Ps:Te Odeio escrita por Follemente


Capítulo 34
Vestidos de noiva


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso
Boa leitura
COMENTEM!!



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O filme acabou quase 02h: 00min. Já estava deitada, mas não conseguia pegar no sono de tanto medo. Fico encarando a porta de cinco em cinco minutos. Já cobri e descobri  a cabeça várias vezes.

Como se isso fosse me proteger”

Desisto de tentar dormir. Vou até a cozinha ver se tem algo, para eu comer. A falta de sono pode ser fome. Abro a geladeira e pego a jarra de suco e coloco um pouco para mim. Quando vou devolver a jarra para a geladeira, me assusto com um barulho vindo de baixo da mesa e acabo deixando a jarra cair no chão e quebrando em vários pedacinhos.

Nem ligo muito pra jarra, estou mais preocupada com o barulho. Vou até a mesa e olho em baixo da mesma.

—- Ham querendo me assustar não é? – digo pegando ele no colo – Agora vou ter que limpar! – digo colocando ele no chão.

Começo tirar os caquinhos do chão, com cuidado para não me cortar. Coloco os caquinhos na sacolinha. Quando estou pra colocar o último caco levo outro susto

—- O que você está fazendo? – é João

—- João! – o repreendo olhando para minha mão – Você fez eu me cortar. – digo apertando a mão que não para de sangrar

—- Não foi minha intenção. – ele diz abaixando na minha frente

—- Estou perdendo muito sangue. – digo fazendo drama

—- Não seja exagerada Maria é só um corte. – ele diz – É só lavar e fazer um curativo. – ele diz levantando. Levanto logo em seguida

Vou até a pia e deixo a água escorrer pela minha mão, levando o sangue junto. Aperto os olhos cada vez que a água bate, por causa do ardor. Desligo a pia e observo a mão voltar a sangrar

—- Não quer parar de sangrar. – digo voltando a lavar a mão

—- Ai meu Deus! Será que é grave? Será que você vai morrer? – ele diz ironizando

—- Ah, não seja palhaço. – digo

—- Deixa-me ver. – ele diz pegando minha mão – Ah, não foi um corte tão fundo.

—- E por que não para de sangrar? – pergunto apertando a mão

—- Porque você não para de apertar a mão. – ele diz – Vou ver se tem algo para fazer um curativo.

—- Ah, muito obrigada! – digo lavando ainda lavando a mão

Ele sai por alguns minutos e logo volta com uma caixa.

—- Não sabia que tinha caixa de primeiros socorros aqui. – digo – Minha mão já está ficando enrugada de tanto ficar na água. – digo desligando a água

Pego um pano e seco a minha mão

—- Não aperta. – digo quando ele pega a minha mão

—- Não vou. – ele diz pegando o algodão e passando por cima corte.

Não demora, para ele terminar o curativo.  Depois de terminar o curativo, termino de limpar o que sujei. Depois de tudo limpo:

—- Deixa-me adivinhar: você ficou com medo do filme, não conseguiu dormir e por isso acabou derrubando a jarra. – ele diz olhando a geladeira

—- Não foi nessa ordem. – digo sentando no balcão – E eu não fiquei com medo do filme. Só perdi o sono.

—- Sei. – ele diz colocando agua no copo

—- E você por que acordou? – pergunto

—- Acordei com você fazendo deixando a jarra cair. – ele diz – Mas já tenho que voltar a dormir. – ele diz colocando o copo na pia – E se eu fosse você tentava dormir também.

—- Não consigo tirar o filme da cabeça. – digo apoiando o rosto sobre a mão

—- É só um filme Maria. – ele diz indo para porta – Boa noite. – ele diz saindo da cozinha

Olho para o relógio que tem na cozinha, que marca exatamente 03h: 45min da madrugada. Preciso dormir. Desligo as luzes e volto para meu quarto. Tento dormir novamente. Demoro alguns minutos para pegar no sono, mas finalmente consigo dormir.

***

POV JOÃO

Não consigo me concentrar em nada. Meus olhos estão fechando sozinho. Estou com muito sono. Não aprestei atenção em nenhuma das reuniões hoje.

—- Quer um travesseiro João? – Arthur pergunta

O encaro confuso

—- Está quase dormindo em cima da mesa. – ele diz encostando-se à cadeira

—- Ah, dormi quase nada hoje. – digo passando a mão no rosto

—- A noite estava tão agitada assim? – ele diz brincando

Balanço a cabeça negativamente

—- A Maria ficou assistindo filme de terror até tarde ontem. – começo – Ai ela não conseguiu dormir, quebrou uma jarra, se machucou e acabou me  acordando. – digo levantando

—- É foi uma noite agitada. – ele diz girando na cadeira

—- E como se não bastasse, ela levou um cachorro pra casa. – digo

—- Um cachorro? – ele pergunta

—- É um cachorro. – repito

—- E eu ainda tenho que escolher meu terno hoje. – digo passando as mãos pelo cabelo

—- Cara eu acho que você está muito tenso. – ele diz levantando – O que tem haver cachorro e terno? – ele pergunta rindo

—- Ah, você acha? – pergunto – Como não vou estar tenso? Vou me casar daqui a dois meses. – digo voltando a sentar

