Ivy Greene escrita por WhoAmI


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo novinho pra vocês!!! Boa leitura :)
LEIAM AS NOTAS FINAIS



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/664116/chapter/7

– Não te dei a liberdade para um banho, Greene. – Malfoy disse encostado ao batente da porta com um sorriso maldoso.
Levei um susto, mas estava fraca de mais para reagir a qualquer coisa. Ao invés disso apenas soltei um gemido.
- Aqui, Greene. – Malfoy se aproximou e me estendeu uma toalha. Quando ele viu que eu não agüentaria me levantar sozinha. Abaixou se e esvaziou a banheira, logo enrolou a toalha em mim e me pegou no colo.
Ele me pôs na cama e me ajudou a secar.
- Tenho algumas roupas da minha mãe aqui, espero que sirva. – ele pegou uma trouxa de roupas depositadas na cama.
Juntei forças para colocar a blusa. Mas precisei da ajuda dele para por a calça. Estava odiando a ajuda dele, mas não podia negar, por enquanto eu precisava, enquanto juntava minhas forças. Ele me deitou mais uma vez na cama e percebi que trouxe mais uma tigela cheia de sopa.
Depois que a tigela e a garrafa de água estavam mais uma vez vazias e depositadas na mesinha de cabeceira eu encostei minha cabeça no travesseiro macio e vi Malfoy sair do quarto, me dando descanso. Não demorei para dormir.

Acordei com as energias renovadas. Não sei o que havia naquela sopa, mas meus músculos já pareciam fortes outra vez e minha vontade de correr e me mexer eram maiores que tudo. A porta se abriu e Malfoy entrou por ela com uma bandeja com um prato e um copo de suco de abóbora.
- A janta, Greene. – ele se aproximou e depositou a bandeja ao meu lado.
Eu dormira o dia todo.
Olhei para ele, e agora que sabia que conseguia, não deixei minha curiosidade escondida.
- Quem é você?
Ele levantou as sobrancelhas e logo colocou uma mão em minha testa.
- Não está com febre para estar delirando. – ele parecia preocupado.
Ri.
- Eu sei que é você, Malfoy. – respondi sua expressão se suavizou. – Apenas quero saber... Por que está me ajudando? Por que está cuidadoso? Não parece nem um pouco o garoto idiota e mesquinho que eu conheço.
Ele soltou um riso de lado.
- Eu sei... Mas... Não sei, eu... Acho que deveria, afinal... – ele tentou explicar.
-... Afinal por sua culpa estou aqui. – completei.
Ele abaixou o olhar e parecia arrependido.
- Não pensei que estivesse fugindo dos seqüestradores... Me desculpe.
- Claro que não, você apenas ficou no meu caminho por que tem que ser o mesmo imbecil de sempre! – soltei. Não dando atenção que ele estivesse se desculpando... Eu não me importava.
- É. – foi o que disse apenas.
Depois dessa ele me calou. O silêncio reinou no quarto. Depois de alguns minutos ele se levantou e antes de sair voltou-se para mim.
- Coma, precisa ficar forte. – em seguida bateu a porta.
Me senti um pouco culpada por ter falado aquelas coisas. Ele estava me ajudando, se não fosse por ele eu seria apenas um corpo jogado no porão e sem vida. Comi toda a comida e bebi o suco com vontade.
Malfoy não apareceu mais aquela noite. Não esperava realmente que viesse, não era típico dele. Nada disso era típico dele. Apenas deixei a bandeja na mesinha e me cobri. Meu corpo estava se recuperando ainda e logo adormeci outra vez.

