Harry entrou na sala de aula e sentou-se ao lado de Rony, que estava visivelmente irritado em saber que Harry e Sarah estavam juntos.

— Ron, deixa eu te explicar o que aconteceu! – pediu Harry.

— Eu sei o que aconteceu! Essas suas lições com Dumbledore estão te deixando maluco a ponto de se apaixonar pela megera da Black. Eu sei que ela é bem bonita, mas ela vale mesmo a pena?  – respondeu Rony irritado.

— Se quer saber, Sarah é a única coisa que mantém minha sanidade com essas lições que tenho com Dumbledore! – disse Harry. – Agora, quer fazer o favor de me ouvir? Você é meu melhor amigo, eu vejo você como um irmão e tudo o que eu quero é que você me entenda!

— Ok! Desembucha. – disse Rony rendendo-se.

Harry respirou fundo e contou toda a história da Sala Precisa, de quando viu Sarah como ela realmente é. Contou sobre a festa de Natal do Slugue, o que o gesto de mandar o álbum para ele no Natal significou, sobre como ele a consolou quando Sarah e Blásio romperam o namoro e como ela o fazia feliz, sobre como ela era a esperança que ele precisava para lutar. Rony ficou em silencio até o fim da aula de História da Magia, quando o professor Binns terminou a aula e os dois seguiam para a aula de Poções, Rony resolveu dar sua opinião sobre toda aquela história.

— Está bem, se vocês se amam do jeito que você falou, eu vou tentar engolir a Black. – disse Rony enquanto andava ao lado de Harry e Hermione.

— Rony! Você vai ver como Sarah é uma pessoa boa! – disse Hermione sorrindo.

— Obrigado, Ron. Isso significa muito pra mim!  Mas a gente ainda não decidiu como ou se vamos assumir na frente da escola toda.– disse Harry.

— Eu disse que vou tentar e fique tranquilo, não vou falar nada. – disse Rony com um meio sorriso encaminhando-se para sua mesa na sala do professor Slugue.

Quando Harry entrou na sala, pode ver Sarah sentada ao lado de Draco. Sarah o viu e não conseguiu esconder um sorriso que fez Harry ficar hipnotizado e com cara de bobo por alguns segundos, com uma expressão sonhadora e apaixonada.

— Vamos sentar, Harry. Vocês dois não sabem mesmo disfarçar as coisas! – disse Hermione puxando Harry e acenando para Sarah e sorrindo, como se Sarah estivesse sorrindo para ela.

A aula de poções seguiu como qualquer outra, Harry acertando a poção usando o livro do Príncipe, mesmo sob os olhares de censura de Hermione. Harry sentia que o tempo demorava para passar, queria que o fim do almoço chegasse logo para que pudesse passar o dia com Sarah.

Após a aula, Harry seguiu apressado até o Salão Principal e praticamente engoliu seu almoço de uma vez para ir para a Sala Precisa esperar por Sarah. Quando o garoto chegou à sala, ficou esperando Sarah ansioso, andando de um lado para o outro esperando que aquela porta se abrisse logo.

Quando Sarah adentrou a sala, nem ela ou Harry disseram palavra alguma. Os dois correram até o outro e Harry tomou Sarah em seus braços e a beijou de uma maneira desesperada, extravasando toda a vontade que ele teve que segurar durante o dia.

— Oi pra você também. – disse Sarah acariciando o rosto de Harry ainda com os braços do amado envolvendo sua cintura.

— Foi a saudade, desculpa. – disse Harry sorrindo.

— Eu não estou reclamando. – disse Sarah beijando Harry novamente. – Ah, queria algum lugar pra sentar! – disse Sarah e magicamente surge um grande e confortável sofá no meio da sala.

— Contei a Rony sobre nós. – disse Harry sentando-se no sofá ao lado de Sarah ainda acariciando sua mão.

— Como ele reagiu? – perguntou Sarah curiosa.

— No início nada bem, mas depois eu contei tudo a ele e acabou entendendo. – disse Harry.

— Eu sei que ele não vai aceitar tudo de uma vez, mas é um começo não é? – comentou Sarah.

— Eu conheço o Rony. Quando ele conhecer você de verdade, tudo vai se ajeitar. Meu medo é do seu primo... – disse Harry receoso.

— Isso me preocupa também, ele te um gênio difícil. – disse Sarah receosa.

— Por isso vocês se dão bem! – brincou Harry.

— Não me provoque, Potter! – disse Sarah em um falso tom de raiva.

— Eu conheço minha namorada, sei lidar com esse seu jeitinho de ser. – brincou Harry bagunçando os cabelos de Sarah.

— Namorada? Desde quando sou sua namorada? – perguntou Sarah confusa.

— Eu achei que nós, sabe... agora que nos acertamos e nos declaramos... – disse Harry confuso e desapontado.

— Pois eu sou solteira! – disse Sarah decidida cruzando os braços, enquanto Harry a olhava triste e confuso. – Bem, sou até eu receber um pedido de namoro. Coisa que o cara que eu amo ainda não fez. – disse Sarah sorrindo para Harry.

— Não por isso! – disse Harry levantando-se do sofá onde estavam e ajoelhando-se na frente de Sarah. – Sarah Black, aceita ser minha namorada?

— Hmmmmm bem, vai ser complicado. Meu primo te odeia, seus amigos me odeiam e eu só vou arrumar problemas pra minha cabeça! – disse Sarah pensativa olhando para o vazio e contando os problemas nos dedos. – Mas também eu tenho que ver que eu te amo demais e o que eu mais quero no mundo é poder chamar você de meu, perto disso todos os problemas desaparecem. É claro que eu aceito. Eu te amo, Harry. – disse Sarah

— Eu também te amo, Sarah. – disse Harry beijando a garota. – Ah! Vai ser tão difícil esconder minha vontade de te abraçar, beijar e até de simplesmente andar de mãos dadas com você pela escola!

— Não acha que devemos contar? – perguntou Sarah se aconchegando nos braços de Harry enquanto o garoto sentava novamente no sofá.

— Não sei, você acha? – perguntou Harry.

— Acho que devemos assumir de uma vez. Mione já disse que somos péssimos em disfarçar as coisas. O falatório vai existir de um jeito ou de outro, acho que quanto mais cedo ele começar, mais cedo ele vai acabar. Logo, logo viramos notícia velha! – disse Sarah.

— Tem razão! Assim não vou ficar sofrendo com vontade de te beijar. – disse Harry sorrindo e dando vários selinhos em Sarah.

— Só me deixe contar pro Draco antes. Ele é um irmão pra mim, não quero que ele descubra pelos outros. – pediu Sarah.

— Tudo bem. Eu te entendo, amor. – disse Harry.

Harry nunca pensou que chamaria alguém de ‘’amor’’, mas sentiu que não conseguiria com outra pessoa que não fosse Sarah. Os dois passaram uma tarde tranquila na sala precisa, contando histórias, rindo um com o outro e simplesmente aproveitando o carinho, toque e amor um do outro. A cada segundo que se passava, Harry tinha mais certeza que Sarah era a mulher de sua vida.