Ps:Te Odeio escrita por Follemente
Notas iniciais do capítulo
Desculpem o atraso
Boa leitura
COMENTEM!!
O filme acabou quase 02h: 00min. Já estava deitada, mas não conseguia pegar no sono de tanto medo. Fico encarando a porta de cinco em cinco minutos. Já cobri e descobri a cabeça várias vezes.
“Como se isso fosse me proteger”
Desisto de tentar dormir. Vou até a cozinha ver se tem algo, para eu comer. A falta de sono pode ser fome. Abro a geladeira e pego a jarra de suco e coloco um pouco para mim. Quando vou devolver a jarra para a geladeira, me assusto com um barulho vindo de baixo da mesa e acabo deixando a jarra cair no chão e quebrando em vários pedacinhos.
Nem ligo muito pra jarra, estou mais preocupada com o barulho. Vou até a mesa e olho em baixo da mesma.
—- Ham querendo me assustar não é? – digo pegando ele no colo – Agora vou ter que limpar! – digo colocando ele no chão.
Começo tirar os caquinhos do chão, com cuidado para não me cortar. Coloco os caquinhos na sacolinha. Quando estou pra colocar o último caco levo outro susto
—- O que você está fazendo? – é João
—- João! – o repreendo olhando para minha mão – Você fez eu me cortar. – digo apertando a mão que não para de sangrar
—- Não foi minha intenção. – ele diz abaixando na minha frente
—- Estou perdendo muito sangue. – digo fazendo drama
—- Não seja exagerada Maria é só um corte. – ele diz – É só lavar e fazer um curativo. – ele diz levantando. Levanto logo em seguida
Vou até a pia e deixo a água escorrer pela minha mão, levando o sangue junto. Aperto os olhos cada vez que a água bate, por causa do ardor. Desligo a pia e observo a mão voltar a sangrar
—- Não quer parar de sangrar. – digo voltando a lavar a mão
—- Ai meu Deus! Será que é grave? Será que você vai morrer? – ele diz ironizando
—- Ah, não seja palhaço. – digo
—- Deixa-me ver. – ele diz pegando minha mão – Ah, não foi um corte tão fundo.
—- E por que não para de sangrar? – pergunto apertando a mão
—- Porque você não para de apertar a mão. – ele diz – Vou ver se tem algo para fazer um curativo.
—- Ah, muito obrigada! – digo lavando ainda lavando a mão
Ele sai por alguns minutos e logo volta com uma caixa.
—- Não sabia que tinha caixa de primeiros socorros aqui. – digo – Minha mão já está ficando enrugada de tanto ficar na água. – digo desligando a água
Pego um pano e seco a minha mão
—- Não aperta. – digo quando ele pega a minha mão
—- Não vou. – ele diz pegando o algodão e passando por cima corte.
Não demora, para ele terminar o curativo. Depois de terminar o curativo, termino de limpar o que sujei. Depois de tudo limpo:
—- Deixa-me adivinhar: você ficou com medo do filme, não conseguiu dormir e por isso acabou derrubando a jarra. – ele diz olhando a geladeira
—- Não foi nessa ordem. – digo sentando no balcão – E eu não fiquei com medo do filme. Só perdi o sono.
—- Sei. – ele diz colocando agua no copo
—- E você por que acordou? – pergunto
—- Acordei com você fazendo deixando a jarra cair. – ele diz – Mas já tenho que voltar a dormir. – ele diz colocando o copo na pia – E se eu fosse você tentava dormir também.
—- Não consigo tirar o filme da cabeça. – digo apoiando o rosto sobre a mão
—- É só um filme Maria. – ele diz indo para porta – Boa noite. – ele diz saindo da cozinha
Olho para o relógio que tem na cozinha, que marca exatamente 03h: 45min da madrugada. Preciso dormir. Desligo as luzes e volto para meu quarto. Tento dormir novamente. Demoro alguns minutos para pegar no sono, mas finalmente consigo dormir.
***
POV JOÃO
Não consigo me concentrar em nada. Meus olhos estão fechando sozinho. Estou com muito sono. Não aprestei atenção em nenhuma das reuniões hoje.
—- Quer um travesseiro João? – Arthur pergunta
O encaro confuso
—- Está quase dormindo em cima da mesa. – ele diz encostando-se à cadeira
—- Ah, dormi quase nada hoje. – digo passando a mão no rosto
—- A noite estava tão agitada assim? – ele diz brincando
Balanço a cabeça negativamente
—- A Maria ficou assistindo filme de terror até tarde ontem. – começo – Ai ela não conseguiu dormir, quebrou uma jarra, se machucou e acabou me acordando. – digo levantando
—- É foi uma noite agitada. – ele diz girando na cadeira
—- E como se não bastasse, ela levou um cachorro pra casa. – digo
—- Um cachorro? – ele pergunta
—- É um cachorro. – repito
—- E eu ainda tenho que escolher meu terno hoje. – digo passando as mãos pelo cabelo
—- Cara eu acho que você está muito tenso. – ele diz levantando – O que tem haver cachorro e terno? – ele pergunta rindo
—- Ah, você acha? – pergunto – Como não vou estar tenso? Vou me casar daqui a dois meses. – digo voltando a sentar
—-Não é o fim do mundo. – ele diz
—-Não mesmo. – digo – Mas é quase. – digo mexendo em alguns papeis – Pode pegar café pra mim? – pergunto
—- Não sou sua secretaria. – ele diz cruzando os braços – Pede pra Daniele – ele diz sorrindo
O encaro serio
—- Ok! Já vou pegar. – ele diz indo até a porta – Ah, que horas você vai ver o terno? – ele pergunta
—- Daqui a pouco. – digo – Por quê? – o encaro
—- Tenho que ir ver o meu também né? – ele diz ajeitando a gravata – Quero ser um padrinho estiloso
Sorriu baixando a cabeça e balançando negativamente
Ele sai e eu volto a ler os papeis
POV MARIA
Já experimentei uns cinco vestidos, não gostei de nenhum. Quer dizer até gostei, mas Guido disse que é muito simples e cismou que eu tenho que casar com um vestido de princesa, cheio de renda, brilho, pedrinhas brilhantes e toda “papagaiada”. Não que eu tenha algum preconceito com quem goste não longe de mim. O problema é que eu não gosto mesmo.
