—Peter, —Joseph fechara seu óculos, e o colocou em sua escrivaninha de porcelana marrom— existe uma lenda muito antiga sobre uma pedra chamada Kaliza...
—Ah, meus pais já me contaram histórias sobre ela antes deles...desaparecerem—Peter adquire um olhar tristonho, realmente não gostava de falar sobre esse assunto.
Joseph levantara de sua poltrona velhae vermelha, uma dos únicos objetos que lhe restou ao passar dos anos, além de seu artefato mais precioso, uma pequena caixa trancada em cima da lareira. Peter nunca soubera o que havia dentro daquela caixa, mas sempre teve curiosidades sobre ela. Aquela caixa o faz lembrar de um pequeno acontecimento na infância.Peter e Jade, sua melhor amiga, tentaram quebrar aquela caixa, mas misteriosamente uma força descomunal reina sobre ela, pois mesmo após às várias tentativas como martelos, fogo e até mesmo força bruta não surtiram efeito algum. Aliás a casa de Joseph não tinha nada de interessante. Havia uma lareira imensa feita de tijolos no canto da sala, e ela sempre estava acesa, pelo menos sempre quando Peter via. O tapete carmesim com um vermelho escurecido, velho. Mesmo assim ele era aconchegante, e Peter, mesmo com seus 17 anos, deitava-se e dormia naquele velho tapete. Existia também duas poltronas na sala, a da direita apenas Joseph se sentara, e a esquerda era nova, como se ele tivese comprado ontem. Aquela poltrona tinha um tecido farpado, e aquele verde brilhante chamava a atenção de todos.
Joseph pegara a caixa e a levou até seu neto—Essa história que seus pais tanto contaram na sua infância envolve o objeto que está dentro dessa caixa.— Peter pegou a pequena caixa e guardou-a em sua bolsa. Sabia o que estava ali, mas não perguntara, queria ter certeza.
—Mas vô, porque vocês me fizeram acreditar que era apenas uma lenda? E isso não é uma lenda, o que realmente aconteceu com meus pais? —seu avô sempre desviava a conversa quando se tratava daquele assunto, realmente ele sabia de algo, mas, por algum motivo, não dissera.
—Todo que você precisa saber é que este objeto precisa continuar em segredo, em hipótese alguma conte a alguém. A chave dela está com um velho amigo meu chamado Golias, não se assuste com a sua aparência, ele mora em Fértile. Eu iria pessoalmente até lá, mas estou muito velho para se aventurar nos cinco reinos de Magiciam.
—ok, mas aonde exatamente está este tal Golias? — ele queria de todos os detalhes, não queria ter erros, portanto teria de se informar ao máximo.
—Você vai saber, digamos que ele é muito famoso por lá. Sabe Peter, se você for, poderá visitar aquela sua amiga, Jade não é?
Peter se levantara rapidamente. Fazia muito tempo desde que não via Jade. Ela era da realeza, mas Peter gostava dela, e, também, achava que ela sentia o mesmo por ele.
REINO DE SOLÁRIA-HECTOR
—Filipe, você já sabe o que tem que fazer ou quer que eu repita?— Hector falou num tom rude.
— Já entendi tudo, não precisa explicar de novo—Filipe saiu do quarto e fora até o guarda que estava nas escadas. Hector nunca soube o que eles falavam, mas o guarda saiu das escadas e isso significava que o plano funcionara.
Ao chegar no saguão de entrada, Burn estava na porta. Hector só pensara em uma coisa: “Filipe caguetou para Burn,aquele idiota”, Filipe não sabia guardar segredo, mas sabia muito bem desvendá-los. Ele descobriu o plano de Héctor, e o mesmo teve que cntar o plano.
—Vossa mãe e vosso pai não sabem que você vai até o vilarejo, terei de avisar a eles— Burn observou o quarto de Hector, e avistara Filipe em uma pequena abertura da porta.
—Não!—Burn estava indo em direção ao quarto dos pais, mas Hector o segurou pelo braço esquerdo—se você me emtregar eu direi que você gosta de ir até o vilarejo participar de stand-up em bares fajutos.
—Como você... —Burn fica quieto por uns segundos—Filipe...
— E agora, o que você irá fazer? —disse Héctor solenemente.
—Irei para cama, hoje as pessoas demoraram para cair na gargalhada e eu tive que ralar para fazer sair um sorriso nos rostos deles.—Burn subira as escadas e entrou em seu quarto. Héctor era muito esperto quando a situação era chantagear alguém, só não sabia se era um defeito ou uma qualidade.
Enquanto caminhava até a casa de Maxell, ele passara sobre as casas simples e velhas, sobre as lojas e bares, e sobre Beliah, o gigante vulcão adormecido. Héctor pensara sobre a possibilidade de Beliah entrar em erupção. Iria acabar com o reino, mas ele não gostava de pensar nisto, contar para alguém só cusaria pânico. Hector sabia que era o mais esperto entre os três irmãos, talvez entre a família: seu irmão mais novo Filipe é um verdadeiro x9, ele não conseguira guardar um mísero segredo, nem mesmo os de vida ou morte. Contara a ele sobre sua fugas pois ele ouvira atrás da porta, e Hector precisava de um ajudante. Mas sabe-se que Filipe não guardará aquele segredo tanto tempo, por isso pensara em alguma desculpa. Burn é um verdadeiro bastardo. Gosta de animar a todos com suas piadas. Hector sempre pensara na possibilidade de Burn se transformar no bobo da corte, mas isso mancharia toda Solária. Alexis era o rei de Solária, mas não do jeito que devia ser. Ele é um rei piedoso, animado, gostava de festas e comemoracões. Nunca participara das execuções,Hector sempre substituía o rei. Se seu pai tivesse uma parte de inteligência dele, seria perfeito. Já Agnes, a rainha e mãe dos irmãos, era o tipo de mulher manipuladora. Mandava Alexis fazer tudo, e ele obedecia sem hesitar. Muitas vezes era confundida como a autoridade do reino, pois tinha o QI mais avançado que Burn e Alexis JUNTOS.
