Ps:Te Odeio escrita por Follemente


Capítulo 20
Deu errado


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...
Comentem assim o capitulo vem mais rápido



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Depois que os comprimidos se dissolveram completamente. Penso em como entregar o champpaing para João. Se eu for lá, duvido que ele aceite. Vai desconfiar na hora.

Começo a bater com a unha do dedo anelar, de leve, na taça. Pensando em como vou entregar o champpaing a ele.

Guido está ao meu lado me encarando. Talvez esperando que eu fale algo. Melanie se aproxima e já sei como entregar o champpaing para João.

—-Melanie!—a chamo para ela vir mais rápido

—-Fala. – ela diz

—-Preciso que entregue essa taça para João. – digo entregando a taça pra ela

Guido está balançando a cabeça negativamente

—-Por que você não entrega? – ela pergunta antes de pegar a taça

—-Porque ele não aceitaria. Só que estou fazendo isso de coração. Sem armadilha nenhuma – minto

Até poderia falar a verdade para ela, mas ela é tão euforia que João perceberia que tem algo de errado. Depois que ela entregar falo a verdade 

—-Sei... – ela diz

—-Vai faz esse favor pra mim... – estico a mão com a taça novamente e dessa vez ela pega

—-Tá bom... – ela diz e logo da meia volta indo na direção do João

Sorrio ansiosa esfregando as mãos.

—-Você parece um capetinha sabia? – diz Guido

Afirmo com a cabeça ainda sorrindo mordendo o lábio inferior

—-Ansiosa pra ver o vexame que ele vai dar depois de tomar o champpaing. – digo – Vai ser a melhor cena.

Estou intertida demais imaginando o vexame do João. Que nem apresto atenção no que está acontecendo bem na minha frente

—-Maria... – diz Guido – A tal de Margarida parece estar engasgada. – diz ele

—-E o que eu tenho a ver com isso? – pergunto olhando pra ele

Quando olho para Guido ele está mais branco do que o normal, olhando fixadamente pra frente. Sigo seu olhar e vejo Medeline entregando a taça que mandei dar para João, pra Margarida.

—-Não é o que eu estou pensando é? – pergunto temendo

—-Vamos virar assassinos de velhinha. – diz Guido tapando a boca

—- Por favor, não bebe tudo. – digo enquanto Margarida da o último gole – Já era. – digo colocando a mão no rosto – Será que êxtase faz mal, pra certa idade? – pergunto

—-Não sei. – diz Guido ainda com a mão na boca

Olho para Margarida novamente e vejo Medeline voltando

—-Pra quem eu mandei você dar o champpaing, garota. – diz assim que ela se aproxima

—-Para João. Mas a Margarida está engasgando então dei a taça que estava em minha mão pra ela, e entreguei outra para João. – ela diz satisfeita

—-Isso não está acontecendo comigo. Isso não está acontecendo comigo. – diz Guido nervoso

—-E agora o a gente faz Guido? – pergunto também nervosa

Ta certo que eu não goste da Margarida, mas não quero que ela perca o emprego ou que sei lá, passe mal.

—- A gente? – ele repete – A gente nada, você que teve a ideia. – ele diz cruzando os braços

—- E você foi conivente do crime. – digo também cruzando os braços

—-Gente o que está acontecendo? – pergunta Medeline

—-Fica quieta Gnomo. – diz Guido – Precisamos tirar a Margarida daqui antes que seja tarde.

—-Então vamos levar ela lá pra cima. – digo

Guido concorda e caminhamos em direção a Margarida. Ela está de costas pra gente. Dou leve batidas em seu ombro e ela se vira.

—-Maria!? – ela estranha um pouco

—- Err Margarida eu preciso que você me ajude lá em cima. – invento

A observo levar uma das mãos até a testa e a outra apoiar em meu ombro. Acho que já está fazendo efeito. Olho apreensiva, para Guido. Que morde o lábio inferior

—- Vamos te ajudo. – ela diz passando a minha frente balançando a cabeça

Começamos a subir as escadas. Tomei todo o cuidado para que meu pai não desconfie de nada. E pedi para a Medeline inventar uma desculpa, caso ele faça alguma pergunta.

Chegamos ao quarto e Margarida, já não estava mais no seu normal. Ela sentou na cama que havia ali, esfregou os olhos e ficou nos encarando.

—-Marga, querida. – diz Guido – Você está bem, amada?

—-Estou. – ela diz – Só querendo saber o porquê de estarmos aqui. – ela diz levantando e sentando novamente

—-Será que a gente conta? – cochicho para Guido

—-Acho melhor não. – ele cochicha de volta

—- Ah, eu quero descer lá pra baixo. – ela diz caminhando até a porta

—- Amor, se você vai descer, é pra baixo. – diz Guido

Corro para frente da porta impedindo que ela passe

—-Margarida você não pode descer. – digo colocando a mão em seus ombros e a fazendo voltar

—-E eu posso saber por que não posso pra baixo? – ela diz

—-Porque eu não vou deixar. – digo cruzando os braços

—-Você está me sequestrando. – ela diz – Se você não me deixar descer, eu vou gritar. – ela diz já aumentando a voz

—- Maria e agora? – pergunta Guido – Vou ser preso por maus-tratos a um idoso

—-Cala a boca Guido. – digo nervosa – Deixa-me pensar. – digo – O que acaba com a ressaca?

Eu e Guido nos encarando. Acho que tivemos a mesma ideia. Pegamos Margarida, um de cada lado.

