Histories of a Maximoff escrita por Cookie


Capítulo 8
Is there anything that someone doesn't explain on YouTube?


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente... ~ lê eu desviando de tochas, arpões, facas, pedra e... uma cadeira? Sério? Bom, não tenho muito o que falar além de: mil desculpas pela demora e prometo não demorar tanto! Bom, vou deixar vocês lerem!



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Música: Into The Fire - Thirteen Senses

— Como eu posso estar loira se até agora a pouco eu estava morena? - perguntei pela milionésima vez enquanto fazíamos o caminho de volta pra casa.

— Eu não sei! - ele me respondeu – Só acho melhor passarmos em uma farmácia pra você comprar uma tinta e pintar antes que o Erick veja.

— Eu não vou pintar meu cabelo!

— Ele vai enlouquecer se te ver loira!

— Não ligo. Eu não vou pintar meu precioso cabelinho! - disse e ele suspirou.

— Tudo bem. Tente se lembrar de como você acabou loira. Tente se lembrar se os seus poderes se manifestaram enquanto você fazia o teste de direção.

— Ok. - respirei fundo e tentei me lembrar, então veio a luz na minha mente: o espirro! – Antes que eu entrasse no carro, eu espirrei e joguei a cabeça pra frente. Quando eu levantei a cabeça, as pontas dos meus dedos estavam vermelhas, mas como passou rápido eu deixei pra lá.

— Então, acho que foi assim que você ficou loira. Mas como fazemos o seu cabelo voltar ao normal?

— Se eu soubesse, acho que eu já teria o feito, não acha?

— Ok, vamos pensar. Suas mãos estavam próximas à cabeça quando seus poderes se manifestaram. Tente forçá-los a se manifestarem e coloque as mãos próximas ao seu cabelo quando o fizer.

— Ok. - tentei e tentei, mas não conseguia fazê-los funcionar. – Nada. - suspirei. A essa altura, já estávamos na porta de casa. – Melhor entrarmos. O Erick vai pirar, mas eu não sei o que fazer. – entramos e Erick estava na sala assistindo TV.

— Oi, crianças. Como foi o teste Wanda?

— Foi bem, eu passei e tirei a carteira.

— Isso é ótimo! - ele finalmente olhou para nós e arregalou os olhos ao ver meu cabelo. – Por favor, me diga que isso aconteceu por que seus poderes se manifestaram e não por que queria comemorar que tirou a carteira de motorista.

— Primeira opção.

— Ufa, ainda bem. Achei que iria ter que inventar o maior sermão de última hora sobre como isso era desnecessário... - admitiu e Pietro tentou segurar a risada, mas falhou miseravelmente.

— Você estava preocupado com isso? Eu não faço a mínima ideia de como arrumar isso!

— Deixa assim, você está linda.

— Sem chance que eu vou passar o resto da minha vida loira!

— Não é para o resto da sua vida, seu cabelo vai continuar crescendo castanho, daí é só cortar a parte loira.

— Mas eu quero voltar a ser morena ainda hoje!

— Então, pinta o cabelo.

— Eu não vou meter aquela assassina de maciez de cabelo chamada tinta no meu cabelinho!

— Então, fica loira.

— Você me ouviu? Eu não quero ficar loira!

— Tudo bem. - Erick suspirou – Quando e como os seus poderes se manifestaram?

— Pouco antes de eu começar o teste prático e se manifestou quando eu espirrei e joguei a cabeça pra frente, pra perto das minhas mãos.

— Ok. Feche os olhos e pense em si mesma com a cor normal do seu cabelo. - fiz o que ele mandou. Senti um formigamento na ponta dos dedos, mas não me atrevi a abrir os olhos e ver o que é. – Abre os olhos. - eu o fiz.

— Funcionou? - questionei. Erick desligou a TV e me puxou para o sofá, ficando de frente para a tela. Eu não podia acreditar: meu cabelo havia voltado ao normal!

— Como você fez isso?

— Não fui eu. Foi você.

— Mas... como?

— Você apenas usou seu poder. Se você pôde usá-lo para ficar loira, então, também poderia usá-lo para ficar morena novamente.

— Bom raciocínio. De qualquer forma, obrigada. - naquele momento, fiz algo que nunca havia feito antes: abracei Erick. Ele mesmo ficou surpreso, pois levou alguns segundos para entender o que estava acontecendo e me abraçar de volta. Quando nos separamos, o queixo de Pietro estava no chão.

