Com você é mais divertido escrita por Filha de Poseidon


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores mais um capítulo.



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Voltei para casa, subi direto pro meu quarto, tomei um banho bem relaxante, apesar te todo o ocorrido do dia eu não estava mais triste, realmente ter conversado com aquele rapaz tinha me ajudado, estava mais leve comigo mesma. Depois do banho fui até a cozinha fazer algo para comer, estava morrendo de fome, quando vinha voltando para ir pro quarto encontro meu pai na sala, por alguns segundos nos encarramos, mas nenhuma palavra foi dita, e eu subi para o quarto.

Depois de comer meu lanche, fui até a varanda do meu quarto que tinha vista para o mar, e fiquei lá admirando a imensidão do mar, ao olhar para praia logo um sorriso surgiu em meu rosto ao ver um certo rapaz sentado na areia olhando o mar. “Num tenho nada para fazer aqui, porque não ir lá”.

– Olá peixinho. – disse quando cheguei ao seu lado e me sentei.

– Olá pequena. – falou com um grande sorriso bem contagioso, pois sorri de volta.

– O que faz aqui? – perguntei.

– Nada, só sentado mesmo. – ele respondeu naturalmente e eu ri de sua naturalidade. – E você o que faz aqui?

– Nada, só sentada mesmo. – disse da mesma forma que ele, fazendo o rir também.

Ficamos um bom tempo conversado sobre qualquer coisa e rindo de bobagens que ele fazia. Já deveria passar das 9hs, mas eu nem ligava, tinha me divertido muito mais naquelas ultimas horas do que todos os dias que já tinha passado. Agora nós estávamos em silencio olhando o mar, porém era um silencio gostoso. Apenas apreciando o som do vento e das ondas.

– Já esta bem tarde pequena, é melhor você voltar para casa. – ele falou depois de um tempo. Eu apenas concordei. Ele me olhava com aquele sorriso bobo dele que me fazia sorrir também. Eu me levantei assim como ele, tiramos a areia do corpo e nos abraçamos. – Boa noite pequena.

– Boa noite peixinho. – disse e segui caminhado para casa. Ao chegar à porta olhei para trás e não o vi, olhei para um lado e para outro, mas nenhuma das poucas pessoas que caminhavam era ele, sorri e entrei em casa. E o sorriso sumiu ao encontrar meu pai.

– Isso são horas? Onde você estava?

– Estava lá fora sentada na areia. – respondi mal humorada.

– Amanha tem uma reunião na empresa e eu quero você lá. – disse serio.

– Tá certo. – disse e subi para meu quarto. Não queria discutir com ele e estragar meu dia.

Três dias haviam se passado e eu mal cheguei perto da praia, o grande Sr. Walk me encheu de relatórios e documentos, mas no quarto dia eu não quis saber e de manha cedinho peguei minha prancha e corri para o mar. A primeiras ondas da manha estavam perfeitas para surfar, depois de varias ondas nadei um pouco mais para o fundo onde as ondas não estavam quebrando e fiquei deitada de barriga para cima na prancha olhando aquele lindo céu azul. Estava feliz, em paz tranquila até que minha prancha é virada e eu afundo dentro agua. E ao retornar a superfície tossindo e cuspindo a agua engolida encontro o peixinho sentado na minha prancha e rindo.

– SEU IDIOTA QUE ME MATAR. – gritei com ele, virando minha prancha e o derrubando dentro d’água. Mas isso só serviu para ele rir ainda mais.

– Foi muito engraçado, pequena. – ele continuava a ri e eu fiquei com muita raiva, comecei a jogar agua nele, depois comecei a afundar ele. Mas parecia não ter efeito. Ele retornava superfície e continuava a rir.

– Idiota. – disse segundando um sorriso, porque sempre que olhava pra ele dava vontade de sorrir, não sei por quê.

– Bom dia, pequena tudo bom? – ele falou quando parou de rir.

– Bom dia. – respondi fingindo raiva e nadei ate minha prancha, onde subi e me sentei, ele nadou até a ponta onde cruzou seus braços e repousou a cabeça.

– E ai o que vamos fazer hoje? – me perguntou animado.

– Não sei o que você tem em mente?

– Hum... – ele pensou e falou – Que tal se nós atravessássemos o oceano nadando. – eu olhei pra cara dele e não acreditei. – Que? Que foi?

– Que foi? Eu acho que o sal da agua estar derretendo seu cérebro. – disse dando uns cascudinhos em sua cabeça. – Quem é o louco que vai atravessar o oceano?!

– Talvez um dia eu faça isso. – ele disse sorrido saindo da ponta da prancha e ficou boiando na agua.

– Já sei o que vamos fazer. – disse me deitando da prancha e remando para onde as ondas estavam quebrando. – Vamos surfar.

– Mas eu não tenho prancha. – ele falou nadando a trás de mim.

– Eu te arranjo uma, vamos.

Eu o deixei em minha prancha e sai pra ir buscar outra que eu tinha em casa, tentei fazer o mínimo de barulho para meu pai não notar que eu estava ali, porque se ele me visse iria proibir de voltar. Quando voltei para agua me surpreendi ao ver o peixinho pegando uma onda e se garantido, ele era bom.

– Peixinho além de bom nadador, também é um bom surfista. – disse, ele sorriu e bagunçou o cabelo.

Passamos a manha surfando e o legal que sempre vinha ondas boas, uma atrás da outra. Isso raramente acontecia. Lembro-me das vezes que eu passava a manha dentro d’água e só pegava quartas ou cinco ondas boas.

– Hoje o mar estar ao nosso favor, mandando varias ondas boas. – disse feliz.

– É porque ele sabe que tem um bom surfista aqui. – ele disse rindo.

– Ah tá certo senhor das ondas. – disse zoando com ele. Ele apenas arqueou uma sobrancelha e sorriu.

Quando o sol ficou mais quente saímos da agua e seguimos para uns coqueiros que tinham ali próximos. Colocamos as pranchas de lado e nos sentamos na areia.

– Peixinho foi demais, nunca surfei tanto como hoje... – falei animada, muito feliz, sim eu estava muito feliz.

– Foi muito divertido mesmo, fazia muito tempo que não me divertia desse jeito. – ele falou, e apesar de sua animação eu senti um pouco de tristeza em sua voz. Eu queria perguntar coisas sobre ele, mas sabia que nunca respondia, sempre devolvia com outra pergunta. Gostaria de saber o que ele escondia.

– Peixinho você tem quantos anos? – perguntei rindo para ver se ele me respondia. Mas não ele não respondeu.

– Quantos anos você acha que eu tenho? – eu semicerrei os olhos, irritada. E ele sorriu da mesma maneira que sorria todas as vezes que eu fazia uma pergunta muito pessoal.

– Ok sem perguntas pessoais. – falei fazendo biquinho de irritada e cruzando os braços.

– Que coisa mais linda irritadinha. – ele apertou minhas bochechas e falou com uma vozinha, como se estivesse falando com uma criança de 5 anos. Eu juro que tentei não ri e continuar com a cara fechada, mas não consegui e acabei rindo sendo seguida por ele.

Incrível! Junto com ele, sorrir era uma coisa tão natural que eu já tinha feito isso mais vezes do que toda minha vida. Com ele tudo era mais divertido e alegre.


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Notas finais do capítulo

E ai leitores vcs estão gostando?



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