P.D.V BELLA

Enquanto lia escutava no meu MP4 a musica da banda Evanescence – My immortal.

A tarde passou rapidamente assim como a noite.

Meu pai ligou umas 19 horas e me contou sobre o novo caso que teria de cobrir, de um padre que matou uma freira, mas na verdade quem a matou foi outra freira que a envenenou, fiquei intrigada com o caso. Ele perguntou sobre minha mãe e como ela não chegou ainda da sua saidinha com o “amigo” dela, eu lhe disse que já estava dormindo e como não estava de bom humor não iria acorda - lá.

Quando deram 23 horas mais ou menos minha mãe chega, acabada.

Ela estava com a roupa meio suja de lama e molhada!

- Que aconteceu? – eu disse visivelmente preocupada, não com ela, mas com a sujeira que isso iria dar para a nossa empregada e conseqüentemente a mim.

- Te importa? – disse ela.

- Me importará dois anos atrás o que você fazia com o Phill e o que você ainda faz com ele? Ou o que fazem com milhares de mulheres?

- Sim e começará novamente menina – disse ela raivosa.

Pêra aí, o que ela queria dizer com isso?

- O que você quer dizer com isso? – comecei a ficar nervosa com a possibilidade de começar tudo de novo. Justo agora que tudo vai tão bem! Nesse momento eu vi que ela havia já se acalmado.

- Fique na sua Bella, mas saiba que nosso trato de dois anos atrás não está escrito em nenhum contrato e você é minha filha, temos dividas e Phill gosta muito de você – ela disse com uma risadinha zombada – eu os adoro juntos!

Como minha mãe pode ser tão cruel? Tudo o que uma mãe evitará para uma filha ela me obriga a fazer, ela ama tanto Phill, porque ela aceita tantos lados escuros nesse relacionamento? Já sei pelo prazer ela é capaz de tudo. Até de matar.

Está noite não tive um sonho nada bom. Mais uma das lembranças nas quais sempre bloqueios e evito voltar. E como hoje pensei em muitas coisas ruins do meu passado, sonhos ruins vieram! Aonde eu não compreendia.

- Docinho – ele dizia como se fosse um elogio ao seu ponto de vista.

Não de novo não senhor! Eu era uma assassina em outra vida? Carrego um carma tão grande impossível de ser mudado nesta vida? Porque minha vida é uma sina?

- Hart? – sim ele, sempre ele. Faziam questão de eu dar conta dele.

Hart era um homem forte e másculo, moreno de olhos castanhos escuros quase pretos, ele era bem branco e tinha um semblante sexy! Extremamente atraente!

-Sim, meu doce! – ele beijava meu pescoço e subia rumo aos meus lábios. Apalpava meus seios.

Eu o parei. Ele cada vez mais me explorava, em busca de me levar pra cama! Ele apertava minha coxa enquanto dava chupões no meu pescoço.

- HART! NÃO, PAREEE! – eu implorava. Ele era o único no meio de tudo isso que mostrava ser homem o suficiente para me entender, com ele era diferente, mas nesse momento não!

Ele me prensava cada vez mais contra a parede, apertando minha bunda e sustentado o peso do meu corpo no seu.

Sentia um volume também me prensando, neste momento meu lado racional foi totalmente anulado da situação!

Eu somente queria senti-lo dentro de mim! Preenchendo-me com seu desejo e toda a admiração que ele tinha por mim..

Naquele momento eu percebi que estávamos nus somente aproveitando o momento.

- Bella, cada dia mais doce – ele disse explorando meu corpo com seus lábios.

Cada momento estava mais e mais excitada, até que eu sinto o me penetrar.

Fazia movimentos cada vez mais rápidos e fundos.

-OOH BELLAAA - dizia Hart entre gemidos.

- Mais Hart, Maaaaaaaaaais – eu implorava.

A cada estocada eu gemia mais e mais feito louca e ele também. Mas Hart era meio obsceno, gemia e me chamava de gostosa entre outros palavrões. Nesse momento eu estava sentindo nosso corpo entrando em erupção. Entre gemidos chegamos ao ápice do momento, chegamos ao clímax juntos e eu senti um liquido quente e reconfortante sendo jorrado dentro de mim.

