Contos de Natal escrita por CLAUDIA SOUZA MIRANDA


Capítulo 2
Capitulo 2 - A Sala Magica


Notas iniciais do capítulo

A ideia desta one-shot foi retirada do livro "O MOMENTO MAGICO", de Jeffrey Zaslow, mas somente a parte da loja dos vestidos de noiva, a estoria é todo minha.
Espero que apreciem.



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Dia vinte de dezembro, quatro dias para o Natal. São onze horas da manhã, e eu ainda estava tentando fazer o carro pegar, precisava chegar à loja antes do meio-dia se não minha mãe me mataria. Era o ultimo dia que iríamos funcionar antes de entrarmos em recesso das festas de fim de ano. As últimas noivas já tinham buscados seus vestidos, agora só faltava um para ser entregue, e este um era o mais importante, não que as outras noivas não fossem , só que esse era de uma menina rica de Starling City, então teríamos uma grande publicidade para a nossa loja.

A Smoack Bridal, ficava localizada na cidadezinha no Michigan, desde 1934. Ela pertencera a minha bisavó Meghan Smoack, meu segundo nome, e passara de geração em geração, depois de minha mãe a loja passaria para mim e depois para minha filha e ai por diante.

Mulheres do país todo vinham a Smoack Bridal encontrar o vestido dos seus sonhos. Mães que compraram seus vestidos de noiva aqui traziam suas filhas para que elas também encontrassem o vestido perfeito. Nós, as Smoacks tinham muito orgulho disso.

Quando eu era pequena, vinha à loja quase todos os dias após as aulas, eu subia para o segundo andar e vestia alguns vestidos de dama de honra, colocava um véu e calçava os sapatos de salto que ficavam para que as futuras noivas experimentassem com os vestidos. No segundo andar é que ficava a Sala Mágica. Não usamos a palavra “mágica” levianamente.

A Sala Mágica ficava no segundo andar da loja, subindo um pequeno lance de escadas, à esquerda. Seus 2,5 por 3 metros têm espelhos do teto ao chão, projetados para conduzir a imagem da noiva ao infinito. Muitas mães e pais, ao verem suas filhas na Sala Mágica, se emocionavam. Era raro não chorarem, a maioria dos pais saia discretamente e assuavam os narizes do lado de fora. Eu, escondida os observava pegar o lenço e enxugar os olhos e limpar o nariz. No meio da sala, um pedestal abaixo do lustre com sua iluminação especial, davam um ar etéreo às noivas, era lindo, era mágico.

Cheguei as onze e quarenta e cinco, o irmão da noiva chegaria ao meio-dia e eu ainda não tinha colocado o vestido na caixa. Assim que abri a porta ouvi o telefone tocando sem parar, corri para atendê-lo, uma voz masculina e sex começou a falar que iria se atrasar para pegar o vestido da sua irmã, que eu não me preocupasse que ele chegaria antes da loja fechar. Eu respondi que não teria problema, que já eram quase meio-dia que eu almoçaria e o esperaria dentro da loja, que assim que ele chegasse poderia entrar, eu estaria nos fundos da loja o aguardando.

Fui à lanchonete Diggie´s e pedi ao John que preparasse pra mim um hambúrguer com fritas. Sua esposa Lyla estava grávida de 7 meses de uma menina, eles a chamariam de Sara, estava atendendo as mesas. Perguntei a ela se não estava cansada para continua trabalhando em pé, ela respondeu que não que gostava de ajudar seu marido. Despedi-me deles e voltei para a loja.

O tempo foi passando e nada do cara da voz sex chegar, já estava entediada. Para não perder o costume peguei um vestido que acabará de chegar e o vesti, subi para a Sala Mágica, calcei os sapatos e coloquei o véu, depois subi no pedestal e fiquei admirando o vestido. O vestido era rodado e como uma criança comecei a rodar para ver o efeito que ele vazia, quando parei de frente a porta eu o vi. Seu cabelo loiro curto, os olhos de um azul intenso, a barba rala precisando ser feita, vestido com uma calça jeans escuro, uma camisa branca por baixo da jaqueta de couro verde e ele sorria pra mim, e que sorriso. Sabia que ele era bonito, também com aquela voz!

Assim que fui a sua direção cai feito batata esparramada no chão, meus pés ficaram presos no véu quando rodei e não percebi. Ele veio logo me ajudar a levantar, senti meu rosto queimar de vergonha e balbuciei sem para, pedindo desculpas por não tê-lo ouvido me chamar. Pedi que me esperasse na sala de baixo, ele saiu e eu tirei o vestido às pressas. Quando desci as escadas ele já me aguardava de frente ao balcão de atendimento.

– Felicity Smoack? Hei, sou Oliver Queen.

– Eu sei quem você é Sr. Queen.

– Não, Sr. Queen é o meu pai. Pode me chamar de Oliver

– Sim Sr..quero dizer Oliver.

– Fe.li.ci.ty, você ficou muito bonita de noiva. Vai se casar?

– Oh! Eu..eu..não, não vou me casar.

– Eu pensei, já que você estava vestida de noiva.

– Bem Sr. .Oliver, pretendo um dia, assim que arrumar um noivo. O que hoje em dia está muito difícil, os homens em geral não querem compromisso e muito menos playboys como você e eu vou parar de falar em 3..2..1

– Playboys também se casam Felicity.

– Você vai se casar? Quero dizer, não é da minha conta, desculpe-me.

– Não até agora, mas depois de hoje, eu comecei a pensar.

Conversamos por mais um tempo, eu o ajudei a colocar a caixa no banco de trás do carro e antes que ele entrasse me convidou para o casamento, que seria na noite de Natal, deixou seu cartão com o numero de seu telefone, agradeci e prometi que pensaria no convite. Por fim, ele me fez outra pergunta que me deixou intrigada.

– Você acredita em milagre de Natal?

– Sim, eu acredito.

Oliver ficou um tempo me olhando, piscou pra mim e entrou no carro. Eu fiquei plantada na porta da loja até ele fazer a curva, acordei dos meus devaneios com o som do telefone tocando, corri para dentro da loja e o atendi.

– Felicity esqueci de te desejar Feliz Natal!

– Eu sou judia.

– Feliz Hanukkah!

Desliguei o telefone com um sorriso nos lábios. Tive certeza que a “Sala Mágica” era realmente Mágica.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Posso continuar?
Não me deixem sem saber seus sentimentos.
xoxo



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