De Outra Maneira escrita por Marie Claire


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii :3
Desculpem a demora para o novo capítulo, demorei mais postei! Genteee, quero pedir uma coisinha para vocês: me digam o que estão achando da fic! Comentem, favoritem, me mandem mensagem, sei lá hahaha mas me digam, eu fico muito ansiosa para saber se estão gostando!
Obrigada pela atenção, e boa leitura ♥



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Eu estava na parte de trás do reformatório, perto da piscina. Estava usando um vestido vermelho longo, tomara que caia, com um laço delicado na lateral do vestido. Não sei porque estava vestida daquele jeito, não era uma roupa que eu costumava usar no dia a dia. Estava olhando em direção a piscina, apreensiva, sem saber o que fazer. Foi quando eu o vi.

Cauê estava montado em um cavalo branco, usando um terno preto, juntamente com a gravata. Somente a sua camisa era branca, e ele estava lindo, perfeito. O cavalo vinha andando lentamente na minha direção, e assim que me alcançou, Cauê desceu dele e segurou minhas mãos.

– Venha comigo, doce Allana – Ele disse. Sua voz me hipnotizou.

Segurei em sua mão e ele me ajudou a subir no cavalo branco. Começamos a cavalgar bem devagar. Eu não sabia aonde ele estava me levando, mas queria ir com ele de qualquer maneira.

***

Acordei com o som do despertador de Lívia. Puta que pariu! Aquela era a primeira noite em tempos que eu não tinha um sonho descente e eu era acordada assim, por uma música chata de um despertador chato em um lugar chato para ter uma aula chata! Jacque havia me entregado o meu horário, e eu teria aulas de história, física, geografia, filosofia e matemática hoje, respectivamente. Não estava nada a fim.

– Bom dia meninas lindas! – Disse Melissa, animadamente. Só ela mesmo para acordar de bom humor.

– Bom dia – Eu respondi, me espreguiçando.

Jacqueline e Lívia deram um beijo de bom dia. Eu nunca conheci nenhum casal lésbico, e aquelas duas ficavam muito fofas juntas.

– Meu dia de usar o banheiro primeiro – Jacqueline disse, e correu para o minúsculo banheiro da nossa suíte.

– Depois sou eu! – Disse Lívia.

– O que acha de deixar a Allana ir depois da Jacque, Lí? – Disse Melissa, o que me deixou corada.

– Não meninas, sério – Eu disse, meio sem jeito – Podem me ignorar, fingir que eu não existo, não quero atrapalhar a amizade de vocês!

– Até parece que você atrapalha – Jacqueline saiu do pequeno banheiro, vestida com um top preto e calça jeans – Vai lá, pode ir! Essas duas demoram uma vida no banheiro.

Eu sorri. Peguei as roupas que usaria na minha mala, agradeci as garotas por ter me dado preferência e entrei no banheirinho. Fiz toda a minha higiene matinal, me troquei e esperei as outras meninas se arrumarem para irmos tomar café.

No refeitório, Henry e Cauê estavam guardando uma mesa para nós. Comemos pão francês com biscoito e café, rimos e conversamos bastante, todos juntos. Eu já tinha uma impressão de como os meus novos amigos eram. Melissa era a criatura mais fofa de todo o universo, eu tinha vontade de apertar e morder as bochechas daquela garota; Henry era muito simpático e divertido; Jacqueline parecia meio durona, mas era simpática e agradável para conversas; Lívia era um doce e com certeza a pessoa mais engraçada da mesa e Cauê era uma perfeição. Ele não tirou seus olhos de cima de mim e eu correspondi os olhares.

Mesmo tendo as piores aulas do mundo hoje, eu descobri que teria companhia em todas. Melissa, Henry, Lívia e as duas últimas com Cauê. O que era bom, pois percebi que Sabrina não tirava os olhos de mim na hora do café da manhã.

As aulas passaram voando, o que foi bom, porque eu queria ficar com meus amigos novamente. Quando a aula de matemática acabou, Cauê queria tirar uma dúvida com a professora. Fiquei esperando-o do lado de fora da porta, observando duas costas, que tanto me seduziam. Fui interrompida quando senti alguém puxar o meu cabelo.

– Achou que eu tinha me esquecido de você, Vacana? – Eu conhecia aquela voz. E aquele apelido também. Sabrina havia me puxado pelos cabelos, e agora segurava o meu pescoço. Ela o apertava.