— Taí uma coisa que eu não vi chegando.

Depois de toda aquela história de eu estar loira, eu voltei para meu quarto, peguei meu notebook, e comecei a pesquisar sobre lugares de onde possam ser lançados mísseis de curto alcance para acertarem o prédio em que morava em Sokovia.

Não, eu não tinha parado de tentar descobrir a verdade.

Como eu sei o tipo do míssil? Eu encontrei um vídeo no Youtube explicando quais são os tipos de mísseis (tem alguma coisa que não expliquem no Youtube?) e esse era o único que batia com o que eu me lembro. Finalmente terminei a minha busca tendo achado três possíveis lugares, o problema desses lugares é que, para confirmar se algum míssil saiu dali em determinada data, era preciso eu ir até lá e roubar os registros.

— Wanda, você já está pronta? - perguntou Erick na porta do meu quarto – Seja lá o que esteja fazendo acho que pode esperar voltarmos do restaurante.

— Ainda não. - coloquei o notebook no "modo soneca" e fechei a tela. Nem sei o que o Erick diria se soubesse o que eu estou fazendo.

— Mas ainda acho desnecessário irmos em um restaurante só pra comemorar que eu tirei a carteira de motorista.

— É uma ocasião especial, merece uma comemoração. - ele suspirou – Se arrume logo. A reserva tem um horário de limite. - ele saiu do quarto, fechando a porta atrás dele. Eu suspirei.

Meus planos para hoje eram comprar uma passagem para passar o feriado em Sokovia e juntar o máximo de informações possíveis para encontrar tudo o que quero quando estiver lá, mas, graças à ideia estúpida do meu irmão, perderei um bom tempo em uma droga de restaurante.

Coloquei uma saia num tom cinza claro, uma blusa bata de seda branca, sapatos marrom claro com um salto baixo, um casaco rosa claro e completei o look com a bolsa em um tom bege meio escuro. Deixei os cabelos soltos e fiz uma maquiagem leve.

Desci as escadas e encontrei Pietro andando pra lá e pra cá na sala, falando com alguém no telefone. Aí tem coisa, e eu vou descobrir o que é.

Cheguei perto dele, furtivamente, de modo que, quando ele notou a minha presença, eu já estava praticamente com o nariz na parte de trás do pescoço dele. Ele desligou e se virou, dando um pulo pra trás.

— Quando foi que você chegou aqui? - ele perguntou.

— Quase um minuto atrás. - respondi.

— Quanto você ouviu?

— Não muito. - dei de ombros, sentando no sofá, esperando por Erick. – Com quem você falava?

— Lance. - ele se sentou do meu lado. Nem precisei olhar para ele pra perceber que ele estava mentindo. – Temos um trabalho de escola pra fazer.

— Pietro - chamei e ele olhou pra mim. – Com quem você realmente estava falando? – ele suspirou.

— Com minha namorada, Lola. Embora eu ache que, agora, seja ex-namorada.

— Primeiro... - me aproximei dele e dei um tapa de leve em seu braço – Isso foi por não ter me dito que tinha uma namorada. Segundo, o que aconteceu pra você achar que ela não é mais sua namorada?

— Nós acabamos de discutir porque ela está me enchendo o saco pra ir no cinema, mas o único filme que ela quer assistir é um filme meloso e que eu achei o trailer ridículo.

— Por que não sugeriu que ela escolhesse outro filme?

— Eu sugeri todos os outros filmes pra ela, mas ela não gostou de nenhum outro filme!

— Que tal a chamar pra assistir um filme aqui?

— Essa até que é uma boa ideia. - ele depositou um beijo na minha testa – Valeu, maninha. - se levantou e foi até a varanda para conversar com a namorada. Antes de ele chegar lá, eu gritei:

— Depois eu quero conhecê-la, viu?! - peguei o controle e ligo a TV. Passei os canais até que algo me chamou a atenção. Era um noticiário que dizia algo sobre as Indústrias Stark estarem parando de fabricar armas segundo ordens do CEO Tony Stark.

Isso iria dificultar a minha busca já que eu precisaria das plantas dos mísseis que atingiram o prédio pra descobrir o ângulo máximo de inclinação deles para que eu pudesse determinar de qual das áreas que eu precisava visitar ele havia sido lançado. Mas, acho que ouvi o Kurt dizer que um dos garotos do instituto é um hacker. Posso pedir à ele que hackeie o sistema pra conseguir a planta para mim. Nesse momento, Erick entrou na sala e eu desliguei a TV.

