O despertar de um Campeão escrita por Gustavo Lopes


Capítulo 2
O primeiro Passo


Notas iniciais do capítulo

Bom, está aí o primeiro capítulo!



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Eram 9h da manhã quando os raios de luz invadiam o quarto de Tatsuya e brilhavam em seu rosto, fazendo com que seus cabelos loiros e seus olhos azuis ficassem resplandecentes diante daquela luminosidade. O garoto se levantou rapidamente, foi até a janela e fechou as cortinas, visando diminuir a claridade que tanto o incomodava naquela hora, já que acabara de acordar, e seus olhos não suportavam tanta luz.

Com as cortinas fechadas, tudo ficava mais claro, e sua visão se reestabelecia e sua sensibilidade diminuía. Tatsuya olhou em sua volta, encarou o seu quarto como se estivesse la pela primeira vez, porém, seria a última vez que o veria durante muito tempo. Respirou fundo, e disse a si mesmo:

– Hoje, irei dar o primeiro passo, o mais importante.

Se dirigiu energicamente ao banheiro para tomar seu banho e colocar sua roupa que havia preparado para sua jornada. A água descia pelo seu corpo e o fazia ficar mais enérgico e disposto. Após o banho, o garoto colocou uma camiseta azul, com um logo de pokébola no canto da mesma, além disso, usava uma jaqueta branca, com detalhes vermelhos na parte inferior do tecido que, por sinal, tinha grandes bolsos. Usava uma calça jeans marrom, com alguns pequenos detalhes perto dos bolsos. Seu tênis era azul, de velcro, tipo skatista, que, surpreendentemente combinavam com o resto de suas roupas.

Com as roupas em seu corpo, Tatsuya foi arrumar sua bagagem para a aventura, colocando uma troca de roupa, diferente da sua atual, mas que agora não convém ser descrita. Além da troca de roupa, levava uma corda, um mapa da região de Sinnoh, onde o mesmo morava, com informações detalhadas até demais para um simples pedaço de papel. Também levava alguns enlatados caso tivesse de acampar, e uma pequena barraca portátil, que, acreditem em mim, cabia em um pote, ele não sabia como faria para colocá-la de volta, mas tinha certeza de que aquilo lhe poupara espaço. Um pacote de comida Pokémon também fazia volume em sua mochila, caso precisasse atrair pokémons selvagens. Com isso, tudo estava preparado para sua viagem.

Tat desse as escadas e se depara com sua mãe, uma mulher loira, como ele, porém não tinha os mesmos olhos azuis do filho, ela possuía olhos castanhos, portanto, o filho herdara a cor dos olhos do pai, que havia morrido em um acidente quando o garoto tinha 6 anos. A mulher era de média estatura, com um sorriso cativante, e cílios longos, que brilhavam de tão bem cuidados. Usava um vestido rosa, com sapatilhas vermelhas, e um prendedor de cabelo, formando um rabo de cavalo.

–Finalmente! Chegou o dia! Mal posso esperar! – disse Aurora, com uma expressão de ansiedade, mas também triste, pela partida de seu amado filho.

–Sim... – disse nosso protagonista, com um tom de tristeza.

–Não se preocupe, eu ficarei bem, você sabe disso...

–Eu sei que irá, nós já superamos isso, certo?

–Com certeza! Quero te desejar boa sorte em sua aventura, e saiba que eu ficarei bem sozinha. – Disse a mãe, com uma expressão calma.

Suya tomou seu café, composto de pão com manteiga, cuidadosamente passada por sua mãe, além de um bolo de cenoura com uma deliciosa cobertura de chocolate, acompanhados de café com leite, levemente adoçado.

–Obrigado Mãe, estou indo, vou sentir sua falta!

Os dois dão um abraço apertado e caloroso, Aurora estava prestes a chorar, mas sabia que se o fizesse, Suya hesitaria em partir.

O jovem cruza a porta de case com o pé direito, olha uma última vez para trás, e parte em busca de seu sonho.

O caminho de Twinleaf até o laboratório do Professor Rowan não era muito longo, nosso campeão passou pelas casas dos vizinhos, todos lhe desejando boa viagem e lhe dizendo “tchau”, porém com a mesma feição, a de tristeza. O povo daquela pequena cidade era unido, todos se conheciam e se ajudavam, mas não poderiam deixar de ficar tristes pela partida de alguém querido, mas sabiam que Suya teria sucesso em seus objetivos.

– Pra onde será que devo ir agora... – Tat mal sabia para onde ir, porém, havia se lembrado de que tinha trago um mapa. O abriu e olhou o pedaço de papel, pensativo, finalmente havia entendido onde estava e que caminho deveria seguir.

Depois de mais de meia hora andando, finalmente havia chegado no laboratório, uma construção extremamente grande, pintada de marrom, com janelas enormes e brilhantes, que refletiam a luz do sol. O teto do laboratório era azul e dava um estilo singelo ao local.

Tatsuya adentrou o laboratório, por portas elétricas que se abriram ao detectar sua presença nos sensores. Se por fora o local esbanjava beleza, por dentro esbanjava modernidade, cheio de máquinas modernas, e televisores gigantes, que transmitiam estudos e fotos de pokémons que o garoto nunca havia visto. Haviam computadores por todos os lados, e, no centro, uma mesa de metal, com três pokébolas acima da mesma.