Finalmente chegara na casa e Maxell. Não tocara a campainha, apenas abriu a porta e invadiou o recinto. Havia uma mesa de reuniões, com três homens sentados. Havia cinco cadeiras: Maxell, Benjamin, e Marcus, os três estavam sentados, e Hector sentara entre Maxell e Marcus, os mais confiáveis para ele.
—Irei começar a reunião, pois eu sou o Chanceler da organização -Maxell jogou alguns papéis na mesa—esses arquivos veio direto de um subordinado meu em Hipólita, ele é confiável, portanto esse papéis são verdadeiros.
—o que está escrito aí- Benjamin perguntara- resuma logo, terei de voltar a Snowice de madrugada.
—Isso contém dados sobre o projeto Aquiles, algumas informações importantes sobre a criação, poder, entre outras coisas—Maxell reuniu os papéis em um monte, percebendo que ninguém iria ler aqueles papéis.
–Relata alguma coisa sobre o propósito de Aquiles? - Hector vivera preucupado sobre a possibilidade de Aquiles ser alguma espécie de plano para desencadear Beliah, embora seja pouco provável.
—Não mostra nada sobre o propósito, infelizmente, mas não se preucupe Hector, Hipólita não faria mal algum a Solária, pois a mesma é filiada de Hipólita, não vejo motivo para extinguir este reino.-Maxell conseguira convencer Hector, o mesmo consegue se livrar de uma pergunta sem deixar dúvida alguma, e isso é essencial para um espião do reino mais desenvolvido dentre os cinco.
—Snowice não tem feito nada de importante, apenas restabelecendo suas defesas, a ultima avalanche devastara as defesas do reino. Pelos meus cálculos demorará um bimestre para se recompor. —Marcus era um homem misterioso, mas ao mesmo tempo sem segredos. Hector não desconfiaria que aquele homem pudesse fazer parte da máfia mais perigosa dos reinos. Bem, ele está na máfia mais perigosa entre os cinco reinos.
—por que diabos Richard não viera a reunião? -Hector perguntara. Richard e os quatro homens que estavam lá eram os líderes da máfia, que age em todos os reinos recolhendo informações sobre elas. Basicamente eram uma organização secreta.
—Richard dissera que está com problemas. Julien ficara no pé dele o dia todo. -Benjamin falara com uma calma, provavelmente não estaria mentindo.
—Esperem! -Hector colocara a mão na cabeça- Vocês dois são lastimáveis mesmo.
—Capture-os, mas não os mate—Maxell olhara para Hector - seus irmãos não parecem mesmo com você.
Naquele momento , Benjamin e Hector correram para fora da casa, Filipe e Burn ouvira a conversa, e Hector só conseguira detectar por causa de um galho que fora quebrado. Os dois estavam indo em direção ao castelo, se ele dissesem para sua mãe, era o fim. Marcus conseguira pegar Filipe, mas deixara Burn fugir.
—deixe-o-Hector dissera- ele não irá dizer nada a ninguém.
—como você tem tanta certeza? -Benjamin estava ajudando Marcus a segurar Filipe, ele não parara de se debater.
—Burn não é esperto, mas sabe quando abrir a boca pode significar a morte de alguém- Hector disse numa voz monótona e fria- levem ele ate a casa de Maxell- Hector olhara para Filipe- eu disse para você não dizer nada a ninguém né? Você não sabe a hora de fechar a boca.
Ao chegarem a casa, Filipe foi colocado na cadeira vazia de Richard, e amarrado.
—Muito bem -Maxell dissera- Hector, cuide dele, e vocês, a reunião acabou, voltem para seus reinos.
Logo após Benjamin e Marcus saírem, Hector começara:
—Não conte a ninguém o que ouvira, isso vai significar a sua morte.
—como você tem coragem- Filipe começara a chorar- Eu sou seu irmão.
—Isso mesmo, irmãos ajudam uns aos outros, cuidam uns aos outros, guardam segredos...
—Eu irei falar tudo para vossa mãe.— Filipe se debatera novamente, era inútil, ele não sairia dali.
–Conte, pode contar, vai lá- Hector tirara as cordas que amarravam Filipe, o deixando livre- eu te livrei, conte mais um segredo, faça o que você faz de melhor. Mas se você disser e eu ficar sozinho com você- Hector pegara uma arma de seu bolso e apontou para a testa de Filipe- ai pow! Você já era.
Filipe começara a chorar ainda mais.Hector tem 16 anos, mas já sabia atirar perfeitamente.
—Vamos embora —Hector pegou Filipe pelo braço-e limpe essa cara, vossa mãe não pode desconfiar de nada.
Quando estavam saindo, Maxell perguntara a Hector:
—Você seria mesmo capaz de matar seu irmão?
—Claro que não- Hector soltou um sorriso- quem você acha que eu sou? Um mafioso?