—-Que isso? Vão me levar pra onde? – ela diz enquanto a levamos para o banheiro

—-Margarida você está um pouco fora de si. – digo

—-Está bêbada, amor. – diz Guido

O encaro

—-Ué, mas não está? – ele diz enquanto ligo o chuveiro

—-Claro que não. – ela diz puxando o braço que Guido segurava – Você que está. – ela diz

—-Não tem outro jeito. – digo – Você vai me perdoar. – digo tentando colocá-la em baixo do chuveiro

Ela reluta bastante, mas enfim conseguimos. Ela treme um pouco por causa do contato com a água gelada, mas logo a tiramos dali.

Pego uma toalha pra ela se secar e a entrego

—-Agora precisamos de roupa seca. – digo

POV JOAO

A festa continuava rolando, sem muitas conversas, musica baixa e uma tranquilidade que... Rodo meu olhar pela festa inteira. É Maria e companhia sumiu. Ando pela festa e realmente, nem sinal. A única pessoa que vejo é Medeline, parada na escada. Posso afirmar que ela está apreensiva, vou a sua direção. Quando estou perto seu Carlos, também se aproxima.

—- Err, o que vocês querem? – ela pergunta rápido

—-Eu estava procurando a Maria. – digo – E como vocês não se desgrudam pensei que saberia onde ela está. 

—- Não sei. – ela responde rápido novamente

—- A Maria também sumiu? – diz seu Carlos – Estou procurando a Margarida. – diz ele

—- Onde sei pra onde elas foram – ela diz – Quer dizer onde elas estão.

—- Elas estão juntas Medeline? – pergunto

—-Não sei dizer. – ela diz mordendo o lábio inferior

—-Sei... – digo levantando uma das sobrancelhas

—- E aquele amigo de vocês? – pergunta seu Carlos – Guido o nome né?

—- Não sei de nada. – ela diz cruzando os braços

—- Isso está bem estranho. – digo cruzando os braços

—-Uma coisa é certa a Maria e a Margarida, estão juntas. – diz seu Carlos – Não é Medeline?

—- Não sei padrinho. – ela diz – Eu vou ali, porque estou com vontade de ir ali. – ela diz rápido e sai

—- Isso está estranho. – digo

—-Muito. – ele diz – Agora o que Maria estaria fazendo com Margarida? Se é evidente que ela não gosta dela.

—- Das duas umas ou a Maria e ela se entenderam, ou a Maria fez alguma coisa com a Margarida que deu errado e ela foi concertar o erro. – digo

—-Eu voto na segunda opção. – diz seu Carlos

—-Eu também. – digo.

POV MARIA

Acho uma roupa da Margarida em um dos outros quartos e a entrego. Ela se troca ainda sem entender o porquê damos um banho forçado nela.

—-Pronto, Margarida. – digo – Está sóbria e seca. – digo

—-Você pode me explicar quinhentas vezes, que eu não vou entender vocês. – ela diz colocando o cabelo curto molhando para trás

—- Eu juro que não foi proposital. – digo tentando me desculpar

—-Está bem. – ela diz – Agora eu estou com uma dor de cabeça horrível. Gostaria de ir para o meu quarto descansar. – ela diz levantando

—- Claro quer que eu pegue um remédio pra você? – pergunto

—-Seria o mínimo. – ela diz saindo do quarto

Ela sai e eu e Guido nos jogamos na cama.

—-Nunca mais te ajudo em plano algum. – ele diz colocando a mão na testa

—- Para de reclamar. – digo levantando – Temos que descer. E eu tenho que procurar remédio de dor para ela – digo caminhando até a porta – Vamos Guido. – o chamo

Ele resmunga, mas logo levanta e desce comigo.

Tentamos não chamar atenção, mas assim que descemos o último degrau, papai aparece.

—- O que vocês estavam fazendo sozinhos lá em cima. – ele pergunta colocando as mãos para trás

—- Pai, não se preocupe não estava traindo o João. O Guido joga no mesmo time que eu. – brinco, mas ele permanece serio.

—- É com licença... – diz Guido saindo

—- Sabe da Margarida? – ele pergunta

—-Ela subiu. – digo – Alias eu estava com ela. Ela ficou com uma dor de barriga e subiu correndo. – minto – Ai como eu sou uma pessoa de bom coração, fiquei preocupada e fui ver se ela estava melhor. – continuo – Agora ela só está com um pouco de dor de cabeça, ai eu vim procurar remédio pra dor. Onde tem? – Pergunto

Papai me encara como se lesse minha mente e estivesse a ponto de me desmentir. Suo frio

—- Tem dentro do armário na cozinha. Na caixa de primeiros socorros. – ele diz

—- Tá bom. – forço um sorriso – Vou lá pegar pra ela então. – digo saindo e indo para a cozinha

A casa já está ficando vazia tem mais ou menos umas cinco pessoas. Chego na cozinha e procuro a caixa de primeiros socorros.

Quando acho...

—-Não conseguiu matar a Margarida e agora vai envenenar? – diz uma voz irritante atrás de mim

—- Não João. Estava procurando um veneno pra você. – digo – Mas acabo de lembrar que veneno pra você só em lojas de animais. – digo pego o remédio

Ele sorri balança à cabeça e da um gole no champpaing.

—- Licença... – digo o empurrando para sair da minha frente

Subo com um copo d’água e entrego a Margarida que estava quase dormindo. Ela toma o remédio e logo após agradecer pega no sono.

Saio do quarto com cuidado para não acorda lá

Alguns minutos depois João e eu vamos embora. Finalmente!!   


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Notas finais do capítulo

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