Carrossel continuação escrita por Gina15
POV Jaime
Ouvi meu despertador tocando e coloquei o travesseiro na cabeça gemendo. Hoje era o primeiro dia de aula e eu estava exausto.
–-Acorda meu gordinho—ouvi minha mãe chamar. Revirei na cama e senti o cheiro de ovos mexidos, levantei na hora.
Corri para fora ainda de pijama.
–-Olha o leitão acordou—Jonas zombou. Ele já tinha quase vinte anos e, enquanto não decidia faculdade de que iria fazer, trabalhava em meio período na mecânica e tocava com sua banda em algumas casas de festa.
–-Muito engraçado o ensebado.—retruquei e o sorriso sumiu de sue rosto.
–-Parem de briga assim logo cedo.—meu chefe mandou e eu dei ombros.—Jaime toma logo seu café e vai se arrumar para ir para escola.
Bati continência e brinquei:
–-Sim, senhor.
Minha mãe riu e me deu um beijo na testa enquanto meu pai me deu uma bofetada na nuca.
POV Mario
–-Ai para garoto—reclamei enquanto Rabito lambia meu rosto e eu escutava uma risada doce.
Abri os olhos e vi Diana na minha frente, ela já tinha quatro anos e estava muito espertinha sorri e disse:
–-Você gosta de rir de mim né? Cadê a Natalia? Em Dia, cadê sua mãe?
–-Ela pediu para eu entregar isso—Diana respondeu com aquela vozinha de bebê me dando um papel.
Sentei na cama e comecei a ler o papel:
Mario, eu tive que ir ao mercado, por favor, leve Diana para a creche. O café de vocês dois já está pronto. Obrigada, Natalia.
–-Pelo visto está manhã nós estamos sozinhos—comentei enquanto pegava uma camisa para vestir, como estava muito quente eu dormia sem camisa.
Peguei Diana no colo e a levei para a cozinha, Rabito me seguia de perto. Coloquei ela sentada na cadeira e fui ver o que Natalia tinha deixado para nós. Tinha ovos mexidos, cereal, leite e suco.
–-O que você quer Dia?—perguntei para Diana. Ela apontou com os dedinhos gordinhos para o cereal, coloquei um pouco numa tigela rosa e despejei o leite.—Aqui, você consegue comer sozinha?
Diana sorriu e eu entendi aquilo como um sim.
–-Rabito, eu vou mudar de roupa. Se alguma coisa acontecer com a Dia da um latido que eu volto em dois tempos—afaguei a cabeça de Rabito que estava comendo.
Tomei um banho rápido, peguei minha roupa e vesti. Quando voltei para a cozinha Diana tinha se sujado toda com o cereal.
–-Que bagunça hein?—comentei e Rabito latiu.—E você hein, nem para me avisar da bagunça?
–-Desc...desculpa.—Diana gaguejou e eu ri. Tinha de dar um banho nela, urgentemente. Dentro de quinze minutos a condução ia pegar ela.
POV Alicia
–-Acorda Licia.—me sacudiram e eu balancei a cabeça para tentar ignorar a voz.—Filha, você vai se atrasar para o primeiro dia de aula.
Abri os olhos pesadamente. Olhei para minha mãe que sorria para mim.
–-Eu e seu pai temos um presente para você—ela falou e eu sorri.
–-O que?—perguntei enquanto brincava compulsivamente com minha mecha de cabelo rosa.
–-Agora você acordou né?—meu pai provocou e eu ri. Ele me entregou um embrulho.—Espero que goste.
Abri e vi um skate novinho. Ele era verde com um raio laranja no fundo e tinha meu nome escrito na base.
–-Uou—gaguejei e meus pais riram.—Posso estrear ele hoje?
–-Se conseguir se arrumar e tomar café em quinze minutos, claro.—minha mãe riu.
