Enquanto Afrodite falava eu estava distraído brincando com os detalhes do meu trono, ate que escuto um sussurro chamando o meu nome, minha primeira reação foi olhar para as pessoas ali presentes, mas cada uma estava distraída a sua maneira, então no segundo momento senti uma sensação familiar e nem acreditei que fosse verdade, um sorriso nasceu em meu rosto e não pensei duas vezes antes de me tele transportar para onde minha intuição mandava.

E quando eu apareci na agua e nossos olhos se encontraram algo magico aconteceu, meu coração pulava de felicidade, o sorriso que ela demostrava era imenso, na mesma hora ela pulou da prancha em meus braços e me beijou, não apenas um selinho, mas um beijo com desejo, paixão, amor e saudades, e eu correspondia na mesma intensidade de sentimentos. Uma forte corrente de magia nasceu ao nosso redor deixando tudo ainda mais intenso, foi fantástico!

– Senti tanto a sua falta meu peixinho. – ela falou com o sorriso mais feliz do mundo.

– Eu também minha pequena. – disse e voltei a beija-la. Até que fomos interrompidos por uma vozinha de criança.

– Eca! Mamãe tá beijando na boca. – foi quando notei uma linda princesinha sentada na prancha que pouco antes minha pequena também estava. Minha primeira reação foi olhar para Lohany.

– Mamãe!? – e perguntei surpreso. – Você casou? – claro que foi uma pergunta idiota, porque se ela estivesse casada não me beijaria daquela maneira, mas foi à primeira coisa que me veio. Ela fez uma careta que particularmente eu achei muito fofa e engraçada.

– Festa de formatura, muito álcool, garotos, sentimentos a flor da pele e uma noite sem memorias para contar. – ela falou baixinho somente para eu escutar e na mesma hora entendi tudo. – Uma longa historia para depois. – eu sorri para ela e concordei. Ela voltou para a prancha sentando atrás da filha e falou. – Peixinho essa é minha filha Emile. – e antes que eu pudesse dizer algo fui interrompido.

– Mamãe a senhora mentiu pra mim, disse que a gente ia ver um peixinho e ele não é um peixinho. – eu ri enquanto ela fazia biquinho e cruzava os braços, foi à coisinha mais linda, me deu vontade de aperta-la.

– Realmente eu não sou um peixinho. – falei nadando para mais perto dela. – Mas que tal a gente ver um golfinho? – eu sorri e pisquei para Lohany que sorriu de volta.

– Serio? – ela perguntou abrindo o maior sorriso. Eu levei os dedos à boca e assoviei, não demorou muito e logo apareceu um golfinho nadando ao nosso redor.

– Olha mamãe, olha mamãe um goltinho. – a pequena falou animada mostrando o animal para a mãe.

– É um golfinho amor. – Lohany a corrigiu carinhosamente.

– Vem cá Emile! – a peguei da prancha colocando-a em meus braços, ela passou um braço pelo meu pescoço e sorriu quando o golfinho se aproximou de nós. Com a mão livre ela fazia carinho no animal e a todo o momento sorria e gargalhava quando o golfinho espirrava agua.

Sentada na prancha Lohany tinha o sorriso mais lindo admirando sua pequena se divertir tanto. Eu não estava diferente, muito feliz e com um sorriso bobo no rosto, confesso que era uma sensação estranha, mas gostosa, era a primeira vez que colocava uma criança nos braços.

– Eu posso nadar com ele? – Emile me perguntou.

– É claro! – respondi a colocando deitada em cima do golfinho. – Segura firme.

– Poseidon! – Lohany falou apreensiva, pois como qualquer outra mãe não deixaria sua filha de 4 anos nadando sozinha com um golfinho.

– Calma Lohany, eu não deixarei nada acontecer, esqueceu quem eu sou. – falei rindo e deixando o golfinho sair nadando com Emile em suas costas. A risada da garotinha era contagiante, mesmo sua mãe estando um pouco preocupada também sorria. Nadei ate a prancha peguei impulso e me sentei ao seu lado. – Calma meu amor, ela estar se divertindo. – disse passando um braço pelos seus ombros.

– E se ela ficar cansada e se soltar. – ela falou de forma preocupada.

– Ela vai ficar boiando. – disse beijando sua boca, ela sorriu e me beijou de volta. Era tão bom beijar aquela boquinha.