— Vamos? – ele perguntou.

— Claro.

[x]

O jantar de comemoração tinha passado mais rápido do que eu esperava. Embora, eu admita, passei todo o tempo até a comida chegar no celular, e todo tempo depois que ela chegou, além de comendo, irritando o Pietro por causa da namorada.

Quando cheguei em casa, coloquei meu pijama e dormi, afinal, goste eu ou não, amanhã eu tenho aula.

[x]

Acordei na manhã seguinte ouvindo batidas na porta do meu quarto. Não demorou para que eu notasse que as batidas vinham acompanhadas pela voz de meu irmão que me chamava avisando que o despertador não havia tocado e que já havíamos perdido uma aula inteira. Levantei-me e fui até a porta, abrindo-a para ele.

— Bom dia, dorminhoca! – ele disse.

— Bom dia. - bocejo. – Se não vamos pra aula, por que me acordou?

— Sabia que se acordasse e visse o relógio ia correr escada abaixo, desesperada. – se encostou no batente da porta – Erick já foi trabalhar. Se troque que eu vou fazer o café e depois vamos fazer maratona de alguma série.

— Okay, mas eu escolho a série!

— Tudo bem. – ele desencostou da porta e desceu as escadas.

Fui até meu armário e procurei uma roupa confortável, já que não vou sair de casa. Coloquei um moletom cinza com um desenho de coruja na frente da blusa, com uma regata vermelha por baixo e coloquei minhas pantufas. Eu amo o frio!

Desci as escadas e me deparei com meu irmão jogado no sofá, procurando opções de séries na Netflix. Ele me avistou quando estava no último degrau da escada.

— Já que a gente vai fazer maratona, pensei que ao invés de café eu podia estourar pipoca e fazer chocolate quente com marshmallows. O que você acha?

— Pode ser. Adoro chocolate quente! – exclamei e ele foi em direção à cozinha.

Sentei no sofá e peguei o controle remoto. Continuei passando as séries até que encontrei uma que seria ótima pra mim: Brooklyn nine-nine. Precisava de um pouco de humor e essa série seria boa pra me ajudar a aprender como traçar pesquisas de suspeitos. Adoro comédia policial!

Três minutos depois, Pietro voltou da cozinha com duas bandejas equilibrando um balde de pipoca e uma caneca com chocolate quente em cada uma.

— Aqui está, madame. - ele me entregou uma das bandejas. – Que série escolheu?

— Brooklyn nine-nine.

— Legal. - ele se sentou do meu lado e começou a comer sua pipoca. Eu dei play em um episódio qualquer e começamos a assistir. – Já sabe o que vai querer fazer no feriado? - eu tinha uma resposta pronta pra essa pergunta, mas não podia dizê-la. Pensei em uma resposta rápida.

— Não sei ainda. O que você e o Erick costumavam fazer nos feriados?

— Geralmente a gente fazia maratonas de filmes ou ia à praia. Por quê?

— Só por curiosidade... Eu estava pensando em tentar convencer você e o Erick a concordarem em nós fazermos uma viagem. O que acha?

— Acho legal. Mas pra onde você quer ir?

— Eu estava pensando em Sokovia... - eu disse e Pietro suspirou, depositando sua bandeja no sofá e me olhando cautelosamente.

— Wanda, não sei se é uma boa ideia nós irmos pra lá...

— Não vou fazer nenhuma loucura. Prometo. Eu só estou com saudade dos nossos amigos e queria vê-los. Só isso. - falei e ele suspirou novamente.

— Muito bem, vou tentar convencer o Erick a ir pra lá. - ele disse e eu coloquei minha bandeja no braço do sofá para abraçá-lo.

— Obrigada! - disse e ele deu risada. Quando o soltei, ele pediu:

— Pausa aí, por favor? Vou estourar mais pipoca. Estava com tanta fome que já acabei com a minha. - ele me mostrou o balde praticamente vazio.

— Tudo bem. – eu peguei o controle e pauso. Ele se levantou e foi na direção da cozinha. Antes de ele chegar lá, porém, eu o chamei: – Piih... - ele se virou. – Me traz mais chocolate quente?

— Claro. - e entrou na cozinha.

Ótimo, agora eu tenho uma desculpa e um meio de ir para Sokovia e investigar os lugares que eu queria. Eu só precisava dar um jeito de "dar um perdido" neles.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso por enquanto!

Beijos e até logo!

~Cookie



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