— Sarah? Sarah? Alô, terra para Sarah! – disse Hermione passando uma mão em frente ao rosto da amiga enquanto as duas estudavam na biblioteca antes do café da manhã.

— Oi! Alô. – respondeu a garota levando um susto.

— Você olha fixamente para a mesma página tem uns dez minutos. – disse Hermione. – Esta tudo bem?

— Não dormi direito. – respondeu Sarah ajeitando-se na cadeira e dando batidinhas na bochecha. – Pesadelo.

— Tadinha. – disse Hermione.

— Na verdade foi uma lembrança me assombrando. A lembrança de quando briguei com meu pai por causa de Potter. Saí com Charles e ficamos tão chapados que batemos o carro. – disse Sarah. – Por muito pouco não morri e Charles perdeu os movimentos das pernas, ele luta até hoje para voltar a andar.

— Isso deve ter sido horrível. – disse Hermione segurando o ombro da amiga. – Não consigo imaginar você usando drogas.

— Ah, mas eu usava. – disse a garota suspirando. – Como usava. Esse acidente foi o que me fez ficar limpa.

— Agora esta tudo bem, Sarah. – disse Hermione. – Passou.

— Aprendi do pior jeito possível, mas ao menos aprendi a lição. – disse Sarah com um meio sorriso.

— Tem uma coisa que quero te perguntar desde a notícia no Profeta. – disse Hermione. – mas tenho vergonha, medo, sei lá. Não queria tocar nesse assunto.

— Você pode me perguntar qualquer coisa. – disse Sarah a amiga.

— Não quero te trazer lembranças ruins. – disse Hermione.

— É sobre meu pai, não é?

— Sim. – disse Hermione envergonhada.

— Você pode perguntar qualquer coisa! Mione, eu só o conheci por sua causa. Ele me contou tudo sobre como você ajudou a salvá-lo dos dementadores. Eu nunca vou conseguir me redimir pelo o que você fez! – disse Sarah.

— Eu queria saber como você o conheceu, como ele chegou em Nova York. – disse Hermione.

— Foi o dia mais feliz da minha vida! – disse Sarah com um sorriso. – Eu estava saindo da escola, ela fica em cima do Central Park como já contei. Minha mãe estava no parque esperando por mim pois íamos jantar juntas. Eu tenho uma coisa com animais, sabe. Quando vejo um perdido na rua, sempre alimento e levo pra casa e depois vão morar na minha casa de praia pois lá tem gramado e eles vivem muito bem lá, a única que mora comigo é minha gata Penny. – disse Sarah. – Bom, eu estava indo encontrar minha mãe quando um cachorro preto enorme cheio de pulgas veio para o meu lado. Eu fiz carinho e o levei até a minha mãe, achando que íamos leva-lo no veterinário e cuidar dele até levar até a casa de praia. Mas quando minha mãe o viu, o abraçou e começou a chorar, eu não entendi nada mas quando chegamos em casa, ele se transformou em homem e eu o vi pela primeira vez. Eu não convivi muito com ele, mas sempre que podíamos, estávamos juntos.

— Ele era um grande homem, Sarah. – disse Hermione abraçando a amiga.

— Eu sei, tenho muito orgulho de ser filha dele. – disse Sarah abraçada na amiga.

— Ok, chega de emoção por hoje! – disse Hermione enxugando as lágrimas de seus olhos. – Vamos para o Salão Principal antes que a gente perca o café da manhã.

As duas garotas caminhavam para a saída da biblioteca quando se depararam com Harry e Rony entrando.

— Eu sinto cheiro de bacon e... ovos? – perguntou Sarah com cara de nojo.

— Acabamos de tomar café da manhã. – respondeu Rony limpando migalhas de pão das vestes. Sarah não respondeu, apenas continuou olhando para os dois com expressão de nojo e foi para o balcão da biblioteca devolver livros, deixando o trio sozinho.

— Nós já tomamos café da manhã, Mione. Vamos ter uma rápida reunião com o time sobre o jogo de amanhã contra a Sonserina. – disse Harry.

— Ah, tudo bem. – respondeu Hermione. – Vejo vocês na aula de Poções.

— Não sei como consegue ser amiga daquela ali. – disse Harry apontando para Sarah. – Ela é a personificação de tudo o que eu odeio na sonserina! Antes ela parecia ser uma pessoa legal, mas agora que mostrou quem realmente é, eu a detesto. Arrogante, ambiciosa, vaidosa e boca dura!

— Vou levar isso como um elogio, Potter. – disse Sarah atrás do garoto com um sorriso irônico no rosto. – Antes boca dura do que falar dos outros pelas costas, nunca te ensinaram que isso é feio? Ah, mas não posso esperar muito de um garoto criado no meio do subúrbio, não me mesmo?

— Ah, vocês dois! – bufou Hermione baixinho.

— Eu tenho mais o que fazer além de olhar para essa sua testa rachada e sentir seu cheiro de gordura, Weasley. – disse Sarah. – Mi, vejo você em Artimancia. Preciso ver meu primo. – disse Sarah saindo da biblioteca.

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Sarah sentou-se ao lado de Draco na mesa da Sonserina. Serviu-se de café preto, enchendo sua caneca e tomando grandes goles.

— Nossa, tudo isso é para espantar o sono? – perguntou Draco.

— Não dormi nada essa noite. – respondeu Sarah. – tive aquele sonho.

— O do acidente? – perguntou Draco. – Você esta legal? – perguntou Draco preocupado.

— Eu estou bem. Quero é saber de você! – disse Sarah. – Esta aéreo, mal come, some uma boa parte, não vai jogar quadribol amanhã... tem algo errado! O que esta acontecendo? – perguntou Sarah preocupada.

— Nada. – respondeu Draco.

— Não minta para mim!

— Eu não posso te falar, esta bem? Não posso! – disse Draco.

— Sabia! Eu conheço você, D.! Pode falar tudo agora! – disse Sarah.

— Não posso, S.! Se eu falar, você se torna parte disso e eu não posso deixar isso acontecer. – respondeu Draco. – eu preciso te proteger disso. Agora eu preciso ir para a aula de Adivinhação. Nos vemos em Poções. – disse Draco saindo da mesa com sua mochila deixando Sarah sozinha e preocupada.