– Eca! Mamãe tá beijando na boca de novo! – ainda beijando minha pequena sorri ao ouvir a voz da pequena mais nova, parei o beijo e olhei para ela a nossa frente junto com o golfinho sorrindo.

– Eu amo demais a sua mãe, por isso que beijo ela. – disse rindo e abraçando minha morena que apenas ria da nossa conversa.

– Eu também amo muito minha mãe e não beijo ela na boca. – ela falou.

– Eu beijo na boca porque eu sou o namorado dela. – eu falei rindo sendo seguido pela Lohany. Emile fez uma cara de duvida e perguntou.

– Então se você é namorado da mamãe, você vai ser meu papai?

– Emile... – Lohany falou de uma maneira triste como se fosse prevenir a filha, mas antes que ela dissesse mais alguma coisa eu pulei na agua.

– Só se você quiser! – disse a pegando novamente nos braços. Nem mesmo sei por que fiz aquilo, mas no fundo eu queria sim ser pai daquela princesa.

– Sim eu quero. Você é muito legal. – ela falou feliz me abraçando pelo pescoço.

Olhei para Lohany que tinha um olhar surpreso, sorri para ela, que pulou na agua e veio nos abraçar também, senti uma grande felicidade, e naquele momento eu percebi que estava completo, era aquilo que eu procurava em anos, uma alegria sem fim, um amor de verdade, uma família.

Depois de um tempo saímos da agua e fomos para a casa dela.

– Peixinho tem um banheiro aqui embaixo se quiser tomar um banho. – a morena falou mostrando o banheiro.

– Precisa não meu amor, já estou seco, limpinho e cheirosinho. – disse estralando os dedos.

– Que legal! – Emile falou surpresa.

– Desculpa ai, senhor deus no mar! – Lohany disse zombando. – Então fique a vontade ai, porque as princesas aqui precisam de um banho tradicional, né minha linda? – disse pegando a pequena nos braços e a beijando.

– Sim, sim, sim, com agua e muita espuma! – parecia uma mine Afrodite falando e batendo palmas.

Elas subiram e eu fiquei ali na sala sentado no sofá esperando, meia hora depois elas desceram. Emile vinha na frente correndo e pulou no meu colo.

– Papai, papai agora eu estou limpinha e cheirosinha como você. – ela dizia animada, eu sorria tanto pela animação dela como por ouvi-la me chamando de pai. Um sentimento maravilhoso nascia em meu peito.

– A princesa mais cheirosa que conheço. – disse dando um cheiro em seu pescoço deixando-a toda arrepiada e fazendo cosquinha.

– Há! Há! Há! Há! Para papai, para!

– Eu não consigo. – disse deitando ela no sofá e beijando sua bochecha seu pescoço e fazendo cosquinha em sua barriga.

– Há! Há! Há! Mamãe me ajuda! – ela gritava e gargalhava ao mesmo tempo, e eu me divertia a cada riso dela.

Lohany se aproximou por trás e me puxou pelos ombros me fazendo cair pro outro lado do sofá.

– Ataca ele agora meu amor! – ela falou segurando meus braços enquanto Emile subia na minha barriga e me fazia cosquinha.

– Há! Há! Há! Há! Há! Há – eu tentava me solta, mas não conseguia de tanto rir. – Isso é covardia, duas contra um.

– Foi você que começou papai! – a minha princesinha falou se deitando em cima de mim e beijando minha bochecha.

– Agora vamos deixar de bagunça e vamos comer alguma coisa. – Lohany falou indo para cozinha, eu me levantei com a Emile nos braços e segui-a.

Notei que alguns móveis ainda estavam cobertos por panos e cheios de poeira, devido o tempo sem uso.

– Quando você chegou? – perguntei.

– Hoje de manha cedinho. – ela respondeu.

– Papai eu andei de avião! – a pequena disse abrindo os braços e imitando um avião.

– Foi mesmo meu amor! – disse carinhosos. – E você gostou?

– Foi muito legal! – ela respondeu.

Eu sorrir e a deitei em meus braços fazendo aviãozinho com ela, mesmo sendo um deus eu estava na forma humana e logo ela ficou pesada. Tentem fazer aviãozinho com uma criança de 4 anos. Então a coloquei nas costas e sai correndo pela cozinha.

– Crianças, por favor, não quebrem nada. – ouvir Lohany falar.