48 Horas escrita por DoctorAngel


Capítulo 1
48 Horas Antes da Epidemia


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Aqui está o primeiro capítulo. Pretendo postar duas vezes por semana, mas não é certeza. Deixe a opinião de vocês, é muito importante!
Obrigada ♥



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Acabei de acordar. Apesar do frio, as manhãs aqui são muito aconchegantes. Ouço os pássaros cantando lá fora. É quase um paraíso, se não tivesse escola. Não é tudo ruim, mas se tornou uma atividade muito repetitiva e cansativa. Meu pai me chama para o café, assim como todos os dias. Visto rapidamente meu uniforme. A blusa com um tom creme marca um pouco meu corpo e a saia, que mais parece de líder de torcida, me dá uma aparência mais delicada e, de certa forma, um pouco desleixada. Me encaro quando olho para o espelho. A garota de sempre. Não tem muito o que descrever. Cabelos curtos e escuros como as sombras. Os olhos cinzas como a tempestade que pode vir mais tarde neste mês de novembro. Me sinto um tanto ridícula por usar este uniforme.

Desço as escadas observando as antigas fotos em família. Vejo cada sorriso e cada momento passar diante dos meus olhos. É de sentir grande saudade. A jornalista da TV me faz voltar para a realidade quando anuncia:

“Peço a todos que não se desesperem. Voltaremos em alguns instantes, para mais informações. ”

Fixo o olhar em meu pai, Senhor Dale Miller, que continua a fazer o café, como se não ligasse para a notícia. Mas no fundo, vi que ele se sente preocupado, pois balança a cabeça negativamente, olhando para baixo.

“O que aconteceu? ” - pergunto.

“Nada de muito importante. Descobriram uma nova doença. E o governo não parece muito contente, já que estamos em crise. Imagino que sua mãe vai ligar em breve dando mais detalhes sobre essa doença. Possivelmente estava presente quando a descobriram. ”

Minha mãe, Sally Miller, é uma grande cientista. Acredito que tenho aprendido a amar a química com ela. Faz tempo que não nos vemos. Mudou-se para a capital junto com meu irmão mais velho. É de partir o coração, pensar em tudo isso, mas assim que eu concluir o ensino médio, irei para lá, junto com meu pai. Toda essa complicação é coisa de adulto. Não queira entender.

Tomamos nosso café rapidamente, como fazemos quase todos dias. O telefone toca na sala. Olho para meu pai, esperando que ele corra até lá e o atenda. Ao invés disso, ele me encara e espera que eu levante para atender. Corro até lá. É uma mensagem de voz.

Bom dia filha, tudo bem por aí? Como está seu pai? Espero que estejam bem. Por favor, preste atenção no que vou dizer: eu amo muito vocês. Arrumem suas malas o mais rápido possível e vão para nossa casa no campo. Eu sinto muito por ter falhado com vocês. Queria poder consertar as coisas, porém não tenho mais tempo. Não aceitem ninguém em nossa casa, principalmente nossos entes queridos, logo vocês entenderão. Eu sinto muito. Adeus.

Encaro o telefone à espera de mais alguma mensagem. O que está acontecendo? Penso.

Subitamente, ouço disparos no jardim seguidos por alguns gritos desesperados e algumas batidas na porta. Meu pai pega uma faca grande e corre para perto da porta. Uma voz grita muito ofegante. Mexo minhas mãos nervosamente e me aproximo da janela para ver tudo.

Me surpreendo com o que vejo. Nosso vizinho, Senhor Collins, está ajoelhado na rua chorando em desespero e com uma arma na mão. Têm alguns policiais armados em volta dele e vários carros cercando a rua. Vejo um corpo caído no passeio. Não pode ser, mas é.

Meu querido vizinho, Josh Collins está aparentemente morto ou quase isso.


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Notas finais do capítulo

Gostou do capítulo? Não esqueça de comentar, é muito importante sua opinião!
Bjão, e até Quarta!