—-Não é o fim do mundo. – ele diz

—-Não mesmo. – digo – Mas é quase. – digo mexendo em alguns papeis – Pode pegar café pra mim? – pergunto

—- Não sou sua secretaria. – ele diz cruzando os braços – Pede pra Daniele – ele diz sorrindo

O encaro serio

—- Ok! Já vou pegar. – ele diz indo até a porta – Ah, que horas você vai ver o terno? – ele pergunta

—- Daqui a pouco. – digo – Por quê? – o encaro

—- Tenho que ir ver o meu também né? – ele diz ajeitando a gravata – Quero ser um padrinho estiloso

Sorriu baixando a cabeça e balançando negativamente

Ele sai e eu volto a ler os papeis

POV MARIA

Já experimentei uns cinco vestidos, não gostei de nenhum. Quer dizer até gostei, mas Guido disse que é muito simples e cismou que eu tenho que casar com um vestido de princesa, cheio de renda, brilho, pedrinhas brilhantes e toda “papagaiada”. Não que eu tenha algum preconceito com quem goste não longe de mim. O problema é que eu não gosto mesmo.

—- Guido, pelo amor de Deus, não. – digo me olhando no espelho com um dos vestidos – Estou parecendo um bolo

—- Não está não. – ele diz cruzando os braços – Está divina.

—- Está linda senhora. – diz uma a mulher que está me ajudando a escolher o vestido. Quer dizer ajudando o Guido, porque ninguém me escuta.

—- Maria. – digo – E não, não estou linda, muito menos divina. Pareço um bolo. – digo descendo do pufe

—- Tem razão. – Guido diz – Não tem um mais clássico e menos redondo? – ele pergunta para a mulher

Magda o nome dela. Ela está visivelmente cansada de pegar vestidos. E eu cansada de experimentar. Se eles tivessem aceitado o vestido que eu escolhi. Agora eu estaria em um fast food, fazendo um almoço delicioso, de hambúrguer e bata-frita. Não aqui experimentando vestido.

Magda volta com um outro vestido, de mangas compridas de renda, pedrinhas na parte da barriga, com a calda enorme e mais renda.

—- A única diferença desse para o outro é que esse tem manga. – digo analisando o vestido – Vocês tem um fascínio por rendas não é? – digo olhando para Magda

—- Ah, a senhora não gosta? – ele pergunta

—- Maria, só Maria. – digo – Não é que eu não goste, mas todo vestido tem que ter renda?

—- Maria, renda é divino. – diz Guido – E esse vestido é perfeito

—- Continuo parecendo um bolo. – digo – Agora um bolo brilhante – digo passando a mão pela pedrinha

Guido e Magda balançam a cabeça. E mais uma vez desço do pufe para tirar o vestido e experimentar outro.

Magda aparece com outro vestido

—- Ótimo agora pareço um presente. – digo me referindo ao enorme laço atrás do vestido

—- Maria você é a noiva mais chata que existe. – diz Guido – Esse vestido é perfeito.

—- Não é estou parecendo um... – sou interrompida

—- Um embrulho de presente. – ouço uma voz atrás de mim e me viro

Sorrio ao achar alguém que concorda comigo.

—- João o que faz aqui? – Guido se desespera

—- Quem é ele? – Magda me pergunta

—- O cara que vai casar comigo. – digo a olhando

—- Ai meu Deus! – ele diz – O noivo não pode ver a noiva antes do casamento

—- E por que? – João pergunta

—- Porque dar azar João. – Guido diz e eu e João começamos a rir

—- Azar? – repito – O meu casamento com o João já é o próprio azar. – digo voltando a virar para o espelho

—- Exatamente. – ele concorda

—- E outra. Não vou me casar com esse vestido. – digo descendo do pufe

—- Graças a Deus. – João diz – Esse vestido é horrível. E em você ficou pior

Estiro a língua pra ele

—- Vocês com certeza é o casal mais esquisito que já vi. – diz Magda sentando no sofá

—-  O que faz aqui João? – pergunta Guido

—- A loja onde escolhi meu terno é ali do lado. – ele diz sentando no sofá – Estão aqui desde que horas? – ele pergunta

—- Desde as 09h: 00min da manhã. – digo suspirando

—- E ainda não escolheram? – ele pergunta

—- João escolher vestido de noiva não é fácil ok? – Guido responde

—- Eu já escolhi. – digo – Só que eles não aceitaram.

—- O que você escolheu, não tem nenhuma, renda nenhum brilho, nenhum nada. – diz Guido – É muito simples

—- Mas que vai casar não é a Maria? – diz João – Posso ver o vestido

—- Claro. – digo olhando para Magda que entende o recado e vai pegar o vestido para mim

O vestido que escolhi realmente, não tem brilho, não tem renda. É liso, tomara que caia, o primeiro vestido que vi e gostei.

—- Está vendo João é muito... – Guido começa mais é interrompido

—- É lindo. – João diz – Como não escolheu esse primeiro? – ele diz levantando

Sorrio

—- É bonitinho. Podia ter um brilho, uma... – Guido começa, mas o interrompo.

—- Não precisa ter nada Guido. – digo – É perfeito.  E vai ser esse.

—- Aprovadíssimo. – diz João cruzando os braços

—- Graças a Deus que já escolheu. – diz Magda levantando

Rimos


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Notas finais do capítulo

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