Enquanto isso, Astrid estava dormindo profundamente no hospital, ela estava pálida, sem forças, apenas dormia. Valka estava ao seu lado, segurando uma de suas mãos e assim como o Soluço, ela estava esperando um milagre. Valka estava tão abatida e preocupada com a Astrid que nem reparou que o Alvin e a Rebeca estavam parados na porta do quarto.

— Senhora Strondus – Chamou Alvin – Podemos falar com a senhora?

Alvin e Rebeca explicaram a Valka tudo o que estava acontecendo e Valka ficou pasma ao saber o que o Soluço havia feito para salvar a vida da Astrid, ela não sabia o que pensar, seu filho invadiu um hospital armado e fez vários pacientes reféns só para salvar a vida da Astrid.

— É tudo culpa minha – Falou Valka após ouvir toda a história – Quando o hospital falou que iam dar alta pra Astrid, eu gritei com o Soluço e disse para ele fazer alguma coisa, mas...eu nunca...pensei – Valka começou a chorar.

— Eu sei, ele é um homem violento senhora Strondus? – Perguntou Alvin.

— Não, não, o Soluço não machucaria uma mosca – Respondeu Valka.

— Não é o que parece, ele estava falando em matar pessoas – Explicou Alvin – Ele foi militar ou algo assim? – Perguntou Alvin e Valka começou a entender o motivo deles estarem ali.

— Ah, entendi o que está acontecendo, vocês querem que eu fale alguma coisa para usarem contra o meu filho – Falou Valka com um sorriso sarcástico.

— Ele já está encrencado senhora Strondus, precisamos que fale com ele – Explicou Alvin calmamente.

— Vamos deixar uma coisa bem clara! – Falou Valka em um tom elevado – Não pode me usar pra montar um caso contra o meu filho! Eu o apoio em tudo o que ele faz, eu estou do lado dele, não do seu!

— Senhora Strondus... – Começou Rebeca.

— E você não fale comigo! – Valka se dirigiu a Rebeca – Eu diria o que eu penso de você, mas eu sou uma mulher descente! – Falou Valka e todos ficaram em silencio – Agora, se me dão licença, eu estou com uma pessoa doente pra cuidar – Falou ela se retirando.

— Eu coloquei no nome da Astrid na lista de transplante – Falou Rebeca fazendo Valka parar – O hospital vai pagar por tudo.

— Verdade? – Perguntou Valka e Rebeca assenti coma cabeça – Obrigada! – Falou Valka a abraçando e Alvin olha para Rebeca com um sorriso maligno.

Um tempo depois, Alvin e Rebeca deixaram Valka a sós com a Astrid e saíram do hospital, Alvin sorriu para Rebeca por ela ter se saído tão bem no que eles planejaram.

— Você é boa, que performance, um abraço confortador, um olhar sincero, por um minuto, eu quase acreditei que você se importasse mesmo – Falou Alvin feliz por tudo estar ocorrendo como o planejado.

— É – Falou Rebeca abaixando a cabeça e começando a pensar no que o Alvin disse.

Enquanto isso, do lado de fora do hospital, multidões enormes se formaram em volta do hospital onde Soluço estava, todos ficaram sabendo da história e se comoveram tanto que resolveram ir até o hospital ver o desfeche dessa história. Enquanto isso, Derek cobria tudo o que estava acontecendo para o jornal local e encontrou um dos vizinhos de Soluço entre a multidão e o entrevistou.

— ...aqui perto de mim está James Thompson, amigo e vizinho de Soluço, senhor Thompson, o que pode nos dizer sobre o Soluço – Perguntou Derek dando o microfone para o James.

— Eu vou ser honesto com você, essa coisa toda é uma droga, tudo podia ter sido evitado facilmente, nada disso teria acontecido se o Soluço fosse um milionário. O Soluço não entende que o que manda nesse país são os valores, o valor é o que importa, tem gente que tem e tem gente que não tem. Dentro do hospital temos os pacientes que tem sorte e os que não tem. Tem muita gente que não tem 250 mil dólares na conta, humilhar um homem assim e se recusar a salvar a vida de alguém me parece...tem alguma coisa errada nisso tudo – James explicou sua opinião.

James era o amigo de longa data de Soluço, se conheceram no ensino médio e até hoje são amigos. Eles sempre foram achegados e James sempre considerou Soluço como um herói, alguém que faz de tudo pelo seu próximo e hoje, mais do que nunca, James vê o Soluço como um herói e espera que ele consiga salvar a vida de sua namorada.

Enquanto isso, todos que estavam no hospital estavam vendo essa entrevista e Soluço ouviu cada palavra de seu amigo.

— Se o senhor pudesse olhar para câmera e falar com o Soluço, o que você diria? – Perguntou Derek.

— Estou do seu lado cara, tome cuidado – Respondeu James e Soluço sorri com o apoio de seu amigo e em seguida olha para o relógio, 5:05.

Enquanto isso, fora da cidade, uma ambulância chegou no local do acidente de carro e retiraram o corpo da pessoa que estava no carro. Era uma mulher jovem, de 27 anos aproximadamente, ela sofreu uma pancada forte na cabeça e isso foi apontado como a causa da morte.

Enquanto isso, Drago estava reunido com vários homens nos fundos do hospital, pronto para colocar seu plano em ação.

— Drago! – Gritou Alvin se aproximando deles.

— Não fala nada! Eu não quero ouvir o que você tem a dizer! – Falou Drago de frente para o Alvin.

— Seu desgraçado! Agindo pelas minhas costas! – Gritou Alvin.

— O que você queria, olha a hora! O cara falou que as 5:15 ia começar a matar as pessoas! – Gritou Alvin.

— Mas isso é uma estupidez!

— Você tem uma ideia melhor?!

— Não, mas essa é uma péssima ideia!

— Escuta! Agora eu tenho uma chance de pega-lo e é isso que eu vou fazer!

— A mãe dele concordou em falar com ele, deixe ela falar!

— É isso que eu vou fazer!

— Vai usar a mãe para acabar com ele?!

— Sim! Deixa eu te explicar! Temos um cara lá dentro que vai começar a matar os reféns e não vamos dar o que ele quer! Ele não vai ganhar! Eu não vou deixar!

— E você vai o matar?!

— Sim! Eu posso viver com a morte de um cara mau, mas não com um inocente que sai ferido! Outra coisa Alvin, você está fora!

— O que?!

— Você está dispensado! Eu vou cuidar disso agora! – Falou Drago dando as costas para o Alvin.