Quando acordei, a bandeja já não estava lá. Mas Malfoy estava sentado em uma cadeira olhando para a janela. Dessa vez ele estava com suas típicas roupas escuras de grife e seu cabelo arrumado. Parecia mais o Malfoy filhinho de papai que eu conhecia.
Ele percebeu que eu acordei e soltou um sorriso fraco para mim.
- Finalmente, Greene. Achei que tivesse realmente dormido. – se aproximou. – Como está se sentindo?
- Melhor. – sorri fraco.
- Trouxe mais roupas se você quiser tomar banho. – apontou para a pilha na cadeira em que a pouco estava sentado.
- Obrigada.
Ficamos em silêncio. Eu não sabia o que falar, e nem sabia se queria falar algo. Até que me veio perguntas na cabeça.
- Malfoy. – chamei e ele me olhou.
- Hm?
- Por que me tirou do porão? – comecei com a primeira de muitas.
- Já te disse... Culpa. – disse como se fosse óbvio.
- Mas... Bellatrix e sua mãe... Elas sabem que me tirou de lá?
Ele ponderou a resposta por um momento.
- Não realmente... – ele procurava palavras. – Mas depois que a Bella te... Torturou – ele estremeceu. – minha mãe parou tudo, não agüentou ver o que ela estava fazendo com você. Ela tem o coração mole. – ele riu sem graça. – Depois disse que não daria de nada torturarmos você, já que estava claro que você não soltaria nada. Bellatrix quis logo te matar, mas mamãe apenas ordenou que te levassem para o porão. Eu que estava acompanhando tudo, peguei você lá depois que te deixaram.
- O que elas vão fazer se descobrirem o que você fez? – me preocupei.
- Tia Bella não vai ficar nenhum pouco feliz. Ela não pode descobrir que você está aqui de forma alguma. Antes disso, temos que tirar você daqui.
Me assustei. Me tirar daqui? Ele estava disposto mesmo a me libertar e trair a sua família? Se eles descobrissem, o que fariam com ele? O que Voldemort faria com ele?
- Você... você quer me ajudar? – meu coração foi se animando. Eu poderia viver afinal.
- Eu não vou conseguir dormir com essa porcaria de culpa, Greene. - ele respirou um pouco. – Não pense que estou fazendo isso por você. – por um segundo ele voltou a ser o garoto irritante que eu conheço. – Estou fazendo isso pela minha maldita consciência.
Tentei não me abalar com a sinceridade dele. Ele era o Malfoy! Não se pode esperar menos do que isso dele.
- Uau! Draco Malfoy tem uma consciência! Por um momento achei que estivesse amolecendo. – ri pelo nariz.
Ele também riu.
- Nunca, Greene.

Dois dias se passaram. Graças a Merlim ninguém me descobriu ali. Descobri que estava no quarto do Malfoy e segundo ele ninguém entrava ali. Então eu estava segura. Estávamos esperando a poeira abaixar pra que eu saísse. Bellatrix havia descoberto que eu não estava no porão e culpou Rabicho por isso. Saiu soltando azarações nele pela casa toda. Quando Malfoy me contou eu quase ri se não fosse não trágico. Ninguém havia me procurado por ali ainda. Todos achavam que eu havia de alguma forma conseguido aparatar. Mesmo que não tivesse forças suficientes para isso. Ele me pediu para esperar mais alguns dias e ai eu poderia estar livre.
Não diria que eu e o Malfoy estamos próximos... apesar de passarmos quase que o dia todo juntos, mesmo que nenhum dos dois fale nada. Na maioria das vezes ficamos lendo ou jogando xadrez bruxo. Ele já me pegou no banho duas vezes depois de ter me ajudado. Saí praticamente gritando com ele. Mas me lembrei de que estava ali em segredo e também estava sem minha varinha para soltar umas azarações naquele maldito. Ele vinha com a desculpa de que já havia me visto nua e que eu não precisava me preocupar. Acontece que eu estava quase morrendo, minha dignidade estava praticamente zero. Não era o meu caso agora, como se eu já não tivesse perdido muita parte dela, queria preservar o resto.
Infelizmente, e coloca um infelizmente bem grande. Tivemos que dormir na mesma cama. Ele disse que iria criar suspeitas se não dormisse no quarto. Já que era lá que ele passava a maior parte do seu dia. Ele estava era se aproveitando isso sim! Mas não pude discutir. Cada um ficava na extremidade da cama, e quando eu acordava no meio da noite quase colada com aquele idiota eu me distanciava o máximo possível até quase cair. O que aconteceu uma vez essa noite passa. Ainda sentia a minha bunda dolorida.
Estávamos jogando xadrez bruxo e, mais um vez, ele estava ganhando. Nem treinando todos os dias com o Rony eu conseguia ganhar dele. Lembrar de Rony fez meu coração apertar e meus olhos se encheram de lágrimas. Onde será que eles estavam? Como estavam? Já haviam conseguido alguma pista da próxima Horcrux?
A minha realidade bateu subitamente sobre mim. como uma forte punhalada em meu coração, me deixando praticamente sem ar. Eles não deviam estar melhores do que eu. Ao menos estavam juntos, quem eu tinha? Draco Malfoy, o filhinho de papai metido e egocêntrico que teve um sentimento de ódio recíproco comigo durante seis anos da nossa vida em Hogwarts. Oh, meu Merlin, eu estava tão ferrada.
Por sorte, e apenas isso, eu ainda estava viva, escondida no quarto da última pessoa que eu esperasse que iria me ajudar, e contando cada segundo como se fosse o último. O que meus pais falariam se me vissem assim? Onde eles estão afinal? Será que encontraram um lugar seguro dos Comensais? Oh, senhor! Misericórdia dessa pobre alma.
Malfoy percebeu que minha expressão mudou de irritada por estar perdendo para amargurada.
- O que há, Greene? Não diga que esta irritada ao ponto de chorar. – ele riu quando olhei para ele com os olhos cheios de lágrimas.
Não respondi, ao contrário apenas fiz outra pergunta.
- Malfoy. Por que você se tornou um Comensal? – soltei sem filtro algum.
Por que eu estava perguntando isso? Nem eu sei ao certo. Talvez por querer desesperadamente mudar de assunto. Se eu mentisse ele saberia e ficaria no meu pé até que eu soltasse, ou talvez não, ele simplesmente poderia agir como o Malfoy que eu conheço e não se importar com minhas preocupações e minhas dores. Ao contrário, se eu falasse a verdade eu arriscaria chorar até minhas lágrimas secarem, e não sei ao certo se estou preparada para ter esse momento tão frágil perto do Malfoy. Nem se ele estava preparado para me consolar dessa forma, mesmo depois de tudo que ele tem feito por mim. E a minha terceira hipótese, eu realmente estava curiosa, por causa de tudo que ele tem feito por mim. Antes eu achava que ele seguia os passos da família por ser o Malfoy que se apresentou como frio, ridículo, egocêntrico, insuportável e com uma enorme tendência a se animar com a infelicidade dos outros. Esse era o Malfoy que eu conhecia, com o caminho já trilhado às forças das trevas devido ao seu caráter. Mas nos últimos dois dias ele se mostrou uma pessoa menos detestável. Ele estava menos irritante, as vezes preocupado, e eu começava a ver algo a mais em seu olhar. Esse lado do Malfoy eu não conhecia. E não sei ao certo se confiava mais do que em seu outro lado. Mas confesso que queria conhecê-lo mais. E agora, parecia uma hora aceitável para começar a solucionar todas as minhas dúvidas sobre aquele loiro.
Ele se assustou com a pergunta. Ficou uns minutos me encarando e, vendo que eu não ia voltar atrás, ele suspirou.
- Temos que escolher um lado, Greene. Eu apenas escolhi o vencedor. – deu um sorriso presunçoso. Pelo que percebi nesses dois dias, um sorriso falso.
Ele mentiu.
Eu sabia que não conseguiria uma resposta honesta dele. Não tínhamos essa relação. Então apenas assenti conformada. Malfoy não me deixaria penetrar ele com tanta facilidade. Então movimentei minha rainha.
- Xeque-Mate. – Malfoy ganhou mais uma vez com um sorriso.
Bufei e fui me deitar na cama. Ele estranhou eu ter ficado quieta dessa forma, mas apenas deu de ombros e saiu do quarto sem falar nada.
Quando ele saiu pude deixar toda a tristeza que guardei à sete chaves vir para a superfície e deixei lágrimas escaparem e me vi soluçando até apagar.

