...agora estava escrito: "Você pediu uma resposta, agora aguenta, mas não ficará ao lado das estrelas."
E assim, ela sentia o sangue que escorria de suas costas pelas estrelas entrar no cadeno, dentro das palavras escritas, como se estivesse alimentando a energia que estivesse escrevendo.
Gradativamente, ela foi se sentindo mais fraca, até sentir que não havia mais nada a ser sugado, a não ser, sua alma.
"Finalmente", ela pensou, vou poder me encontrar com ele, vê-lo me segurar nos braços de novo.
Esperou a luz aparecer, mas nada acontecia, mesmo sem sangue, seu corpo sem vida, ela estava consciente, portanto, tentou se levantar.
Não teve dificuldades, sentiu-se até leve, porém, não entendeu quando viu seu corpo no chão, como se fosse um observador.
Porém agora ela podia ver, achava que a morte era uma figura encapuzada com uma foice na mão, mas era uma criança com uma estrela negra presa na testa.
E ele disse pra ela: "Não há como sair, você ainda deves vir, pagar pelo preço, do meu trabalho".
E assim, a estrela negra brilhou e começou a sugar para dentro de si, a alma da garota.
Sobrando apenas o garoto no quarto, ele pegou o caderno, arrancou a folha escrita e armazenada com sangue e comeu-a.
Sentindo que já havia demorado demais, abriu suas duas asas negras com estrelas brancas reluzindo nelas e voou para além da janela, em direção ao fundo da terra.