Momentos depois nos recuperando, vi a borrada que fiz maldita natureza humana.

Ainda pior do que isto, fizemos sexo sem prevenção. Tudo o que eu fiz foi correr nua pelos corredores a procura daquele demônio que me sujeita a esses prazeres pecaminosos.

- NÃÃÃÃO, SUA IDIOTA – eu gritava para o mundo inteiro ouvir – TODOS AQUI NÃO VALEM NADA, EU NÃO VALHO NADA! SEU IMBECIL, SEU IDIOTA, SEUS ESCROTOS.

Eu corria e corria e o corredor nunca tinha fim. Eu pensava em entrar uma das portas e foi o que fiz. Depois disso senti alguém me sacudido.

- Bella – uma voz conhecida doce e protetora sussurrava.

- Anjo? – Quem sabe um anjo veio me salvar.

-Não Bella, é o Edward! – nesse momento abri meus olhos e o vi!

Então tudo foi um sonho, no momento em que estava naquele corredor tudo era tão intenso, tudo o que eu poderia sentir era ódio de mim e mais ainda por eu ter sonhado mais uma coisa dessas.

- Nossa, o que você está fazendo aqui? – disse olhando pra janela, já estava com um solzinho apesar da neve!

-Bella, já são 13h45min da tarde e você ai gemendo e depois gritando chingamentos, suando. Bella você faltou à aula e vim preocupado vir o que aconteceu, escalei pra sua janela e foi com essa cena que me deparo! – ele disse com um tom preocupado indicando para mim mesma.

Quando me olho vejo meus braços arranhados, meu pijama metade rasgado e eu inteiramente suada. Foi tão intenso assim, tão real.

- Hm, às vezes acontece – disse timidamente, provavelmente corando.

- O que você estava sonhando? – ele disse maliciosamente – você tava gemendo tanto Bella, depois do nada começou chingar todo mundo de escroto.

E agora? O que eu falo pra ele?

- ah, tava sonhando que estavam fazendo massagem em mim – tive que mentir, tomara que ele caia nessa, se não cair que entenda que eu não quero lhe dizer nada – Bem ai depois o homem que estava fazendo massagem me machucou, parecia que quebrou minha costela, foi isso!

-Ata sonhos estranhos que você tem – disse ele pouco convencido.

 - Ed, minha mãe está aqui? – ele assentiu – espera com ela lá em baixo, vou tomar um banho e me ajeitar ok? E não se preocupa que ela não liga que você tenha subido pela janela.

Depois que ele saiu do meu quarto tentei me recompor! O que está acontecendo comigo?

Eu não posso ficar pensando no passado. ELE É PASSADO! Vou tentar viver o presente senão serei capaz de enlouquecer.

Tomei um banho me livrando da sujeira que esse sonho deixou em mim e desci.

Fiquei eu e Edward vendo filmes enquanto minha mãe ficou a tarde inteira no telefone. Durante o filme conseguia ouvir uns trechos. Queria saber que diabos ela estava aprontando desta vez!

- Sim, mas Phill – ela deu uma pausa provavelmente sendo interrompida pelo carrapato do Phill. Se ele estava no meio, coisa boa não era! – Hmm, ótima idéia amor, eu não havia pensando dela.

Nela quem?

- Eu nunca a quis envolver novamente, tenho medo de ela nos trair, sabe como ela é não é? – ela estava falando de mim? Ai meu deus, estou com medo do que virá após – Certo falarei com ela, depois disso nunca mais terei duvida sobre ela quiser nos dedurar e denunciar!

Depois disso preferi não escutar mais e me concentrei no filme!

Edward percebeu que eu fiquei extremamente tensa, mas não comentou nada.

Depois dessa tarde maravilhosa com o Edward, subi as escadas rumo ao meu quarto quando minha mãe aparece na minha frente.

- Bella, nós temos que conversar – disse seria.

- Sobre o que? A sua conversa com o Phill? – perguntei rude. Com ela eu não tinha respeito!

- Você me escutou? – ela fez cara de decepcionada. Ta bom essa é nova.