Ao ver as esferas, Suya saiu correndo ao encontro das mesmas, porém não havia nenhum sinal de Rowan, ele olhou para todos os lados, mas não havia ninguém ali, a não ser ele, e os três monstrinhos de bolso, que ele tinha certeza que estavam presentes nos objetos circulares.

– Ora! Se não é o garoto que havia me telefonado informando que já estava pronto para o início de sua aventura! – uma voz imponente e grave, que, só de ser escutada, se sabia que seu dono era alguém de superioridade e muito sábio, ecoou pelo local.

Tat olhou para trás, assustado com a aparição repentina, e se deparou com Rowan, um homem baixinho, que aparentava ter uma certa idade, com cabelos e bigode brancos, usava uma camisa azul, com uma gravata vermelha, que ia até o meio da parte superior de seu corpo. O homem usava uma calça marrom, que lhe caía acima de seus sapatos pretos, e tudo isso coberto por um casaco que mais parecia roupa de detetive. Em sua mão, carregava uma maleta que, certamente, deveria ter todas suas pesquisas e anotações importantes que havia feito nesse tempo em que estava fora.

– O-o-olá professor, desculpe invadir seu laboratório assim, é que eu pensei que o senhor estivesse aqui e...

– Não precisa se justificar, eu deveria ter lhe avisado de minha saída. Bom... sem mais delongas, vamos à escolha de seu futuro parceiro.

–S-s-sim... – Disse Suya, com nervosismo.

– Bom, vou lhe apresentar os três pokémons que você poderá escolher para lhe acompanhar. O primeiro... Aqui vai!- disse Rowan, jogando a pokébola para cima, fazendo com que a mesma se abrisse.

De dentro da pequena esfera, saiu um pequeno Pokémon verde, com um casfo em suas costas, e um pequenino galho em sua cabeça. O Pokémon aparentava ser muito preguiçoso, porém, sua fofura se sobressaía sobre a preguiça que o mesmo apresentava.

– Esse é Turtwig, o inicial de grama de Sinnoh. O outro, é esse aqui! – O professor lançou outra pokébola.

Um pequeno macaquinho saiu da esfera, de cor laranja, porém com a barriga branca, o pequeno tinha uma chama acesa em seu bumbum, que crepitava com muita energia. O pequeno parecia ser muito feliz e enérgico, andando de um lado pra o outro, e subindo em Rowan, que parecia não ter paciência com o mesmo.

–Bom, esse é Chinchar, o inicial de fogo. E... o último.- Rowan libertou mais um Pokémon de uma das esferas.

De dentro dela, um pequeno pinguim azul, com bolinhas brancas em seu corpo, saiu. O pequeno exibia fofura e era convencido, olhando para os outros com superioridade.

– Este é piplup, o inicial de água. Cabe a você decidir qual dos três irá pegar.

Neste momento, nosso pequeno campeão estava em dúvida, ele queria um amigo que lhe ajudasse à conquistar seu sonho, um amigo que compartilhasse do mesmo sentimento que o dele. O de chegar ao topo, de conseguir vencer a Liga Pokémon e de ser reconhecido como o melhor treinador de Sinnoh. Suya olhou os três pequenos com um olhar avaliador, os encarando da ponta da cabeça aos pés.

Após muito tempo pensando, ele finalmente havia se decidido.

– Eu quero o Turtwig.

– Sério?! – Disse Rowan, o olhando com espanto.

– Sim, por que? Algum problema com o pequenino aqui? – Disse Suya, olhando a pequena tartaruga com um olhar de bondade.

– A, nenhum... é que a porcentagem de treinadores que pegam ele é bem baixa, não sei porque...

– Ao olhar pra ele, vi que posso ter total confiança neste pequenino, e que ele vai me ajudar a alcançar meu sonho! – Disse Suya, energicamente.

– Muito bem então, este Pokémon é seu.

O Prof. Foi até uma mesa, e trouxe uma agenda eletrônica, e cinco pokébolas.

– Isto, meu caro jovem, é uma pokédex, uma agenda que coleta dados de pokémons que você encontrar e que lhe dirá suas características. Espero que você me ajude a completá-la! Além disso, estou lhe dando 5 pokébolas para lhe ajudar a conseguir novos companheiros.

– Sim senhor! Obrigado! E sim! Pretendo lhe ajudar a completá-la!

– Muito bem, essa é a esfera de Turtwig, cuide bem dele!- Disse Rowan, com um olhar de felicidade.

–Sim senhor!

Suya pegou Turtwig no colo, e olhou bem em seus olhos, lhe fez um sorriso, fazendo com que o Pokémon retribuísse, mesmo com que uma feição de quem não estava entendendo nada, e só queria dormir mais um pouco.

– Seremos um grande time!- Disse Suya, o olhando com alegria.

– Turt! – disse o pequeno, feliz por finalmente ter achado alguém para dividir uma jornada.

Finalmente, o primeiro passo para a jornada de Suya havia sido dado, e ele finalmente subiu o primeiro degrau em relação à tão sonhada posição. O garoto se despediu, e saiu do laboratório, com ansiedade e esperança, andando à caminho da cidade de Jubilife, seu destino.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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