Pulei da cama e corri para o banheiro. Liguei o rádio e fiquei dançando enquanto escovava o dente. Penteei o cabelo e coloquei o boné ao contrario por cima, minha boina ficou fora de moda.
Vesti meu uniforme e peguei minha mochila. Fui para a cozinha e peguei uma maçã, meu café de quando estava atrasada, comecei a comer rápido.
–-Nossa Alicia, dez minutos.—meu pai elogiou e eu ri.—Você está ansiosa mesmo hein?
Assenti ainda sem falar nada.
–-Obrigada pelo skate, a proposito.—falei depois de um tempo e meus pais sorriram.
POV Davi
–-Levanta criatura.—fui empurrado “gentilmente” do sofá. Cai no chão e abri os olhos para ver Valeria me olhando emburrada.
Fiz a pergunte errada, mas ela tinha de me dar um desconto eu tinha acabado de acordar:
–-O que foi?
Ela ficou vermelha e, como eu ainda estava com preguiça de me mexer, somente rolei para o lado pra evitar ser pisado por ela.
–-Estamos atrasados, temos que chegar à escola. E O PRIMEIRO DIA DE AULA!—Valeria gritou e Rosa apareceu na porta.
–-O que houve? Que gritaria e essa?—perguntou.
–-O preguiçoso do Davi que tá enrolando para acordar—quando Valeria falou isso eu reparei que ela já estava vestida com o uniforme. Gemi baixo.
–-Calma, princesa—eu tentei amenizar a situação enquanto sentava preguiçosamente.—,eu só perdi um pouco da hora. Em cinco minutos fico pronto.
–-Se continuar nessa lerdeza a gente não vai ter tempo nem de tomar café.—Valeria disse e eu despertei subitamente. Escutei meu estomago roncar.
Levantei e corri para o quarto da minha namorada, mas consegui a escutar rindo de mim junto com sua mãe. Peguei a roupa e entrei no chuveiro. Sai do banheiro ainda com o cabelo molhado, sacudi-o feito um cachorro molhado.
–-Bom dia.—cumprimentei todos que estavam na mesa.
–-E então Davi, como foi a festa ontem?—Ricardo perguntou enquanto virava a pagina do jornal. Peguei uma torrada e servi um pouco de café antes de responder:
–-Foi legal. O Paulo deu uma de DJ e teve até caraoquê.
–-Pai o Davi cantou uma música linda.—Valeria apertou minha bochecha e eu sorri junto com seus pais.
–-Vão querer carona para a escola?—Ricardo perguntou.
–-Vamos caminhando—Valeria deu ombros.—Davi, você acha que a professora Helena vai voltar?
–-Valeria ela teve bebê no inicio das férias, o Rene pode até voltar, mas ela só deve voltar no segundo semestre.—expliquei e ela gemeu.
–-Estraga prazeres—resmungou.
–-Se você está com tanta saudade assim eu posso levar você na casa da mãe dela para ver ela e o Vitor.—Vitor era o nome do filho da professora Helena.
–-Mesmo?—Valeria pulou no mesmo lugar me fazendo rir.—Agora não pode voltar atrás.
Revirei os olhos e sorri.
–-Se vocês vão caminhando e melhor saírem agora.—Rosa alertou. Olhei para o meu relógio, que era a prova d’água, e vi que eram quase oito horas. Bom que no primeiro dia de aula as aulas começavam mais tarde.
–-A senhora tem razão, melhor irmos Valeria.—concordei levantei da mesa peguei meu prato e o de Valeria e quando estava indo deixar na cozinha Rosa me parou.
–-Que isso? Deixa que eu levo, vocês tem de ir para a escola—falou e eu sorri.
–-Graças—agradeci.
–-Tchau crianças—Ricardo falou quando nós saímos da cozinha de mãos dadas.
Fomos para o quarto de Valeria, peguei minha mochila e a sua. Joguei ambas sobre os ombros. Saímos do prédios conversando abertamente.
Eu estava com a impressão que aquele seria um ótimo ano letivo.
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