Sem conseguir responder nada, eu tentava me desvencilhar das mãos daquela louca, mas a cada movimento meu, ela me apertava com mais força. O corredor estava vazio.

– Agora você vai conhecer quem é Sabrina Evans – Ela deu uma gargalhada psicótica, como aquela do meu pesadelo. Não havia mais dúvidas: Sabrina era a garota que me assombrava todas as noites.

– Larga ela sua vadia! – Eu conhecia aquela voz. Não consegui ver seu rosto, porque a ruiva puxava a minha cabeça para trás, mas sabia de quem ela aquela voz. Cauê veio me salvar – Sabrina, você sabe do que eu sou capaz.

– Ora, ora, Cauêzito – Eu poderia me preocupar com outras coisas agora, tipo morrer nas mãos daquela maluca, mas me preocupei em sentir ciúmes do jeito que ela chamou Cauê – Você também sabe muito bem o que eu posso fazer!

Depois da última fala, senti meu pescoço afrouxar. Rapidamente, corri para os braços de Cauê, que me abraçou protetoramente, e me virei para ver o que estava acontecendo ali. Henry havia segurado a juba ruiva da garota, e a encostava na parede. Melissa estava junto com ele.

– Nunca mais – Henry disse devagar, próximo ao ouvido de Sabrina – chegue perto de Allana novamente.

Ela estava paralisada. Nisso, Lívia e Jacque saíram de uma sala de aula próxima aquele corredor. Henry soltou Sabrina e empurrou-a, que quase caiu no chão e saiu correndo na direção dos dormitórios.

– O que aconteceu aqui? – Lívia perguntou, preocupada.

– Ela quase me enforcou - Eu respondi, com a voz um pouco fraca.

Todos se entreolharam, aflitos.

***

Finalmente eu tinha água quente caindo pelo meu corpo, água que me acalma. Mas seria difícil ficar calma quando tem alguém tentando te matar em sonho e na vida real também. Eu realmente não podia sair de perto de nenhum de meus amigos.

Desliguei o chuveiro e coloquei um pijama de calor, com um short bem curto e uma blusa mostrando minha barriga. Estava com os cabelos molhados e penteados, quase abrindo a porta do mini banheiro, quando ouvi Lívia dizer, com a voz meio baixa:

– Gente, precisamos contar para a Allana e tirar ela daqui!

– Não! – Melissa discordou – Ainda é muito cedo!

Abri bruscamente a porta. Seja o que for, eu queria saber do que as garotas estavam falando. Elas me olharam pálidas e com os olhos completamente esbugalhados.

– O que eu preciso saber? – Perguntei sem pestanejar – Vamos, podem me dizer.

– Allana, nós só estávamos... – Jacque começou, mas Lívia a interrompeu.

– Não invente nenhuma mentira Jacqueline! Ela precisa saber pela própria segurança!

– Lívia, essa decisão não é só sua! – Melissa gritou – E os garotos? Qual será a opinião deles?

– Se for para mantê-la segura, Cauê com certeza concordará! – Lívia rebateu.

– Mas Henry não!

– Ei! – Eu disse, interrompendo a discussão – Concordando ou não, agora vocês têm que me dizer! Se é sobre mim, eu tenho o direito de saber!

– Ela tem razão – Jacque concordou comigo – Ela precisa saber.

– Mas Jacqueline... – Melissa começou, mas Lívia a interrompeu com um grito.

– Melissa, não começa! Nós vamos contar e acabou! – Lívia focou o olhar em mim e se aproximou. Ela segurou em minhas mãos, o que estava me deixando mais nervosa ainda – Allana, você pode me achar maluca por falar isso, todas nós aliás, mas nós temos como provar.

– Lívia, diga logo! – Eu implorei – Estou ficando nervosa!

Ela respirou fundo, e por fim disse a frase mais louca que eu poderia ter ouvido hoje:

– Você é uma bruxa, Allana.


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Notas finais do capítulo

Vestido da Allana: http://www.perfeitocasamento.com.br/wp-content/uploads/2010/09/vestido-de-festa-vestido-de-madrinha-tomara-que-caia-longo-vermelho-sangue.jpg
Terno do Cauê: https://homensmodernos.files.wordpress.com/2007/05/theblack.jpg
E aí gente? Espero vocês nos comentários :3



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