leite da mamãe cabra. – o que realmente parecia, porque ela bebia rápido, de olhos fechados e muito sonolenta. Ela sorriu levemente ainda os lábios segurando o canudo.

– Obrigada pelo lanche, Jane – falou baixinho, com o cabelo inteiramente bagunçado e a boca suja de vitamina, que limpou com uma das mangas do pijama. Olhou para mim por alguns segundos e deitou novamente na cama para dormir de novo.

Voltei para a cozinha para tomar café, meu pai ainda estava lá comendo e sentei para acompanhá-lo. Ele não falou nada sobre mulheres, em vez disso discutimos sobre política. Nada normal para conversar em família. Subi para o quarto e liguei para Victor, meu namorado.

– Oi minha linda, bom dia! – falou animado

– Bom dia lindo, vai dar certo o jogo hoje? Convidei a Kills pra me fazer companhia durante o jogo.

– Vai sim, amor. Ela vai sozinha ou no carro com a gente?

– Sozinha, no carro dela.

– Então eu te busco aí 3 horas

– Okay, até mais, beijos! – Falei sorrindo

– Até, gatinha...

Desligamos o celular na mesma hora. Liguei para a Kells para confirmar e ela disse que ia para o jogo. Passei o resto do dia lendo artigos e assistindo programas sobre biologia, já que meu estágio começará em alguns dias no Laboratório de biologia do Oregon.

Na hora de me arrumar, tomei banho lavando o cabelo “Não se pode estar fedorenta para encontrar o namorado” vesti uma calça preta e minha blusa preferida de basquete, uma vermelha com o numero 36 na frente, (que é o numero do Victor) e o nome do time em cima, atrás tem o nome dele e embaixo, o desenho do mascote, uma raposa. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo para ficar visível a parte de trás da blusa. Fiz uma maquiagem bem leve, com um delineado gatinha e gloss cor de rosa nos lábios. Calcei minha bota preta e pus minhas coisas eu uma bolsa pequena da mesma cor. Em poucos instantes, ouço a campainha tocar, desço o mais rápido possível para atender a porta, abro e vejo um homem alto, de pele branca, com o cabelo loiro, liso, penteado para o lado. Vestido com a jaqueta do time de basquete, calça jeans e um tênis esportivo. Mostra-me um sorriso arrasador. Meu Victor. Ele esconde uma mão atrás de si e com a outra me puxa para um abraço. Seus braços são fortes e sua altura faz me sentir pequena. Levanto a cabeça para olhar e seus olhos, e duas bilas verdes cristalinos me fitaram de volta. Seus lábios encostaram-se aos meus delicadamente, fecho os olhos e permito-me apreciar o beijo, coloco minha mão em sua nuca e começo a acariciar seu cabelo macio. Seus beijos são calmos e apaixonados. Ele me olha intensamente e acaricia minha bochecha.

–Tinha esquecido o quanto você é linda... – Sorrindo, ele tira a mão oculta de trás dele e revela um buquê de rosas vermelhas para me entregar. – Do capitão do time para a sua princesa – Sorriu e entregou-me o buquê.

– Muito obrigada, meu lindo – Sorri de uma bochecha a outra e lasquei um beijo em sua bochecha.

Guardei as flores e fomos direto para o colégio, no carro dele. Chegando lá, muitas pessoas já haviam chegado, ex-alunos e professores conversavam pelo colégio todo, que por sua vez é muito grande se se parece com a East High School ( colégio do High School Musical ) com sua estrutura alta e um amplo espaço dentro “ Sim, eu assistia High School Musical quando era criança e adorava” entramos no ginásio, o Victor foi se trocar para o jogo e eu fui comprar pipoca e guardar o meu lugar e o de Kills na arquibancada. Pensando nela, ela chega. Acena de leve e vem na minha direção. Ela usa uma calça jeans, com uma blusa soltinha vermelha e a jaqueta do nosso time amarrada na cintura; ademais, o que não poderia faltar, é claro, o seu tênis all star preto.

– Hello – Kells fala antes de sentar ao meu lado

– It's me, I was wondering if after all these years – Cantei a música da Adele e rimos juntas

– Essa música destruiu nossas saudações – Kells falou comendo um pouco da nossa pipoca.

– O jogo começa em 15 minutos, como vai o emprego no circo? – perguntei

– Começa segunda feira, só de pensar me dá um frio na barriga, não é todo emprego que te oferece um tigre para cuidar... – ela falou pensativa

– O meu também começa segunda, tô estudando um pouco, pra refrescar a memória.

Ficamos conversando até o jogo começar. Iniciou com o time adversário dominando a bola, o uniforme deles são, azul claro com amarelo e o mascote é um urso. Logo o nosso time vermelho pega a bola e faz uma cesta, depois é a vez do adversário, o jogo segue equilibrado e o primeiro tempo termina com os dois empatados. Desço até a quadra para falar com o Victor, me encosto-me à barra, que separa a quadra da arquibancada e o chamo, ele estava bebendo água a alguns metros de distância. Ele vem para falar comigo.