—- Guido, pelo amor de Deus, não. – digo me olhando no espelho com um dos vestidos – Estou parecendo um bolo
—- Não está não. – ele diz cruzando os braços – Está divina.
—- Está linda senhora. – diz uma a mulher que está me ajudando a escolher o vestido. Quer dizer ajudando o Guido, porque ninguém me escuta.
—- Maria. – digo – E não, não estou linda, muito menos divina. Pareço um bolo. – digo descendo do pufe
—- Tem razão. – Guido diz – Não tem um mais clássico e menos redondo? – ele pergunta para a mulher
Magda o nome dela. Ela está visivelmente cansada de pegar vestidos. E eu cansada de experimentar. Se eles tivessem aceitado o vestido que eu escolhi. Agora eu estaria em um fast food, fazendo um almoço delicioso, de hambúrguer e bata-frita. Não aqui experimentando vestido.
Magda volta com um outro vestido, de mangas compridas de renda, pedrinhas na parte da barriga, com a calda enorme e mais renda.
—- A única diferença desse para o outro é que esse tem manga. – digo analisando o vestido – Vocês tem um fascínio por rendas não é? – digo olhando para Magda
—- Ah, a senhora não gosta? – ele pergunta
—- Maria, só Maria. – digo – Não é que eu não goste, mas todo vestido tem que ter renda?
—- Maria, renda é divino. – diz Guido – E esse vestido é perfeito
—- Continuo parecendo um bolo. – digo – Agora um bolo brilhante – digo passando a mão pela pedrinha
Guido e Magda balançam a cabeça. E mais uma vez desço do pufe para tirar o vestido e experimentar outro.
Magda aparece com outro vestido
—- Ótimo agora pareço um presente. – digo me referindo ao enorme laço atrás do vestido
—- Maria você é a noiva mais chata que existe. – diz Guido – Esse vestido é perfeito.
—- Não é estou parecendo um... – sou interrompida
—- Um embrulho de presente. – ouço uma voz atrás de mim e me viro
Sorrio ao achar alguém que concorda comigo.
—- João o que faz aqui? – Guido se desespera
—- Quem é ele? – Magda me pergunta
—- O cara que vai casar comigo. – digo a olhando
—- Ai meu Deus! – ele diz – O noivo não pode ver a noiva antes do casamento
—- E por que? – João pergunta
—- Porque dar azar João. – Guido diz e eu e João começamos a rir
—- Azar? – repito – O meu casamento com o João já é o próprio azar. – digo voltando a virar para o espelho
—- Exatamente. – ele concorda
—- E outra. Não vou me casar com esse vestido. – digo descendo do pufe
—- Graças a Deus. – João diz – Esse vestido é horrível. E em você ficou pior
Estiro a língua pra ele
—- Vocês com certeza é o casal mais esquisito que já vi. – diz Magda sentando no sofá
—- O que faz aqui João? – pergunta Guido
—- A loja onde escolhi meu terno é ali do lado. – ele diz sentando no sofá – Estão aqui desde que horas? – ele pergunta
—- Desde as 09h: 00min da manhã. – digo suspirando
—- E ainda não escolheram? – ele pergunta
—- João escolher vestido de noiva não é fácil ok? – Guido responde
—- Eu já escolhi. – digo – Só que eles não aceitaram.
—- O que você escolheu, não tem nenhuma, renda nenhum brilho, nenhum nada. – diz Guido – É muito simples
—- Mas que vai casar não é a Maria? – diz João – Posso ver o vestido
—- Claro. – digo olhando para Magda que entende o recado e vai pegar o vestido para mim
O vestido que escolhi realmente, não tem brilho, não tem renda. É liso, tomara que caia, o primeiro vestido que vi e gostei.
—- Está vendo João é muito... – Guido começa mais é interrompido
—- É lindo. – João diz – Como não escolheu esse primeiro? – ele diz levantando
Sorrio
—- É bonitinho. Podia ter um brilho, uma... – Guido começa, mas o interrompo.
—- Não precisa ter nada Guido. – digo – É perfeito. E vai ser esse.
—- Aprovadíssimo. – diz João cruzando os braços
—- Graças a Deus que já escolheu. – diz Magda levantando
Rimos
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
COMENTEM