Fui acordada com fortes empurrões. Abri os olhos resmungando e vi Malfoy olhando para mim com seus olhos cinza arregalados. Ele estava assustado. Até que percebi que não era ele quem me acordava. Olhei para o dono das mãos e Narcisa me olhava com seus olhos negros e seu rosto fino.
A única coisa que pensei: acabou.
- Pode me dizer o que é isso, Draco? – a sua voz, apesar de nervosa, estava baixa. Ela parecia não querer que ninguém ouvisse.
Ele não soube responder, estava estático à beira da cama.
- No começo eu não suspeitei de nada. Até que percebi umas roupas minhas faltando, então estranhei e fiquei de olho. Até que passei a ouvir os barulhos vindos desse quarto. E você sempre foi muito quieto. – ela continuou sem realmente esperar uma resposta dele.
Fiquei rapidamente de pé, e automaticamente, minhas pernas me levaram para atrás de Malfoy, onde senti, estranhamente, que estavam protegida. Ele cerrou os punhos. Estávamos ferrados!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

OhOh... O que vai acontecer com a nossa pobre Ivy??
Infelismente tenho uma notícia ruim :/ Meu note simplesmente decidiu me deixar na mão, graças a Deus, não antes que eu pudesse salvar os meus capítulos já escritos em um pendrive, vou ficar sem ele por um tempo e mexer no pc da minha casa é realmente um saco. Já deixarei um capítulo programado para amanhã, tentarei ao máximo continuar com os meus capítulos diários, infelismente não prometo nada :/ mas vou mandar o note para o conserto e jájá ele está em minhas mãos de novo!! Como podem ver também, o meu computador deixa o formato do texto horrível e é terrível para mexer, desculpe :/
Até o próximo capítulo! Comentem :)))



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ivy Greene" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.