– O jogo tá complicado, o Eric faltou, tivemos que substituí-lo. – Disse ofegante

– O importante hoje não é ganhar, e sim, se divertir. Todos nós vamos pra faculdade agora, esse jogo é uma despedida a ser lembrada- Sorri e passei a mão em seu calo, ignorando o suor

– Você sempre sabe o que dizer, mas sabe também o quanto nós somos competitivos. Precisamos ganhar. – ele me deu um selinho e foi em direção ao treinador que estava chamando os jogadores.

– BOA SORTE! –Gritei e acenei, ele acenou de volta.

Voltei para a arquibancada e sentei no meu lugar. Vi o Mathew, nosso amigo que chamou a Kills para vir ao jogo e ela o recusou. Ele é mediano, cabelos cacheados ruivos e muitas sardas no rosto, veste uma bermuda verde exercito e uma blusa listrada com uma jaqueta vermelha por cima. Ele estava andando em direção a uma rodinha de pessoas, quando me viu sentada, acenou para mim sorrindo e olhou para a pessoa ao meu lado, seu sorriso sumiu e fez uma cara de decepção, ele começou a vir em nossa direção.

–Kells, o Methew te viu e está vindo falar com você- falei fingindo procurar alguém do outro lado do ginásio. Uma onda de pânico invadiu o corpo dela.

– Ai Jane, e agora? Detesto ser rude com as pessoas, o que eu falo para ele?- ela cochichou ao meu ouvido também fingindo procurar alguém

– Um sábio uma vez falou: no jogo da vida, a verdade sempre triunfa. – falei olhando para ela. O Mathew estava perto, mas ainda conseguia nos ouvir.

– Ah, me deixa adivinhar, você leu essa frase escrita no mural da sua sala, quando estudávamos aqui – rimos.

– Sala de provas, para ser exata- brinquei. Mathew chegou e nos cumprimentou educado:

–Olá garotas, kelsey, Jane. Kelsey, se não queria vir comigo, era só falar, mas não precisava mentir dizendo que odeia basquete. – ele disse com um tom acusatório

– Mas eu odeio e não viria. Mas a Jane implorou que fizesse companhia a ela. – Kells falou na defensiva

– É verdade Math, O Victor tá jogando, eu ia ficar aqui sentada sozinha. – Fiz uma cara convincente, porque era verdade, oxe. Ele se deu por satisfeito e saiu.

– Ele é legal, mas estava dando em cima de mim antes do convite, tive que recusar educadamente. – ela confessou

– Seu príncipe encantado ainda vai chegar, Taylor Swift. – brinquei

– Eu não quero um príncipe encantado, eles não existem. O Victor se parece com um, mas ainda sim não é um deles. Que tipo de homem pega uma líder de torcida e a levanta para fazer piruetas no ar e cair em seus braços? Logo a mais atirada e atraente. - ela falou sem olhar para mim

– Ele nunca fez isso! – falei na defensiva

– Então olha – Kells apontou para ele, que estava com a menina nos braços para a segunda pirueta.

Meu coração apertou de leve, “Essa menina é linda e tem mais curvas que eu, mas são só umas piruetas no ar, a levantadora faltou, é uma de cabelo curto preto, que não está aqui.”

–Não vejo nada de mais nisso, Kills – falei calmamente.

O jogo prosseguiu por algum tempo empatado, quando finalmente nós fizemos uma cesta a mais. Victor recebeu a bola de outro jogador e fez uma cesta de lance livre, virou para mim e mandou um beijo, mandei outro para ele e fiz um coração com as mãos.

– Viu, não precisa se preocupar, eu não sou assim tão ciumenta – falei.

– Então tá – falou

Depois de muitas emoções finalmente ganhamos o amistoso, batalha dura, mas com sucesso. Assim que o juiz apitou todos nós levantamos e comemoramos. Victor foi posto nos ombros dos jogadores para exibir o capitão do time.

–ATENÇÃO!- Falou uma voz no microfone, era o diretor do colégio- Todos vocês estão convocados a celebrar o ultimo jogo de 2015 essa noite na minha casa, tenho muito orgulho desse time, ele me rendeu muitos troféus e bastante grana – Risos coletivos ecoaram em todas as direções, inclusive o diretor- Peguem seus exibíveis na saída, obrigada pela atenção. Virei para a Kills para falar com ela

–Nós temos que ir! – gritei em meio ao barulho

–Nós não. Vocês – Ela corrigiu


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Notas finais do capítulo

Então é natal ...
O ano novo também ...
que seja feliz quem ...
souber o que é o bem ...
Desejo muita saúde, felicidades e muitas coisas boas para vcs, sua família e seus amigos !!
FELIZ 2016 !! BJS NO CORAÇÃO



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