- Não, imagina! Vi na minha bola de cristal – disse irônica.

- Bom, então já deve imaginar o que surgira certo? – disse com sorriso sacana. Como ela consegue fazer isto comigo? – Phill virá amanhã lhe ver, e vamos acertar e não há outra escapatória minha linda! – disse saindo do meu caminho.

Entrei no quarto e chorei. Iria começar tudo de novo, justo agora que estava começando meu “namoro ás escondidas” com o Paul! Acho que o destino e a vida estão de mal comigo.

Eu carrego um carma tão grande assim? Acho que eu era seqüestradora de crianças na minha vida passada!

Teria de haver uma escapatória. Eu contaria ao meu pai? Seria uma opção perigosa, em conta de que logo meu pai irá separares dela.

Terei de agüentar.

Mal consegui dormi pensando em tudo o que iria acontecer amanhã.

Provavelmente não iria a escola! Já era de costume.

Quando dormi tive uma noite insuportável, em todos os mais ou menos 30 minutos eu acordava assustada com os mesmos pesadelos que me perseguiram durante quatro anos!

De manhã fui acordada pela minha mãe.

- Bella – ela sussurrava no meu ouvido – Acorda já – disse num tom mandão.

No mesmo momento abri meus olhos e tive a porcaria da visão que eu tanto temia minha mãe sentada na poltrona perto da minha cama e na soleira da porta com os braços cruzados e uma cara maliciosa o Phill.

- Olá Bellinha, estava com saudades! – disse Phill.

- Oh claro, você não sabe como eu também estava – disse irônica.

- Bella, nós viemos somente lhe acordar, vá tomar um banho e desça que já conversaremos – disse minha mãe.

Não hesitei, sai de baixo dos cobertores e entrei direto no banheiro sem nem separar minha roupa.

Não queria que isso se repetisse, entrar nessa sujeira toda. Eu finalmente pensei ter me livrado desse carrego que são, mas pelo jeito não me livrei!

Demorei aproximadamente meia hora no banho, saí e pus a roupa que já estava separada; um short jeans e uma blusa verde escuro de manga comprida bem colada. Típico de dona Renée. (N/A: ROUPA BELLA > http://www.polyvore.com/bella/set?id=16581816)

Troquei-me e desci, mas me arrependi na hora, no momento em que desço me deparo com a cena mais grotesca, ou uma das mais, Phill quase fazendo sexo com a minha mãe no sofá de casa.

Pigarreei e os dois olharam pra mim.

- Ora Bella, achava que tinha se afogado na banheira! Já iria lhe salvar – disse Phill sacana.

- Quem dera – lhe respondi na mesma altura.

Nessa hora minha mãe toma as rédeas da situação, se deixasse iria ficar eu e Phill trocando “carinhos”.

- Bella, eu e Phill decidimos parar de lhe deixar na folga! – eu suspirei, sabia bem o que isso queria dizer – não agora, mas depois terá que nos ajudar, sabe como é, problemas!

- Vocês sempre têm problemas, ou melhor, vocês são o problema – eu disse amarga.

- Bella sempre acida, com uma resposta na ponta da língua, será? – disse Phill.

Cada dia que passa ele se torna mais asqueroso.

- Phill não ligue para ela, você a conhece – disse minha mãe segurando um risinho – enfim, voltando aos negócios entre família, você ficará a par de todas as coisas caso eu não esteja em casa, e me acobertará para o seu pai não descobrir, e claro, você receberá muito com isso minha linda.

- Sim, com certeza – disse Phill.

Suspirei de alivio, achava que teria que por a mão na sujeira!

- Mas, claro que por enquanto! – emendou minha mãe.

- Bom, já que acabaram, tenho mais coisas a fazer, não sou vagabundos iguais a vocês.

Eu estava subindo quando sinto alguém me parar.

- Bella, que coisa feia, vem seu quase-padrasto e você o recebe assim, não estava com saudades? Aliás, faz dois anos, ele sentiu saudades dos seus doces e da sua maravilhosa e prazerosa companhia;

"Se você está atravessando o inferno... continue indo. "
( Sir Winston Churchill )